Sinarquismo é um movimento político-económico de globalização e uma filosofia desenvolvida pelo mestre ocultista Saint-Yves d´ Alveydre (1842-1909) e, remotamente, pela Ordem do Templo, a Maçonaria e outras organizações iniciáticas antigas, que defende o estabelecimento de um governo mundial único, uma religião sincrética única e um padrão geral de direitos humanos tendo em vista o bem-estar da humanidade e a eliminação das guerras. Saint-Yves teorizou a existência de uma cidade subterrânea, Aghartha, que seria o centro do poder mundial onde viveria aquele que René Guenon, outro esoterista, descreveu como o «rei do mundo»:
«Convém todavia lembrar, quanto à organização geral do mundo, por Saint-Yves descrita com um luxo de detalhes fantásticos, o centro iniciático mundial da Missão da Índia; chama-lhe ele «Paradesa» ou Agartha.»
«Governada por uma trindade sinárquica, o Brahatma, “suporte de almas no espírito de Deus” e seus dois assessores, o Mahatma, “representando a Alma universal” e o Mahanga, “símbolo de toda a organização material do cosmos”, esta Cidade Santa, invisível a quem anda na terra, é o protótipo dos centros espirituais secundários que conhecem as diferentes tradições: Ishdankkaïr, Salem, Tebah. Sucedendo a um centro ainda mais antigo, Ayodhia, ela é sede dum soberano pontificado e de uma espécie de universidade reguladora da evolução da humanidade, da qual, a julgar por René Guénon (em o Rei do Mundo) seria proveniente, de forma caricatural, a Ideia dessa Grande Loja Branca cara aos teosofistas.»
«Esta Cidade Santa, ainda segundo Saint-Yves, existiria materialmente, embora de forma subterrânea, nos confins do Himalaia ou talvez nos altos vales do Chitral…»
(Jean Saunier, A sinarquia ou o velho sonho de uma sociedade nova, Edições 70, Lisboa, 1979, pág. 81)
O sinarquismo tem críticos acérrimos. como Daniel Estulín, que tem radiografado o percurso do clube sinarquista de Bilderberg, um grupo de homens dos mais poderosos do mundo, que reuniu pela primeira vez em 1954, sob o impulso da família real holandesa e da família Rockefeller no Hotel Bilderberg, em Oosterbeck, para analisar e influenciar a política mundial. Estulin escreveu:
«A Revolução francesa, e o posterior período de Terror Jacobino (1789-1794) criou-se para evitar a qualquer preço que a França se convertesse no segundo país a adotar uma constituição, seguindo o exemplo da Revolução norte-americana. Foi dirigida a partir de Londres por Lord Shelburne e contou entre os seus principais defensores com o conde Joseph de Maistre, o principal teórico da revolução francesa e um importante teórico da Iluminação.»
«Por que razão Londres, inimigo tão declarado de Napoleão, desempenharia um papel tão relevante na criação do primeiro fascista moderno da história? Porque as guerras napoleónicas destruíram o continente europeu, deixando a Grã Bretanha como a única superpotência. As guerras napoleónicas também acabaram com as intenções dos líderes europeus que apoiavam a Revolução norte-americana e com a esperança de que na Europa surgisse um eficaz sistema de Estados-nação (…) O resultado de este processo de destruição foi um chefe de estado nietzschiano, Napoleão Bonaparte, o primeiro fascista moderno, a imagem da destruição pelo puro prazer de destruir». (…)
«No fim de contas, o sinarquismo não é mais do que a continuação da tradição de Napoleão Bonaparte. Hitler e Bush são dois exemplos actuais dessa loucura histórica.» (Daniel Estulin, Los secretos del Club de Bilderberg, Editorial Planeta, Barcelona, 2006, pp 217-218).
in «Dicionário de Filosofia e Ontologia, Dialética e equívocos dos filósofos», de Francisco Queiroz, págs 434-435.
Encontram-se à venda na livraria «Modo de Ler», Praça Guilherme Gomes Fernandes, centro da cidade do Porto, as nossas 0bras:
Dicionário de Filosofia e Ontologia, Dialética e Equívocos dos Filósofos, de Francisco Limpo Queiroz,
Astrologia Histórica, a nova teoria dos graus e minutos homólogos,de Francisco Limpo Queiroz,
Astrología y guerra civil de España de 1936-1939, de Francisco Limpo Queiroz
Sinarquismo é um movimento político-económico e uma filosofia desenvolvida pelo mestre ocultista Saint-Yves d´ Alveydre (1842-1909) e mais remotamente pela Ordem do Templo, a Maçonaria e outras organizações iniciáticas antigas, que defende o estabelecimento de um governo mundial único, uma economia única, uma religião sincrética única e um padrão geral de direitos humanos tendo em vista o bem-estar da humanidade e a eliminação das guerras. Saint-Yves teorizou a existência de uma cidade subterrânea, Aghartha, que seria o centro do poder mundial onde viveria aquele que René Guenon, outro esoterista, descreveu como o «rei do mundo»:
«Convém todavia lembrar, quanto à organização geral do mundo, por Saint-Yves descrita com um luxo de detalhes fantásticos, o centro iniciático mundial da Missão da Índia; chama-lhe ele «Paradesa» ou Agartha.»
«Governada por uma trindade sinárquica, o Brahatma, “suporte de almas no espírito de Deus” e seus dois assessores, o Mahatma, “representando a Alma universal” e o Mahanga, “símbolo de toda a organização material do cosmos”, esta Cidade Santa, invisível a quem anda na terra, é o protótipo dos centros espirituais secundários que conhecem as diferentes tradições: Ishdankkaïr, Salem, Tebah. Sucedendo a um centro ainda mais antigo, Ayodhia, ela é sede dum soberano pontificado e de uma espécie de universidade reguladora da evolução da humanidade, da qual, a julgar por René Guénon (em o Rei do Mundo) seria proveniente, de forma caricatural, a Ideia dessa Grande Loja Branca cara aos teosofistas.»
«Esta Cidade Santa, ainda segundo Saint-Yves, existiria materialmente, embora de forma subterrânea, nos confins do Himalaia ou talvez nos altos vales do Chitral…»
(Jean Saunier, A sinarquia ou o velho sonho de uma sociedade nova, Edições 70, Lisboa, 1979, pág. 81).
O sinarquismo tem críticos acérrimos. como Daniel Estulín, que tem radiografado o percurso do clube sinarquista de Bilderberg, um grupo de homens dos mais poderosos do mundo, que reuniu pela primeira vez em 1954, sob o impulso da família real holandesa e da família Rockefeller no Hotel Bilderberg, em Oosterbeck, para analisar e influenciar a política mundial. Estulin escreveu:
«A Revolução francesa, e o posterior período de Terror Jacobino (1789-1794) criou-se para evitar a qualquer preço que a França se convertesse no segundo país a adotar uma constituição, seguindo o exemplo da Revolução norte-americana. Foi dirigida a partir de Londres por Lord Shelburne e contou entre os seus principais defensores com o conde Joseph de Maistre, o principal teórico da revolução francesa e um importante teórico da Iluminação.»
«Por que razão Londres, inimigo tão declarado de Napoleão, desempenharia um papel tão relevante na criação do primeiro fascista moderno da história? Porque as guerras napoleónicas destruíram o continente europeu, deixando a Grã Bretanha como a única superpotência. As guerras napoleónicas também acabaram com as intenções dos líderes europeus que apoiavam a Revolução norte-americana e com a esperança de que na Europa surgisse um eficaz sistema de Estados-nação (…) O resultado de este processo de destruição foi um chefe de estado nietzschiano, Napoleão Bonaparte, o primeiro fascista moderno, a imagem da destruição pelo puro prazer de destruir». (…)
«No fim de contas, o sinarquismo não é mais do que a continuação da tradição de Napoleão Bonaparte. Hitler e Bush são dois exemplos actuais dessa loucura histórica.» (Daniel Estulin, Los secretos del Club de Bilderberg, Editorial Planeta, Barcelona, 2006, pp 217-218; o bold é posto por nós).
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