Terça-feira, 15 de Janeiro de 2019
Philip Gardiner: O olho de Hórus e o Espírito Santo, Princípio Feminino

É sabido que a Árvore da Vida, da Cabala Judaica, é composta de 10 Sefirotes (Esferas) cada uma delas representando um atributo de Deus ou da sua criação. Em cima tem um triângulo com Kether (Coroa) no vértice superior e Hokmah, a sabedoria masculina, no cimo da coluna da direita, e Binah, a inteligência feminina, no cimo da coluna da esquerda. A última Sefirote, Malkut, é o Reino, composto de matéria física, do qual Deus está ausente. Deus, o Ein Sof (Nada Infinito) só intervém directamente na tríade superior da Árvore.

 

 

                                                          Kheter

                             Binah                                           Hokmah

                             Guevurah                                    Chesed

                                                          Thipheret

                               Hod                                               Netzac

                                                            Yesod

                                                             Malkut

 

Philip Gardiner escreveu:

 

«Os amuletos são manifestações físicas mágicas de uma crença. (...) O Olho de Hórus dos templos egípcios era um amuleto  semelhante, usado em associação com a regeneração do Eu, da saúde e da prosperidade. Hórus era chamado de Hórus, aquele que governa com dois olhos, o que é uma indicação  do equilíbrio que Hórus alcançou a partir dos seus olhos esquerdo (Sol) e direito (Lua). Hórus, claro, partilha muitas semelhanças com a figura do Cristo retratado na Bíblia.»

 

(Philip Gardiner, Gnose, Editorial Estampa, pp. 103; o destaque a negrito é posto por nós)

 

E sobre a Shekinan escreve ainda:

 

«A Shekinah é o princípio feminino, o Espírito Santo, e mais. É a rota para o conhecimento divino ou gnose e, se se reveste de roupagens, basicamente temos de aprender a despi-la, como o cântico de Salomão relata com tanta beleza. É a árvore, mais uma vez, que é usada simbolicamente para explicar como podemos tornar-nos unos com a Shekinah. A árvore produz frutos graças à água que Deus providencia. A água de Deus é chamada hokmah, que significa sabedoria. É a Sofia (ou sabedoria) que torna possível à árvore produzir o fruto, que é a alma do homem recto. A Shekinah só habita com os justos, e só através da hiero gamos ou União Sagrada dos princípios masculino e feminino isso é possível.»

 

(Philip Gardiner, Gnose, Editorial Estampa, pág. 107; o destaque a negrito é posto por nós)

 

A ideia de que o Espírito Santo é o Princípio Feminino não está visível na teologia católica que o representa na forma de uma pomba. E se a Virgem Maria concebeu do Espírito Santo, isto é, o feminino Maria concebeu Jesus a partir do princípio Feminino isto sugere a reprodução biológica sem a intervenção do princípio Masculino. São José era um varão casto, que não possuiu Maria.

 

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2016
Reflexões acidentais de Janeiro de 2016

 

 Eis algumas notas mais ou menos banais, de Janeiro de 2016, que ressaltam no meu quodiano de reflexões acidentais, de investigações empíricas ou de leituras variadas.  

 

DEUS É MACHO E FÊMEA OU CONTÉM EM SI ESTAS DUAS POTÊNCIAS- «É o que explica o Zohar (livro dos cabalistas): «O primeiro homem era simultaneamente macho e fêmea, diz o Rabi Abba, porque a escritura refere: E disse Elohim «Façamos o homem à nossa imagem e à nossa semelhança (Gén, I, 26). Foi precisamente pelo facto de o homem se assemelhar a Deus que foi criado simultaneamente macho e fêmea e só foi separado ulteriormente (Z, II, 15-a). Disto concluímos que qualquer figura que não represente o macho e a fêmea não se assemelha à figura celeste .»

«Bem longe de evocar os excessos de um erotismo vítima dos desejos de orgia, é contudo um «mistério supremo», o de uma divina estrutura, que está em causa com a sexualidade.»

«Compreendemos agora o papel insubstituível e o valor do casamento, no qual o fim não é senão o da multiplicação na Terra das «imagens de Deus»

 

(René de Tryon Montalembert, Kurt Hruby, A Cabala e a Tradição Judaica, Edições 70, pág. 107).

 

UM HOMEM VESTIDO DE MULHER É UM HOMEM, EM REGRA. E O QUE É UM HOMEM VESTIDO DE HOMEM? Em muitos casos, é um maricas envergonhado.

 

DEVES AMAR MAIS A MÃE DO QUE O PAI. Porque o pai pertence ao sexo opressor, masculino, violento que, todas as semanas, em Portugal e Espanha, mutila e assassina mulheres, esposas, ex esposas, namoradas, filhas. O homem, em geral, é um canalha sexista, violento.

 

A RAZÃO PELA QUAL EU NUNCA PODERIA SER GAY é que acho os homens seres violentos, cruéis, dominados por sentimentos de inferioridade ou de pretensa superioridade, hipócritas,fúteis, opressores das mulheres com quem se casam ou namoram. Sejam eles o papa, manhoso defensor da «superioridade» masculina sobre a mulher, os clérigos, os políticos, os sociólogos, filósofos, os donos dos grandes mass media, os amigos da nossa família, o nosso pai ou o nosso irmão... Rezar devia ser assim: «Mãe Nossa, que estais no Céu, santificado seja o vosso nome...»

 

MUITAS RAPARIGAS NÃO RESPEITAM O PRÓPRIO CORPO, ENTREGANDO-SE AOS RAPAZES DE FORMA PROMÍSCUA E MASCULINA. «Hoje em dia, elas são piores do que eles. Entregam-se ao sexo livre e promíscuo com qualquer um» - dizem adultos de 30, 40, 50 anos de idade. O fenómeno não atinge a totalidade mas talvez 20 a 30 por cento (ou mais?) das nossas adolescentes. Julgam-se livres ao praticar sexo físico com este, um dia, passado uma semana com aquele, e dias depois com outro, mas não se dão conta de que estão a seguir o modelo masculino - o homem vulgar precisa de muitas parceiras, sempre em busca de algo que não sabe definir, tal como o homossexual «bicha» que precisa de tocar centenas de parceiros diferentes ao longo de um ano e marca encontros diários por internet na grande cidade.

 

A tendência natural da mulher é mais ascética do que a do homem. Ela é menos genital do que ele, o «esfomeado». Ela é mais espiritual o que ele: é o mercúrio feminino da alquimia, ao passo que ele é o enxofre, sólido, masculino. Por isso, a revolução feminista não é mais ligas e bodies atrativos para as mulheres atrairem os homens: é a eliminação da submissão da mulher ao homem e das igrejas que proclamam Deus Pai e Masculino e ocultam o carácter feminino de Deus, é a plena autonomia económica, jurídica, política, cultural da mulher. É por isso que o movimento lesbiano é a vanguarda da revolução feminista. Há que estar consciente de que a esquerda masculina, de partidos e parlamentos dominados por homens, é anti revolucionária. O amor da maioria dos homens às mulheres é apenas o desejo de esvaziamento testicular, é pura animalidade.

 


A adolescente livre, feminina, evita entregar levianamente o corpo aos homens e pode até, nalguns casos, nem paticar sexo por muitos anos. Isto é feminismo, é luta de classes.

 

SINCRONISMO ONTOFONÉTICO- Em 24, 25 e 26 de Janeiro de 2016, as ideias de BOLA, TOMÉ e de VINTE SEIS estão em destaque: no dia 24, meto gasolina no valor de VINTE E SEIS euros no depósito do carro em que viajo, em Rosal de la Frontera; no dia 25, uma amiga dá-me o seguinte conselho «Não te fixes na mulher que não te corresponde sentimentalmente e se liga a outro, esquece-a, BOLA para a frente»; no dia 26, Mário Centeno abre a conferência sobre o sistema financeiro na Faculdade de Direito de Lisboa, tendo dedicado parte significativa da intervenção ao Orçamento do Estado deste ano, cujo esboço foi apresentado na semana passada e que prevê um défice orçamental de 2,6% (sugere: VINTE E SEIS) do Produto Interno Bruto (PIB), nessa conferência Jorge TOMÉ, ex presidente do BANIF, desmente o governador do Banco de Portugal na afirmação deste segundo a qual só houve a candidatura do Santander à compra do BANIF , explico em aulas de filosofia a Árvore dos SEFIRÓS (ou: ESFERAS: BOLAS) da Cabala, e faço notar que a soma das quatro esferas do pilar central - Kéther (1), Tipheret (6), Yesod (9) , Malkut (10) - dá VINTE E SEIS, o número gemátrico de Deus (IHVH), quase todos os centros do ensino de São TOMÉ e Príncipe paralisam devido à greve "por tempo indeterminado" convocada pelo sindicato dos professores e educadores (SINPRESTEP).

 

MARCELO REBELO E O REBIS: Na filosofia alquímica, costuma-se dizer que o carácter da matéria e de outras entidades é REBIS, isto é, duplo ou dúplice: o mesmo organismo físico ora vive em estado de saúde, ora em estado de doença; o ser humano enquanto corpo ou é masculino ou feminino; a força muscular pode ser usada no bom ou no mau sentido; segundo a Cabala, há a mão esquerda de Deus, ligada à Justiça, ao Castigo (Guevurah, a quinta Sefiró) , e a mão direita de Deus, fonte da Misericórdia (Chesed, a quarta Sefiró). O apelido REBELO, de Marcelo Rebelo de Sousa, sugere REBIS, dúplice. Ora Marcelo incarnou a DUPLICIDADE na presente campanha eleitoral: sendo de direita, apresentou-se como sendo de centro para captar votos à direita, ao centro e à esquerda

 

NOITE DE LUAR PLENO NO ALENTEJO- 24 de Janeiro de 2016. À 1,47 horas da madrugada, momento exacto da Lua Cheia, em 3º 29´ de Leão, estou a entrar de carro em Vila Nova de São Bento. Paro e entro no café Cruzeiro. Ouço chamarem-me : é o Nuno  com a Andreia e outros jovens locais. Vejo Cláudia, de maquilhagem egípcia, muito bonita e sei que é de Vila Verde de Ficalho. Serão as mulheres de Ficalho as mais belas do Alentejo? Pois Ficalho é terra da Beatriz, uma beleza superior, com a leveza espiritual das Sagitárias.

Avanço pois, de carro para Ficalho e os cafés já estão fechados - não vi o Bora Bora, bar talvez aberto às 2.20 da madrugada. Meto gasolina em Espanha, em Rosal (1,229 euros por litro de gasolina 98). Volto para o Cruzeiro, em Vila Nova. Nuno diz.-me que há festa em Vale de Vargo, com concerto de Ruben Baião. Sigo para lá pela estrada que vai dar a Pias. Estou pouco tempo em Vale de Vargo, o concerto é banal. Sigo para Serpa por uma estrada lindíssima e após o cruzamento a uns 4 km de Vale de Vargo, paro o carro. Os campos estão cheios de luar, vêem-se os sobreiros e as azinheiras, as casas à luz da lua... O lugar é desértico, lindo, saio do carro, dirijo uma invocação à Lua e aos deuses que a habitam.


Que sensação de liberdade! Não tenho sono. Noite incrivelmente linda. Falta-me aquela mulher especial ao meu lado aqui mas recolho-me ao estado de androginia do Adão Kadmon, o antepassado nobre da espécie humana. Antes da herdade Maria da Guarda, a caminho de Serpa, um sinal luminoso vermelho adverte de uma perigosa curva à direita. Ao passar em Baleizão, uma lebre surge a correr assustada na berma da estrada. Chego a Beja às 4 horas e 20 da manhã. Venho dormir. Que noite rica pela prata do luar, transfiguradora da natureza

 

NÃO FORCES NADA. O AMOR É MÁGICO. OU SURGE OU NÃO. A divindade ou o amor por todas as pessoas ou por uma grande maioria de pessoas dignas é maior que o amor por uma pessoa só. Esta é uma realidade de que só nos apercebemos em certos momentos cruciais.

 

O FILME «AMOR IMPOSSÍVEL» DE ANTÓNIO PEDRO VASCONCELOS que, em 29 de Janeiro de 2016, foi exibido em Beja é um filme de acção e intriga rodado em Viseu com as personagens de dois agentes da Polícia Judiciária (Soraia Chaves e Ricardo Pereira) no centro da acção. A tese subliminar do filme é: os homens só amam sensualmente as mulheres, não as amam como um todo corpo-espírito, e alguns são capazes de as matar ou ofender gravemente se se sentem diminuídos como machos donos delas.

 

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Domingo, 1 de Fevereiro de 2015
Divergências entre tábuas de contrários da alquimia e do taoísmo

 

Desde a mais remota antiguidade, as grandes filosofias identificaram no universo os dois princípios basilares, o masculino e o feminino, o solar e o lunar, o activo e o passivo. Mas não existe absoluta unanimidade entre os diversos esoterismos. Há algumas contradições entre as tabelas de contrários próprias da filosofia hermética, em particular, e, por exemplo, a filosofia do taoísmo.

 

Vejamos a tabela de contrários do TAOÍSMO:

 

YANG                                           YIN

Masculino                                     Feminino

Sol                                                Lua

Dilatação                                       Contracção

Fogo                                              Água

Verão (velho yang)                        Inverno (velho yin)

Primavera (jovem yang)                 Outono (jovem yin)

Vermelho                                       Azul

Movimento                                     Repouso

Som                                               Silêncio

Alto                                                 Baixo

Solve ou dissolve                           Coagula

Espírito                                           Matéria

Multiplicidade                                  Unidade

Circunferência                                 Centro

 

E agora vejamos uma, entre outras, tabela de contrários da alquimia:

 

MASCULINO                          FEMININO

Enxofre                                    Mercúrio

Corpo Sólido, Alma                  Espírito

Sol                                            Lua

Coagula                                    Solve

Calor, Secura                           Frio, Humidade

Vermelho                                    Branco, Azul

Athanor (Forno)                          Retorta                                 

 

Na tabela alquímica, vemos, por exemplo, o princípio masculino, o ácido, ligado ao estado sólido, corporal, à coagulação, a qual, na tabela do taoísmo, é um estado yin, feminino, material. O feminino é, no taoísmo, mais material e concentrado que o masculino mas sucede o inverso na alquimia em que o mercúrio filosófico, feminino, espécie de orvalho de prata, quinta-essência, espírito universal acima dos quatro elementos (fogo, ar, terra, água), é mais volátil e disperso que o enxofre e o salitre (nitrato de potássio empregue na fabricação da pólvora), símbolos do princípio masculino. Note-se que alma, na coluna da esquerda, significa alma vital (epitimia e tumus, na teoria de Platão), isto é, força que anima o corpo individual e é distinta de espírito. Este último pode ser tomado em duas acepções: como quintaessência, éter ou mercúrio filosófico, luz superior; como nous ou razão intuitiva em Platão, intelecto agente em Aristóteles, transindividual que apreende directamente Deus e os arquétipos ou formas eternas.

 

O mercúrio (feminino, na especulação alquímica) é, como se sabe, o único metal que na natureza se encontra no estado líquido, o que dá ideia da sua fluidez, e tem como número atómico 80, ao passo que o enxofre (masculino, na visão da alquimia) é um não metal, de número atómico 16, que à temperatura ambiente, se encontra no estado sólido. Os alquimistas visavam «casar o Sol e a Lua», dissolver o enxofre e coagular o mercúrio a fim de obter o lapis, a pedra filosofal burilada.

 

A ÁRVORE DAS SEFIRÓS DIVIDIDA EM TRÊS COLUNAS

 

Consideremos a tábua de contrários representada na árvore da Vida, da Kabalah judaica, árvore das Sefirós (esferas, indicadas por números, 2,4, 7 no pilar da direita e 3,5,8  no pilar da esquerda) a que a maioria dos alquimistas ocidentais concedeu importância:

 

PILAR DA ESQUERDA                   PILAR DA DIREITA 

OU DA SEVERIDADE                      OU DA MISERICÓRDIA

Binah (Inteligência)- nº3                   Hocmah (Sabedoria)-nº 2

Geburah (Justiça) -  nº 5                   Chesed (Misericórdia)-nº 4

Hod (Magnificência)-nº 8                   Netzach (Vitória) - nº 7

 

Falta, nesta tábua de contrários, colocar o pilar central, síntese dos outros dois, que é o seguinte:

                                             Kéther (Coroa)-nº 1

                                             Tiferet  (Beleza) -nº 6

                                             Yesod (Fundamento)-nº 9

                                              Malkuth (Reino na matéria)- nº 10

 

A TÁBUA DE CONTRÁRIOS DOS PITAGÓRICOS

Há outras tábuas de contrários que resumem o dualismo primordial, como a de Pitágoras de Samos e da sua escola, que Aristóteles descreve assim:

 

Limite                                                      Ilimitado

Ímpar                                                       Par

Unidade                                                   Pluralidade

Direita                                                      Esquerda

Macho                                                      Fêmea

Em repouso                                              Em movimento

Recto                                                        Curvo

Luz                                                            Obscuridade

Bom                                                           Mau

Quadrado                                                   Rectângulo

     (Aristóteles, Metafísica, Livro I, 986 a, 20-25)

 

Há, nesta tábua, algumas incoerências, ao menos aparentemente. Por que razão o macho ou princípio masculino se identifica com o repouso e a fêmea ou princípio feminino com o movimento? Isto contraria o taoísmo, segundo a qual o masculino é activo e movimento e o feminino é passivo e repouso, embora pareça coincidir com a filosofia alquímica na medida em que esta postula que o feminino é o mercúrio filosófico, volátil, sempre em movimento, e o masculino é o enxofre, sólido. Afigura-se, ademais, ser  misoginia classificar como «mau» o princípio feminino e como «bom» o princípio masculino.

 

TÁBUA DE CONTRÁRIOS DE ARISTÓTELES

 

Aristóteles procedeu à seguinte Divisão de contrários em duas colunas, num escrito perdido, que se supõe denominando Peri enantiön na lista de Diógenes Laercio:

O que é                                                  O que não é

Unidade                                                  Pluralidade

Mesmo                                                    Diverso

Semelhante                                             Dissemelhante

Igual                                                         Desigual

Repouso                                                  Movimento

 

Em «Metafísica», Aristóteles confirma esta divisão:

 

«Ademais, a segunda coluna dos contrários é privação e todos eles se reduzem a O que é e o que não é,  Unidade e Pluralidade, por exemplo, o Repouso pertence à Unidade e o Movimento à Pluralidade. » (Aristóteles, Metafísica, Livro IV, 1004b) .

 

«Como expusemos gráficamente em Divisão dos contrários, ao Uno pertencem o Mesmo, o Semelhante e o Igual, enquanto que o Diverso, o Dissemelhante e o Desigual pertencem à Pluralidade.» (Aristóteles, Metafísica, Livro X, 1054a,).

 

Esta tábua de contrários aristotélica peca por ser mais formal, mais abstracta do que as tábuas de contrários da alquimia e do taoísmo: não sabemos em que colunas iria Aristóteles inserir os pares fogo-água, enxofre-mercúrio, dilatação-contração, etc.

                                                                     

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