O Demónio e o Inferno são referenciados na nossa investigação astronómica de factos históricos - astrologia histórica, distinta da infértil astrologia tradicional - como tendo conexão com certas pequenas áreas do Zodíaco.
ÁREAS 21º-25º DE CARANGUEJO
I
A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 21º-25º do signo de Caranguejo é condição necessária mas insuficiente para provocar visão, aparição ou descrição do Inferno e do Demónio.
Em 13 de Julho de 1917, com Mercúrio em 20º 22´/ 22º 31´ de Caranguejo, a Virgem mostra aos pastorinhos a visão do Inferno com corpos humanos a arder e demónios de aspecto horrível; em 16 de Setembro de 1954, com Júpiter em 24º 19´/ 24º 29´ de Caranguejo, a suposta Virgem, em aparição, declara ao vidente Carlos Alberto, em Asseiceira, que o inferno não existe e não são precisos os sacramentos da confissão e da comunhão e que «as almas vão para o planeta»; em 18 de Junho de 1972, com Marte em 23º 14´/ 23º 52´ de Caranguejo, os três videntes da Virgem na herdade de Mimbral, a 12 quilómetros de Sevilha, são atacados pelo Diabo e contorcem-se e gritam e os outros católicos presentes rezam, invocam São Miguel Arcanjo e atiram-lhes água benta; em 6 de Novembro de 1981, com Nodo Norte da Lua em 25º 25´/ 25º 23´ de Caranguejo, durante a aparição Marija e outros videntes de Medugorje têm uma visão terrível do inferno e a Virgem diz-lhes «Não tenhais medo. Eu mostrei-vos o inferno para verdes o estado dos que lá estão»; em 14 e 16 de Fevereiro de 1982, com Nodo Norte da Lua em 21º 56´/ 21º 53´ de Caranguejo, a Virgem Maria assegura, em aparições aos jovens videntes de Bósnia-Herzegovina, a existência de Satanás e do inferno.
ÁREA 0º-5º DO SIGNO DE CAPRICÓRNIO
A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 0º-5º do signo de Capricórnio é condição necessária mas insuficiente para provocar visão, aparição ou descrição do Inferno e do Demónio.
Em 7 de Outubro de 1937, com Marte em 4º 28´/ 5º 9´ de Capricórnio, Vénus em 14º 24´/ 15º 37´ de Virgem, a mística Alexandrina da Costa é possuída pelo demónio ante o seu diretor espiritual, o padre jesuíta Mariano Pinho, torturada de dores e tenta despedaçar-se contra os ferros da cama que nem quatro pessoas a conseguem segurar e interrogada em latim pelo sacerdote responde «Sou Satanás e odeio-te!»;
De 2 a 3 de Dezembro de 1954, com Nodo Norte da Lua em 5º 46´/ 5º 47´ de Capricórnio, entre as 21.30 horas e as 4.30 horas, Maria Simma, vidente austríaca, sente fortes queimaduras provocadas pelo diabo e ouve este gritar «Viremos buscar-te em breve, cretina!» horroriza-se por não conseguir rezar a Deus e experimenta grande medo do inferno até que tudo passa.
Em 16 de Dezembro de 1964, com Mercúrio de 0º 44´de Capricórnio a 29º 30´ de Sagitário, Nodo Norte da Lua em 23º 0´/ 23º 1´ de Gémeos, Úrano em 14º 50´/ 14º 51´ de Virgem, Maria Simma pega em duas folhas de papel e dois envelopes e quando se dispõe a escrever a recomendação da reza do rosário pela conversão dos pecadores, ouve um silvo estridente e sente o demónio a seu lado arrancar-lhe as folhas e deixar uma marca de queimadura sobre elas no canto da mesa.
Em 18 de Junho de 1972, com Júpiter em 4º 19´/ 4º 12´ de Capricórnio, Mercúrio em 11º 47´/ 13º 40´ de Caranguejo, Marte em 23º 14´/ 23º 52´ de Caranguejo, os três videntes da Virgem na herdade de Mimbral, a 12 quilómetros de Sevilha, são atacados pelo Diabo e contorcem-se e gritam e os outros católicos presentes rezam, invocam São Miguel Arcanjo e atiram-lhes água benta;
Em 6 de Novembro de 1981, com Vénus em 0º 29´/ 1º 31´ de Capricórnio, Nodo Norte da Lua em 25º 25´/ 25º 23´ de Caranguejo, durante a aparição mística na Bósnia, Marija e outros videntes de Medugorje têm uma visão terrível do inferno e a Virgem diz-lhes «Não tenhais medo. Eu mostrei-vos o inferno para verdes o estado dos que lá estão».
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A visão, aparição de São Miguel Arcanjo ou a sua invocação em certas condições de grande dramatismo ocorrem muitas vezes com a passagem do Sol, de um planeta ou de um Nodo da Lua nas áreas 13º-14º e 26º-29º do signo de Gémeos e 13º-14º do signo de Sagitário. Isto sugere que as aparições ou visões de entidades celestiais ou infernais se dão em consonância com trânsitos de planetas ou Sol por certos graus da circunferência celeste ou eclíptica.
Em 18 de Abril de 1949, com Úrano em 27º 20´/ 27º 22´ de Gémeos, no 30º dia de exorcismo feito sobre Robbie, menino de 13 anos com uma força diabólica, oficiado pelo padre católico Walter Halloran na ala psiquíatrica do hospital da Universidade de St. Louis, o demónio com voz horrível fala através do menino dizendo: «Não irei sem que seja pronunciada uma certa palavra mas o menino nunca a dirá» o exorcismo prossegue e, de repente, Robbie fala num tom autoritário e digno dizendo «Sou São Miguel e ordeno-te, Satã, que abandones o corpo em nome de Dominus, imediatamente, agora, agora», ouve-se uma detonação muito forte em todo o hospital dos irmãos de Santo Aleixo, o menino acorda dizendo não se lembrar de nada excepto de uma visão de São Miguel a lutar contra Satanás e essa mesma visão é desfrutada na Igreja de São Francisco Xavier, do outro lado da cidade, por sacerdotes jesuítas que testemunham uma luz intensa e misteriosa a iluminar o altar principal e na abóbada sobre o altar São Miguel a lutar contra Satã.
Em 18 de Junho de 1965, com Júpiter em 13º 0´/ 13º 14´ de Gémeos, Nodo Norte da Lua em 13º 46´/ 13º 44´ de Gémeos, Sol em 26º 32´/ 27º 39´de Gémeos, Nodo Sul da Lua em 13º 46´/ 13º 44´ de Sagitário, a vidente Conchita recebe uma segunda mensagem de São Miguel Arcanjo, em pleno campo, em Garabandal, Cantábria.
Em 18 de Junho de 1972, com Vénus em 26º 16´/ 25º 39´ de Gémeos, Sol em 26º 51´/ 27º 48´ de Gémeos, os três videntes da Virgem na herdade de Mimbral, a 12 quilómetros de Sevilha, são atacados pelo Diabo e contorcem-se e gritam e os outros católicos presentes rezam, invocam São Miguel Arcanjo e atiram-lhes água benta.
Em 8 de Setembro de 1974, com Nodo Sul da Lua em 14º 37´/ 14º 36´ de Gémeos, Nodo Norte da Lua em 14º 37´/ 14º 36´ de Sagitário, a Virgem Maria aparece à enfermeira Pierina Gilli que reza na capela do hospital de Montichiari, Itália, e diz-lhe: « Eu sou Maria, a Mãe da Igreja…Invocai especialmente a proteção do Arcanjo S.Miguel, para que guarde a igreja de todas as insídias ameaçadoras e a defenda».
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José Antonio Fortea, sacerdote católico exorcista, nascido em Barbastro, nordeste de Espanha, em 11 de Outubro de 1968, a terra do padre José María Escrivá de Balaguer, teoriza sobre o demónio e o inferno. Analisemos algumas das suas teses.
O TEMOR DO DEMÓNIO NÃO TEM SENTIDO?
Em um esforço para apagar ontologicamente o poder do demónio e o correspondente medo que causa nos seres humanos escreveu:
«O temor do demónio deve-se aos males que nos possa causar na vida material (doenças, desgraças) ou na vida espiritual (fazer-nos pecar ou condenar-nos). Mas tais males não estão na sua mão. As desgraças e doenças só nos acontecerão se Deus permite, e o pecado e a condenação só se nós queremos. Portanto, o temor do demónio não tem sentido, pois tudo está nas mãos de Deus. O temor do demónio é, portanto, teologicamente infundado, não tem sentido. Com Deus, não há razão para temer o demónio. Portanto, ser crente e temer o demónio supõe uma contradição.»
(José Antonio Fortea, Suma Daemoniaca, Tratado de Demonologia e Manual de Exorcistas, Paulus Editora, Junho de 2018, pág. 88; o destaque a negrito é posto por nós).
Parece-nos que isto contradiz a 1ª Carta de São Pedro (5-8) em que o apóstolo diz:
«Sede sóbrios e vigiai! O Diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós, como um leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe firmes na fé, sabendo que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem as mesmas aflições».
NO INFERNO, SÓ HÁ O FOGO DO REMORSO?
E sobre o inferno escreve o padre Fortea:
«Questão 95 -Que penas há no inferno?»
«Existe fogo? Sim, existe o fogo do remorso. Fogo material, não, pois os demónios não estão em nenhum lugar, nem nenhum castigo corporal lhes pode já causar dano.
«Este remorso que já nada pode apagar, que arde no interior de cada espírito condenado, que atormenta espiritualmente os espíritos, é o fogo que não se apaga (Marcos 9,48), o fogo eterno (Mateus 25,41), a fornalha de fogo (Mateus, 13, 42), o fogo ardente (Hebreus 10, 27) o lago de fogo e enxofre (Apóstolos 19,20), a Geena do fogo (Marcos 5,22), a chama que atormenta (Lucas, 16,25). (...)
«Ao falar da condenação, a Bíblia não apresenta Deus como o torturador. Usa termos impessoais como fogo, trevas, ou lago de enxofre. A condenação, portanto, é o afastamento de Deus e é a tortura que cada espírito aplica a si próprio pela deformação do espírito. Deus não criou os sofrimentos infernais, o inferno é fruto da deformação de cada espírito.»
(José Antonio Fortea, Suma Daemoniaca, Tratado de Demonologia e Manual de Exorcistas, Paulus Editora, Junho de 2018, pág. 111; o destaque a negrito é posto por nós).
Esta descrição suavizadora, quase diria subjectivista do inferno não coincide com o mar de fogo pejado de demónios com formas horríveis e corpos humanos a arder que os pastorinhos terão visto na Cova da Iria em 13 de Julho de 1917 em visão facultada por Nossa Senhora.
OS DEMÓNIOS GOZAM A FELICIDADE DE EXISTIR?
José Antonio Fortea sustenta que os demónios, na sua fealdade e malícia, dão glória a Deus e gozam da felicidade no seu grau mais baixo que é a sensação de existir:
«Os demónios, como se disse, mostram a justiça terrível de Deus, mostram a sua santidade e a sua sabedoria ao criar tal ordem na Criação. Uma ordem tão perfeita que nem o mal pode destruir arquitectura tão divina. Teria sido preferível que não existisse o mal, mas existindo embeleza a catedral disposta pela mente da Santíssima Trindade .A catedral tem as suas altas torres, mas também as suas criptas e lúgubres subterrâneos» (...)
«E, voltando à férrea lógica dos conceitos teológicos, há também que considerar que os demónios não sofrem em todos e em cada um dos momentos. Inclusive, eles gozam do dom da existência. A existência é um dom. E embora sofrendo em muitos momentos, embora vivendo uma vida afastados de Deus, os demónios gozam do grau mais baixo de felicidade, a felicidade de existir. Sofrem em muitos momentos, mas noutros gozam da potência racional do conhecimento. De maneira que, inclusivamente para eles, é preferível existir a não existir.»
(José Antonio Fortea, Suma Daemoniaca, Tratado de Demonologia e Manual de Exorcistas, Paulus Editora, Junho de 2018, pág. 107; o destaque a negrito é posto por nós).
Eis uma questão filosófica a que os suicidas respondem de uma maneira particular: não existir, que implica não sofrer, é pior do que existir sofrendo de forma lancinante?
UM CASO QUE PROVA A EFICÁCIA DO EXORCISMO
Os filmes sobre exorcismos têm, segundo o padre Fortea, a virtude de mostrar a realidade da possessão diabólica, ainda que em alguns casos não espelhem a verdade toda. Escreve:
«Muito diferente foi o caso da possessão de Mount Rainier em 1949, o qual teve um final muito diferente daquele que aparece no filme. Um final tão extraordinário que se optou por não o pôr, já que se considerou que ninguém iria acreditar. A libertação do demónio na última sessão foi assim:
«O demónio que falava através do menino com uma voz horrível cheia de ódio disse: "Não irei sem que seja pronunciada certa palavra mas o menino jamais a dirà (...) Não é suficiente, deve dizer uma grande palavra, refiro-me a uma grande palavra. Nunca direi essa palavra, nunca direi essa palavra."
«O exorcismo prosseguiu e, de repente, o menino falou com uma voz num tom tão autoritário como digno. O possesso disse: "Sou São Miguel e ordeno-te, Satã, que abandones o corpo no nome de Dominus, imediatamente, agora,agora".
«Dominus em latim significa "Senhor". Ouviu-se um som que descreveram como uma detonação muito forte e que foi ouvida por muitas pessoas no hospital dos Irmãos de Santo Aleixo, em S.Louis; pessoas que não sabiam que se estava a fazer um exorcismo, trabalhadores que inclusive estavam nas oficinas do hospital. Nesse momento o possesso ficou liberto e voltou a si.»
«O menino não se lembrava de nada, mas lembrava-se de uma visão de São Miguel a lutar com Satanás. Curiosamente, nesse mesmo dia, à mesma hora que o demónio saiu, essa mesma visão foi vista no outro lado da cidade, na igreja de São Francisco Xavier, por vários sacerdotes jesuítas, que afirmam ter visto subitamente uma luz intensa que iluminou o altar principal e a abóbada sobre o altar, e na qual se via São Miguel a lutar com Satã».»
(José Antonio Fortea, Suma Daemoniaca, Tratado de Demonologia e Manual de Exorcistas, Paulus Editora, Junho de 2018, pp. 241- 242; o destaque a negrito é posto por nós).
O ANTICRISTO NÃO É O DEMÓNIO
A distinção entre o Anticristo, a Besta o Dragão/ Serpente nos evangelhos e do Apocalipse de São João é frisada por José Antonio Fortea:
Questão 87: A besta do Apocalipse é o Diabo?
«Não, o Apocalipse distingue muito bem entre três figuras: o AntiCristo, a Besta e o Dragão (ou Serpente). O Anticristo é um homem, a Besta é um poder político que leva a guerra aos confins do mundo, e o Dragão (ou Serpente) é o Diabo».
(José Antonio Fortea, Suma Daemoniaca, Tratado de Demonologia e Manual de Exorcistas, Paulus Editora, Junho de 2018, pág. 104 ; o destaque a negrito é posto por nós).
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