Domingo, 1 de Maio de 2016
Imprecisões de Hannah Arendt

 

Hannah Arendt (nascida Johanna Arendt; Linden, Alemanha, 14 de outubro de 1906 – Nova Iorque, Estados Unidos, 4 de dezembro de 1975) filósofa política alemã de origem judaica, discípula de Heidegger  de cujo totalitarismo político se demarcou, possui diversos equívocos no seu pensamento, sem embargo da sua vasta cultura e de ser uma pensadora notável.

 

VONTADE COMO LIVRE-ARBÍTRIO OPÕE-SE A VONTADE COMO INÍCIO?

 

Escreveu a filósofa judia:

«Na minha discussão da Vontade mencionei repetidamente duas maneiras completamente diferentes de compreender essa faculdade: como uma faculdade de escolha entre objectos ou metas, o liberum arbitrium, que actua como árbitro entre fins dados e delibera livremente sobre os meios para os alcançar; e, por outro lado, como a nossa «faculdade de iniciar espontaneamente uma série no tempo» ou o «initium ut homo creatus est» de Agostinho, a capacidade do homem para iniciar porque ele próprio é um início».

(Hannah Arendt, A vida do Espírito, volume II-Querer, Instituto Piaget, páginas 174-175; o destaque a bold é posto por nós)

 

Há alguma falta de clareza nesta dicotomia estabelecida por Hannah Arendt: o livre-arbítrio inclui a «faculdade de iniciar espontaneamente algo no tempo.» Qualquer acto de livre-arbítrio é um início: se escolho, após demorada reflexão, frequentar um templo budista ou militar num partido político estou a usar a vontade como iniciadora de um processo. Portanto, o dilema que Arendt apresenta acima é um falso dilema: vontade com livre-arbítrio inclui vontade como força iniciadora, não se opõem entre si. O verdadeiro dilema, que Hannah Arendt não põe em relevo, ao menos nesta passagem, é o que opõe a vontade consciente, como livre-arbítrio, à vontade insconsciente, cega e transpessoal em Schopenhauer, que nos leva a criar o mundo fenoménico das árvores, rios e céus, e à vontade inconsciente como pulsão libidinal ou pulsão de Eros, em Freud, que nos leva a sexualizar tudo, isto é, a olhar as pessoas como objectos eróticos, em diferentes graus. 

 

A OMISSÃO DE SCHOPENHAUER, ARAUTO DA VONTADE  TRANSPESSOAL

 

Hannah Arendt discorre  sobre a Vontade, na história da filosofia, no seu livro «Vida do Espírito, II, Querer. E considera Heidegger superior a Schelling no aspecto em que este último teorizou a Vontade personificada ao passo que Heidegger sustentaria a Vontade não personificada. Escreve:

 

«Foi nesta região de pura especulação que apareceu a Vontade durante o curto período do Idealismo Alemão. "Na instância final e muito alta", declarou Schelling," não há outro ser além da Vontade. A Vontade é o Ser primordial, e todos os predicados se aplicam unicamente a ela - falta de fundamentação, eternidade, independência do tempo, auto-afirmação! Toda a filosofia se esforça apenas por encontrar esta mais alta expressão". E citando esta passagem no seu What is called Thinking?, Heidegger acrescenta imediatamente: «Então, os predicados que o pensamento metafísico atribuiu ao Ser, Schelling encontra-os na sua forma final, mais alta... mais perfeita no querer. No entanto, a Vontade neste querer não significa aqui uma capacidade da alma humana; a palavra "querer" designa aqui o Ser dos entes como um todo" (acrescentarei os itálicos). Não há dúvida que Heidegger tem razão; a Vontade de Schelling é uma entidade metafísica mas, ao contrário das mais comuns e mais antigas falácias metafísicas, é personificada. Num contexto diferente, e com maior precisão, o próprio Heidegger resume o signifivado deste Conceito personificado: a falsa "opinião (que facilmente) resulta daí é que a vontade humana é a origem da vontade-de-querer , enquanto pelo contrário, o homem está a ser querido pela Vontade-de-querer sem sequer experimentar a essência de um tal querer".

(Hannah Arendt, A vida do Espírito, volume II-Querer, Instituto Piaget, páginas 172-173; o destaque a bold é posto por nós)

 

Mas Arthur Schopenhauer teorizou a Vontade transpessoal como a criadora do mundo que é mera representação (idealismo gnoseológico, imaterialismo) e Hannah Arendt omite-o nesse campo. Porquê?

 

 

É INTELIGENTE TROÇAR DA ASTROLOGIA HISTÓRICA DETERMINISTA?

Escreveu Arendt:

«Os homens, para sempre tentados a levantar o véu do futuro - com a ajuda de computadores ou horóscopos ou os intestinos dos animais sacrificiais - têm um cadastro pior para mostrar nessas «ciências» do que em quase todos os outros empreendimentos científicos».

(Hannah Arendt, A vida do Espírito, volume II-Querer, Instituto Piaget, página 175; o destaque a bold é posto por nós)

 

Neste texto, Arendt equipara o estudo matemático-astronómico dos factos históricos (astrologia histórica, diferente de psico-astrologia) à leitura dos intestinos de animais sacrificados... É uma pura falácia de Hannah. E manifesta a ignorância desta sobre o Ser: porque este é os 360 graus do Zodíaco, o movimento dos planetas e a corporalidade terrestre que daí se desprende.

 

Uma qualidade comum a quase todos os filósofos e professores de filosofia é não saber que os planetas comandam inteiramente o destino de cada homem, planta, animal e pedaço de matéria inerte e que a astrologia histórico-social, enquanto colectora e sistematizadora de factos empíricos, é uma ciência, mais exacta que a história, porque a esta acrescenta a astronomia, mais exacta que a psicologia, a sociologia, a economia, a antropologia.

Se Hannan Arendt possuísse a inteligência holística, que lhe faltou como faltou a Descartes, a Kant, a Leibniz, a Husserl, a Merleau-Ponty, a Heidegger, a Sartre, a Nozick, a Zizeck e a quase todos os outros doutorados em filosofia, abriria um livro de Efemérides planetárias e folheando-o, interrogar-se-ia sobre o facto de Hitler ter subido ao poder em 30 de Janeiro de 1933, com Júpiter em 22º do signo de Virgem e se ter suicidado em 30 de Abril de 1945, com Júpiter em 17º de Virgem (só uma vez durante 10 ou 11 meses, em cada 12 anos, Júpiter desliza no signo de Virgem que vai de 150º a 180º da eclíptica; é significativo que Júpiter em Virgem tenha elevado Hitler ao poder em 1933 e o tenha feito descer do poder em 1945 ).

 

 

Troçar do determinismo astral nos actos humanos individuais e político-sociais é próprio de «burros» - e as universidades, tal como as bibliotecas de filosofia e ciências, estão cheias desse tipo de «burros» licenciados, mestres e doutorados. Aliás, a história da filosofia é predominantemente a história dos «burros» académicos que sempre negaram a predestinação astral, é uma mistura de obscuridade mental e luz.  Quanta vaidade a dos filósofos, ignorantes que presumem ser a vanguarda do pensamento humano, o juíz decisivo, quando, como Heideger ou Hannah Arendt, não conhecem sequer as posições planetárias ao longo da história e os factos sociais a que deram origem!  Uma faculdade de Filosofia sem cadeiras de Astrologia Histórica não é digna do nome de universidade (universitas, saber universal).

 

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Segunda-feira, 19 de Setembro de 2011
Schopenhauer: a vontade, herdada do pai, o intelecto, herdado da mãe

 

Schopenhauer admitiu que, na herança genética recebida em cada indivíduo, o pai transmistiu certas faculdades, como a vontade, e a mãe transmitiu outras, como o intelecto. 

 

«A componente desarmónica, desigual e oscilante da maioria dos homens se poderia talvez deduzir do facto de que o indivíduo não tem uma origem simples mas recebe a vontade do pai e o intelecto da mãe. Quanto mais heterogéneos e desproporcionados eram entre si ambos os progenitores, maior será aquela desarmonia, essa desavença interna.»

 

 (Arthur Schopenhauer, El mundo como voluntad y representación, Complementos, pag 580, Editorial Trotta, Madrid; o negrito é da minha autoria).

 

«O sanguinário tirano e defensor fidei Henrique VIII de Inglaterra teve por filha do seu primeiro matrimónio a rainha Maria, destacada pela sua afectação de virtude e crueldade, que recebeu o sobrenome de bloody Mary pelas suas numerosas queimas de herejes.» (ibid, pag 573).

 

«Se houvesse de falar de casos em que um filho altamente dotado não tivesse uma mãe intelectualmente destacada, tal coisa poderia explicar-se pelo facto de que a sua mãe teria tido, por sua vez, um pai fleumático, pelo que o seu cérebro inusualmente desenvolvido não teria sido adequadamente excitado pela energia do fluxo sanguíneo (..) Não obstante, o seu sistema nervoso e cerebral, sumamente desenvolvido, ter-se-ia transmitido ao filho, ao que se haveria juntado um pai vital e apaixonado, com um ritmo cardíaco enérgico; e deste modo teria aparecido aqui a outra condição somática de uma grande força de espírito.» (ibid, páginas 579-580; o negrito é posto por mim).

 

Para Schopenhauer a vontade é, pois, masculina, e o intelecto é feminino, no plano ontogenético. Talvez isto seja demasiado dicotómico. Se invocarmos a lei da participação mútua dos contrários ( Yang, dilatação, luz, opõe-se a Yin, contracção, escuridão, mas no Yang há um pouco de Yin e viceversa), a vontade possui um pouco de intelecto e este contém um pouco de vontade.

 

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Sábado, 17 de Setembro de 2011
Schopenhauer: a matéria não é um «em si», é a «visibilidade da vontade»

 

Schopenhauer, (22 de Fevereiro de 1788- 21 de Setembro de 1860), filósofo idealista volitivo, rejeitou o materialismo e «o naturalismo que o originou ». Segundo ele, o mundo físico é um conjunto de ideias e imagens produzidas pelo nosso eu. Mas, ao contrário de Kant, que acentua o carácter ontológico (númeno) e imaginativo-lógico (formas a priori) da génese do conhecimento,  Schopenhauer sublinha o carácter volitivo ou bulesiológico do conhecimento (este deriva da vontade de viver).  Escreveu:

 

«A iniludível falsidade do materialismo consiste antes de tudo em que parte de uma petitio principii que, examinada mais de perto, se mostra inclusive como uma protón pseudos (primeiro erro)  a saber: a suposição de que a matéria é algo estrita e incondicionalmente dado que existe independentemente do conhecimento do sujeito, ou seja, propriamente uma coisa em si. O materialismo atribui à matéria (e com ela também aos seus pressupostos, o tempo e o espaço) uma existência absoluta, quer dizer, independente do sujeito que a percebe: este é o seu erro fundamental.» (Arthur Schopenhauer, El mundo como voluntad y representación, Complementos, pag 356, Editorial Trotta, Madrid; a ltra negrita é posta por mim).

 

«Pois na realidade a matéria não é, para o nosso conhecimento mais do que o veículo das qualidades e forças naturais que se apresentam como seus acidentes; e precisamente porque reduzi estes à vontade, é que chamo à matéria a mera visibilidade da vontade. Mas, despojada de todas essas qualidades, a matéria fica algo sem propriedades, no caput mortuum da natureza com o que honradamente nada há a fazer.» (ibid, pag 359; o negrito é colocado por mim).

 

Note-se que esta vontade em Schopenhauer não é a vontade livre associada ao livre-arbítrio mas uma vontade inconsciente da natureza inerente ao eu, uma força imperiosa ou necessária, que age dentro do eu englobante do universo. A vontade cria o mundo visível, audível e palpável. Por isso, Schopenhauer denomina a matéria que compõe o mundo de "visibilidade da vontade". Fazemos parte e estamos submetidos a essa Vontade de viver, verdadeira máquina de filmar-projectar que inventa e projecta na tela dos nossos sentidos o filme imaginário de um mundo que não é real, com a sua Nova Iorque, a sua Londres, a sua Amazónia, os seus cinco continentes terrestres, a galáxia e o resto do universo. A filosofia de Schopenhauer é um vitalismo idealista, não um materialismo, versão do género realismo,nem um ideomaterialismo tipo doutrina de Hegel.

 

A SUPERIORIDADE DO IDEALISMO, DA AUTOCONSCIÊNCIA, SOBRE O MATERIALISMO ENTENDIDO COMO REALISMO

 

E acentuando a sua matriz idealista - o mundo é ideia dentro da minha enorme mente, nasce e permanece nesta - Schopenhauer referindo-se à filosofia escreve:

 

«...Demonstrei a insuficiência do materialismo, enquanto é, como ali se disse, a filosofia de um sujeito que, nas suas contas se esquece de si mesmo. Mas todas estas verdades se baseiam em que tudo o que é objectivo, tudo o que é externo, ao ser sempre meramente percebido ou conhecido, continua a ser algo mediato ou secundário, pelo que nunca pode converter-se na razão explicativa última das coisas ou no ponto de partida da filosofia. Esta exige necessariamente como ponto de começo o estritamente imediato: mas só é tal o dado à autoconsciência, o interno, o subjectivo. Daí que seja um mérito tão eminente de Descartes o ter sido o primeiro em tomar a autoconsciência como ponto de partida da filosofia. Por esse caminho prosseguiram a partir de então, cada um à sua maneira, os autênticos filósofos, antes de todos Locke, Berkeley e Kant; e como resultado das suas investigações cheguei eu a ter o cuidado e a servir-me, não de um mas dos dois diferentes dados de conhecimento imediato que há na autoconsciência: a representação e a vontade, a aplicação de ambas em combinação permite avançar em filosofia tanto como quando em um problema algébrico se dão duas magnitudes conhecidas em lugar de uma.» (Schopenhauer, ibid, pag 356; o negrito é posto por mim).

 

 

Sem dúvida, Schopenhauer utiliza o termo materialismo não no sentido de ateísmo e protologia da matéria no universo mas no sentido de realismo, exterioridade da matéria a uma e a todas as mentes humanas.

 

AMBIGUIDADE NO SENTIDO DADO AO TERMO «MATERIALISMO» E REDUÇÃO DESTE A ATOMISMO

 

E acusa o materialismo de desembocar em atomismo, com o argumento algo paradoxal de que ignora por completo o intelecto:

 

«Mas o materialismo ignora por completo o intelecto como condição de todo o objecto e do conjunto dos fenómenos. A sua intenção é reduzir todo o qualitativo ao meramente quantitativo, incluindo as qualidades dentro da mera forma em oposição à verdadeira matéria: de esta só admite, dentro das qualidades empíricas, o peso, posto que já aparece em si mesmo como algo quantitativo, como a única medida da quantidade de matéria. Esse caminho condu-lo necessariamente à ficção dos átomos, que se convertem no material com que pensa construir as enigmáticas manifestações de todas as forças originárias.» (ibid, pag 357; o negrito é posto por mim)

 

Este materialismo atomista, quase insubstancialista, de que Schopenhauer fala é um realismo crítico, que faz das cores, sons, cheiros, sabores percepções subjectivas do sujeito e não qualidades objectivas exteriores. É obtido, ao contrário do que sugere o filósofo alemão, através do exercício do intelecto - razão e imaginação - contra os dados empíricos. Aproxima-se, pois, do idealismo. Dizer que o materialismo ignora por completo o intelecto não é adequado. Não posso concordar com Schopenhauer neste ponto

 

. Além disso, a concepção atomista - a matéria é composta de átomos, elementos infinitamente pequenos que giram no vazio e se combinam entre si - não é necessariamente uma concepção materialista (no sentido de realista, isto é matéria fora das mentes humanas). O idealismo (no sentido de imaterialismo, isto é, a matéria não é um em si fora das mentes humanas) é compatível com o atomismo.

 

 

 

 

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