O teólogo cátaro por excelência do século XXI, João Bereslavsky, russo, escreveu:
«Cristo não morreu no Gólgota, como o representa a versão sinodal-rabínica.»
«Pelo contrário, Cristo não pôde morrer de nenhum modo porque era imortal; mas sim derramou cinco litros de valioso mirró (NOTA NOSSA: mirró, na versão espanhola, é, segundo o editor,« um líquido oleoso e fragante de origem celestial, manifestado de modo misterioso no mundo material em forma de gotas e correntes que caem dos objectos sagrados e relíquias), o tesouro para divinizar o homem. E o seu sangre mírrico, multiplicado, transubstanciado voltou a ele.»
«Por isso, Cristo da segunda vinda é portador dos compostos mírricos e supracelestiais.»
«Isto é o que ensinava Cristo, chegando em corpos transfigurados.»
«Ele dizia:" De igual modo que pelo corpo humano correm os glóbulos vermelhos do sangue, também no corpo de Divino Ammi, o Mestre Divino da segunda vinda, corre o mirró fragantíssimo do Pai».
«A comunhão do Santo Graal era a comunhão de Cristo da segunda vinda. Não se comungava do sangue e do corpo, mas dos compostos mírricos do Nosso Altíssimo.»
(Juan de San Grial, « El Santuario del Grial en el Catarismo», Associaciò per l´estudi de la cultura càtar, 2010, pp. 382-383; o destaque a negrito é posto por nós).
Cristo, segundo Juan de San Grial, não gostava de usar o nome de Jesus para se demarcar do pecadocentrismo dos judeus:
«Cristo da segunda vinda rejeitava o nome "Jesus" e inclusive "Cristo" por causa da intersecção com o messianismo pecadocêntrico. Cristo da segunda vinda pedia que lhe chamassem Ammi (o mestre, a divindade). »
«O seu verdadeiro destino de Messias é ser vela. Ele é o autêntico salvador dos descendentes de Adão, da teia de aranha de Elohim».
(Juan de San Grial, ibid, pp. 381-382; o destaque a negrito é nosso).
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