Sábado, 22 de Junho de 2013
Da ambiguidade do «ser no mundo» em Heidegger e do surrealismo em «Ser e Tempo»

Heidegger fala do «ser no mundo» como uma das divisões do ser. Mas a expressão é equívoca:  pressupõe que o ser é uma coisa e o mundo é outra, totalmente independente. Ora o mundo desabrocha a partir do ser, e não o inverso como sugere a expressão «ser no mundo», isto é, ser situado ou colocado no mundo. E ser tem, obviamente – o que Heidegger não esclarece - o sentido de o grande Ente, isto é, a essência geral e universal como, por exemplo, o «Eu» em Kant, portador do espaço e do tempo, e gerador dos objectos materiais que são percepções objectivas suas, ou a «Ideia absoluta» de Hegel, isto é, Deus que, ora está em si como Espírito puro, ora devém transformado em árvores e natureza biofísica ou em humanidade, espírito de cada povo, formas de Estado, religião, etc. 

 

 

Acresce a isto que «mundo» não é, na terminologia heidegeriana, uma região de entes (uma planície com árvores e campos de trigo, um planeta com continentes e oceanos, uma ou várias galáxias) independente do sujeito mas sim uma parte do ser humano, uma ponte, uma abertura entre o sujeito humano (o ser-aí, o Dasein) e os objectos situados no espaço à sua volta (o ser diante dos olhos).

 

«O "mundo" não é ontologicamente uma determinação de aqueles entes que o "ser aí", por essência, não é, mas um carácter do próprio «ser aí» (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 77, Fondo de Cultura Económica).

 

 

Só o homem tem mundo. Os animais e as plantas não têm mundo. Assim o mundo é uma correlação entre substâncias - a substância do «eu» Da-sein e as substâncias exteriores como montanha, planície, rebanho de ovelhas, casas, nuvens, rios, etc - e não uma colecção de substâncias.

 

«A analítica existenciária do "ser aí" tem por tema directivo no seu estado preparatório a constituição fundamental de este ente, o "ser no mundo". (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 147, Fondo de Cultura Económica).

 

«O "ser junto" ao mundo, no sentido de absorver-se no mundo, sentido que haverá que interpretar de modo ainda melhor, é um existenciário fundado no ser em. (...)

«O "ser junto" ao mundo em sentido existenciário não significa nunca nada de semelhante ao "ser diante dos olhos junto" às coisas que vêm a estar diante dentro do mundo. Não há nada semelhante a uma "contiguidade" de um ente chamado "ser aí" a outro ente chamado "mundo". (pag.67)

 

A contradição do pensamento heideggeriano é usar a expressão "junto de" para dizer, depois, que ela não significa "junto de", contiguidade. Esta desapropriação da linguagem dos seus referentes é uma técnica surrealista, uma subversão do sentido que transcende por vezes a fronteira do conhecimento filosófico. Heidegger considera inacessível a estrutura do "ser em", ou seja, não dá uma definição clara desta:

 

«O conhecimento (noein) do mundo ou o dizer (lógos) do "mundo" funciona, portanto, como o modo primário do "ser no mundo", sem que se conceba este "ser no mundo" enquanto tal. Esta "estrutura de ser" permanece ontologicamente inacessível, enquanto que onticamente se experimenta como a "relação" entre um ente (o mundo) e outro ente (a alma), e ao mesmo tempo se compreende imediatamente o ser apoiando-se ontologicamente nos entes intramundanos...» (Heidegger, El Ser y el Tiempo, pagina 71).

 

Afinal, aqui, Heidegger acaba por postular que o ser no mundo é incognoscível. Sabe o que não é mas não sabe o que é - numa espécie de ontologia ou teologia negativa, na linha dos místicos cristãos alemães. Não faz sentido dizer que «o ser junto a se funda no ser em» se não se define este último. 

 

 

 

«A LONJURA NÃO SE TOMA COMO DISTÃNCIA» E OUTRAS SUBVERSÕES DA LINGUAGEM

 

 

Uma das estratégias surrealistas de Heidegger em «O ser e o tempo» - porque se trata, de um livro com traços surrealistas coberto de uma camada de açúcar de racionalismo e vocabulário clássico- é levar o leitor a reflectir com uma dada terminologia e depois negar ou inverter essa terminologia usada. Eis um exemplo:

 

«O des-afastar não implica necessariamente uma expressa estimativa da lonjura de algo "à mão" em relação ao "ser aí". Antes de tudo, a lonjura não se toma nunca como distância. Se houvesse de se calcular o afastamento, far-se-ia relativamente a des-afastamentos em que se mantèm o "ser aí" quotidiano. »(Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 121, Fondo de Cultura Económica).

 

A lonjura não se toma nunca como distância? É verdadeiramente ridículo. A lonjura interpreta-se sempre como distância, seja esta física, real, ou ideal, imaginada. A espacialização empírica corresponde, de certo modo, não mecânico, à espacialização mental e um dos traços comuns às duas é as noções de lonjura, de desafastamento, de aproximação.

 

«O ocupar um sítio tem de conceber-se como um des-afastar o "à mão" no mundo circundante dentro de um lugar previamente descoberto pelo "ver em torno". O "ser aí" compreende o seu "aqui" pelo "ali" do mundo circundante. O "aqui" não significa o "onde" de algo "diante dos olhos" mas o junto a um «quê» de um ser "desafastador" junto a, em uníssono com esse desafastamento.» (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 123, Fondo de Cultura Económica).

 

"O permitir que entes estejam frente a frente dentro do mundo, constitutivo do "ser no mundo", é um "dar espaço". Este dar espaço, que também chamamos "espacializar", é dar liberdade ao "à mão" na sua espacialidade. Este "espacializar" é o prévio descobrimento de uma possível totalidade de sítios determinada pela conformidade que torna possível a orientação fáctica do caso.»(Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 127, Fondo de Cultura Económica).

 

Eis, pois, a ontologia desenhada com base na espacialidade: o "ser aí" está aqui  - espaço mais próximo, interior - é o «eu» de cada um, e tem fora de si ou diante de si os entes "à mão" (os automóveis, as casas, as ruas, as ferramentas, etc). E como o espacializar é obra do sujeito que cria o espaço temos um decalque da doutrina de Kant da estética transcendental, - o espaço é uma forma a priori do sujeito, não é real em si mesmo - com a diferença de que, em Kant, o espaço, enquanto depósito de formas, cria os objectos materiais e em Heidegger não cria mas separa os objectos materiais que estariam como que num estado de caos ou promiscuidade. E Heidegger prossegue:

 

«Nem o espaço está no sujeito, nem o mundo está no espaço. O espaço está, mais precisamente, "no mundo" , enquanto  o "ser no mundo", constitutivo do "ser aí" , abriu um espaço. O espaço não se encontra no sujeito, nem este contempla o mundo "como se" estivesse em um espaço, mas o "sujeito" ontologicamente bem compreendido, o "ser aí", é espacial.» (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 127, Fondo de Cultura Económica).

 

Ora este pensamento é incoerente: o ser-aí é o sujeito, é cada pessoa, e uma vez que a sua dimensão de ser no mundo abriu um espaço e o sujeito é espacial não tem sentido dizer que o espaço não está no sujeito: está, ao menos em parte, no sujeito.  Por outro lado, o mundo não está no espaço mas o espaço está no mundo. É, ao menos à primeira vista, o absurdo elevado ao estatuto de "grande filosofia". O espaço aparece como a forma estruturadora, o sopro de ar emitido pelo sujeito que levanta do chão o balão vazio dobrado sobre si mesmo que é o mundo e faz aparecer os entes deste, como pseudópodes de um balão não esférico, diferenciados e distantes entre si.  Eis um exemplo da retórica sofística de Heidegger:

 

«No fenómeno do espaço não pode encontrar-se nem a única determinação ontológica do ser dos entes intramundanos, nem sequer a primária. Ainda menos constitui o fenómeno do mundo. O espaço unicamente pode conceber-se retrocedendo para o mundo. »(Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 129, Fondo de Cultura Económica).

 

O mundo é ontologicamente anterior ao espaço - é a tese de Heidegger. Imaginemos que casa, esfera, montanha são seres intramundanos primordiais. São, primitivamente, isentos de espaço, na visão heideggeriana. Mas como poderiam sê-lo, se não forem mónadas, isto é, pontos sem localização? As formas implicam espaço, não são anteriores a este. Logo, não poderia existir um mundo feito de objectos, sem espaço.

 

Outro exemplo da subversão da terminologia filosófica  que Heidegger leva a cabo - legítima, até certo ponto - é o de interpretar o termo fenómeno como númeno ou estrutura existenciária, oculta e profunda, que os sentidos e o realismo natural não conseguem apreender  :

 

«"Fenómeno" em sentido definiu-se formalmente assim: o que se mostra como ser e estrutura do ser.» (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 76, Fondo de Cultura Económica).

«A forma de estar diante do ser e das suas estruturas no modo de fenómeno tem de começar por ser arrancada aos objectos da fenomenologia. Portanto o ponto de partida da análise tal como o acesso ao fenómeno e a passagem através dos encobrimentos dominantes exigem ser assegurados sob um ponto de vista metódico. Na ideia de apreensão e explanação "intuitiva" e "original" dos fenómenos está implícito o contrário da ingenuidade de uma acidental "visão" "directa"  e irreflexiva.» (Martin Heidegger, ibid, pag. 47; o destaque a bold é posto por mim).

 

A INTUIÇÃO E O PENSAMENTO SÃO DERIVADOS LONGÍNQUOS DO COMPREENDER?

 

Heidegger abusa das roupagens barrocas de uma retórica sofística, isto é, enganosa. Sustenta que o compreender é o existenciário -o alicerce  oculto mais fundo - do "ser no mundo" e que consiste no "estado de aberto", isto é, de correlação entre o sujeito e outros entes:

 

«Posto que o compreender e a interpretação constituem a estrutura existenciária do "ser aí" , tem de conceber-se o sentido como a armação existenciário-formal do "estado de aberto" inerente ao compreender.» (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 170, Fondo de Cultura Económica; o bold é posto por mim).

«"Intuição" e "pensamento" são ambos derivados já longínquos do compreender. ». (ibid, pag 165)

 

Eis uma contradição flagrante: como pode o compreender, que implica sempre pensamento e intuição sensível-inteligível, estar isento destes que seriam «derivados longínquos» daquele? Heidegger não explica como pode o compreender não incluir pensamento nem intuição. É surrealismo puro: compreender... sem pensar nem intuir.

 

 

O COMPREENDER É UM "VER" E... ESTE FUNDA-SE NO COMPREENDER?

 

 

Em passagens de "O Ser e o Tempo" Heidegger identifica o compreender com o "ver":

 

«Em seu carácter de projecção, o compreender constitui existenciariamente aquilo que chamamos o "ver do "ser aí". (Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 164, Fondo de Cultura Económica; o bold é posto por mim).

 

Mas, em outras passagens, o "ver" aparece fundado no compreender, derivado de este:

 

«Mostrando como todo o "ver" se funda primariamente no compreender - e o "ver em torno" do "cuidar de" é o compreender no sentido do que se chama "compreender do que se trata" - despoja-se o puro intuir da sua primazia, que responde noeticamente à tradicional primazia do "diante dos olhos" (...) Também a "intuição eidética" da fenomenologia se funda no compreender existenciário. Sobre esta forma do ver só cabe decidir depois de ter obtido os conceitos explícitos de ser e estrutura do ser, que são as únicas coisas que podem chegar a ser fenómenos em sentido fenomenológico. »(Heidegger, ibid, pag. 165).

 

Uma coisa é "ser" algo, outra é "fundar-se em" esse algo. Um filho não é o seu pai: funda-se, geneticamente, no seu pai. Heidegger oscila: o "ver" ora é um compreender, ora não é mas funda-se neste.

 

O SENTIDO É POSTERIOR AO COMPREENDER?

 

Heidegger sustentou que o sentido é posterior ao compreender e sustentou o contrário disso:

 

«Quando os entes intramundanos são descobertos ao mesmo tempo que o ser do "ser aí", quer dizer, chegaram a ser compreendidos, dizemos que têm sentido. Mas o compreendido não é, tomadas as coisas com rigor, o sentido, mas os entes e o ser. Sentido é aquilo em que se apoia o "estado de compreensível" de algo. O articulável no abrir compreensor é o que chamamos sentido.»(Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 169, Fondo de Cultura Económica; o bold é posto por mim).

 

Neste fragmento, Heidegger teoriza que os entes e o ser podem ser compreendidos mas isso não implica descobrir sentido ou haver neles sentido. Questão: compreender não será atribuir sentido? E na frase seguinte estabelece o paradoxo: o "estado de compreensível", isto é, um dos polos do acto de compreensão repousa no sentido. Este seria, pois, prévio à compreensão e não posterior a ela. São estas guinadas teóricas incoerentes, - entre um sentido ou nexo objectivo das coisas, anterior ao pensar, e um sentido subjectivo, interpretativo, distinção que Heidegger não faz - blindadas num discurso difícil, que passam despercebidas ao grande público e à canalha filosófica institucional (os licenciados, os mestres e os doutores que carecem de pensamento profundo mas não de vaidade..).

 

O PROJECTAR DO COMPREENDER GERA OS ENTES INTRAMUNDANOS?

 

A obscuridade heideggeriana na ontologia atravessa «O ser e o tempo». Heidegger tem derivas idealistas (redução do mundo ao sujeito) no meio da teoria fenomenológica da intercorporeidade (o eu e os entes externos são coetâneos e indissociáveis):

 

«No projectar do compreender está aberta a possibilidade dos entes. O carácter de possibilidade responde em todos os casos à forma de ser dos entes compreendidos. Os entes intramundanos são projectados sem excepção sobre o fundo do mundo, isto é, sobre um todo de significação a cujas relações de referência se fixou previamente o «curar de » («cuidar de») enquanto "ser no mundo". (Heidegger, ibid, pag. 169; o bold é colocado por mim)

 

Quem projecta os entes intramundanos? O ser-aí ? O ser ? Ou eles mesmos, os entes? Heidegger não esclarece.

 

A SUPOSTA PROVA DA EXISTÊNCIA DE UM MUNDO "FORA DE MIM" PELO TEMPO, ATRIBUÍDA A KANT

Heidegger interpreta erroneamente Kant ao sustentar que este faz do tempo, uma forma a priori da sensibilidade, uma dimensão subjectiva, a alavanca da prova da existência de um mundo real exterior:

 

«O tempo é quem dá o ponto de apoio para o salto demonstrativo ao "fora de mim".».»(Martin Heidegger, El Ser y el Tiempo, pag 225, Fondo de Cultura Económica; o bold é posto por mim).

 

Ora Kant nega isso:

«Não querendo considerar o espaço e o tempo formas objectivas de todas as coisas, resta apenas convertê-las em formas subjectivas do nosso modo de intuição, tanto externa como interna; modo que se denomina sensível, porque não é originário, quer dizer, não é um modo de intuição tal que por ele nos seja dada a própria existência do objecto da intuição (modo que se nos afigura só poder pertencer ao Ser supremo)..» (Kant, Crítica da Razão Pura, pag. 86, Fundação Calouste Gulbenkian; o bold é colocado por mim).

 

Em Kant, o tempo é apenas idealidade transcendental, fluxo mutável de aparências e fenómenos, sentido interno, sucessão, duração e simultaneidade. Ver o nascer e o põr do sol no tempo de doze horas, ver um rio a correr durante uma hora ou todos os dias não prova que sol, céu, rio e demais objectos materiais existam fora da nossa mente. Ao contrário do que Heidegger diz, em Kant o tempo não prova a existência de mundo exterior ao ser humano.

 

Heidegger foi um filósofo em que o talento elevado se misturou com charlatanismo retórico que não resiste a uma análise cuidada da sua teoria. Bertrand Russell e a filosofia analítica não foram capazes de fazer esta crítica a Heidegger porque viveram sempre no fascínio do paradoxo e careceram de alguma visualização intelectual ontológica.

 

 

 

www.filosofar.blogs.sapo.pt
f.limpo.queiroz@sapo.pt

 

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)

 



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 18:07
link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 1 de Fevereiro de 2012
Merleau-Ponty: a intercorporeidade na fenomenologia de Husserl é o ponto de partida

 

Maurice Merleau-Ponty (14 de Março de 1908- 3 de Maio de 1961), profundo conhecedor da doutrina de Husserl (8 de Abril de 1859- 26 de Abril de 1938), chamou a atenção para que a fenomenologia de Husserl enquanto ontologia não começa no cogito - no eu pensante individual - mas precede ou é concomitante a este:

 

«Passando à ordem preteorética, pretética ou préobjetiva, Husserl subverteu as relações do constituído e do constituinte. O ser em si, o ser para um espírito absoluto tira frequentemente a sua verdade de uma "camada" em que não há espírito absoluto, nem imanência dos objetos intencionais a esse espírito, mas somente espíritos incarnados que "pertencem" pelo seu corpo "ao mesmo mundo". (...) Entre a objetividade lógica e a intersubjetividade carnal a relação é uma dessas relações de Fundierung ( Fundação) de duplo sentido de que Husserl, aliás, falou. A intercorporeidade culmina ( e se transforma) no surgimento das blosze Sachen (meros assuntos)  sem que se possa dizer que uma das ordens seja prévia à outra. A ordem do préobjetivo não está primeiro, posto que não se fixa e, a bem dizer, não começa a existir completamente a não ser ao realizar-se na instauração da objetividade lógica; esta, contudo, não se basta a si mesma, limita-se a consagrar o trabalho da camada préobjetiva, só existe como resultado do "Logos do mundo estético" e não vale a não ser sob o seu controlo». (Maurice Merleau-Ponty, Signes, pags. 280-281; o destaque a negrito é posto por mim).  

 

Há aqui uma influência da noção de autoconsciência de Hegel que não é uma consciência individualizada num corpo, mas uma consciência presente numa multidão infinita de corpos. Temos, pois, que na fenomenologia corpo material e espírito são indissociáveis, coetâneos: não é o corpo que precede o espírito (tese realista e materialista) nem o espírito que precede o corpo (teses idealista de Kant ou ideomaterialista de Hegel) mas surgem ambos de um caldo ou caos inicial.  

 

www.filosofar.blogs.sapo.pt

 

f.limpo.queiroz@sapo.pt

 

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 18:50
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
pesquisar
 
Janeiro 2024
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26
27

28
29
30
31


posts recentes

Da ambiguidade do «ser n...

Merleau-Ponty: a intercor...

arquivos

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

tags

todas as tags

favoritos

Teste de filosofia do 11º...

Suicídios de pilotos de a...

David Icke: a sexualidade...

links
blogs SAPO
subscrever feeds