Para o nosso maior poeta e filósofo do século XX, Fernando Pessoa, pensador mais profundo que José Gil, António Telmo ou Agostinho da Silva, há vários tipos de nacionalismos:
1,2 e 3 significam:
«1. Nacionalismo sintético, ruptura com o passado.
2. Nacionalismo analítico, crítico com o passado mas apenas crítico.
3. Nacionalismo tradicionalista.»
Fernando Pessoa, Páginas de Pensamento político 1, 1910-1919» Livros de Bolso Europa-América, pág. 112).
Como se depreende, a integração de Portugal na União Europeia seia apenas desnacionalização,.
Pessoa classifica de nacionalismo integral o saudosismo de Teixeira de Pascoais porque «busca no passado a manifestação da alma nacional (supondo que ela existe)».
Escreve Pessoa: « Há o nacionalismo integral que consiste em atribuir a uma nação determinados atributos psíquicos na permanência dos quais e na fidelidade social aos quais reside a vitalidade e a consistência da nacionalidade. O nacionalismo integral - por exemplo, Teixeira de Pascoaes - não se apoia na tradição mas em um psiquismo colectivo concebido como determinado em que essa tradição, ou tida como valendo, se aoia, ou dada como sem valor permanente, se apoiou para existir. »
Fernando Pessoa, Páginas de Pensamento político 1, 1910-1919» Livros de Bolso Europa-América, pág. 98).
Teixeira de Pascoais, que tinha a saudade como marca genética do espírito português, é o autor deste poema intitulado «Trágica recordação»:
«Meu Deus! meu Deus! quando me lembro agora
De o ver brincar, e avisto novamente
Seu pequenino Vulto transcendente,
Mas tão perfeito e vivo como outrora!
Julgo que ele ainda vive; e que, lá fóra,
Fala em voz alta e brinca alegremente,
E volve os olhos verdes para a gente,
Dois berços de embalar a luz da aurora!
Julgo que ele ainda vive, mas já perto
Da Morte: sombra escura, abysmo aberto...
Pesadêlo de treva e nevoeiro!
Ó visão da Creança ao pé da Morte!
E a da Mãe, tendo ao lado a negra sorte
A calcular-lhe o golpe traiçoeiro!»
Diz Pessoa:
«O Integralismo Lusitano é um nacionalismo tradicionalista.O saudosismo de Teixeira de Pascoais é um nacionalismo integral. «Busca no passado a manifestação da alma nacional (supondo que ela existe)».
«Outro e diferente de qualquer dos outros é o processo adoptado pelo nacionalismo sintético. Para ele, não há propriamente uma alma nacional; há apenas uma direção nacional.Uma nação tem apenas, dados os factores inalienáveis de situação geográfica, um determinado papel no conjunto das nações, de que é formada uma civilização. O nacionalista tradicionalista repele o presente e o estrangeiro. O nacionalista integral repele o estrangeiro. O nacionalista sintético aceita um e outro...»
Fernando Pessoa, Páginas de Pensamento político 1, 1910-1919» Livros de Bolso Europa-América, pág. 98).
Será este, o sintético, o nacionalismo português adepto da integração na União Europeia Federalista hoje em vigor?
NOTA: COMPRA POR APENAS 12 EUROS - CAMPANHA ESPECIAL DE VERÃO - O NOSSO «DICIONÁRIO DE FILOSOFIA E ONTOLOGIA, DIALÉTICA E EQUÍVOCOS DOS FILÓSOFOS», inovador em relação a todos os outros dicionários, repleto de transcrições literais de textos dos filósofos. Queres desmistificar Heidegger, Russel, Kant, Peter Singer, Richard M. Hare, Simon Blackburn? Valoriza quem te ensina a pensar dialeticamente, com a razão e a intuição. Aproveita, a edição já esgotou nas livrarias. Contém 520 páginas, custa nestes meses de Agosto e Setembro apenas 12 euros (portes de correio para Portugal incluídos), Basta depositares na conta PT50 abaixo indicada e informar-nos. CONTACTA-NOS. para f.limpo.queiroz@sapo.pt
Conta: IBAN PT50 0269 0178 0020 4264 5789 0
Livraria online de Filosofia e Astrologia Histórica