David Vaughan Icke, escritor e filósofo espiritualista, (Leicester, Reino Unido, 29 de Abril de 1952) teórico da conspiração mundial dos illuminati e da invasão da Terra por reptilianos, é um autor famoso que promove conferências sobre as suas ideias. Em 1991, após uma viagem ao Peru, Icke, que fora porta-voz do partido Os Verdes de Inglaterra começou, a usar, por razões místicas, apenas roupas na cor azul turquesa - a cor do chakra do alto da cabeça.
Em 27 de Março de 1991, fez uma conferência de imprensa para anunciar: "eu sou um canal para o espírito de Cristo. O título foi-me conferido muito recentemente por Deus." Isto valeu-lhe acusações de «ser louco» mas sobreviveu como autor mediático. Vou destacar aqui algumas das suas ideias sobre o mundo e a vida extraídas de «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», livro que, em Portugal, foi retirado das grandes livrarias talvez por ordem da «mão invisível» illuminati.
A DISTORSÃO DA SEXUALIDADE PELAS RELIGIÕES E PELO CASAMENTO
David Icke, numa modalidade de pensamento gnóstico libertino, sustenta que a repressão da sexualidade livre, incluindo a condenação do homossexualismo gay e lésbico, é um erro da humanidade que acaba por atar esta ao preconceito, submetê-la aos líderes políticos e religiosos do «rebanho» e aumentar a violência existente. Escreve, referindo-se à teoria dos chakras (rodas de luz), centros energéticos, sete no mínimo, que se distribuem verticalmente no corpo humano, e à kundalini ou energia vital sexual :
« A mesma força quadridimensional que criou e usou as religiões. particularmente o Cristianismo, Judaísmo e o Islão, para destruir a verdade sobre o sexo, também inspirou a cultura da pornografia e da "queca" rápida. O denominador comum entre estes oposi-mesmos está a fechar o chacra da raíz, a desiquilibrar os chakras emocionais e sacral, a reter o fluxo da kundalini, que, se não fosse perturbada, iria activar e ligar todos os níveis da existência num todo. A religião transformou o sexo num foco de explosão de culpa, a um nível atómico. A instituição do casamento está no próprio centro disso, mas não é de todo a única razão. O casamento institucionaliza as separações. Ele é meu, ela é minha. Caso contigo, por isso sou teu dono. É esta a realidade expressa ou oculta do casamento e das relações em geral. São os meios através dos quais as pessoas compram um falso sentimento de segurança e uma visão desesperadamente limitada do "amor".» (David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 169; o destaque a negrito é da minha autoria).
E sobre a homossexualidade escreve Icke, divergindo de Freud, Carl Jung e Wilhelm Reich:
«Por exemplo, o que é a homossexualidade? É uma experiência, apenas isso, uma forma de expressar amor por outro ser humano. Dois homens ou duas mulheres que se amam profunda e sexualmente é considerado uma afronta moral, ao passo que um homem e uma mulher que se odeiem e que se mantenham num casamento por ter medo de acabá-lo, já é considerado aceitável. A minha filosofia é permitir todas as experiências, desde que as pessoas nelas envolvidas tenham feito essa decisão da sua livre vontade, sem pressão ou imposição de qualquer espécie.» (David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 181).
O CRISTIANISMO, A FRANCO-MAÇONARIA, A NOVA ORDEM MUNDIAL E OS DESMANDOS DA ELITE GLOBAL
Referindo-se à elite global, uma aristocracia do mal que integra personagens como Rockfeller, a família Rothschild, Henry Kissinger, George Bush, a rainha Isabel II de Inglaterra, Bill Clinton, Brian Mulroney, Tony Blair, George Soros, Kris Kristofferson, Boxcar Willie, José Luís Cebrián, Alan Greenspan, Pinto Balsemão, Durão Barroso, etc, muitos dos quais «são reptilianos», escreve David Icke:
«O objectivo da Elite é um governo mundial, ao qual os estados-nação e mesmo os continentes sejam subordinados. Chamam a isto a Nova Ordem Mundial. O processo contínuo de centralizar o poder político ao longo de centenas de anos não aconteceu por acaso: foi estipulado que assim fosse. A centralização a um nível global, com o governo mundial, é o resultado natural destas políticas. quem controlar o governo mundial (Elite Global) controlará o banco central mundial e a moeda mundial, que também fazem parte dos planos da Nova Ordem Mundial. »(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 37; o destaque a negrito é posto por mim).
Icke denuncia a colonização extra europeia feita pela igreja católica romana nos séculos XV-XVIII, cristianizando à espada e escravizando os índios, os negros e os asiáticos, e denuncia a igreja ortodoxa e as igrejas protestantes, os templários, a rosa-cruz e a franco-maçonaria, incluindo a sociedade secreta Skull and Bones que iniciou George W.Bush, como sendo outros tantos veículos do governo mundial em marcha:
«À medida que o Cristianismo continuou a espalhar o seu credo através da morte e da destruição, pelas Américas, África, Austrália, e por aí adiante, as culturas nativas foram sendo destruídas e "Cristianizadas" e o conhecimento esotérico foi perdido. (...). À medida que os séculos passavam e o Cristianismo retirava o conhecimento da arena pública, o trabalho destas Escolas de Mistério evoluiu para a rede gigantesca das sociedades secretas que existem actualmente e que incluem os Franco-Mações e os Cavaleiros de Malta, que controlam ambas, o Papa e o Vaticano. Que forma maravilhosa de dirigir e influenciar todos aqueles Católicos Romanos, espalhados por todo o mundo. Se um Papa não alinha no jogo, é retirado, tal como aconteceu com o assassínio do Papa João Paulo I , em 1978 (ler "E a Verdade vos libertará"). A moderna rede de Franco-Mações é a única detentora do conhecimento antigo, disfarçada de um clube de cavalheiros. Na época das Cruzadas, surgiram várias ordens de Cavaleiros, sendo os mais famosos de todos os Cavaleiros Templários. Eles envergavam o símbolo da cruz vermelha num fundo branco, que simbolizava sangue e fogo e que representava o poder da energia sexual, da força criativa, seja positiva ou negativa, no seu uso. Os Templários afirmavam ser uma organização cristã - uma mera fachada para o seu conhecimento e crenças secretas, com origem no antigo Egipto e talvez mesmo antes. Eles foram purgados pelo Papa e pelo rei de França, mas continuaram a funcionar como uma rede clandestina, até reemergirem publicamente como... Franco-Mações. Trata-se da mesma organização; os cavaleiros Templários sob outro nome e uma das maiores ferramentas da Elite Global, no controlo do mundo.»
«A conspiração Grupo Bilderberg/ Instituto Real de Assuntos Internacionais/ Conselho de Relações Internacionais/ Comissão Trilateral é supervisionada por uma sociedade secreta chamada Távola Redonda. (...) No topo da pirâmide e, mesmo noutros níveis, a mentalidade por detrás da manipulação é baseada no Satanismo e na Magia Negra. Chamo-lhe o "Culto do Olho que Tudo vê " porque um dos seus símbolos é uma pirâmide com um olho que tudo vê - a própria imagem que pode ser encontrada na nota de 1 dólar americano».
(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 53-55; o destaque a negrito é posto por mim).
Mesmo admitindo exageros de Icke na crítica ao processo de globalização em marcha - nomeadamente, a discutível tese dos reptilianos que viverão em grutas na Terra e estarão a assumir forma humana - perguntamos: por que estão os filósofos, os sociólogos, os politólogos e os historiadores institucionais tão silenciosos sobre o «bloco central dos illuminati» - os EUA, a União Europeia, a ONU, o grupo de Bilderberg, a Comissão Trilateral, etc - e apenas criticam a extrema-direita nacionalista e o comunismo? Não estará corrompida a filosofia institucional?
Há filósofos livres? Ou são apenas académicos bem pagos, subornados pelo poder oligárquico para cantar loas à «democracia liberal», puramente formal, sem substância verdadeiramente popular porque manipulada?
ELIMINAR OS JUROS DOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
O sistema de juros bancários é o garrote que aperta a maior parte da população de cada país. É imoral cobrar juros - este tema é comum a muitos pensadores desde há séculos. Sobre o óbvio disto escreveu David Icke:
«Ao pedir um empréstimo bancário de 50 000 euros, o mais provável é que se acabe por pagar mais de 150 000 euros, no final das contas. O triplo! (...) O débito do Terceiro Mundo que crucifixa milhões de pessoas por dia, é um débito assombroso de dinheiro que nunca existiu nem irá existir. E toleramos isto!
«É uma aldrabice. Não é necessário. Existe para nos controlar. Foi para isso que o sistema foi criado.»
«Apesar da loucura óbvia deste roubo legalizado, as nossas mentes ainda estão condicionadas a acreditar que cobrar juros por dinheiro que não existe é essencial, e sem isso a economia mundial iria colapsar. Não é assim. A ditadura bancária global, ditada pela Elite Global, iria acabar e isso seria fantástico. Mas as pessoas escravizadas a pagar juros sobre dinheiro que não existe, defendem o sistema e dizem que deve continuar! Hei, guarda prisional: não te atrevas a abrir essa porta, estás-me a ouvir? O sistema de juros não é uma salvaguarda contra o sofrimento económico. Em boa verdade, o sistema de juros cria pobreza e desigualdade, permitindo a acumulação do poder global. Responde-me a isto: o que aconteceria se, em vez de pedirmos dinheiro inexistente ao sistema bancário privado, os nossos governos imprimissem dinheiro, em quantidade suficiente e livre de juros, e o emprestassem às pessoas com uma taxa de juro reduzida, para cobrir taxas administrativas? Já não seríamos capazes de comprar tudo o que precisamos? Claro que seríamos e com maior facilidade, já que o custo de tudo baixaria. O custo de uma hipoteca baixaria em dois terços e já não seria necessário pagar juros. Os sem abrigo teriam casas e não teríamos de ver pessoas a dormir na ruas, por não conseguirem juntar pedaços de papel em número suficiente ou números não existentes num computador.»
(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 47; o destaque a negrito é posto por mim).
O MATRIX CRIADO POR NÓS MESMOS
David Icke defende uma teoria espiritualista: o mundo material é criação do meu espírito. Somos então o Matrix, a matriz geradora da realidade do nosso corpo físico e de tudo o que nos acontece. Escreveu:
«As pessoas falam de viver num mundo real, como se estas divisões, dor e controlo, da densa realidade física deste planeta, fossem o "mundo rea"l. É a última coisa que isto é. O "mundo real" , se lhe quisermos chamar assim, é o nível de existência altamente evoluído chamado Unicidade. O mundo que vemos diante dos nossos olhos é um jogo de realidade virtual, tridimensional, criado pela Unicidade, como uma vasta experiência de aprendizagem.(...) Este mundo não é real, é uma Hollywood espiritual. Um cenário.(...) Somos nós que escrevemos o guião e criamos uma realidade física para equivaler à imaginação de nós próprios e do nosso papel, no filme. Pode ser um bonito filme de família repleto de amor e de respeito, ou pode ser um filme de terror. Nós, tu, eu, todos nós, decidimos qual é. Mais ninguém. Não há "Deus", não há "acontecimentos aleatórios"; somos só nós. Pensas que a tua vida é um filme de terror? Então é isso que será. Pensas em ti como o tipo que morre logo no início do filme? Então é isso que acontecerá. Vês-te como uma daquelas pessoas que acaba o filme a rir e em felicidade? Assim será. »
(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 113-114; o destaque a negrito é posto por mim).
Esta teoria, apesar de interessante no destaque que dá ao optimismo, ao pensamento positivo, tem um ou vários calcanhares de Aquiles. Se a nossa imaginação desencadeia a realidade, por que motivo milhões de apostadores no euro milhões se imaginam milionários, ao concorrerem anos a fio a esse sorteio, e esse enriquecimento nunca se concretiza? Se este mundo não é real ,para quê preocuparmo-nos em combater a Elite Global e o seu projecto de escravatura universal?
Então os biliões de pessoas que vivem mal neste mundo, atormentados por fome, doenças, guerras, falta de água potável e habitação condigna escolheram esse destino antes de nascer e são responsáveis da má situação em que vivem? Escolhem o mal só para ter uma aprendizagem? Isso lembra a estúpida doutrina da vacinação: «Temos de inocular vírus mortos e toxinas no sangue para ensinar o corpo a defender-se...» Mas para quê "ensinar" o corpo de forma negativa, lesando as suas defesas orgânicas com invasores estranhos ? E foram esses biliões de pessoas que escolheram a Elite Global de reptilianos que tende ao domínio absoluto da Terra? Os pais que perdem os filhos ou que morrem, eles mesmos, em guerras absurdas mas reais escolheram esse destino?
Esta explicação mentalista, espiritualista, de David Ike é conversa de guru ou de cidadão médio burguês ou grande burguês com dinheiro para pagar a professores de ioga e gurus que lhe garantem que, meditando, altera a sua vida para melhor, que «o pensamento é tudo e a matéria é nada». É certo que a meditação altera o rumo da vida, melhora psicologicamente muitos seres humanos, pode salvar do suicídio, do alcoolismo e da droga, mas não altera o destino deles. Ninguém pode fugir ao determinismo planetário. Icke ignora a astrologia histórica, as leis planetárias inexoráveis. O mundo material não é criação nossa: ele impõe-se-nos com a sua opacidade, a sua densidade.
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