Quarta-feira, 11 de Junho de 2014
Teste de Filosofia do 10º B (Junho de 2014)

 

Eis um teste de filosofia, para o terceiro período lectivo, para o 10º A. Os alunos escolheram os valores religiosos e, neste âmbito, foram estudados o mito celta-cristão do Santo Graal, a lenda do rei Artur e da Távola Redonda, a espiritualidade gibelina e a espiritualidade guelfa, a heresia cátara dos séculos XII e XIII e o catolicismo romano, o budismo, a teoria de Hegel sobre a ideia absoluta/Deus, a teoria de Freud sobre a libido e a religião. Evitaram-se as escorregadias questões de escolha múltipla que, em muitos casos, não permitem ao aluno pensar multidimensionalmente, exibir e desenvolver o seu saber filosófico.

 

Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia com 3º Ciclo, Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA B
9 de Junho de 2014. Professor: Francisco Queiroz

 

 “A sede do Graal aparece sempre como um castelo, como um palácio real fortificado, e nunca como uma igreja ou um templo.(…) E (constata-se) a já observada e estreita relação do Graal com a espada e a lança, além de com uma figura de rei, ou de traços reais» (Julius Evola, “O mistério do Graal”, pág. 106)


1) Relacione este pensamento com a filosofia de guelfos e de gibelinos e com as várias descrições do Graal.


2) Relacione, justificando:
A) TEOLOGIA CÁTARA, TEOLOGIA CATÓLICA E MONISMO-DUALISMO
B) HOMENS HÍLICOS, PSÍQUICOS E PNEUMÁTICOS, OGDDÓADA E PLEROMA NA GNOSE DE VALENTIM
C) SIMBOLISMOS DO ANDRÓGINO, DA PERGUNTA, DE AVALON, DAS DUAS ESPADAS, NA LENDA DO GRAAL.
D) FASE DO SER EM SI E DO SER FORA DE SI, EM HEGEL, E DOIS DOS TRÊS MUNDOS NA TEORIA DE PLATÃO
E) DHARMAS, NO ATOMISMO ONTOLÓGICO DO BUDISMO, LÍBIDO E COMPLEXO DE ÉDIPO, EM FREUD.
F) VEIAS DO DRAGÃO, REI DO MUNDO E PRINCÍPIO MICROCOSMOS-MACROCOSMOS, NA FILOSOFIA ESOTÉRICA ANTIGA.

 

 

 

 

CORRECÇÃO DO TESTE DE FILOSOFIA (COTADO PARA 20 VALORES)

 

1) A sede do Graal aparece como um castelo a conquistar e não como uma igreja porque o Graal é um ideal da cavalaria medieval e não de pacíficos frades conventuais, bispos ou do Papa. O Graal tem de ser conquistado de armas na mão e implica duras provas para o cavaleiro Parsifal e outros da Távola Redonda. Não é consensual a teoeia de que o cálice do Graal fosse a taça em que José de Arimateia tivesse recolhido o sangue de Cristo pendurado na cruz, até porque a doutrina secreta dos templários rejeita a tese da crucifixão do Senhor. Assim, há outras teses: o Graal-pedra, esmeralda caída da fronte de Lúcifer; o Graal-lança, talvez relacionado com a lança do soldado Longinos que teria trespassado o peito de Jesus na cruz; o Graal-livro, que conteria os segredos, alquímicos e outros, do universo, sendo alquimia a arte de transformar o chumbo em oiro, quer no plano simbólico quer no plano material(VALE TRÊS VALORES).

 

 

2-A) A teologia cátara é dualista: há dois princípios originários do mundo, o Deus do Bem, que fez as nossas almas espirituais, e o Deus do Mal ou da Matéria que fez os nossos corpos . Para os cátaros a guerra e o sistema feudal aprovado e protegido pela igreja católica de Roma são criações de Lúcifer. Por isso, os cátaros reuniam-se nas cidades do sul da França no século XIII, os seus perfeitos praticavam a castidade e difundiam dois sacramentos o melhoramentum (pedir a benção de joelhos) e o consolamentum (imposição de mãos, como baptismo sem água nem fogo). Os cátaros não veneravam a cruz, símbolo de escravidão à hierarquia católica, pois achavam impossível que o Deus do Bem incarnasse num corpo material feito pelo seu rival. Não aceitavam que a hóstia consagrada fosse o corpo de Cristo e falavam no pão supersubstancial (o pão espiritual) que pode ligar-se ao Graal. Foram reprimidos sangrentamente pela cruzada romana que em 1244 tomou a fortaleza de Montségur e lançou na fogueira homens, mulheres e crianças. A teologia católica é monista: foi um Deus único que fez as almas e o mundo material, sendo o mal existente neste atribuído ao livre-arbítrio dos homens, e sendo o papa o representante de Cristo. Os católicos dizem que «Deus não quer o mal mas permite-o». Os cátaros refutam esta interpretação: se apenas houvesse um Deus benévolo todo poderoso Ele não permitiria sequer o mal. (VALE TRÊS VALORES).

 

2-B) Os homens hílicos possuem almas materiais que se extinguem com a morte do corpo: não têm salvação, segundo a gnose. Estão coninados à Terra, no centro das sete Esferas Planetárias. Os homens psíquicos são aqueles que vão à igreja, comugam e cumprem os ritos e as regras morais: as suas almas não foram geradas no Pleroma, mas na Ogdóade, a oitava esfera onde vive o eón Sofia, a Sabedoria exterior, que, por equívoco, gerou o Demiurgo, o autor do mundo das sete esferas planetárias. Os homens pneumáticos estão destinados à salvação, mesmo sem irem à missa e sem cumprirem os mandamentos da igreja, porque as suas almas foram geradas no pleroma e estão predestinadas a regressar a este, depois de serem exiladas em corpos O pleroma, na gnose de Valentim, é o mundo superior da Luz, onde vivem originalmente os trinta Éons: sabedoria, inteligência, bondade, igreja, etc. Os Eóns são essências espirituais perfeitas, a primeira das quais é o Ingénito, ou Pai de todas as coisas, que, sendo andrógino, gerou os outros Eóns. Estes equivalem aos arquétipos de Bem, Belo, Justo, Número, essências imóveis e eternas, que integram o Mundo Inteligível de Platão, situado acima do céu visível. (VALE TRÊS VALORES).

 

2-C) O simbolismo do andrógino, referido por Platão em «O banquete», consiste no seguinte: as primeiras raças humanas eram compostas de seres andróginos uma vez que o deus que as gerou era masculino na sua metade direita (correspondências: fogo, yang, razão) e feminino na sua metade esquerda (correspondências: água, Yin, intuição). Temendo a autosuficiência dessa raça humana primordial, o deus dividiu cada exemplar em dois, um masculino e o outro feminino, de modo a que cada um se sentisse incompleto e carente do outro.

 

  

O simbolismo da pergunta.  A pergunta é exactamente a que o cavaleiro eleito faz ao rei doente ou em morte aparente no castelo: «Onde está o Graal? De onde veio o Graal?» . Tem um valor iniciático algo similar, no plano formal, à pergunta que o mestre da loja maçónica faz ao neófito: «Que buscas?» . «A luz» -- responderá este.

Évola escreveu: «O poder milagrosamente redentor atribuído à pergunta resulta como uma extravagância somente nesse sentido. Perguntar equivale a apresentar o problema. A indiferença que, no herói do Graal, é culpa, o seu assistir, "sem perguntar", ao espectáculo do esquife, do rei que sobrevive, inanimado, morto, ou que conserva uma aparência artificial de vida, depois de terem sido realizadas todas as condições da cavalaria "terrena" e da "espiritual" e se tenha conecido o Graal, é a indiferença a este problema,» (Julius Évola, O Mistério do Graal, pág 117).

 

Avalon ou Thule é, na lenda do Graal, a ilha giratória situada no polo, terra dos hiperbóreos, situada no eixo do mundo. É a ilha mágica de cristal, que possui a Árvore da Vida e o elixir da vida eterna (Avalon indica Maçã, na língua celta) e onde estaria, em certas descrições, o castelo do Graal, o cálice ou pedra sagrada que emitiria uma luz mais intensa que o Sol e restabeleceria a saúde a qualquer doente ou ferido de guerra. Ferido de morte, o rei Artur seria trasladado num navio a Avalon e aí ficaria a viver, na quarta dimensão. «Antes de mais, mencionou-se o episódio de Mordrain, raptado pelo Espírito Santo na "ilha torre" no meio do oceano. A ilha está deserta. Mordrain é exortado a manter-se firme em sua fé. Sucede-se a isso a tentação de uma mulher, e resulta claro que nela é o próprio Lúcifer quem age.»(Julius Évola, O Mistério do Graal, Pensamento, pág 105).

 

. O simbolismo das duas espadas exprime o duplo sentido da espada e do cavaleiro: arma de guerra, militar, força física; instrumento da realeza, e mesmo Santo Graal, força espiritual e social. Um tema recorrente das lendas sobre o Graal é o do cavaleiro das Duas Espadas. A duplicação é uma determinação ontológica: aparência - essência, mundo sensível-mundo inteligível, virilidade material- virilidade espiritual, etc.

«A insuficiência da força heróica, não no sentido técnico específico já indicado deste termo mas no sentido comum, exprime-se também no motivo da dupla espada. A primeira espada, aquela que Parsifal carrega naturalmente consigo, ou que conquistou em suas aventuras premilitares, corresponde às virtudes puramente guerreiras devidamente vividas. A segunda, em Wolfram, Parsifal consegue obtê-la somente no castelo do Graal, como aquele do qual todos esperam que "faça a pergunta". Enfim, é aquela mesma que o rei vivo apenas aparentemente, no Diu Crône, transmite a Galvão antes de desaparecer, no sentido de passar a ela a sua própria função; e é a espada que no Grand St. Graal Celidoine diz estimar como o próprio Graal». ( Julius Evola, O Mistério do Graal, pág. 111).

 (VALE TRÊS VALORES)

 

2-D) A fase do ser em si, na teodiceia de Hegel, é a primeira fase da ideia absoluta ou Deus em que esta está sozinha, ainda ñão criou o espaço, o tempo e o universo material, limita-se a pensar. Equivale ao racionalismo, doutrina segundo a qual a razão é a fonte preponderante dos nossos conhecimentos. A fase do ser fora de si é aquela em que a ideia absoluta se aliena no seu contrário, se converte em mundo empírico da narureza, em montanhas, rios, árvores, girafas e outros animais. Equivale ao empirismo, doutrina que afirma as percepções empíricas como a fonte dos comhecimentos humanos.(VALE TRÊS VALORES)

 

2-E) Na filosofia budista, os «dharmas» são qualidades impessoais - memória, imaginação, força física, capacidade visual e auditiva, etc - que flutuam no universo e se juntam, acidentalmente, ao núcleo eterno do "eu" individual para formarem a personalidade de cada indivíduo durante uma dada encarnação ou vida terrestre da alma (atomismo ontológico do budismo). A libido ou energia sexual é um dos dharnas,  varia de pessoa a pessoa, e está presente no complexo de Édipo, que segundo Freud, é o desejo de o menino, de entre 3 a 5 anos de idade, eliminar o pai e (VALE TRÊS VALORES).

 

2-F) As veias do Dragão é a expressão que designa um sistema de túneis e grutas no interior do planeta Terra que conduzem ao centro deste, o reino de Agharta, segundo o esoterismo milenar, que dispõe de um sol interior e de habitantes, onde vive Melquisedec, o rei do mundo. «No interior da Terra, circula um poderoso campo de energia, é o Feng-Shui e Lung-Mei dos Chineses, e foi conhecido como o caminho das correntes telúricas, também chamado "As Veias do Dragão". (Ernesto Barón, A mensagem cósmica arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, pág.111) .

O dragão terrestre seria uma imitação, um reflexo, na sua figura, da constelação do Dragão E isto é o princípio segundo o qual o microcosmos ou pequeno universo (exemplo: uma rede de túneis e grutas) espelha o macrocosmos ( o grande universo, as constelações).

 

«As linhas telúricas, Linhas-lei, tinham um traçado coerente com o formato das constelações. (...) Também descobriu-se que muitas cúpulas cheias de água que se encontram em numerosos megalitos reflectem as constelações, principalmente da Ursa Maior e da Ursa Menor. Porquê?»

«As pedras Ofitas integram-se maravilhosamente com os condutos intraterrestres. Essa energia é conhecida também como o Sangue do Dragão que o Mago Merlin, guia condutor do rei Artur, conheceu.» (Ernesto Barón, A mensagem cósmica arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, pág.125) . (VALE DOIS VALORES)

 

Nota: Não é necessário o aluno saber de cor e escrever as citações de Julius Evola e Ernesto Barón que apenas foram inseridas na resposta para melhor a ilustrar.

 

 

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Segunda-feira, 3 de Junho de 2013
Teste de filosofia do 10º ano de escolaridade (último do 3º período, de 2013)

No final do ano lectivo de 2012-2013, eis um teste de filosofia do 10º ano de escolaridade em Portugal que evita as perguntas de resposta de escolha múltipla com um "X" que criam, em regra, inúmeras injustiças na avaliação dos alunos, prejudicando muitos dos que sabem filosofar.  A anti filosofia ou sub filosofia denominada «filosofia analítica», com distorsões frequentes no plano lógico e um grande vazio ontológico-metafísico, impera no ensino secundário e quase impera no ensino universitário.

 

 

Escola Secundária Diogo de Gouveia com 3º Ciclo, Beja

TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA B

      Professor: Francisco Queiroz

28 de Maio de 2013

I

 

“A obra de arte é um heterocosmos. Platão estabeleceu seis degraus na dialética de amar o Belo. A teoria da luz e da cor em Hegel é realismo crítico»
1) Explique concretamente este texto.

 

II

 

 

A) As três fases da Ideia Absoluta na História segundo Hegel e as três modalidades do sublime segundo Kant.
B)  Realismo e irrealismo estético, objectivismo e subjectivismo estéticos.

 

III

 

3)Disserte sobre os seguintes temas:

 

«O conteúdo e a forma na obra de arte, segundo Hegel. O que é arte (pondere exemplos como: o urinol de Marcel Duchamp intitulado «A fonte», a pedra extraída da ribeira e posta na sala de museu por Alberto Carneiro, os quadros surrealistas, etc) a função de catarse da obra de arte,  a arte pela arte, o princípio hermético macrocosmos-microcosmos.

 

 

CORRECÇÃO DO TESTE

(COTADO PARA 20 VALORES)

 

1) A obra de arte é um outro (hetero, em grego) mundo organizado (cosmos, em grego). Se pintarmos um quadro surrealista, em que a figura central é um tronco de árvore com uma cabeça de homem, estamos a criar um outro mundo, imaginário, plasmado na tela. (VALE DOIS VALORES). Na sua dialéctica ascensional para conhecer e amar o Belo, Platão apontou os seguintes procedimentos: começar por amar um só corpo belo, depois amar vários corpos belos, em seguida amar a beleza das almas, depois amar a beleza das leis e dos costumes, amar então as ciências e por último amar o Belo em Si, isto é, o arquétipo (VALE DOIS VALORES).  Hegel sustentou que a luz do sol é incolor e que forma as diferentes cores ao embater nas diferentes escuridades, isto é, zonas da matéria que absorvem a luz em graus diferentes. Se vemos a cor do céu como azul é porque a luz solar ao embater na atmosfera se dispersa e torna claro o céu que em si mesmo é negro. Isto é realisno crítico, doutrina segundo a qual há o mundo de matéria exterior a nós que não é tal como os sentidos no-lo mostram. (VALE DOIS VALORES).

 

2) A) Para Hegel, a ideia absoluta ou Deus desenvolve-se em três fases: a primeira é o Ser em si, ou Deus espírito, sozinho, antes de criar o universo, o espaço, o tempo, a matéria e pode equiparar-se ao sublime nobre em Kant, isto é, um ente grandioso e simples, que suscita espiritualidade; a segunda é o Ser fora de Si ou transformação de Deus no seu oposto (alienação), a matéria física, em astros, céus, montanhas, oceanos, vulcões, plantas e animais e pode equiparar-se ao sublime terrível - algo de grandioso que suscita horror ou medo - como no caso de um vulcão expelindo lava ou de um precipício imenso; a terceira é o Ser para si ou transformação de Deus em humanidade que vai progredindo lentamente em direcção à liberdade - desde o mundo oriental, em que só um homem é livre, até ao cristianismo reformado por Lutero e completado pela revolução francesa de 1789, em que todos os homens são livres - que é o fim da história, fase que pode comparar-se ao sublime magnífico, em Kant - algo de grandioso que integra múltiplas riquezas materiais como o palácio de Versailles ou a Capela Sistina (VALE QUATRO VALORES; HÁ OUTRAS MANEIRAS DE RELACIONAR).

 

2) B) O realismo estético assegura que o belo e o feio existem fora das mentes humanas, ou num mundo de arquétipos no caso do belo (platonismo) ou nos próprios objectos físicos (aristotelismo). O irrealismo estético assevera que o belo e o feio existem só na imaginação e na conceptualização da mente humana. Ambos podem ser objectivistas - o belo e o feio são percebidos do mesmo modo por todas as pessoas; o objectivismo pode ser extra anima ou intra anima - e ambos podem ser subjectivistas - o belo e o feio variam de pessoa a pessoa. (VALE TRÊS VALORES).

 

 

3) Segundo Hegel, o conteúdo de uma obra de arte é a ideia e o sentimento que suscita nos que a contemplam. A forma é os materiais empregues na obra de arte - o mármore da estátua, a tela do quadro, etc - e os contornos da figura. (VALE DOIS VALORES). A arte é uma actividade de criação que visa suscitar a sensação do belo, ou por antítese, a sensação do feio. As fronteiras entre a arte e a indústria esbatem-se como no caso do urinol de Duchamp exposto num museu - só o título «A fonte» eleva o urinol à categoria de arte. As fronteiras entre a arte e a natureza biofísica esbatem-se como no caso da pedra retirada por Alberto Carneiro de uma ribeira e colocada numa sala de museu enquanto a exposição durar - a pedra só é arte naquele contexto da sala.(VALE DOIS VALORES). A função de catarse da obra de arte é o facto de ela permitir soltar as emoções e sentimentos recalcados no actor ou no espectador e purificar as almas. Exemplo: há espectadores que choram ao ver as cenas da flagelação do filme «A paixão de Cristo». (VALE UM VALOR). A arte pela arte é a corrente que afirma que a obra de arte não tem fins morais, políticos ou religiosos mas apenas busca suscitar a emoção estética (VALE UM VALOR). O princípio hermético macrocosmo-microcosmo estabelece que o que está em cima, o grande universo, espelha-se no que está em baixo, o pequeno universo. Por exemplo: a catedral medieval (microcosmos) espelha na sua planta com o transepto como os braços horizontais de uma cruz o corpo cósmico (idealizado) de Cristo crucificado com uma gigantesca dimensão (macrocosmos), que, supostamente, atravessaria o universo (VALE UM VALOR).

 

 

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