A teoria das regências planetárias da astrologia tradicional está basicamente errada. Diz-se, sem qualquer apoio experimental, testável, que a Lua rege o signo de Caranguejo, o Sol rege o signo de Leão, Mercúrio rege o signo de Virgem, Vénus o signo de Balança, Marte e Plutão o signo de Escorpião, etc. Quase nada disto é verdade. Só por indução, a partir de factos históricos, é possível estabelecer correlações constantes, a que chamamos regências entre um planeta e uma dada área do Zodíaco.
Os fenómenos da astronáutica centrados no planeta Júpiter ocorrem sempre com a exaltação de certas pequenas áreas do Zodíaco, de diferentes signos, áreas que podemos presumir ser regidas por Júpiter. E isto é astrologia histórica, de base empírica, historicista, oposta à velha astrologia tradicional que não investiga fora dos seus dogmas, no terreno da experiência.
Assim presumimos que Júpiter rege as áreas 9º-12º do signo de Caranguejo, 9º-17º do signo de Virgem, 10º-12º do signo de Sagitário, 20º-24º do signo de Sagitário, 9º-13º do signo de Capricórnio, 28º-29º do signo de Aquário e 9º-10º do signo de Peixes.
ÁREA 9º-12º DO SIGNO DE CARANGUEJO:
ÁREA VINCULADA A JÚPITER
Em datas de lançamento de sonda rumo a Júpiter ou entrada em órbita de este há um planeta na área 9º-12º do signo de Caranguejo.
Em 18 de Outubro de 1989, com Júpiter em 10º 40´/ 10º 43´ de Caranguejo, Vénus em 10º 22´/ 18º 28´ de Sagitário, a Sonda Galileu parte para o espaço a bordo do vaivém Atlantis, rumo a Júpiter, para maravilhar os cientistas com com belas fotografias, dar-lhes novidades científicas.
Em 8 de Fevereiro de 1992, com Nodo Sul da Lua em 9º 5´/ 9º 0´ de Caranguejo, Nodo Norte da Lua em 9º 5´/ 9º 0´ de Capricórnio, a sonda Ulyses passa pelo polo norte de Júpiter a uma distância de 451 000 km em uma manobra de gravidade assistida necessária para que a Ulysses obtivesse uma órbita altamente inclinada ao redor do Sol, aumentando sua inclinação com a eclíptica para 80,2°.
Em 21 de Setembro de 2003 com Saturno em 12º 8´/ 12º 11´de Caranguejo, Mercúrio em 12º 14´/ 12º 25´ de Virgem, a sonda Galileu é destruída durante um impacto controlado com Júpiter , após ter orbitado desde Dezembro de 1995 este planeta colhendo múltiplas informações.
Em 5 de Julho de 2016, com Mercúrio em 10º 48´/ 12º 58´ de Caranguejo, Júpiter em 17º 38´/ 17º 46´ de Virgem, Saturno em 10º 57`/ 10º 54´ de Sagitário, a sonda Juno entra em uma órbita polar em torno de Júpiter para estudar a composição, campo gravitacional, campo magnético e magnetosfera polar polar do planeta.
ÁREA 9º-17º DO SIGNO DE VIRGEM:
SOBREVOOS DE JÚPITER
Cinco sobrevoos importantes de Júpiter por sondas espaciais ocorreram com um planeta ou Nodo da Lua na área 9º-17º do signo de Virgem.
Em 5 de Março de 1979, com Saturno em 10º 17´/ 12´ de Virgem, a sonda norte-americana Voyager 1 sobrevoa Júpiter a 278 000 quilómetros de distância.
Em 10 de Julho de 1979, com Nôdo Norte da Lua em 9º 40´/ 9º 35´ de Virgem, a sonda norte-americana Voyager 2 sobrevoa Júpiter a 650 000 quilómetros de distância e estuda os seus principais satélites.
Em 21 de Setembro de 2003 com Mercúrio em 12º 14´/ 12º 25´ de Virgem, Saturno em 12º 8´/ 12º 11´de Caranguejo, a sonda Galileu é destruída durante um impacto controlado com Júpiter , após ter orbitado desde Dezembro de 1995 este planeta colhendo múltiplas informações.
Em 4 de Setembro de 2006, com Mercúrio em 13º 59´/ 15º 52´ de Virgem, o Long Range Reconnaissance Imager (LORRI) da sonda New Horizons, não tripulada, a caminho de Platão ,tira as suas primeiras fotos de Júpiter em um sobrevoo feito para uma assistência gravitacional.
Em 28 de Fevereiro de 2007, com Nodo Sul da Lua em 16º 10´/ 16º 9´de Virgem, Mercúrio em 29º 11´/ 28º 19´ de Aquário, a sonda New Horizons, não tripulada, faz sua aproximação máxima a Júpiter;
ÁREA 10º-12º DO SIGNO DE SAGITÁRIO:
REGÊNCIA DE JÚPITER
A passagem do Sol ou de um planeta em 10º-12º do signo de Sagitário vincula-se a actos da astronáutica centrados no planeta Júpiter.
Em 4 de Dezembro de 1973, com Sol em 11º 41´/ 12º 42´ de Sagitário, a sonda norte-americana Pioneer 10 sobrevoa Júpiter a 131 400 quilómetros de distância e transmite uma série de fotos para a Terra.
Em 3 de Dezembro de 1974, com Sol em 10º 25´/ 11º 26´ de Sagitário, Vénus em 16º 58´/ 18º 13´ de Sagitário, Júpiter em 9º 26´/ 32´ de Peixes, a sonda norte-americana Pioneer 11 sobrevoa Júpiter a 42 560 quilómetros.
Em 18 de Outubro de 1989, com Vénus em 10º 22´/ 18º 28´ de Sagitário, a Sonda Galileu parte para o espaço a bordo do vaivém Atlantis, rumo a Júpiter, para maravilhar os cientistas com com belas fotografias, dar-lhes novidades científicas.
Em 5 de Julho de 2016, com Saturno em 10º 57`/ 10º 54´ de Sagitário, Mercúrio em 10º 48´/ 12º 58´ de Caranguejo, Júpiter em 17º 38´/ 17º 46´ de Virgem, a sonda Juno entra em uma órbita polar em torno de Júpiter para estudar a composição, campo gravitacional, campo magnético e magnetosfera polar polar do planeta.
AS ÁREAS 20º-24º DO SIGNO DE SAGITÁRIO E 9º-13º DO SIGNO DE CAPRICÓRNIO:
REGÊNCIA DE JÚPITER
Júpiter rege, presumivelmente, as áreas 20º-24º do signo de Sagitário e 9º-13º do signo de Capricórnio.
Em 1 de Fevereiro de 1958, com Saturno em 22º 39´/ 22º 44´de Sagitário, um foguetão Júpiter C coloca em órbita o Explorer I, primeiro satélite artificial dos EUA.
Em 8 de Fevereiro de 1992, com Nodo Sul da Lua em 9º 5´/ 9º 0´ de Caranguejo, Nodo Norte da Lua em 9º 5´/ 9º 0´ de Capricórnio, Nodo Sul da Lua em 9º 5´/ 9º 0´ de Caranguejo, a sonda Ulyses passa pelo polo norte de Júpiter a uma distância de 451 000 km em uma manobra de gravidade assistida necessária para que a Ulysses obtivesse uma órbita altamente inclinada ao redor do Sol, aumentando sua inclinação com a eclíptica para 80,2°.
Em 7 de Dezembro de 1995, com Júpiter em 23º 47´/ 24º 1´de Sagitário, Vénus em 11º 43´/ 12º 58´ de Capricórnio, a sonda norte-americana Galileu sobrevoa Júpiter e faz descer uma sonda de 335 quilos que estuda durante 57 minutos a atmosfera do planeta antes de ser destruída pela pressão sofrida.
Em 2 de Fevereiro de 2020, com Marte em 20º 5´/ 20º 46´de Sagitário, Júpiter em 13º 53´/ 14º 6´de Capricórnio, noticia-se que a sonda Juno orbitando Júpiter captou o que parece ser a imagem de um golfinho na superfície do planeta.
ÁREA 28º-29º DO SIGNO DE AQUÁRIO:
SONDA PRÓXIMA DE JÚPITER
A área 28º-29º do signo de Aquário vincula-se a datas de feitos cosmonáuticos visando Júpiter e ainda à eleição do socialista Mário Soares presidente da república portuguesa em Fevereiro de 1986 o que faz pensar que Portugal e o PS português sejam regidos por Júpiter.
Em 28 de Fevereiro de 2007, com Mercúrio em 29º 11´/ 28º 19´ de Aquário, Nodo Sul da Lua em 16º 10´/ 16º 9´de Virgem, a sonda New Horizons, não tripulada, faz sua aproximação máxima a Júpiter.
Em 2 de Fevereiro de 2020, com Mercúrio em 27º 37´/ 29º 14´ de Aquário, noticia-se que a sonda Juno, orbitando Júpiter, captou o que parece ser a imagem de um golfinho na superfície do planeta.
Em 16 de Fevereiro de 1986, com Júpiter em 28º 53´/ 29º 7´ de Aquário, Mário Soares, apoiado pelo PS e por toda a esquerda é eleito presidente da república portuguesa à segunda volta com 51,18% de votos.
ÁREA 9º-10º DO SIGNO DE PEIXES:
APROXIMAÇÃO DE SONDA A JÚPITER
A área 9º-10º do signo de Peixes vincula-se a sobrevoos de Júpiter.
Em 3 de Dezembro de 1974,com Júpiter em 9º 26´/ 32´ de Peixes, Sol em 10º 25´/ 11º 26´ de Sagitário, Vénus em 16º 58´/ 18º 13´ de Sagitário, a sonda norte-americana Pioneer 11 sobrevoa Júpiter a 42 560 quilómetros.
Em 10 de Julho de 1979, com Nôdo Sul da Lua em 9º 40´/ 9º 35´ de Peixes, a sonda norte-americana Voyager 2 sobrevoa Júpiter a 650 000 quilómetros de distância e estuda os seus principais satélites.
Quer os astrólogos tradicionais, instalados nos seus consultórios, cuja preguiça de investigar além dos dogmas que decoraram é proverbial, quer os editores de ciência e informação - jornais «Expresso», «Sol», «Jornal I», revistas «Sábado», «Visão», direções de informação da RTP; TVI, grandes editoras de livros, etc. - censuram ferreamente, ao serviço das universidades onde a mentira e os interesses reinam, as nossas descobertas de história social astronómica (astrologia histórica).
Miguel Sousa Tavares, Miguel Esteves Cardoso, Ricardo Costa, José António Saraiva, José Pacheco Pereira, Paulo Portas, José Miguel Júdice, Miguel Reale, José Carlos Vasconcelos, Clara Ferreira Alves, Pedro Mexia, Carlos Fiolhais, Boaventura Sousa Santos, António José Fernandes, Teresa de Sousa, Pedro Galvão, Gonçalo M.Tavares, José Tolentino de Mendonça, Maria Filomena Mónica, António Barreto, Pedro Santos Guerreiro, Nuno Tiago Pintp e tantos outros colunistas e escritores e os académicos em geral são cúmplices ou agentes do fascismo epistémico reinante na sociedade portuguesa: todos omitem falar das leis planetário-sociais já descobertas e divulgadas neste blog e em livros que circulam no mercado português.
Encontram-se à venda na livraria «Modo de Ler», Praça Guilherme Gomes Fernandes, centro da cidade do Porto, as nossas 0bras:
Dicionário de Filosofia e Ontologia, Dialética e Equívocos dos Filósofos, de Francisco Limpo Queiroz,
Astrologia Histórica, a nova teoria dos graus e minutos homólogos,de Francisco Limpo Queiroz,
Astrología y guerra civil de España de 1936-1939, de Francisco Limpo Queiroz
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
A dialética Marte-Vénus exprime-se na seguinte lei astronómica: Marte ao transitar um determinado grau do Zodíaco ou uma pequena área de 5º-10º produz um efeito inverso ao do trânsito de Vénus nesse grau ou pequena área zodiacal.
MARTE OPÕE-SE A VÉNUS NOS RESULTADOS DESPORTIVOS
Em 20 de Dezembro de 2009, com Vénus em 22º-24º do signo de Sagitário, o Benfica vence por 1-0 o Porto em jogo da Liga.
Em 8 de Fevereiro de 2020, com Marte em 24º de Sagitário, o Porto vence o Benfica por 3-2 em jogo da Liga.
VÉNUS OPÕE-SE A MARTE NA POLÍTICA
Em 25 de Abril de 1976, com Marte em 18º do signo de Caranguejo (grau 108 da eclíptica), o PS de Mário Soares vence as eleições legislativas em Portugal.
Em 19 de Julho de 1987, com Vénus em 16º-17º do signo de Caranguejo, o PSD do primeiro ministro Cavaco Silva vence com maioria absoluta de deputados as eleições legislativas em Portugal.
As eleições presidenciais de Mário Soares em 1986, com derrota política de Cavaco Silva, e de Cavaco Silva em 2011 manifestam esta dialética Marte-Vénus na área 8º-16º do signo de Sagitário.
Em 16 de Fevereiro de 1986, com Marte em 8º do signo de Sagitário (grau 248 de longitude na eclíptica), Mário Soares, apoiado pelo PS, PCP, PRD, UDP e Lurdes Pintasilgo, é eleito presidente da república portuguesa com 51,18% de votos, na segunda volta, derrotando Freitas do Amaral (48, 82% de votos), candidato apoiado pelo primeiro-ministro Cavaco Silva e pelo PSD e o CDS.
Em 23 de Janeiro de 2011, com Vénus em 16º-17º do signo de Sagitário, Cavaco Silva, candidato do PSD e das direitas, é reeleito presidente da república portuguesa com 52,95% de votos, derrotando o candidato do PS Manuel Alegre (19,76% de votos) e Fernando Nobre (14,10% de votos).
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
Os efeitos socio-políticos de Marte e de Vénus no signo de Sagitário são, em regra, contrários entre si. Mário Soares apoiou recentemente a candidatura de António Costa, presidente da câmara municipal de Lisboa, à liderança do PS e a posição de Marte, em 28 de Setembro de 2014, em 9º 35´/ 10º 17´ de Sagitário, dia da eleição no interior e exterior do PS do candidato socialista a primeiro-ministro, prenunciava mais um êxito político de Soares e da sua linha dominante no PS.
MARTE EM SAGITÁRIO:
VITÓRIAS DE MÁRIO SOARES
A passagem de Marte no signo de Sagitário - isto é, no arco do céu de 240º a 270º - gera em regra uma vitória política de Mário Soares e do PS.
Em 3 de Janeiro de 1960, com Marte em 21º 46´/ 22º 30´ de Sagitário, Álvaro Cunhal, ex professor de Mário Soares no Colégio Moderno em Lisboa, e nove importantes funcionários do PCP evadem~se do forte prisão de Peniche, o que vibra um golpe na ditadura fascista de Salazar e constitui uma vitória para os antifascistas, entre eles Mário Soares, dissidente do PCP, socialista; em 16 de Fevereiro de 1986, com Marte em 8º 2´/ 8º 36´de Sagitário, Mário Soares, candidato presidencial do PS e, acidentalmente do PCP, PRD, UDP e movimento Lurdes Pintassilgo, vence com 51, 18 % de votos a segunda volta da eleição a presidente da república de Portugal, derrotando Freitas do Amaral, candidato das direitas, que averba 48, 82 % de votos; em 28 de Setembro de 2014, em 9º 35´/ 10º 17´ de Sagitário, António Costa, apoiado por Mário Soares, vence com 67, 8% dos votos as eleições primárias, abertas a não militantes, de designação do candidato a secretário-geral socialista, derrotando António José Seguro, que recolhe 31, 6% de votos.
VÉNUS EM SAGITÁRIO:
DESAIRES DE MÁRIO SOARES, VITÓRIAS DO PSD
A passagem de Vénus no signo de Sagitário - isto é, no arco do céu de 240º a 270º em longitude- gera, em regra, uma derrota política de Mário Soares e do PS. O efeito Vénus é, pois, de sinal contrário ao efeito Marte
Em 8 de Dezembro de 1977, com Vénus em 4º 56´/ 6º 11´ de Sagitário, o PSD de Sá Carneiro, o PCP de Cunhal, a UDP de Acácio Barreiros e o CDS de Freitas do Amaral rejeitam, no parlamento, a moção de confiança proposta pelo primeiro-ministro Mário Soares, fazendo cair o 1º governo constitucional do PS; em 23 de Janeiro de 2011, com Vénus em 16º 20´/ 17º 26´ de Sagitário, Cavaco Silva é reeleito presidente da república portuguesa com 52,95% de votos, derrotando Fernando Nobre, candidato apoiado por Mário Soares e parte do PS, que aufere 14, 10% de votos, e Manuel Alegre, candidato oficial do PS, que recebe 19,76% de votos.
Enquanto as universidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Madrid, Barcelona, Alcalá de Henares, Roma, Paris, Berlim, Oxford, Cambridge, Harvard, Yale, etc., estiverem dominadas pela filosofia analítica, pelo cepticismo de Karl Popper, pela fenomenologia e outras correntes falhas de pensamento holístico será impossível pensar com profundidade o mundo e o seu devir nessas academias e no seu raio de influência que é vasto. Porque o determinismo planetário na vida social é um facto que todas as universidades, dominadas por «burros» dessas correntes filosóficas, recusam admitir. Hegel, Kant, Heidegger, Karl Popper, Foucault ou Kripke eram «burros»? Sim, no sentido de inteligência holística, que abarca o todo, apesar de, sectorialmente, serem muito inteligentes: eles não intuiram o óbvio, que as posições dos planetas geram os factos histórico-sociais... Só os deuses e alguns humanos são superiormente inteligentes a ponto de perceberem esta correlação.
Fascismo epistémico - é a expressão que designa a situação geral de rejeição nas academias da ciência astrológica que desenvolvemos. Assim a filosofia surge, nessas instituições e no mundo da televisão e grandes media, como instrumento de opressão, força censória, e não como aletheia, desocultação da verdade. Se és mestre ou doutorado em filosofia, história, sociologia, física, astrofísica, matemática e negas ou ignoras o determinismo planetário, és um pensador medíocre, indigno de leccionar na universidade.
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Na sua crónica de opinião em «Público» de 15 de Novembro de 2013, intitulada «O último rei de Portugal», o politólogo Vasco Pulido Valente (VPV) classifica Álvaro Cunhal de "soberano" que escondia o seu lado humano - os seus amigos pessoais, os seus amores, locais de residência, etc - visando transmitir uma imagem impoluta de "comunista de cristal", mítico, idealizado pela populaça. VPV insurge-se contra «a homenagem que a televisão e os jornais resolveram prestar a Álvaro Cunhal, no centenário do seu nascimento".
Escreve Vasco Pulido sobre a ausência de crítica política, na actualidade, à acção de Cunhal como líder do PCP na revolução popular de 25 de Abril de 1974 a 25 de Novembro de 1975 em Portugal:
«O indivíduo que planeava transformar Portugal numa espécie de Bulgária do Ocidente, o promotor do PREC, o responsável pelas "nacionalizações" e pela ocupação dos "latifúndios", o desorganizador da economia, o inimigo da "Europa", esse parece que desapareceu. (...) A consciência histórica dos portugueses é um óptimo reflexo da inconsciência que os trouxe à miséria e ao desespero!» (Vasco Pulido Valente, «O último rei de Portugal», in Público, de 15 de Novembro de 2013).
Hábil como escritor, pago a peso de oiro pelas suas crónicas destinadas a um público supostamente culto, Vasco Pulido Valente não é senão um mediano intelectual, de honestidade política duvidosa, incapaz de perceber os mecanismos que regem a história portuguesa.
Classificar Cunhal de "promotor do PREC", e de responsável pelas "nacionalizações" e pela ocupação dos "latifúndios" é próprio dos historiadores burgueses que sobrevalorizam o papel dos chefes políticos na história. Se Cunhal não existisse, o PREC (processo revolucionário em curso em 1974-1975) emergiria na mesma, com as ocupações de fábricas e casas vazias, as manifestações de rua quase quotidianas contra o fascismo e pelo poder popular, os comícios dos partidos de esquerda e extrema-esquerda, a agitação revolucionária nas escolas secundárias, nas universidades, nos quartéis, as ocupações de terras, etc.
Porque a revolução popular de 1974-1975 foi fruto da conjuntura astral: em 25 de Abril de 1974, Úrano estava em 25º do signo de Balança, repetindo praticamente, a posição do início da crise do ultimato inglês em 11 de Janeiro de 1890 (Úrano em 26º do signo de Balança), que abalou profundamente a monarquia de D.Carlos I.
Já em 1985, no meu livro «Ciclos Astrológicos na História de Portugal- Os ciclos de Úrano», livro omitido nas universidades, mostrei a semelhança entre a crise de 1890-1891 provocada pelo ultimato inglês relativo a colónias portuguesas, e a revolução popular de 1974-1975, centrada na descolonização e no socialismo proletário. Ambas são balizadas astronomicamente pela presença de Úrano na área 23º-29º de Balança e 0º-4º de Escorpião. É o ciclo de 84 anos de Úrano. 1890+84=1974.
Em vez de zurzir a eito a memória do falecido líder do PCP e atribuir a este as culpas da actual crise económica, Vasco Pulido Valente deveria, talvez, agradecer a Cunhal e a outros dirigentes comunistas moderados o terem evitado que o PCP e a Marinha participassem na sublevação dos páraquedistas contra o VI Governo de Pinheiro de Azevedo, em 25 de Novembro de 1975. Cunhal e o PCP evitaram, seguramente a guerra civil, isolando os esquerdistas insurrectos, que foram presa fácil dos comandos da Amadora de Jaime Neves e de Ramalho Eanes.
A limitada inteligência de Vasco Pulido Valente que, com outros catedráticos, participa no silenciamento da interpretação da história segundo parâmetros astronómicos, não percebe que a história obedece ao determinismo planetário-zodiacal e não à vontade deste ou daquele rei, primeiro-ministro, chefe revolucionário. Portanto, o papel de Cunhal foi muitíssimo mais modesto do que VPV procura fazer crer.
Cunhal era, seguramente, melhor pessoa que Vasco Pulido Valente e era intelectualmente superior a este, mau grado ter apoiado a invasão da Checoslováquia socialista pelas tropas do Pacto de Varsóvia, em 1968, e ter silenciado a natureza burocrática e anti operária do poder na URSS e estados satélites.
Quanto a Vasco Pulido Valente, pródigo em inflexões políticas, entre o puro reaccionarismo e o centrismo, não esqueçamos que apoiou publicamente a invasão do Iraque em 2003, em nome da «liberdade» e da visão norte-americana do mundo, apesar de, em 1962, ter militado no Movimento de Acção Revolucionária (MAR) com Jorge Sampaio. Não seria apropriado classificar Vasco Pulido de escriba da grande burguesia lusa e pró-estadounidense? Ou de prostituta política que «dorme» com os políticos que estão no poder, sejam eles Sá Carneiro ou Mário Soares, sempre em busca de exibir a sua inesgotável retórica vaidosa, com um ar «europeu» de superioridade sobre o atrasado povo português?
E é a VPV, este pequeno intelectual de verbo fácil, medíocre ao ponto de denegrir a astrologia histórica, àcerca da qual vive na plena obscuridade, que a imprensa escrita portuguesa e a televisão dão honras de destaque público! Invejoso do prestígio de Álvaro Cunhal, a quem classifica de «último rei de Portugal», Vasco Pulido Valente desejaria ser o rei dos intelectuais portugueses mas não tem, obviamente, categoria intelectual nem sabedoria para ascender a tal posição.
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