Eis algumas reflexões mais ou menos triviais que me ocorrem neste início de 2017.
A VERDADE NÃO ESTÁ AO ALCANCE DE TODOS .Husserl dizia que a verdade é uma ideia, perceptível embora em infinitas vivências. Nem toda a gente atinge a verdade em qualquer área: a lei da desigualdade entre os indivíduos e as mentes respectivas prevalece, como em tudo. O erro é muito mais frequente do que a descoberta da verdade. Não admira que a esmagadora maioria dos homens de ciência, dos filósofos e professores de filosofia não compreendam esta verdade: os planetas no seu movimento através dos 360º do Zodíaco ou circunferência celeste determinam todos os acontecimentos individuais e colectivas que se dão no planeta Terra. Falta-lhes inteligência holística e trabalho de investigação sobre milhares de factos históricos reais.
O PRAZER INTELECTUAL DA DESCOBERTA. É para mim um prazer enorme estudar comparativamente, durante tardes inteiras, meses e anos seguidos, tanto quanto a actividade lectiva mo permite, muitos acidentes de avião, comboio, barco, automóvel, sob o ponto de vista astronómico e histórico e encontrar algumas leis astrológicas que explicam essas ocorrências. Vivo num outro universo, mais acima, ao decifrar parcialmente esses enigmas da ordem cósmica. Louvados os deuses que me inspiram nessa tarefa.
OS SINCRONISMOS FOMÉTICOS REGEM A HISTÓRIA. Vejamos exemplos. Em 12 e 13 de Janeiro de 2017, as ideias de MACEDO e CAVALEIRO estão em destaque: no dia 12, Baraona, do Museu Regional, encontra-me numa rua de Beja e elogia João Rocha, presidente da câmara de Beja, dizendo que este quer atrair à cidade através da construção de uma Escola EQUESTRE , CAVALEIROS tauromáquicos e alta burguesia ligada a esta área, um telejornal anuncia que Paulo Campos, ex presidente do INEM, acusa Paulo MACEDO, enquanto ministro da Saúde do governo PSD-CDS, de o ter pressionado a colocar num posto do INEM Helena Lalanda de Castro, irmã do arguido Paulo Lalanda de Castro, dono da Octopharma; no dia 13, um homem assassina a tiro a sua esposa, de 60 anos, em MACEDO de CAVALEIROS, a aluna Catarina MACEDO lê um texto sobre Kant na aula de filosofia, na ESDG.
O CASAMENTO, NA MEDIDA EM QUE ACORRENTA DUAS PESSOAS UMA Á OUTRA, PODE SER UMA CRIAÇÃO DO DIABO. Porque só o Diabo, se existe, usa correntes e acorrenta pessoas. Deus, o Puro Amor, deixa as pessoas livres. Os casamentos celebrados pelas igrejas católicas, protestantes, judaicas não são sacramentos divinos: são contratos para a concupiscência e o enriquecimento material, são formas de poder familiar e social.
O GRANDE OLHO ESPIÃO DA INTERNET .Se dantes eram os padres que conheciam no confessionário os segredos, as preferências dos fiéis, agora é o controlo íntimo, a espionagem das redes sociais, das tecnologias audiovisuais, que assegura estabilidade aos senhores do mundo.Temos a televisão, verdadeira sacerdotisa do controlo mental de massas, a ciência universitária encartada, o papa Francisco e o Banco Central Europeu, enfim, estamos bem formatados, como crentes ou como ateus, para a New World Order, o capitalismo global ou, segundo Daniel Estulín, o novo fascismo bonapartista imposto à escala mundial...
TRUMP TAMBÉM TEM RAZÃO. Na sua última entrevista Donald Trump disse algo como «nunca devíamos ter invadido, o Iraque, foi a pior decisão da nossa história». Refere-se à invasão do Iraque em Março de 2003. E está certo. George W. Bush, o criminoso presidente republicano de 2001 a 2009, fez a guerra do Iraque, relançou a Al-Qaeda e não votou Trump. Declarou ainda Trump que «a NATO é uma organização obsoleta». E está certo. Para nos libertarmos da ditadura financeira do euro da senhora Merkel, Trump, apesar de grande burguês, pode ser um aliado na luta contra a globalização, pelo regresso a um mundo dual de equilíbrios firmes. Sem esquecer, que é um reacionário no que toca à posição e aos direitos das mulheres, um representante do machismo boçal do grande construtor civil. E é bom que Trump se entenda com Putin, o presidente de uma Rússia atávica, reacionária, católico-ortodoxa, onde de 40 em 40 minutos a violência doméstica masculina mata uma mulher (cerca de 12 000 mulheres são mortas anualmente pelos seus parentes ou parceiros) e onde o Código Penal não prevê punições para os agressores das mulheres e dos homossexuais, excepto em caso de assassinato.
LISBOA É, PARA MUITOS, A ESCRAVIDÃO DO TRABALHO. Um jovem engenheiro bejense concluiu o curso em Lisboa e empregou-se numa empresa cuja sede é no centro da capital. Não conseguiu alugar casa:é hábito de muitos que dispõem de apartamentos alugarem quarto a turistas. Vive num quarto e gasta uma hora em transportes públicos para chegar ao emprego e outra hora para regressar ao quarto. São 10 horas diárias de trabalho e viagens em autocarros que exigem mudança de veículo ou num metropolitano superlotado que reduziu o número de carruagens - onde dantes eram 4 agora são 3. O engenheiro ganha cerca de 1000 euros limpos mais subsídio de refeição (5 euros por dia). Não tem tempo para desfrutar de cinemas, bares, discotecas, visitas a amigos. O trabalho é uma escravidão. Vives em Beja e, se tens emprego condigno e casa, ainda te queixas?
O GOVERNO PS ATENTA, POR MEIO DA SUPERVISÃO E DA UNIFORMIZAÇÃO, CONTRA A LIBERDADE PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES . Encontro em Beja um sindicalista que me diz: «Já viste o escândalo da política do Ministério da Educação? Impõem a supervisão, a uniformização de métodos de avaliação e ensino. Os professores vão assistir às aulas uns dos outros. A Inspeção de Ensino vai investir contra a autonomia pedagógica de cada um, impondo fórmulas burocráticas comuns. Diz-se que é a equipa da antiga ministra de Sócrates Maria de Lurdes Rodrigues que tanto mal estar causou na classe docente,quem congeminou este controlo totalitário das aulas e dos conteúdos lecionados. Mas ensinar é diversificar e não uniformizar. Os professores deviam revoltar-se e agir em bloco dizendo não a esta política. A FENPROF está amordaçada pelo PCP: não protesta para manter a «geringonça». A descida da TSU é uma medida gravíssima porque tira 40 milhões de euros à Segurança Social e as nossas reformas serão afectadas por isso. O país está a endividar-se ao ritmo de 38 milhões de euros por dia. É insustentável, isto um dia colapsa. O governo de António Costa quer recapitalizar a Caixa Geral de Depósitos com os nossos impostos mas esconde as enormes dívidas de Joe Berardo e outros milionários à CGD - os amigos do PS. O Passos Coelho fez bem em aliar-se ao PCP e ao BE chumbando a descida da TSU. O presidente Marcelo leva o governo ao colo porque quer ter um segundo mandato. O Costa é habilidoso na imagem.»
TU NÃO PRECISAS DE MEDICAMENTOS CONTRA A DEPRESSÃO OU O SENTIMENTO DE SOLIDÃO: TENS O FACEBOOK. A tua família fictícia são as tuas dezenas ou centenas ou milhares de amigos do Facebook. Agradece a Mark Zukenberg, mais teu amigo que o papa. Mark, sem te conhecer, cuida de ti, põe-te em contacto com o vasto mundo humano. Avé Mark, bendito sejas. Dás-nos oportunidade de escrever, de vibrar com o facto de sermos lidos, ouvidos. Thank you, Mark.
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
A vitória de Portugal sobre a França em 10 de Julho de 2016, na final do campeonato europeu de futebol, «lida» por mim no horóscopo natal de Fernando Santos (carta do céu de 10 de Outubro de 1954) e justificada astronomicamente semanas antes, foi uma vitória da astrologia predestinacionista - a astrologia histórica que desenvolvo, desde há mais de três décadas, por investigação empírico-racional - sobre a filosofia em geral.
Nas faculdades de filosofia não se lecionam as cadeiras de Astrologia e de Astrologia Histórica porque o preconceito reinante entre os filósofos - como Descartes, Kant, Hume, Hegel, Marx, Popper, Khun, Heidegger, Kripke, Dennett - entre os catedráticos, mestres e licenciados em filosofia é o de que «é impossível haver destino escrito pelos movimentos planetários», «os planetas estão demasiado longe da Terra e não podem suscitar acontecimentos humanos e sociais nesta», «a astrologia é uma superstição irracional». Os filósofos e docentes de filosofia são impostores, do ponto de vista da racionalidade holística: falta-lhes o fecho da abóbada do pensamento, a pedra angular, que está nos céus, e se chama roda dos doze signos do Zodíaco. A história da filosofia é uma sucessão de equívocos e falácias sobre o «livre-arbítrio», «a marcha do acaso na história social e política» que escondem a verdade: a predestinação de tudo pelos movimentos dos planetas, Sol, Lua e asteróides no Zodíaco. Quem não pensa o mundo a partir da ideia da predestinação absoluta não pensa bem, é um filósofo inferior, um semifilósofo.
Foram, pois estes filósofos e semifilósofos institucionais os derrotados epistemicamente com o resultado da final de 10 de Julho de 2016. Neste dia, Vénus passou no grau 27 do signo de Caranguejo sobre a posição de Júpiter em 27º de Caranguejo em 10 de Outubro de 1954, dia de nascimento de Fernando Santos. Ora, Vénus no dia de hoje sobre a posição de Júpiter num dia do passado expande ou dá a vitória à pessoa que nasceu nesse dia. Esta é uma lei de cálculo astrológico que o cretinismo universitário despreza e por meio da qual nós conseguimos predizer, cientificamente, a vitória de Portugal.
Analisando o horóscopo de nascimento do selecionador francês Didier Deschamps, nascido em 15 de Outubro de 1968, com Vénus em 23º do signo de Escorpião, verifica-se que em 10 de Julho de 2016, Marte, planeta maléfico, passou em 23º do signo de Escorpião «esmagando» o Vénus natal de Didier. Estava pois predestinado um desaire para ele segundo a lei: Marte em conjunção com o Vénus de nascimento de alguém causa dissabores, acidentes ou perdas a esse alguém.
A CIÊNCIA ASTROLOGICA NÃO É A LEITURA ALEATÓRIA DO TARÔ
O cálculo em astrologia predestinacionista é matemático, astronómico e nada tem a ver com lançar as cartas do Tarô. Muitos tarólogos fazem do Tarô um objecto sagrado, fora do erro. Creio que esquecem que o simples ato de tirar uma carta comporta a possibilidade de erro porque os próprios astros, a última instância de todo o processo, determinam que se erre num dado momento e se acerte noutro. O erro existe no tirar a carta e não apenas na interpretação. O Tarô não é só interpretação: é escolha aleatória da carta e esta última escolha revela fragilidades. O tarólogo falha porque não escapa à predestinação astral, à sequência verdade-erro. Não há tarô sem subjetividade do tarólogo.
Também há subjetividade nos astrólogos, a grande maioria dos quais são de qualidade duvidosa, mas os astros funcionam e fazem funcionar o mundo mesmo que não haja astrólogos nem astrologia como ciência ou interpretação. Ao passo que o Tarô não funciona nem faz funcionar o mundo sozinho, é um jogo da alma humana, uma leitura intuitiva de um lançamento de cartas que obedece à predestinação astral: há os dias bons para o tarólogo em que este acerta e há os dias maus em que o tarólogo se engana. O que eu contesto é o carácter de infalibilidade («Os arcanos do Tarot não falham,o que falha é a interpretação de quem o lê,isso sim!») que se pretende dar ao Tarô, infalibilidade que não existe. Os arcanos falham, sim.
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
Uma das características predominantes deste heterogéneo movimento designado por filosofia analítica é a tendência para deslocar o carácter intuitivo-racional da verdade do mundo empírico para o mundo da lógica pura, caindo na hiper-análise.
Por hiper-análise entendo a tendência de separar em fragmentos as partes inseparáveis de um todo.
Uma das teses analíticas mais expendidas nos Manuais de Filosofia no Ensino Secundário é a de que «o conhecimento implica três condições, que são a crença, a verdade e a justificação».
Ressalta de imediato a existência de dois erros nesta formulação: a separação entre crença e conhecimento e a separação entre crença e verdade.
Quem crê, acredita em algo. Crer é designar uma «verdade» para mim, para nós ou «em si». Portanto, a verdade, no seu aspecto de ser apreendida subjectiva ou intersubjectivamente, faz parte da crença, não está fora desta. Classificar crença e verdade como condições separadas é um erro de hiper-análise.
É seguir as pisadas de Descartes, ao formular o «Cogito» («Eu penso«) como uma cápsula fechada, vazia. O «penso» é sempre «penso algo, um barco, os meus amigos, o átomo, o céu, etc», é sempre uma «representação do mundo ou verdade», como Husserl mostrou.
Aliás, toda a crença é conhecimento, entendendo que há vários níveis de conhecimento: o conhecimento factual, «indiscutível», da verdade, seja sensorial (exemplo: «a neve é fria»), empírico-racional ou racional (exemplo: 12+12=24); o conhecimento provável, metafísico-religioso (exemplo: «Deus criou o universo físico») ou metafísico-científico (exemplo: «O Big Bang originou o universo»), incerto, discutível, de uma «verdade» impossível de objectivar; o conhecimento ilusório ou «superado» de que parte da humanidade se desembaraçou ( exemplo: a teoria geocêntrica de Aristóteles e Ptolomeu, a crença no «mau-olhado», etc).
O conhecimento é a superfície de contacto entre o sujeito cognoscente, pessoal ou transpessoal, e a «realidade-objecto», seja esta física, psíquica, racional, metafísica ou de outra natureza.
Esse contacto possui uma dupla vertente: verdade e erro, que, em larga medida, se transformam dialeticamente um no outro.
Assim, parece-nos errónea a seguinte formulação do conhecimento num Manual de Filosofia:
«O conhecimento é factivo, ou seja, não se pode conhecer falsidades.»
«Dizer que não se pode conhecer falsidades não é o mesmo que dizer que não se pode saber que algo é falso. As duas coisas são distintas. Vejamos os seguintes exemplos:»
«1. A Mariana sabe que é falso que o céu é verde.
«2. A Mariana sabe que o céu é verde.
«1 e 2 são muito diferentes. O exemplo 1 não viola a factividade do conhecimento. Mas a afirmação 2 viola a factividade do conhecimento: a Mariana não pode saber que o céu é verde, pois o céu não é verde».
«Dizer que o conhecimento é factivo é apenas dizer que sem verdade não há conhecimento».
(Aires Almeida, Célia Teixeira, Desidério Murcho, Paula Mateus, Pedro Galvão, A arte de pensar, manual de Filosofia do 11º ano, Didáctica Editora, pag.96).
A afirmação de Maria de que «o céu diurno é azul» seria factiva, segundo estes autores. Mas como classificar a afirmação dos filósofos e físicos, que perfilham a teoria das qualidades primárias e secundárias dos objectos físicos, de que «o céu diurno não tem cor, o azul que lhe atribuimos apenas existe no nosso cérebro»? Ambas são afirmações factuais, derivadas de perspectivas diferentes: empírica versus epistemológica. E ambas podem ser postas em dúvida, a partir de outras perspectivas de raciocínio. Alguma delas é "factiva", deveras?
Se o conhecimento fosse factivo, no sentido em que os autores do texto o definem, isto é, impedindo a falsidade, então não haveria progresso no conhecimento do mesmo tema científico: se consideram factivo que «o céu é azul» ou que «o número de massa do hidrogénio é um» ou que «os átomos têm órbitas circulares com electrões» estas asserções deveriam permanecer como «verdades imutáveis» por toda a eternidade.
Ora, isto não é assim. O conhecimento, na sua grande vastidão, é revisível, mistura, na sua essência mutável, a verdade com o erro. Se há conhecimento factivo, no sentido de indiscutível, limita-se às operações da matemática, a princípios lógicos e a intuições empíricas fundamentais (exemplos: «Estou neste lugar; O azeite a ferver queima-me se saltar sobre a minha pele»).
Há, no entanto, muito mais conhecimentos, além destes, que não são indiscutíveis, factivos - a teoria de Darwin é um conhecimento e, em boa parte, não factivo; a teologia cristã ou islâmica é um conhecimento metafísico de seres míticos, não factivo para centenas de milhões de pessoas; a teoria da democracia liberal mundial como a melhor das sociedades possível também não é "factiva", etc.
Na Idade Média europeia, a crença em que a Terra estacionava no centro do universo com o sol e os planetas a girar à sua volta era o conhecimento científico possível. Depois essa teoria geocêntrica foi substituída, no século XVII, pela teoria heliocêntrica: deixou de ser um conhecimento científico, sociologicamente falando, e passou a ser um conhecimento pré-científico, um conhecimento superado. E ainda hoje, no século XXI, o geocentrismo continua a ser conhecimento, de uma «verdade superada» ou ilusão.
Portanto, conhecimento não implica obrigatoriamente verdade - verdade objectiva, consensual, universal - mas tão somente «verdade para mim» ou «verdade para nós», «verdade» provável ou plausível, «verdade superada» ou erro.
Falar de «verdade» em geral como condição do conhecimento e não distinguir entre «verdade objectiva, universal» e «verdade subjectiva» ou «verdade intersubjectiva» nem distinguir entre «verdade provável» e «verdade indiscutível, definitiva» é falsear a noção de conhecimento. Em última análise, o conhecimento não é factivo: poderá ser tendencialmente factivo. Factiva é a realidade a que ele se refere, realidade que se encontra em um dos extremos desse "segmento de recta" chamado conhecimento ou, melhor, que é tangente a esse extremo.
(Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
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