Eis um teste de filosofia do 10º ano de escolaridade do início do segundo período lectivo, em Portugal. Os conteúdos deste teste de filosofia referentes a alquimia, cabala e princípio das correspondências macrocosmos-microcosmos integram-se na rubrica «Os grandes temas da filosofia» e são relativos a uma visita de estudo ao centro histórico de Sevilha em que se faz hermenêutica de monumentos antigos e seus pormenores artísticos. Os manuais escolares do 10º ano não têm praticamente textos de filosofia esotérica e holístico-científica: autores como Mircea Elíade, historiador das religiões, Edgar Morin, Paul Feyerabend, Jules Evola, Gerson Scholen, Jean Hani, são censurados, ignorados pelos académicos da filosofia analítica que estão na mó de cima na época filosoficamente impensante que atravessamos.
Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia, Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA A
3 de Fevereiro de 2017. Professor: Francisco Queiroz
I
“A filosofia da alquimia, que aceita as noções de pleroma, kenoma e hebdómada, sustenta a divisa «solve e coagula» e a existência de três princípios/ substâncias do universo material. Na Grande Obra Alquímica, que traduz a lei dialética do uno, há quatro fases correspondendo uma ave a cada uma. A esfera dos valores espirituais em Max Scheler e a esfera dos valores do santo e do profano podem ter algo a ver com a cosmisação do espaço e o axis mundis dos povos primitivos."
1) Explique, concretamente este texto.
2) Relacione, justificando:
A) Seis ou mais esferas da árvore cabalística dos Sefirós, as respectivas qualidades, e planetas, por um lado, e quatro arquês em Pitágoras de Samos, por outro lado.
B) Oito direções do espaço, respectivas áreas de vida e elementos ou partes da natureza na filosofia do Feng Shui e princípio das correspondências macrocosmos-microcosmos.
C) Máxima e imperativo categórico em Kant e o princípio moral do utilitarismo em Stuart Mill.
CORREÇÃO DO TESTE, COTADO MAXIMAMENTE PARA 20 VALORES
1) A filosofia da alquimia, doutrina esotérica, hermética que sustenta o processo da Grande Obra ou criação laboratorial da pedra filosofal que concederia a imortalidade ao homem, dotando-o de um corpo astral desmaterializado como o mítico Adão Kadmon (metade homem e metade mulher), defende que há três princípios/ substâncias originárias do universo, o enxofre ou homem vermelho (princípio masculino), sólido, o mercúrio filosófico ou mulher branca (princípio feminino), volátil, e o sal, neutro. A divisa «solve e coagula» significa dissolver o enxofre, sólido, e coagular o mercúrio líquido ou gasoso que se esparge pelas esferas celestes de forma a obter o equilíbrio e a pedra filosofal, ou lapis vermelho. O pleroma é o mundo divino, da luz, o mundo dos éons ou dos arquétipos perfeitos, o kenoma é o vazio, das trevas e da matéria exterior ao pleroma, a hebdómada é o mundo das sete esferas planetárias que tem a Terra no centro, criado por Deus ou pelo demiurgo (deus inferior) no seio do kenoma para alojar Adão que, ao sair do Éden atraído por Lúcifer, se materializou e perdeu Sofia, a sua metade espiritual (VALE TRÊS VALORES).As quatro fases da Grande Obra Alquímica que visa produzir o elixir da longa vida ou pedra filosofal em laboratório são: nigredo, ou fase negra, da putrefação da matéria transformada no laboratório a que corresponde o corvo; albedo, ou fase branca de separação das impurezas, a ave é o cisne; citredo, ou fase multicolor, de alguma dominancia do amarelo limão, a ave é o pavão; rubedo, ou fase vermelha na qual se dá a produção da pedra filosofal cuja ave é a fénix. A lei do uno sustenta que tudo se relaciona e isso exemplifica-se no facto de estas quatro fases da Grande Obra estarem ligadas entre si num processo de continuidade. (VALE TRÊS VALORES). A esfera dos valores espirituais em Max Scheller engloba os valores éticos (bem e mal), estéticos (belo e feio) jurídicos (legal, ilegal) de verdade filosófica (real, irreal, etc.) e científica (certo e errado na matemática, etc) e a esfera dos valores do santo e do profano ( Deus ou deuses versus matéria como essência da vida). A cosmisação do espaço é a transformação de um território caótico ou homologo ao caos num cosmos, isto é, num pequeno mundo organizado. Os povos antigos determinavam, nesse terreno, o Centro, o «umbigo do mundo», um lugar sagrado - e aqui entram os valores do divino, do santo e também éticos- onde situavam a pedra angular e erigiam o axis mundis, cruzando duas linhas perpendiculares no solo, uma norte-sul outra este-oeste. Assim a aldeia ficava dividida em quatro partes.A partir do Centro, elevava-se o axis mundi, um poste, ou um pilar ou uma árvore que ligava o mundo subterrâneo dos mortos ao mundo terrestre dos vivos e ao céu dos deuses. (VALE QUATRO VALORES).
2-A) A árvore das Sefirós (Esferas) é o diagrama do universo, segundo a Cabala (ensinamento secreto) judaica, uma «heresia» do judaísmo como religião de massas. Essa árvore de 10 esferas, que são 10 qualidades que emanam de Deus (emanacionismo), é composta de um triângulo em cima, onde a presença de Deus é directa, expressa nas sefirós Kéther- Chokmah- Binah, dois triângulos invertidos debaixo deste, onde já não há a presença directa de Deus mas sim dos arcanjos e dos anjos, e um ponto isolado no fundo.
KÉTHER (Coroa)
Planeta: Úrano
Esfera nº 1
Cor : Indefinida
BINAH: CHOCKMAH
Esfera nº 3 Esfera nº 2
Inteligência Sabedoria
Feminina Masculina
Saturno Neptuno
Cor Negra Cor iridescente
GUEVURAH CHESED
Esfera nº 5 Esfera nº 4
Justiça Misericórdia
Marte Júpiter
Cor: Vermelho Cor Azul
THIPHERET
Esfera nº 6.
Beleza.
Sol.
Cor: amarelo ouro.
(VALE TRÊS VALORES)
A cosmogonia de Pitágoras de Samos diz que o universo se formou a partir de quatro números-figuras arquetípicos: do vazio surge um ponto que simboliza o número um; o ponto divide-se em dois, gerando a linha recta, que é o número dois; da recta sai um ponto que ao projectar-se através de infinitas rectas sobre a recta original gera um plano, que é o número três; do plano sai um ponto que prpjectando-se segundo três rectas sobre o plano gerando a pirâmide de três lados ou tetraedro, que é o número quatro. A gematria é a atribuição a cada letra de um número (por exemplo A= 1, B=2, C=3, N=40, Z=400) . Tanto a cosmogonia de Pitágoras como a gematria consideram os números como essências dos entes.
Podemos relacionar a árvore da Cabala, que sustenta haver DEZ esferas ou Séfirós com a teoria de Pitágoras que venerava o DEZ como número de Deus já que é a soma dos quatro arkhés (1+2+3+4=10). (VALE TRÊS VALORES).
2) O Feng Shuei é uma filosofia chinesa geocósmica, holística, que sustenta a correspondência entre pontos cardeais (N,S,E,O) e os quatro pontos colaterais (NE,SE, SO, NO), as áreas de vida social e pessoal, alguns animais e cores.
NORTE. TERRA. Tartaruga negra. A profissão, os negócios. Audição. Inverno. Meia noite, velho Yi ( máximo Yin ou máxima escuridão e frio).
NORDESTE. MONTANHA. Área de estudos e vida escolar.
ESTE, TROVÃO. Dragão verde. Crescimento, família. Cor verde. Visão. Nascer do sol. Jovem Yang.
SUDESTE. VENTO, MADEIRA. Dinheiro, riqueza material.
SUL.FOGO. Fénix. Fama. Fala. Cor vermelha. Verão. meio dia, velho Yang (máximo Yang ou máxima luz e calor).
SUDOESTE.TERRA. Sudoeste (ou Centro, segundo algumas interpretações). Serpente. Cor: amarelo. Fim do verão. Casamento, amores. Sabor. Meio da tarde. Igual proporção de Yang e Yin.
OESTE. ÁGUA., Lago. Oeste. Tigre branco. A criatividade, os filhos. O olfato. Outono. Cor branca. Pôr do sol. Jovem yin (algum frio e humidade).
NOROESTE. CÉU. Os protectores, os amigos influentes.
O princípio das correspondências microcosmo-microcosmo da filosofia hermética sustenta que o que está em baixo é como o que está em cima, há uma analogia entre o microcosmo ou pequeno universo e o macrocosmo ou grande universo. Assim sucede com o FengShuei: por exemplo, o Norte (macrocosmos) corresponde à profissão da pessoa (microcosmos) e à Tartaruga Negra (microcosmos), etc. (VALE TRÊS VALORES)
C) O imperativo categórico ou verdadeira lei moral, em Kant, postula: «Age como se quisesses que a tua ação fosse uma lei universal da natureza». Resulta da universalização da máxima, da aplicação equitativa do princípio subjectivo moral de cada um ou máxima. Exemplo: se a minha máxima é «Combato a vacinação obrigatória porque as vacinas infectam o organismo» o meu imperativo categórico será «Vou difundir a ideia de que a vacinação é nociva e não me vacinarei nem as minhas filhas, quaiquer que sejam as sanções contra mim.» O princípio moral de Stuart Mill é, em cada situação, promover a felicidade da maioria das pessoas, mesmo sacrificando a minoria. Em regra, isto opõe-se ao imperativo categórico de Kant que é absolutamente equitativo e trata por igual todos os indivíduos. (VALE QUATRO VALORES)
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Eis um teste de filosofia do 10º ano de escolaridade em Portugal, evitando as perguntas de escolha múltipla em que o aluno coloca um X na hipótese que supõe estar certa e fica dispensado de explanar as suas ideias num corpo discursivo coerente.
Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia, Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA B
17 de Março de 2015. Professor: Francisco Queiroz
I
“A autogestão nas empresas, a cogestão e a nacionalização de empresas são valores ético-políticos e económicos aceites ou rejeitados como valores supremos por uma ou outra de três correntes como o comunismo leninista, o anarquismo e o socialismo reformista. Karl Marx defendeu que ao longo da história cinco tipo de instrumentos de produção (tecnologia) produzem uns quatro ou cinco tipos de Estado, ética, cultura, organização social e religiosa, e isso exprime a lei dos dois aspectos da contradição.»
1) Explique, concretamente este texto.
2) Relacione, justificando:
A) Quatro correntes ético-políticas (três de direita e uma do centro), por um lado, e democracia parlamentar ou burguesa e Estado social, por outro lado.
B) O imperativo categórico em Kant, por um lado, multiculturalismo e totalitarismo por outro lado.
C) Adão Kadmon, três princípios da alquimia, hebdómada.
CORRECÇÃO DO TESTE ESCRITO (COTADO PARA 20 VALORES)
1)«A autogestão nas empresas é o regime em que as fábricas, as explorações agrícolas, os hipermercados, as empresas de transportes são propriedade dos trabalhadores e não do Estado nem de patrões ou sociedades privadas: semanal ou mensalmente reune a assembleia de todos os operátrios, engenheiros e técnicos de contas da empresa e decide, democraticamente, os investimentos a fazer, a escala de salários, a repartição dos lucros, os horários de trabalho, etc. A autogestão é um valor central da doutrina anarquista que é contra o capitalismo privado e contra o capitalismo de estado marxista~leninista, anarquismo que defende a extinção do Estado, do exército profissional e das polícias e que promove a luta de rua (acção directa) e a greve geral revolucionária contra a democracia parlamentar ou burguesa. A cogestão nas empresas é o regime em que estas são propriedade privada de patrões mas estes incluem um representante da comissão de trabalhadores ou do sindicato na gestão da empresa concertando com estes os ritmos de trabalho, a escala de salários, etc. A cogestão é um valor central da doutrina da social-democracia ou socialismo reformista, isto é do capitalismo de centro-esquerda, corrente que defende a democracia parlamentar, as liberdades de greve, imprensa e manifestação de rua, a liberdade sexual e religiosa, os impostos progressivos sobre os ricos, o rendimento mínimo garantido e o subsídio de desemprego para todos os necessitados, o ensino secundário e universitário público gratuitos, o serviço nacional de saúde. O socialismo tem forte componente maçónica e defende uma economia de mercado, uma economia capitalista. A nacionalização é um valor central da doutrina comunista marxista-leninista que defende uma revolução política e social em que as fábricas e terras são nacionalizadas, isto é, passam das mãos de capitalistas privadas para o Estado gerido pelo partido comunista em nome do povo (ditadura do proletariado, sem eleições livres porque estas trariam o capitalismo de volta). Em democracia parlamentar, os comunistas concorrem às eleições, apesar de considerarem que os partidos vencedores - socialistas, liberais ou conservadores - ganham por serem subsidiados pela alta finança e grandes industriais, já que no parlamento apresentarão propostas de lei contra o fascismo clássico e a favor da classe operária (VALE SEIS VALORES). Karl Marx defendeu que a infraestrutura ou base económica, em especial o seu instrumento de produção principal em cada época, gera a superestrutura (Estado, religião, escola, cultura) correspondente: o machado de pedra obrigou os homens a adoptarem o comunismo primitivo, um regime anarquista nas tribos, de propriedade colectiva dos meios de produção; a invenção do machado de ferro e arado de ponta de ferro levou à prática da agricultura e à divisão social entre escravos e esclavagistas e ao surgimento do Estado da escravatura, máquina de opressão; a invenção do moinho de água, na Idade Média, converteu os escravos em servos da gleba que trabalham metade da semana gratuitamente para os seus senhores, é o Estado feudal; a invenção da máquina a vapor e do martelo mecânico no século XVIII gera a revolução industrial, os camponeses são transformados em operários fabris ao serviço da nova classe, a burguesia industrial, que constrói o Estado democrático burguês, assente no capitalismo. Depois, segundo os neomarxistas, a electrónica, a aviação, a electricidade e as grandes tecnologias actuais geram a necessidade do Estado socialista operário, suprimindo os capitalistas. A lei dos dois aspectos diz que numa contradição há dois aspectos e, em regra, um é dominante e o outro dominado, podendo inverter-se as posições: neste caso, o instrumento de produção é o dominante e o Estado e restante superestrutura, o dominado e, por vezes, o Estado, a religião e a política sobrepõem-se à produção como sucede no caso das revoluções e guerras. (VALE QUATRO VALORES).
2) A) Das três correntes de direita política, liberais, conservadores e fascistas/monárquicos absolutistas, só esta última não defende a democracia parlamentar ou burguesa. Os fascistas querem um Estado nacional, uma ditadura de partido único, defensor de um capitalismo controlado de alta burguesia, sem direito às greves, à imprensa livre e ao lock-out, um Estado defensor dos valores tradicionais (masculinidade do homem, feminilidade e espírito de dona de casa na mulher; perseguição e punição de gays e lésbicas; respeito às igrejas católica, protestante ou islâmica e proibição do divórcio nos casamentos religiosos), um Estado totalitário profundamente anticomunista, antimaçónico e antiberal, xenófobo, isto é, expulsando imigrantes estrangeiros. Menos à direita estão os conservadores, que defendem uma democracia parlamentar (regime de eleições livres de parlamentos, com muitos partidos a concorrer), liberdade sindical, de imprensa e de greve mas opõem-se a impostos progressivos sobre os ricos, ao casamento de gays e lésbicas, à legalização das drogas leves. Os conservadores defendem os valores tradicionais da família, do respeito a Deus e são contra o aborto livre. À esquerda dos conservadores, mas ainda no campo da direita, estão os liberais, que defendem o capitalismo privado puro, poucos ou nenhuns impostos sobre os capitalistas, o fim do serviço nacional de saúde e do ensino universitário gratuitos, a privatização de quase todas as empresas públicas (correios, comboios, aviação, minas, siderurgia, etc), o quase desaparecimento do subsídio de desemprego e do rendimento mínimo garantido, a liberdade de os patrões despedirem os empregados sem os indemnizar. Os liberais, também com grande influência da maçonaria no seu seio, defendem a globalização da economia e a sinarquia, o governo mundial único numa base pluralista. Ao centro, figuram os centristas, também defensores da democracia parlamentar ou burguesa, com mais preocupações sociais, que se opõem ao capitalismo selvagem de liberais e conservadores e também ao comunismo, ao anarquismo e ao socialismo reformista embora sejam vizinhos deste último. Ao contrário dos liberais e conservadores, os centristas já defendem o Estado social, um Estado capitalista que confere protecção básica aos mais pobres, dando-lhes saúde gratuita nos hospistais, refeições gratuitas e outros apoios. John Rawls foi, nos EUA, o teórico desta corrente. Advogava que as leis deviam ser debatidas e votadas por grandes comunidades segundo uma democracia de base a coberto de um véu de ignorância sobre a profissão e a riqueza de cada um dos participantes no debate, na posição original. (VALE QUATRO VALORES).
2) B) O imperativo categórico é uma lei moral autónoma, variável de pessoa a pessoa, mas com equidade universal, sem interesses egoístas: «Age de modo que a tua acção seja como uma lei universal da natureza», isto é, faz o bem sem olhar a quem e nem mesmo a ti mesmo ou pune a todos, por espírito justo, sem olhar a quem. O multiculturalismo é a posição que diz que num país todas as comunidades - os nacionais de origem, os emigrantes africanos, latino-americanos, do leste, etc - devem estar em pé de igualdade ante o Estado e a lei: nas escolas devem ensinar-se as diversas línguas e culturas, qualquer imigrante se pode candidatar a presidente da república, deputado nacional ou autarca local, etc. O totalitarismo, ideologia que diz que o Estado é tudo e o indivíduo é nada e deve haver uma ditadura de partido único sem eleições livres nem imprensa livre - é contra o multiculturalismo (VALE TRÊS VALORES).
2)C) O Adão Kadmon era, segundo relatos alquímicos, o Adão primitivo, dotado de um corpo astral, que atravessava as pedras e a matéria, hermafrodita - metade mulher (Sofia), metade homem (Adão), com duas cabeças em algumas representações, correspondente ao arcano XXI do Tarot - que viveria no Paraíso Terrestre, no limite entre o Pleroma (Mundo da Luz divina) e o Kenoma (Mundo do Vazio, das trevas exteriores). Adão quis sair do Paraíso, atraído por Lúcifer que fora exilado no Inferno, e perdeu o seu corpo luminoso, materializando-se. Deus apiedou-se dele e colocou-o na Terra, onde viveu sujeito à lei do envelhecimento e da morte com a sua nova companheira, Eva, rodeado de sete esferas planetárias ou mundo da hebdómada. A alquimia fala de três princípios: o enxofre, sólido, ou princípio masculino, o «homem vermelho»; o mercúrio filosófico, líquido ou gasoso, volátil, princípio feminino ou «mulher branca» - equivale à Sofia do corpo adâmico; o sal ou neutro . O objectivo da alquimia é produzir o lapis, a pedra filosofal, que permitiria ao homem recuperar o corpo glorioso do primitivo Adão.(VALE TRÊS VALORES)
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