No extraordinário livro «As aparições em Portugal, dos séculos XIV a XX, os emissários do desconhecido» , da editora Relógio d´Água, a autora, Seomara Veiga Ferreira (Lisboa, 31 de Março de 1942) arqueóloga e investigadora de ovniologia e aparições de humanóides e outros seres, narra factos em que o sagrado e o demoníaco parecem conjugar-se :
«Mas não se ficou por aqui a complexa fenomenologia de Llanthony Abbey (nota nossa: no País de Gales, em 1880). No dia 4 de Setembro, acabada a Avé-Maria, uma luz saiu do nosso arbusto onde em 30 de Agosto a «Virgem» se evaporara e transformou-se numa forma feminina rodeada de luz com a cabeça e o rosto cobertos por um véu . Por aqui tudo bem, tudo clássico, mas os emissários têm o seu deslumbre de mau gosto. Após a figura feminina apareceu na luz a forma de um homem nú, apenas com uma tanga, quando as duas formas se reuniram e desapareceram.Como há muito bom santo que andou de tanga...é só escolher!»
Seomara Veiga Ferreira,«As aparições em Portugal, dos séculos XIV a XX, os emissários do desconhecido» , Relógio d´Água, 1985, página 138
Seomara Veiga Ferreira é científica, epistemicamente superior a Joaquim Fernandes e a Fina d´Armada que se inspiraram nela em obras que assinaram.
João Bereslavsky (João do Santo Graal), filósofo russo e místico, arauto da igreja cátara do século XXI, aponta (Santo) Agostinho, bispo de Hipona, como o criador da teoria do pecado original que moldou um catolicismo com os traços diabólicos de Elohím, o deus do Antigo Testamento. Agostinho foi seguidor de Mani, que postulava o dualismo original Luz-Trevas e não atribuía a origem do mundo corporal de matéria ao verdadeiro Deus como os católicos e os judeus. Depois, Agostinho retrocedeu na espiritualidade e aderiu ao catolicismo que fez inflectir num sentido sombrio, de pecado como lema primeiro. Escreve Bereslavsky:
«7. No judaísmo, com todo o seu enfoque no pecado, a lei regulava e vencia em certo grau os inícios pecaminosos. O islão até agora não crê no pecado original. A doutrina do pecado original foi imposta no século IV por Agostinho.»
«Em particular, cita um tal Simplício na sua carta. Diz que o pecado predomina na natureza humana desde o início. Veio com a queda dos procriadores; por isso é eternamente próprio do homem e praticamente imperdoável.» (...)
«11. Agostinho é um profeta falso. É uma raridade da diabocivilização, um herdeiro cristão dos "açores" judaicos, dos fariseus da época do Segundo templo, com a sua misantropia exacerbada. É o precursor da inquisição católica medieval que girou o eixo mundial para a malevolização.» (...)
«O interior de Agostinho»
«Até agora pouco se sabe sobre o bispo de Hipona. É um personagem obscuro. Chegou o tempo de desmascarar o que não se pode ler em nenhum livro, em nenhuma página web: o interior de Agostinho.
«12. O seu traço principal é uma homossexualidade rematada que atormentava este clássico romano durante toda a sua vida e que nunca superou. Acrescido a isso um "complexo de Édipo" profundo - a relação sodómica com a sua mãe bruxa .
A sua mãe Mónica também está na sombra. As crónicas oficiais falam sucintamente dela, no limite do silêncio, enquanto que ela precisamente, com mentira calculista, sodomia e ialdabaotianismo ritual, determinou o caminho do seu filho.»
«13. Por trás de Roma está Agostinho. Por trás de Agostinho está Mónica. Por trás de Mónica, Lilith, a mulher de Satanael (Jehová Elohím) e atrás desta última está o próprio diabo! Assim é a cadeia secreta do catolicismo romano.»(...)
«Reflectindo sobre Agostinho vi cinco períodos na sua vida.
«O primeiro período é o homossexual: a juventude libertina, a depravação.»
«O segundo é o mar-mánico, a comunicação com os seguidores de Mar-Mani: a tentativa de pôr-se no caminho espiritual e libertar-se do mau costume - Odeio a palavra maniqueísmo é uma invenção católica detestável do mesmo modo que a da palavra "cátaros". Utilizarei o termo mar-manismo -(...)
«Mónica enviou Agostinho à confissão do sacerdote da igreja romana. Começava assim o terceiro período - o cristão - o da vida de Agostinho que aceitou o signo de Jeová e atrás dele a rejeição do grande Mar-Mani e do Pai Bondoso.»
«Agostinho aceita a obediência eclesiástica: concebe a doutrina, segue os sacramentos, aceita o sacerdócio...mas interiormente, até à hora da sua morte, sofre do desejo homossexual. Torturam-no os constantes enamoramentos quiméricos...»
«O quarto período é o da decepção profunda. O pecado é incurável. Agostinho, desesperado, rompe relações com sua mãe. Entra em uma crise profunda de seis meses que termina com o quinto período: o de, chamemos-lhe, uma compensação neurótica.
«A mãe não o envergonha mais. Mas em Agostinho nasce outra força. Quer libertar-se do pecando...sacudindo-o sobre os demais. (!!!).»
«Assim nasce a ideia do pecado original - a projecção da sua própria homossexualidade fatal e incurável. Agostinho crê que o vício que se apodera dele é inato, que não se submete à correção, que supera o homem. Então o pecado original também o supera.»
«O período odioso da compensação finaliza com a sacudidela do pecado de Agostinho sobre toda a humanidade; e junto com o pecado, o complexo de culpa imperdoável. »
«16. O que aceita a doutrina do pecado original inicia-se, sem querer, na doutrina da sodomia. Mais ainda: com isto inicia-se o desprezo para com o homem: o antihumanismo.»
«O homem, segundo Agostinho, contém o mal ontológico: os únicos remédios contra o mesmo são o medo, a ameaça, a coação e a violência. O homem é, ademais, uma nulidade contaminada perigosamente. Então, tudo o que oprima o homem - o Estado, a polícia, as prisões, o exército, a igreja, a inquisição - deve ser bom! (...)
«19. A fatalidade do pecado de Agostinho foi transferida pela igreja romana para a natureza humana em geral. Mas eu afirmo: do mesmo modo que a homossexualidade não é própria do ser humano, mas está injectada pelos humanóides dos planetas mortos, tampouco o pecado original é fatal. Não existe!
Faz falta uma nova visão do homem - com os olhos da Imaculadez Original -.
Porque perseguiam a Eufrosínia? Não por ler o saltério ou acumular o Espírito Clarosanto, não, mas por atrever-se a dizer: "Tenho todos os pecados perdoados".
«22. Em que consiste a diferença principal entre catarismo e catolicismo? O catolicismo crê que o pecado original é fatal e imperdoável apesar de todas as confissões, indulgências e ritos. Mas então a igreja é uma armadilha! Por isso, se não há salvação do pecado, de que serve estar na "oficina" ritual? »
«O catarismo, pelo contrário, considera que o remodelado de adaptação é superável com quatro condições».
(Juan de San Grial, «Guan Min, la Madre Divina, Enciclopedia del Catarismo, Associaciò per l´estudi de la cultura càtar, 2013, pp.207-209; o negrito é colocado por nós).
O remodelado de adaptação é o corpo do homo sapiens, adulterado por Satanás, príncipe do mundo material, no sentido da luxúria, da ganância e da violência. O Editor define assim o remodelado de adaptação: «conjunto de operações etéricas para a mudança do teo-homem em homo sapiens com a extração de uma parte dos seus compostos divinos e com o cerramento do coração e dos seus corpos espirituais, realizado pelo príncipe deste mundo ilegalmente há 7.500 anos. Apresentando-se como o Pai da Terra e utilizando a magia, a hipnose e a mistificação, o inimigo do género humano submeteu os anjos ingénuos dos céus inferiores, e levou a cabo com eles 180 operações para o suposto desenvolvimento do potencial de outro amor (a luxúria).» (Juan de San Grial, « Rosa de los Serafitas, Evangelio cátaro bogomilo», Associaciò per l´estudi de la cultura càtar, 2015, nota de rodapé da pág. 252).
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
Na Idade Média, a filosofia cátara, expressa por exemplo no «Livro dos Dois Princípios» do perfeito Jean de Luigio, foi sempre superior à escolástica de São Boaventura, São Tomás de Aquino, Escoto Eriúgena e muitos outros. Porquê? Porque não caiu no erro de postular que um mundo imperfeito onde o assassínio, a exploração de milhões de seres, a doença e a mentira imperam é obra de um Deus perfeito e bondoso.
Escreve o filósofo neocátaro russo João do Santo Graal, nascido em 1946:
«12. Vejamos as doutrinas tradicionais sobre a origem do homem:
(1) A teoria da evolução de Darwin - sobre a origem das espécies a partir das mais primitivas até às mais desenvolvidas - ao fim e ao cabo leva a uma visão humanóide do homem: o Homo Sapiens encontra-se um degrau mais abaixo de desenvolvimento que os humanóides. Esta visão está próxima da do Tibete e das doutrinas cósmicas sobre a mudança de raças, expressa na Doutrina Secreta de E.Blavatsky, o clássico do ocultismo moderno e da «nova era».
«(2) A doutrina criacionista considera que o homem está criado por compostos materiais, modelado a partir do pó e da argila. Sobre este postulado se apoiam os fundamentalistas bíblicos: professam isto os hebreus, cristãos e muçulmanos.»
«13. Do ponto de vista da antropologia bogomila, as duas doutrinas são falsas. O homem não «evolui» desde as formas primitivas até às mais desenvolvidas, mas tampouco está "criado". É nascido de civilizações de Divindades bondosas e trazido milagrosamente à Terra como uma flor celestial que caiu sobre prados verdes e pulverizou ao redor de si o seu pólen empíreo.»
«Não só Cristo nasceu do Pai, mas também o homem nasce do Pai e da Mãe do puro amor. Na terceira hipóstase (Pai- Mãe-Cristo) está presente cada um dos homens. Cada um dos encarnados na Terra está chamado a entrar na trindade bogomila suprema e cristificar-se, divinizar-se.»
(Juan de San Grial, «Guan Min, la Madre Divina, Enciclopedia del Catarismo», Associaciò per l´estudi de la cultura càtar, 2013, pp. 137-138; o destaque a negrito é nosso).
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