Sábado, 9 de Outubro de 2021
Quem é Nossa Senhora?

Quem é Nossa Senhora, figura luminosa transcendente, Mãe de Jesus, no universo católico? Existe? É uma deusa ou mensageira de Deus de natureza maravilhosa absolutamente  estranha à dos humanos, como diz a igreja católica, ou é um ser belíssimo quase físico, ovniológico, de uma civilização extraterrestre energeticamente diferente do ser humano e superior a este? Em ambos os casos vincula-se a milagres de cura. 

 

No seu excelente livro «As outras Fátimas» escreve Joaquim Fernandes:

«Amélia da Natividade Rodrigues Fontes morava em Vilar Chão, concelho de Alfândega da Fé,. Tinha 16 anos quando caiu de cama com repugnantes sintomas. A perna direita adquirira um volume descomunal e o braço esquerdo engrossara de forma extraordinária. Em volta  da boca, uma horrível chaga de aspecto supurava sem cessar, e o pus nauseabundo escorria para os lábios, penetrando-lhe na boca  .»

«No dia 25 de Maio de 1946, a moribunda revelou ao padre da freguesia que «A Virgem Maria lhe tinha aparecido», o que levou o sacerdote a aconselhar-lhe que lhe  pedisse a cura para o seu terrível mal. No dia seguinte, a jovem declarava-se curada da perna direita. Um dia depois, era o braço esquerdo que sarava por sarado.Por fim a cura também a libertava da ferida que a envolvia,,,»

«A medicina tinha-se considerado impotente para debelar o mal que afligia Amélia, limitando-se a concordar que, inevitavelmente, ceifaria aquela vida juvenil.. se um milagre entretanto não sobreviesse. Para espanto de todos, «menos da miraculada que não lhe ignorava a causa» e o fez constatar «cumprindo ordens emanadas do céu».

Joaquim Fernandes, «As outras Fátimas», Manuscrito, pags. 168-169.

Não duvido que tais aparições ocorreram. Há muitos testemunhos de semelhantes fenómenos. Mas estarão essas apariçoes ligadas a ovnis que transportam a belíssima Virgem e faziam ruído de abelhas na proximidade de Esta Entidade como sucedeu em Fátima em 1917? Há uma história de alguém com doença grave que foi introduzido em um OVNI e ficou curado instantaneamente. 

A opinião do investigador britânico David Icke, tal como a das igrejas evangélicas cristãs que negam a transcendência e a assunção de Maria ao Paraíso, é diferente. Icke apresenta a Virgem Maria de modo negativo,   e os ovnis e osnis, de um modo geral, como meios de transporte de seres extraterrestres reptilianos que viveriam no interior da Terra ou viriam do espaço sideral para dominar e infectar a humanidade o que já sucederia através dos círculos iluminatti (Rainha Isabel e príncipe Carlos do Reino Unido, George W.Bush, Barack Obama, George Soros, Henry Kissinger, Angela Merkel, Bill e Melinda Gates, a Organização Mundial de Saúde, o Fundo Monetário Internacional, os grandes bancos, etc) .

Na bibliografia deste livro de Joaquim Fernandes omite-se o livro extraordinário de Seomara Veiga Ferreira, «As aparições em Portugal desde o século XV, os emissários do desconhecido», da Editora Relógio de Água, o melhor estudo nesta matéria. Porquê? 

Encontram-se à venda na livraria «Modo de Ler», Praça Guilherme Gomes Fernandes, centro da cidade do Porto, as nossas 0bras:

Dicionário de Filosofia e Ontologia, Dialética e Equívocos dos Filósofos, de Francisco Limpo Queiroz,

Astrologia Histórica, a nova teoria dos graus e minutos homólogos,de Francisco Limpo Queiroz,

Astrología y guerra civil de España de 1936-1939



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Quinta-feira, 30 de Novembro de 2017
Salvador Freixedo: o derramamento de sangue, objectivo dos reptilianos dos OVNIS e das religiões em geral

 

 

 

Por vezes, aparecem em Portugal e outros países rebanhos de cabras, ovelhas e manadas de vacas mortas com feridas profundas no cachaço e outras partes do corpo e estas acções, ocorridas de noite, são atribuídas a um misterioso «chupa cabras». A verdade é que estes morticínios podem ser atribuídos a tripulantes dos OVNI (Objectos Voadores Não Identificados).

 

Salvador Freixedo, (Carballino, Ourense, Galicia, Espanha, 23 de Abril de 1923-25 de Outubro de 2019), autor de livros como «Teovniología, a origem do mal no mundo», «A granja humana» e «Defendámo-nos dos deuses»,  é um ex sacerdote católico, da  Companhia de Jesus, que investiga desde há décadas a conexão entre os tripulantes dos OVNIS ávidos de derramamento de sangue humano e animal e as religiões tradicionais que exigem e realizam sacrifícios sangrentos. Freixedo subscreve a tese de que há reptilianos de aspecto humano misturados com a espécie humana e de que as aparições marianas existem e são manipulações que entidades, possivelmente oriundas de OVNIS, fazem de videntes e atraem multidões. A Bíblia está cheia de patranhas e levou a criminosas guerras e assassínios ditados pela Inquisição, tal como o Corão, invocado, por exemplo pelas duas partes na guerra Irão-Iraque que causou 1 milhão de mortos. Salvador apela a que os homens deitem ao lixo todos os livros sagrados e pensem pela sua própria cabeça. Escreveu:

 

«Em linhas anteriores, dissemos que desde um princípio Satanás tinha tratado de confundir as doutrinas dos cristãos, "inspirando" crenças novas que entravam em conflito com as originais. Esta intromissão e engano não se limitou à doutrina, mas também a práticas, cerimónias e ritos. Se temos de ser sinceros, pensamos que toda a estranha e muitas vezes absurda fenomenologia que se dá em torno dos místicos cristãos e dos das outras religiões é obra dos "reptilianos príncipes de este mundo", não só com o desejo de divertir-se à custa do ser humano e de enganá-lo, mas com o mais perverso de atormentar pessoas inocentes cheias de boa vontade; porque estes "espíritos malignos" gozam enganando e atormentando. »

«Este incitamento à dor - em que o sangue está presente com muita frequência e em abundância - encontramo-lo também em outras religiões. Para citar um exemplo, vemo-lo na cerimónia islâmica chamada Tatbir. E dá-se na festa anual denominada Ashura, comemorativa da morte de Husein, neto do profeta. Nela, um imã vai ferindo na cabeça com uma espada muito afiada os fiéis que, possuídos de um místico frenesim, vão passando diante dele, finalizando a macabra cerimónia com centenas de irritados fiéis ensanguentados espirrando em um charco sangrento. E algo parecido se pode dizer de uma estranha cerimónia dos sufis. As nossas procissões cristãs de flagelantes da Idade Média - e de tempos não tão longínquos - não são muito diferentes de estas práticas. Nas mil seitas do hinduísmo, estas cerimónias sangrentas adquirem carácteres dramáticos, misturadas com outras de um masoquismo incompreensível.»

 «Quando uma pessoa conhece bem a ação dos cinzas e dos reptilianos dos nossos dias, em que o sangue tem um papel tão destacado - e não só pela mutilação e dessangramento de animais nas granjas - não estranha nada cerimónias como estas. O grande John Keel contou-me um caso, investigado por ele, em que um OVNI se coloca em cima de uma ambulância que transportava grande quantidade de sangue e com uma espécie de grandes pinças tratou de levá-la pelos ares e só desistiu ante a chegada de outros automóveis.» (...)

 

«Aparte isto, com certa periodicidade continuamos brindando-os (Nota nossa: aos tripulantes reptilianos de OVNIS) com sacrifícios humanos como os de Pol Pot no Cambodja, os de Darfur no Sudão, os da guerra civil no Congo, os de más de 500 000 degolados a golpes de facas de mato nas revoltas de utus e tuitsis em Uganda e Ruanda. E como sobremesa, o nosso planeta oferece-lhes diariamente a carne tenra e ensanguentada dos mais de 100.000 fetos frutos de abortos, com a permissão da ONU, da UNICEF e da UNESCO e dos corruptos políticos de seus países».

 

(Salvador Freixedo, Teovnilogía, el orígen del mal en el mundo, Usuhaia, Santa Coloma de Queralt, pp. 119-121; o destaque a negrito é posto por nós).

 

A OVNIOLOGÍA ESTÁ NA RAÍZ DE TODAS AS RELIGIÕES

 

Se a Bíblia fala de anjos que desceram do céu em carros voadores e acasalaram com as filhas dos homens refere-se certamente aos tripulantes dos OVNIS, intra ou extraterrestres. Escreve Freixedo:

 

«Na realidade, a ovniologia está na raíz de todas as religiões e no fundo da casuística anormal ou paranormal com que estão ainda tão entretidos tanto ovniólogos, psicólogos, psiquiatras e parapsicólogos.» (...)

«O Iavé que se apresentava no Paraíso como amigo de Adão e Eva era um grande inimigo da serpente, e de facto disse-lhes que não acreditassem nas suas mentiras. Mas baseando-nos também na própria Bíblia, descobrimos que o próprio Iavé era um mentiroso e inimigo da raça humana, como a própria serpente. » (...)

(Salvador Freixedo, Teovnilogía, el orígen del mal en el mundo, Usuhaia, Santa Coloma de Queralt, pp. 84-86; o destaque a negrito é posto por nós).

 

DAVID ICKE EQUIVOCA-SE SOBRE O CRISTIANISMO

 

Freixedo respeita um autor como o britânico David Icke que, com uma coragem extraordinária, denunciou a rainha Isabel II de Inglaterra, Bill e Hilary Clinton, George Bush e outros como reptilianos que comandaram ou comandam alavancas da globalização rumo à Nova Ordem Mundial, escravização dissimulada de biliões de pessoas num capitalismo sem rosto humano. Mas diverge de Icke na medida em que este ataca o cristianismo:

 

«Em páginas anteriores citei, e em boa parte elogiosamente, David Icke. Misturadas com as suas arriscadas ideias há grandes verdades das quais se pode considerar um porta-estandarte. Mas aparte outras coisas, há algo em que discrepo radicalmente dele e é na sua visceral inimizade com o cristianismo e na sua ideia sobre a inexistência de Jesus Cristo e sobre a autoria dos evangelhos. Abelardo Reuchlin, o autor em que se baseia, não nos oferece nenhum documento de que tenha tirado todas as suas impactantes informações. Creio que Icke, que tanto fala de manipulação a que nós humanos estamos expostos, também foi manipulado neste particular e vítima das subtis estratégias reptilianas para desacreditar as outras grandes verdades que há nos seus escritos.» (...)

 

«Considero Jesus Cristo como um dos bons espíritos que esse SER que os humanos chamam "Deus" foi enviando à humanidade ao longo dos séculos para contrariar as influências dos espíritos malignos.» (...)

«Nos exorcismos que a Igreja realiza para libertar os possessos por Satanás, a arma mais forte que o exorcista utiliza é a invocação do nome de Jesus Cristo

 

 (Salvador Freixedo, Teovniología, el orígen do mal en el mundo, Usuhaia, Santa Coloma de Queralt, pp. 157-159; o destaque a negrito é posto por nós).

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Quinta-feira, 7 de Janeiro de 2016
Acidentes em Beja e áreas do Zodíaco

 

Um fragmento do balcão saliente de pedra (machicoullis) incrustado, a toda a volta, no alto da torre de menagem do castelo de Beja ruiu, em 13 de Novembro de 2014. Estava escrito nos céus. O facto foi provocado por certas movimentações planetárias. A astrologia é astronomia aplicada à vida social, política e biofísica. Só mentes estúpidas, como as mentes formatadas pelas universidades e os media em geral,  dizem que «astrologia nada tem a ver com astronomia».

Algumas das datas em que um planeta ou Nodo passará em 18º 46´de qualquer signo são: em 20 de Março de 2016 (Júpiter); em 22 de Maio de 2016 (Nodos da Lua);

 

Há a fraca astrologia, a pseudo-astrologia, astronomia mal aplicada à vida social, praticada por 99% dos astrólogos, que não conhece o significado real de cada um dos 360º do Zodíaco e procede dedutivamente, desprezando os factos históricos. Há a boa astrologia, a científica que nós praticamos, com a qual desvendamos, por investigação empírica, o significado biofísico, geográfico, político, económico, etc. de cada grau do Zodíaco. Com a qual descobrimos duas leis essenciais que elevam a astrologia à categoria de ciência supra-universitária. Vejamos leis que presidem a acidentes e incidentes graves em Beja.

 

ÁREA 3º-6º DO SIGNO DE ESCORPIÃO:

CONFRONTOS NA RUA ALFERES MALHEIRO EM 1954, DERROCADA NO CASTELO

 

A passagem do Sol, de um planeta ou Nodo da Lua na área 3º-6º do signo de Escorpião (isto é: graus 213-216 em longitude eclíptica)  é condição necessária mas não suficiente para a ocorrência de grave acidente ou incidente na cidade de Beja.

 

Em 20 de Maio de 1954, com Saturno em 4º 21´/ 4º 18´ de Escorpião, uma multidão, em especial de gentes de Baleizão, comprime-se na Rua Alferes Malheiro junto à porta de trás do Hospital da Misericórdia em Beja para ver sair a urna onde é transportado o cadáver da ceifeira Catarina Eufémia, assassinada a tiro por um militar da GNR na véspera, durante uma greve em Baleizão, e a PSP e GNR de Beja carregam à bastonada sobre a multidão, havendo feridos; em 24 de Outubro de 1974, com Mercúrio em 3º 43´ / 2º 28´ de Escorpião, tem lugar, no largo Manuel Ribeiro, em Beja, uma manifestação de milhares de trabalhadores rurais em defesa dos seus direitos e de uma convenção colectiva de trabalho;em 13 de Novembro de 2014, com Mercúrio em 4º 34´ / 6º 7´ de Escorpião,  desmorona-se, às 17 horas e 25 minutos, o canto sul de um varandim de pedra da torre de menagem do castelo de Beja, destruindo um arco em pedra ao cimo de umas escadas no interior do castelo.

 

Algumas das próximas datas de passagem de um planeta ou Sol na área 3º-6º de Escorpião são: de 9 a 16 de Janeiro de 2016 (Marte); de 26 a 29 de Setembro de 2016 (Vénus).

 

 

 

ÁREA 24º-27º DO SIGNO DE ESCORPIÃO:

OVNI NO CÉU DE BEJA EM 1962, DERROCADA NO CASTELO

 

A passagem do Sol, de um planeta ou Nodo da Lua na área 24º-27º do signo de Escorpião (isto é: graus 234-237 em longitude eclíptica)  é condição necessária mas não suficiente para a ocorrência de grave acidente ou incidente na cidade de Beja.

 

Em 20 de Outubro de 1962, com Vénus em 27º 26´/ 27º 32´ de Escorpião, cerca das 7 horas, um OVNI brilhante – ou um meteorito - atravessa vertiginosamente o céu de Beja e desfaz-se em três por cima da igreja do Salvador e à mesma hora no sítio de Nossa Senhora da Cola, Ourique, é ouvida por trabalhadores rurais uma grande explosão a grande altitude, que parecia vir da costa do Algarve na direção da serra de Monchique; em 1 de Fevereiro de 1985, com Nodo Sul da Lua em 24º 9´/ 24º 6´ de Escorpião, entre a 1.54 horas e as 2.34 da madrugada, deflagram 8 engenhos explosivos das «Forças Populares 25 de Abril» destruindo 11 viaturas no bairro alemão em Beja; em 13 de Novembro de 2014, com Vénus em 25º 14´ / 26º 30´  de Escorpião,  desmorona-se, às 17 horas e 25 minutos, o canto sul de um balcão de pedra da torre de menagem do castelo de Beja, destruindo um arco em pedra ao cimo de umas escadas no interior do castelo.

ÁREA 11º-13º DE SAGITÁRIO:

ACÇÃO DAS FORÇAS DA ORDEM EM BEJA

A passagem do Sol, de um planeta ou Nodo da Lua na área 11º-13º do signo de Sagitário (isto é: graus 241-243 em longitude eclíptica)  é condição necessária mas não suficiente para uma intervenção visível da PSP nas ruas de Beja.

 

De 10 a 13 de Abril de 1976, com Neptuno em 13º 48´/ 13º 45´ de Sagitário,  a cidade de Beja vive em clima de vulcão político-social, com um boicote violento por esquerdistas a um comício do PPD na Praça de Touros, no dia 10, e um recontro violento de rua entre manifestantes revolucionários e a PSP, resultando na morte, a tiro, do operário Manuel Pratas Palminha, no dia 13; em 20 de Outubro de 2000, com Plutão em 11º 6´/ 11º 8´ de Sagitário, o funcionário Francisco António Carvoeiras Casadinho tranca-se no laboratório de Química da Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, exige a presença da televisão para explicar as supostas perseguições de que é vítima por parte de «extraterrestres» e, ao cabo de algumas horas de assédio, acaba por ser dominado pelos bombeiros; em 13 de Fevereiro de 2012, com Nodo Norte da Lua em 11º 14´ / 11º 12´ de Sagitário, na rua de Moçambique, em Beja, Francisco Esperança, triplo homicida de familiares, dispara alguns tiros e entrega-se à PSP.

 

Algumas das próximas datas em que um planeta ou o Sol transitarão a área 11º-13º de Sagitário são: 8 a 10 de Janeiro de 2016 (Vénus); 27 a 29 de Outubro de 2016 (Vénus). 

 

ÁREA 10º-13º DO SIGNO DE CAPRICÓRNIO:

O GOLPE DE BEJA EM 1962, A QUEDA DE VARANDIM NO CASTELO EM 2014

 

A passagem do Sol, de um planeta ou Nodo da Lua na área 10º-13º do signo de Capricórnio (isto é: graus 280-283 em longitude eclíptica)  é condição necessária mas não suficiente para a ocorrência de grave acidente ou incidente na cidade de Beja.

 

Em 1 de Janeiro de 1962, com Sol em 10º 5´/ 11º 6´ de Capricórnio, de madrugada, descoordenados entre si, um grupo de civis chefiado por Manuel Serra e um grupo de militares chefiado pelo capitão Varela Gomes assaltam e ocupam o Regimento de Infantaria 3, quartel de Beja, num intento de derrubar Salazar, mas o segundo comandante major Calapez fere gravemente a tiro Varela Gomes e dispara no escuro, durante horas, havendo 3 mortes, entre elas a do subsecretário do exército Jaime da Fonseca, que se deslocara a Beja de manhã, e o golpe revolucionário fracassa, não chegando a entrar em acção, como chefe do golpe anti-salazarista, o general Humberto Delgado, escondido numa casa da Rua Ancha da capital do Baixo Alentejo;em 17 de Novembro de 2013, com Vénus em 10º 44’ / 11º 35´ de Capricórnio, cerca das 14.55 horas, um recluso de 22 anos suicida-se por enforcamento no Estabelecimento Prisional de Beja; em 13 de Novembro de 2014, com Marte em 13º 8´/ 13º 54´ de Capricórnio , desmorona-se, às 17 horas e 25 minutos, o canto sul de um varandim de pedra da torre de menagem do castelo de Beja, destruindo um arco em pedra ao cimo de umas escadas no interior do castelo.

 

Algumas das datas próximas em que o Sol ou um planeta passarão na área 10º-13º de Capricórnio são: 31 de J.neiro e 1-4 de Fevereiro de 2016 (Vénus); de 20 a 23 de Novembro de 2016 (Vénus); de 10 a 15 de Dezembro de 2016 (Mercúrio)-

 

ÁREA 10º-12º DO SIGNO DE AQUÁRIO:

ASSALTO AO QUARTEL DE BEJA, INCÊNDIO NA METALÚRGICA EM 1992

 

A passagem do Sol, de um planeta ou Nodo da Lua na área 10º-12º do signo de Aquário (isto é: graus 310-312 em longitude eclíptica)  é condição necessária mas não suficiente para a ocorrência de grave acidente ou incidente na cidade de Beja.

 

Em 1 de Janeiro de 1962, com Júpiter em 10º 28´/ 10º 41´ de Aquário, decorre, de madrugada, o assalto antifascista, fracassado, ao quartel de Beja, sendo gravemente ferido o capitão Varela Gomes, chefe militar dos revoltosos, e mortos dois destes no tiroteio; em 22 de Abril de 1988, com Mercúrio em 3º 39´/ 5º 47´ de Touro, Marte em 10º 7´/ 10º 47´ de Aquário, de madrugada, o palácio da Justiça de Beja é assaltado, sendo roubados 200 contos exclusivamente em notas de banco, não em cheques nem em moedas; em 5 de Novembro de 1992, com Saturno em 12º 4´/ 12º 6´ de Aquário, irrompe um incêndio na antiga fábrica metalúrgica da cidade de Beja, agora desactivada.

 

Algumas das próximas datas em que um planeta, Sol ou Nodo da Lua transitarão a área 10º-12º do signo de Aquário serão: 30 e 31 de Janeiro e 1 e 2 de Fevereiro de 2012 (Sol)

 

 

 

 

PONTO 16º 36´/ 16º 47´ DE QUALQUER SIGNO:

INCÊNDIOS EM BEJA CIDADE OU NO DISTRITO DE BEJA

 

 

A passagem do Sol ou de um planeta ou Nodo da Lua no ponto 16º 36´/ 16º 47´de qualquer signo é condição necessária mas não suficiente para produzir um incêndio na cidade de Beja e em um raio de cerca de 60 quilómetros em redor.

 

Em 5 de Novembro de 1992, com Neptuno em 16º 35´/ 16º 36´  de Capricórnio, irrompe um incêndio na antiga fábrica metalúrgica da cidade de Beja, agora desactivada; em 24 de Maio de 1999, com Úrano em 16º 47´ de Aquário,  às 20.00 horas, deflagra um grande incêndio no armazém de plásticos da Empresa Abel e Casadinho, em Beja; em 6 de Outubro de 2008, com  Nodo Norte da Lua em 16º 46´/ 16º 44´ de Aquário, após as 0 horas, deflagra um incêndio que destrói o edifício dos serviços da habitação da Câmara Municipal de Beja, na Rua da Moeda, deixando a descoberto as ruínas de dois templos romanos; em 19 de Maio de 2013, com Nodo Norte da Lua em 16º 47´ de Escorpião, um incêndio irrompe numa viatura guardada num casão e propaga-se a duas habitações contíguas em Serpa, desalojando quatro pessoas; em 31 de Maio de 2013, com Nodo Norte da Lua em 16º 39´ de Escorpião,  um incêndio consome um eucaliptal na zona de Canal Caveira, Grândola; em 2 e 3 de Junho de 2013, com Nodo Norte da Lua em 16º 39´ / 16º 42´ de Escorpião,  um incêndio devasta uma extensa área de mato em Santana de Cambas, Mértola.

 

Algumas das próximas datas em que um planeta, o Nodo da Lua, Quirón ou o Sol estarão em 16º 36´/16º 47´  de qualquer signo, elevando a probabilidade de ocorrência de incêndio em Beja e arredores são: de 27 a 29 de Fevereiro de 2016 (Júpiter); de 13 a 16 de Junho de 2016 (Nodos da Lua).

 

PONTO 18º 46´DE QUALQUER SIGNO:

O GOLPE DE BEJA EM 1962, A QUEDA DE VARANDIM NO CASTELO EM 2014

 

A passagem do Sol, de um planeta ou Nodo da Lua em 18º 46´ de qualquer signo do Zodíaco (Carneiro, Touro, Gémeos, etc)  é condição necessária mas não suficiente para a ocorrência de grave acidente ou incidente na cidade de Beja.

 

Em 1 de Janeiro de 1962, com Nodo Norte da Lua em 18º 46´/ 18º 42´ de Leão,  Nodo Sul da Lua em 18º 46´/ 18º 42´ de Aquário, de madrugada, descoordenados entre si, um grupo de civis chefiado por Manuel Serra e um grupo de militares chefiado pelo capitão Varela Gomes assaltam e ocupam o Regimento de Infantaria 3, quartel de Beja, num intento de derrubar Salazar, mas o segundo comandante major Calapez fere gravemente a tiro Varela Gomes e dispara no escuro, durante horas, havendo 3 mortes, entre elas a do subsecretário do exército Jaime da Fonseca, que se deslocara a Beja de manhã, e o golpe revolucionário fracassa, não chegando a entrar em acção, como chefe do golpe anti-salazarista, o general Humberto Delgado, escondido numa casa da Rua Ancha da capital do Baixo Alentejo;em 13 de Novembro de 2014, com Nodo Norte da Lua em 18º 46´/ 18º 44´ de Balança, desmorona-se, às 17 horas e 25 minutos, o canto sul de um varandim de pedra da torre de menagem do castelo de Beja, destruindo um arco em pedra ao cimo de umas escadas no interior do castelo.

 

Se alguém consultar efemérides planetárias, por exemplo as Swiss Ephemeris, de acesso livre na internet, comprovará a verdade do que dizemos em termos astronómicos.

 

NOTA- Obras nossas vendem-se em www.astrologyandaccidents.com

 

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Quinta-feira, 10 de Abril de 2014
Notas sobre o Santo Graal, a Távola Redonda e os Templários

 

A lenda do Santo Graal, um objecto mágico do imaginário cristão da Idade Média, está ainda hoje viva no inconsciente colectivo. Em filmes como «Excalibur» e «Indiana Jones e a Grande Cruzada», o Graal aparece em forma de cálice de metal ou de madeira e os seus maravilhosos poderes são desvelados, uma vez que teria sido o cálice que recolheu o sangue de Jesus Cristo no Calvário e que José de Arimateia teria levado para Inglaterra. Em " O Código da Vinci" de Dan Brown, o Graal seria o corpo feminino arquetípico, o corpo de Maria Madalena, esposa de Cristo numa visão gnóstica, que repousaria no túmulo sob a pirâmide do Museu do Louvre, em Paris (note-se a semelhança entre as palavras Louvre e L´Oeuvre, em português a Obra, o trabalho alquímico referente ou conducente ao Graal, à Pedra Filosofal).

 

Sobre o Graal, escreveu Évola:

 

«Nos diferentes textos, o Graal é apresentado essencialmente sob três formas:

 

1) Como um objecto imaterial, munido de movimento próprio, de natureza indefinida e enigmática ("não era de madeira, nem de qualquer tipo de metal, nem de pedra, chifre ou osso").

 

2) Como uma pedra - "pedra celeste"  e "pedra de luz".

 

3) Como uma taça ou recipiente ou bandeja, muitas vezes de ouro, e, eventualmente, ornamentado com pedras preciosas. Tanto nesta forma como na precedente, quase constantemente quem leva o Graal são mulheres (outro elemento completamente estranho a todo o ritual cristão; ao contrário, nele não aparecem sacerdotes). (Julius Evola, "O Mistério do Graal", Editora Pensamento, Brasil, 9ª edição, 1995, pág 63).

 

O Graal seria, segundo a tradição, uma pedra saída do céu (lapis ex coelis), levada para a Terra por grande número de anjos. Évola escreve:

 

«Para Wolfram, trata-se dos anjos que foram condenados a descer à Terra a fim de manter-se neutros no momento da tentativa de Lúcifer. Guardado por eles, o Graal não perdeu as suas virtudes. Em seguida passou para a guarda de uma estirpe de cavaleiros, designados do alto. Esta tradição modifica-se no Wartburgkrieg da seguinte maneira: uma pedra se soltou da coroa de Lúcifer quando este foi atingido pelo arcanjo Miguel. Trata-se da pedra dos eleitos, que caiu do céu, e foi encontrada por Parsifal depois de ter sido recolhida por Titurel, que é justamente o primeiro representante da dinastia do Graal. O Graal seria então essa pedra luciferina. Segundo outros, a pedra que caiu na Terra teria sido uma esmeralda que ornamentava a própria testa de Lúcifer. Foi transformada em forma de taça por um anjo fiel e, assim surgiu o Graal, doado a Adão no "Paraíso terrestre", até ao momento de sua expulsão daquele lugar. Seth, filho de Adão, conseguiu reencontrar durante algum tempo o paraíso terrestre, e dali trouxe consigo o Graal. Parece, enfim, na opinião de outros, que o Graal foi colocado em relação com uma fortaleza cátara dos Pirinéus, Montségur, que as armadas de Lúcifer teriam tomado de assalto para obter o Graal de volta e encaixá-lo novamente na coroa do seu príncipe, de onde havia caído no momento da repressão de sua tentativa. Mas o Graal teria sido salvo, naquela oportunidade, por cavaleiros que o esconderam no interior de uma montanha.»

 

(Julius Evola, "O Mistério do Graal", Editora Pensamento, Brasil, 9ª edição, 1995, pág 70; o destaque a bold é colocado por mim).

 

Os poderes atribuídos ao Graal - iluminação plena como se do Sol se tratasse, cura instantânea de doenças em que o visse ou tocasse ou, pelo contrário, cegueira ou paralisia ou morte sobretudo se o visionário fosse de coração impuro - não são inverosímeis se pensarmos nos efeitos energéticos dos OVNI sobre certas pessoas e nos avanços que a tecnologia terrestre irá ter.

 

AS VEIAS DO DRAGÃO

 

Ligado ao Graal, está a figura mítica do Dragão. O culto do Dragão ou culto da serpente alada é pagão, pré-cristão, e estava patente nos monumentos megalíticos, nas linhas geográficas que os ligam entre si. A constelação do Dragão é composta de doze estrelas e é a oitava maior das 88 constelações do céu. A sua forma inspirou o mapa geográfico ligando entre si templos e centros de poder das religiões pré-cristãs. Escreveu Ernesto Barón:

 

«Muitos dos antigos lugares míticos britânicos relacionam-se com linhas rectas ou Alinhamentos-lei que estão vinculados à imagem de um Dragão-Serpente.»

 

«Segundo alguns escritores, e nós estamos em afinidade de pensamentos e estudos  com eles, este conhecimento harmónico entre o Cosmo e a Terra foi no mundo antigo a base de muitas religiões. Afirma-se que não só na antiga China, mas também na Grã-Bretanha, França, Alemanha e outros países, os homens superiores escolheram como lugares sagrados aqueles ligados directamente a uma força energética terrestre, a ciência do Geon.»

 

«Os antigos lugares megalíticos, círculos de pedras, túmulos, menires, dólmenes, actuavam como condutores dessa energia oculta e as Linhas-lei transportavam essa força por uma complexa e gigantesca rede.»

 

«A Geomancia descobriu que a imagem do Dragão está relacionada com certos alinhamentos semelhantes a Feng-Shui e Lung-Mei, chamados "Sendas do Dragão" (Ernesto Barón, A Mensagem Cósmica Arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, páginas 103-104).

 

Nisto está presente o princípio hermético de que tudo se relaciona e de que o microcosmos  (Terra com os seus túneis internos e linhas de força) é o espelho do macrocosmos (Céu com as suas constelações). Princípio incompreensível para os filósofos analíticos e para quase todos os materialistas, demasiado limitados, em nome da "lógica" do visível, na compreensão do universo.

 

AVALON OU THULE, A ILHA GIRATÓRIA

 

Um dos componentes essenciais do mito do Graal e da Távola Redonda, a organização iniciática do rei Artur que no século VI reunia doze cavaleiros em torno de uma mesa redonda e a cada um atribuía a missão de governar parte do mundo, é a mítica ilha de Avalon ou Thule. Esta, uma ilha de  cristal no meio do oceano, seria o centro do mundo e situar-se-ia no pólo norte da Terra. Como era uma ilha giratória, sempre em movimento, faria rodar o eixo do mundo. Aí viveriam os hiperbóreos, antecessores dos actuais humanos mas mais evoluídos do que estes porque dotados de poderes intelectuais superiores. Tais como a visão directa do invisível, da quarta dimensão, possível através do «Terceiro Olho» correspondente à glândula pineal. Não havia grandes superfícies geladas no polo terrestre porque o eixo da Terra estaria vertical e não inclinado face à eclíptica e os polos receberiam a radiação solar de forma mais equilibrada do que hoje. Escreve Evola:

 

« O centro hiperbóreo, entre suas inúmeras denominações, que passaram a ser aplicadas inclusive ao centro atlântico, teve a de Thule, a de Ilha Branca ou do Esplendor (...) de Terra do Sol ou "Terra de Apolo", de Avalon. Lembranças concordantes em todas as tradições indo-europeias falam do desaparecimento desta sede, que se tornou mítica, em relação a um congelamento ou a um dilúvio.»

(Julius Evola, "O Mistério do Graal", Editora Pensamento, Brasil, 9ª edição, 1995, pág 25).

 

«Vimos que entre os lugares onde se desenvolvem as provas dos cavaleiros do Graal aparecem em primeira linha a "Ilha" e o "Castelo". (...) Mordrain alcança a ilha rochosa situada lá onde se efectua a verdadeira travessia para a Babilónia, a Escócia e a Islândia" e onde começaram as suas provas, raptado que foi pelo Espírito Santo.» (Julius Evola, ibid, pág 99)

 

Esta ilha de Avalon seria a sede do Santo Graal. Estaria, na era cristã, na Quarta Dimensão, seria invisível e seria apenas alcançável por uma viagem espiritual ( a famosa viagem «astral» de que os ocultistas falam e que praticamos ao dormir, saindo do nosso corpo físico imobilizado na cama). Outras sedes foram designadas para o Santo Graal: o castelo de Montségur, na posse dos cátaros até Março de 1244; a montanha de Montserrat, em Barcelona; a catedral de Valencia...

 

O REI PESCADOR

 

Em correlação com a ilha de cristal e as águas há no mito do Graal a referência ao Rei Pescador. Conta-se que Alexandre o Grande teria encontrado num peixe gigantesco uma pedra luminosa que durante a noite emitia uma poderosa luz. De novo as águas e o seu permanente habitante, o peixe, são o lugar de onde emerge o objecto ou a ilha mágica. Os evangelhos referem que Jesus Cristo convenceu Simão Pedro e os seus irmãos pescadores a segui-lo dizendo que faria deles «pescadores de homens». Na saga do Graal todos os que não receberam o alimento espiritual que é a contemplação da luz do Graal são alimentados com peixe que Alano pescou, lembrando o milagre evangélico da multiplicação dos pães e dos peixes. Escreve Evola:

 

« Por outro lado, parece-nos aqui oportuno fazer uma distinção: por mais que os efeitos do Graal e do peixe sejam equivalentes, o peixe aparece como um complemento do Graal; ele integra a sua eficácia com relação a um determinado grupo de cavaleiros não alimentados pelo primeiro.(...)  (Julius Evola, ibid, pág 97).

«A explicação, encontrada em Chrestian de Troyes, é a de que o rei do Graal, exactamente por ter sido ferido, não tem outra ocupação e alegria possível, além de pescar.» (...)  Detalhe significativo, no Perceval Il Gallois, o anzol com que ele pesca é de ouro e tanto neste texto como em Wolfram, o pescador é também aquele que indica a Parsifal o caminho para o castelo do Graal, assumindo a figura do rei doente.» (Julius Evola, ibid, pag 98)

«O rei pescador é o dominador que decaiu e tenta reativar a mesma tradição primitiva, a herança hiperbórea. E isso só se alcançará com a chegada do herói que conhecerá o Graal... » (Julius Evola, ibid, pag 99)

 

O CAVALEIRO ENTERRADO VIVO

 

Outro tema da saga do Santo Graal é o do cavaleiro em morte aparente, muitas vezes identificado com o próprio Demónio que procura evitar que Parsifal, um dos cavaleiros da Távola Redonda, atinja o castelo do Graal e reconstrua a espada que se quebrou em combate com Partinial.

 

«À corte do rei Artur, para onde Parsifal volta, chega uma embarcação trazida por um cisne, com um esquife que ninguém consegue abrir. Parsifal afinal abre-o e nele encontra um cavaleiro morto, que ele terá de vingar. Tomada tal decisão ocorre, entre outras coisas, o seguinte episódio: Parsifal abre uma sepultura na qual está encerrado um homem vivo. Este, porém, tenta fechar o próprio Parsifal na tumba, e após uma breve luta Parsifal consegue pô-lo em fuga. Depois disso, Parsifal alcança o castelo fatídico e, enfim, consegue soldar definitiva e integralmente a espada.» (Julius Evola, ibid, pág 93).

 

É interessante referir o simbolismo do cisne, ligado a Apolo, deus hiperbóreo da Idade do Ouro. Nietzschze, na sua particular interpretação, subverte em certa medida o carácter que a tradição iniciática, em que se inclui Evola, atribuiu a Apolo, quando este é classificado  por Nietzsche como deus da racionalidade, da medida, da ordem, princípio da individuação, o mesmo Nietzsche que   colocan Diónisos como deus da vontade de poder irracional, da paixão, do super-homem aristocrático. Evola era, sem dúvida, mais culto que Nietzsche. O aristocrata italiano, aliado do fascismo, falecido em 1974, escreveu com maior riqueza de ideias do que o filósofo alemão, falecido em 1900, que inspirou Hitler.

 

A DAMA DO LAGO

Do filme «Excalibur» e de romances sobre a Távola Redonda extraiu o grande público a imagem da Dama do Lago - uma mulher, mágica, que vive dentro das águas de um lago e cujo braço se ergue acima do nível da água para entregar a espada Excalibur ao rei Artur ou para a recolher no interior das águas. Escreveu Ernesto Barón sobre a entrega do conhecimento ao rei Artur, processo em que o mago Merlin tem um papel fundamental:

 

«Todo este saber foi preparado pela Dama do Lago, por aquele Ser Celestial ligado às Águas da Vida, ao Amor e à Transmutação, esse Lago-IAO que nos oferece o poder e o mando da criação.»

 

«Não negamos, pelo contrário, afirmamos que existe íntima relação entre a Dama do Lago e a representação de Stella Maris, a Estrela do Mar, a Virgem do Mar, aquela manifestação do nosso Ser de que tanto falaram os Cavaleiros Medievais.»

 

« A mulher sagrada entrega-nos as armas para a dura luta contra os nossos defeitos psicológicos. Ela, através da transmutação das águas em energia criadora, conduz-nos à libertação suprema.»

 

« A história conta que quando o rei Artur foi hipnotizado e vencido pelas tentações do mal, o raio da justiça, a língua do Dragão castigou-o, perdendo assim seus poderes. Foi quando a pobreza e a fome chegaram a seu povo.»

 

« Só o Santo Graal e sua esposa Genebra tinham o poder suficiente para devolver-lhe o que perdeu. Então, foi-lhe entregue novamente a espada mas desta vez pela representação humana de Stella Maris, sua Rainha, já que só ela guardava e tinha a capacidade de oferecer.»

 

« A história mais confusa que clara e bastante distorcida fala-nos de Lancelot do Lago. Ele é o guerreiro mais próximo do rei Artur. No entanto, para consegui-lo tem que enfrentar seu soberano e dono num ponto internediário, na ponte que liga duas terras diferentes: a humana, de Lancelot-Manas, a divina, de Artur-Chesed.» (Ernesto Barón, A Mensagem Cósmica Arturiana, páginas 188-189).

 

Esclareçamos que, na simbologia gnóstica, o homem é composto de vários planos para além do corpo físico visível: Atman é o Espírito Superior, divino, masculino, polo positivo, equivalente ao rei-sacerdote Artur, o pontífice ou construtor de pontes entre os mundos terreno e divino, Budhi é a Alma Superior feminino, polo negativo, equivalente a Guinivere, a rainha esposa de Artur, e Manas a Alma Humana, o neutro, equivalente a Lancelot do Lago que, supostamente, cometeria adultério com Guinivere. Aqui se espelha a noção de Deus Uno e Trino própria do cristianismo católico e protestante: o Pai, o Espírito Santo (A Mãe) e o Filho.

 

AS DUAS ESPADAS E A PERGUNTA

 

Um tema recorrente das lendas sobre o Graal é o do cavaleiro das Duas Espadas. A duplicação é uma determinação ontológica: aparência - essência, mundo sensível-mundo inteligível, virilidade material- virilidade espiritual, etc. Os cavaleiros Templários eram representados na forma de dois cavaleiros na garupa do mesmo cavalo e isso constituiu uma «prova» para os inquisidores da Igreja Católica Romana de que os Templários praticavam a sodomia, a homossexualidade, quando os seus votos eram de castidade e pobreza. Porém, essa imagem merece outras interpretações: os dois cavaleiros são duas potências residentes em cada indivíduo, como por exemplo, o valor político-militar e o valor espiritual, etc. Note-se que a famosa Cruz de Caravaca, cidade espanhol que possuía um enclave templário, é formada por dois eixos horizontais, um sobre o outro, que cruzam o eixo vertical. Escreveu Evola:

 

«A insuficiência da força heróica, não no sentido técnico específico já indicado deste termo mas no sentido comum, exprime-se também no motivo da dupla espada. A primeira espada, aquela que Parsifal carrega naturalmente consigo, ou que conquistou em suas aventuras premilitares, corresponde às virtudes puramente guerreiras devidamente vividas. A segunda, em Wolfram, Parsifal consegue obtê-la somente no castelo do Graal, como aquele do qual todos esperam que "faça a pergunta". Enfim, é aquela mesma que o rei vivo apenas aparentemente, no Diu Crône, transmite a Galvão antes de desaparecer, no sentido de passar a ela a sua própria função; e é a espada que no Grand St. Graal Celidoine diz estimar como o próprio Graal». ( Julius Evola, O Mistério do Graal, pág. 111).

 

A pergunta é exactamente a que o cavaleiro eleito faz ao rei doente ou em morte aparente no castelo: «Onde está o Graal? De onde veio o Graal?» . Tem um valor iniciático algo similar, no plano formal, à pergunta que o mestre da loja maçónica faz ao neófito: «Que buscas?» . «A luz» -- responderá este. Mas, como sublinhou Evola, o ideal maçónico é contrário ao ideal do Santo Graal da cavalaria feudal, uma vez que a maçonaria contemporânea se baseia num ideal de liberdade, igualdade e fraternidade universal e na democracia de massas individualista, laica, ao passo que os gibelinos da Ordem do Templo defendiam o sacro império universal em que o imperador incarnava a divindade e lançava legitimamente a guerra santa, sem se submeter à igreja católica romana ou a outra baseada numa espiritualidade feminina, lunar, contemplativo-ascética.

 

A ÁRVORE SECA

 

Que significa a Árvore Seca, referida em histórias do Graal? Parece exprimir o império decadente, dividido por lutas intestinas, império sob a influência da igreja de Roma, a «loba» ou «prostituta» no pensamento do poeta Dante. A Árvore Seca reflorescerá, transformar-se-á em águia quando surgir, em todo o esplendor, o rei do Graal, o imperador. Évola escreve: 

 

«E o tema complementar, de um reino devastado ou que se tornou estéril e aguarda a restauração, encontra o seu equivalente no tema da Árvore Seca». (Evola, ibid, pag 40).

 

«Em Dante, a Árvore assume igualmente o duplo significado de Árvore do Conhecimento e de "Paraíso Terrestre" (por sua referência a Adão) e de Árvore do Império (por sua referência à Águia); no geral indica portanto o império que se justifica em função da tradição primitiva. A Árvore de Dante é, antes de mais, a Arbre Sec...» (Evola, ibid, pág. 49).

 

A POMBA BRANCA

 

simbolismo da pomba branca é, entre outros, a indicação do Espírito Santo. Na lenda que envolve a tomada do castelo cátaro de Montsegur, na Ocitânia, em Março de 1244, no momento em que os «exércitos de Lúcifer», isto é, os militares da igreja católica romana, cercavam as muralhas com o objectivo de passar a fio de espada todos os homens, mulheres e crianças cátaros, uma pomba branca (o Espírito Santo) abriu com o bico o monte Thabor e Esclarmonde de Foix, a castelã cátara, atirou para dentro da montanha sagrada o cálice do Santo Graal. Os cruzados da Igreja queimaram vivos todos os cátaros. Esclarmonde subiu ao cimo do Thabor e transformou-se em pomba branca e voou em direção às montanhas da Ásia, instalando-se no Paraíso Terrestre.

 

Evola escreveu referindo-se a um livro do rosa-cruciano Andreae:

 

«Em segundo lugar, fala-se de uma fonte, junto da qual está um Leão, que, de repente, se apossa de uma Espada nua e a quebra, acalmando-se somente quando uma pomba lhe entrega um ramo de oliveira, que ele devora.» (Julius Evola, ibid, pág 160).

 

A CRUCIFIXÃO APARENTE DE JESUS

 

Segundo o Evangelho Gnóstico de Pedro, encontrado na biblioteca de Nag Hammadi, Jesus não foi crucificado mas sim substituído por um escravo no suplício da cruz ficando Jesus a observar do alto de uma árvore:

 

«Aquele que vocês viram na árvore, feliz e rindo, esse é o Jesus vivo. Mas este, em cujas mãos e pés puseram pregos, é apenas a sua carne, que é o ente substituto sendo envergonhado, criado à sua imagem.  Olhe para ele e para mim». (Jesus narrador)

 

Mas então, se os Templários não acreditavam na Crucifixão de um deus ou de um homem divino chamado Jesus, não visualizavam o Graal como o cálice que albergou o sangue de Cristo. O Graal poderia, contudo, ser uma pedra ou cálice com poderes sobrenaturais. Não admira que os Templários cuspissem e pisassem o crucifixo, símbolo da derrota, inaceitável para os cavaleiros-monges.

 

«O cavaleiro que aspirava às hierarquias internas da Ordem devia pisotear e passar por cima do Crucifixo. Ordenavam-lhe que «não acreditasse no Crucifixo, mas sim no Senhor que está no Paraíso"; ensinavam-lhe que Jesus havia sido um falso profeta, não uma figura divina"  (Jules Evola, O Mistério do Graal, pág. 134).

 

 

 

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© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)



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