Sobre o subjetivismo escreve o Routledge Dictionary of Philosophy:
« SUBJETIVISMO Ponto de vista ou pontos de vista que afirma que o que aparece como sendo verdades objetivas ou regras em certas esferas, nomeadamente em ética, são realmente ordens disfarçadas ou expressões de atitude, etc, por exemplo, "Mentir é errado" devia ser encarado não como declarando um facto objetivo, mas como sendo realmente a ordem "Nunca mintas!" ou uma expressão de hostilidade do orador em relação a mentir, como "Mentir! Grrr!" (ver NATURALISMO). Uma versão alternativa do subjetivismo diz que as declarações em questão exprimem verdades objetivas, mas unicamente sobre mentes humanas, desejos, crenças, experiências, etc, sejam estas do orador ou do público em geral. "Mentir é falso" devia então significar "Eu, ou talvez as pessoas em geral, desaprovo mentir" (Michael Proudfoot e A.R. Lacey, The routledge Dictionary of Philosophy, 4ª edição, pag 390; a letra a negrito é colocada por mim).
Proudfoot e Lacey confundem a definição de subjetivismo com o mecanismo gerador do subjetivismo, isto é, confundem a «causa formal», em linguagem aristotélica, com a «causa eficiente.» O subjetivismo possui uma dupla definição, epistémica e sociológica: «doutrina segundo a qual a verdade é íntima a cada pessoa e exclusiva desta, ou seja, a verdade varia de pessoa a pessoa, não há uma verdade única geral». É o mais radical individualismo gnosiológico.
Dizer que o subjetivismo é apenas uma ordem ou conjunto de ordens disfarçadas, como acima o faz o Routledge Dictionary, é confundi-lo com o prescritivismo e com o emotivismo (note-se que há um emotivismo subjetivo e um emotivismo objetivo) e é pôr de parte o conteúdo intelectual representativo, de uma dada consciência. Dizer que subjetivismo é uma atitude de hostilidade do orador para com algo é confundir o produto final (a ideia, o enunciado subjetivista) com o agente que o produziu (a emoção do sujeito) - voltamos, de novo, à confusão entre causa eficiente e causa formal. O subjetivismo em sentido sociológico (uma só pessoa, uma só mente isolada) opõe-se ao objetivismo em sentido sociológico (muitas mentes partilhando a mesma verdade objetiva) mas não se opõe ao objetivismo em sentido epistémico (a verdade em si).
Exemplo: somos uma minoria de pensadores isolados (subjetivismo sociológico) os que afirmamos, seguindo as conclusões do francês J.Tissot e do norte-americano Herbert Shelton, que a vacinação é um envenenamento surdo do organismo humano por vírus e toxinas e que as vacinas são sempre nocivas mas apreendemos a verdade epistémica (objetivismo epistémico) ao passo que a esmagadora maioria da população (objetivismo sociológico) acredita, erradamente, que as vacinas «imunizam», impedem e erradicam doenças (subjetivismo epistémico, poderia dizer-se). A imposição da teoria da vacinação como "verdade oficial" não resulta de qualquer discussão racional pública, alargada, em termos justos. É um puro acto fascista que a elite semi pensante dos médicos e investigadores de laboratório e dos políticos leva a cabo com o acordo da parte inculta e maioritária da população de cada país.
A mais alta verdade em filosofia (objetivismo epistémico-filosófico) atinge-se através do mais puro isolamento do pensar (subjetivismo sociológico).
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