Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de Fevereiro de 1788- Frankfurt, 21 de Setembro de 1860) o grande filósofo alemão ateu, discípulo de Kant, difusor do pessimismo de índole budista e da ideia de que a este mundo de dores é preferível o nada, a inexistência, escreveu sobre a mulher e a poligamia natural do homem o seguinte:
«Se todo o homem tem necessidade de várias mulheres, justo é que seja livre e até que se o obrigue a carregar com várias mulheres. É evidente que, por natureza, a mulher está destinada a obedecer, justo é que seja livre e até que se o obrigue a carregar com várias mulheres. Estas ficarão desse modo reduzidas ao seu verdadeiro papel, que é o de um ser subordinado, e ver-se-á desaparecer deste mundo a «dama» , esse monstro da civilização europeia e da obstinação germanocristã, com as suas ridículas pretensões ao respeito e à honra. Não mais senhoras, mas também não mais dessas infelizes mulheres que enchem presentemente a Europa!» (...)
«É evidente que, por natureza, a mulher está destinada a obedecer e prova disso é que a que está colocada nesse estado de absoluta independência, contrário à sua natureza, se enreda em seguida, não importa com qual homem, por quem se deixa dirigir e dominar porque necessita de um amo. Se é jovem, toma um amante; se é velha, um confessor».
«O matrimónio é uma cilada que nos estende a natureza.»
«A honra das mulheres, o mesmo que a honra dos homens, é um «espírito do corpo» bem entendido. Na vida das mulheres, as relações sexuais são o grande negócio. A honra consiste para uma jovem solteira na confiança que inspire a sua inocência, e para uma mulher casada, na fidelidade que tenha ao seu marido.»
(Schopenhauer, El amor, las mujeres y la muerte, Biblioteca Edaf, Madrid, México, Buenos Aires, 2015, pág. 102; o destaque a negro é posto por nós).
Schopenhauer diz que a inteligência da mulher é mais limitada do que a do homem e atinge o auge aos 18 anos de idade, mas nada prova isso, apesar dos que dizem que «os filósofos célebres foram sempre homens: Platão, Aristóteles, São Tomás de Aquino, Descartes, Kant, Hegel, Husserl, Jung, etc». E Hipátia de Alexandria, matemática, filósofa neoplatonista da linha de Plotino no Egipto romano, astrónoma defensora do heliocentrismo?
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Plotino (Licópolis, 205- Egipto, 270), filósofo neoplatónico, escreveu:
«Efetivamente, cada homem é duplo: um, o composto dual particular; e outro, ele mesmo. Mas, ademais, todo o cosmos é duplo: um, o composto de corpo e de certa alma ligada a um corpo, e outro, a Alma do Universo que não está no corpo mas que ilumina com os seus esplendores fugazes à que está no corpo. E também o sol e os demais astros são duplos do mesmo modo. À outra alma, à alma pura, não comunicam vileza nenhuma; mas os influxos que deles se transmitem ao universo enquanto são por seu corpo uma parte do universo e uma parte animada, transmitem-nos com uma parte de si, enquanto que a vontade do astro e a alma realmente sua têm o olhar posto no mais exímio. Ao invés, os influxos são acompanhamentos do astro, ou melhor, da envolvência do astro, como quando um calor se transmite do fogo ao conjunto. Diga-se o mesmo se algum influxo se transfunde da alma restante a outra porque lhe é afim. Os efeitos desagradáveis devem-se à mistura, pois a natureza de este universo é «mista» e se alguém separasse do universo a alma separada não ficaria grande coisa- Assim pois o universo é um deus se entra em conta com aquela alma. O resto é um «grande Démon» diz Platão - e assim as paixões que surgem nele são demónicas »(Vida de Plotino, Enéades, I-II, Editorial Gredos, Madrid, 1982, pag 390-391; o negrito é posto por mim).
Tanto quanto este texto dá a perceber, Plotino considerava que deus é a alma do universo, o uno, que interpenetra todos corpos dotados de almas particulares, cada uma destas possuindo um «daimon» ou espírito interior, individualizado. Na medida, em que o interesse do indivíduo se separa do todo prevalece o «daimón», a paixão do corpo, a vontade de comer, beber, possuir riquezas e um poder opressivo dos outros. A natureza dupla do homem e dos astros consiste na sua dupla irradiação, benéfica e maléfica: o altruísmo e o egoísmo (o daimón e as suas paixões) no homem; a vontade do astro, pura, e o efeito do seu envolvente que distorce ou enfraquece a pureza daquele.
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