Domingo, 13 de Maio de 2018
Esther Vilar: As mulheres, sexo forte, dominam os homens, sexo fraco

Esther Vilar (16 de Setembro de 1935, Buenos Aires), escritora e psicóloga, feminina mas não feminista radical, sustentou em 1971, no seu livro O homem subjugado que o poder das mulheres é superior ao dos homens na sociedade aparentemente patriarcal dos anos 70 do século XX - e por maioria de razão hoje no século XXI. Escreveu:

 

«"A primeira opressão social é a da mulher pelo homem", disse Friederich Engels numa frase célebre. Engels confundiu poder e violência. Como depois dele fizeram muitos homens de esquerda, cometeu na sua crítica o erro de transpor para a luta dos sexos as estruturas de domínio que se apoiam sobre a violência física. Pelo facto de o homem ser muscularmente mais forte e consequentemente ganhar dinheiro, Engels imaginou que o homem exercia o poder e a mulher o sofria. Certamente que é possível submeter uma classe social pela violência física, mas não é assim que se decide o poder quando se trata do domínio de um sexo por outro.»

«Nesta luta, o menos forte fisicamente não é o oprimido potencial, é o mais forte que o é. O homem que deseja uma mulher jamais será o seu déspota. O déspota será a mulher, pois que é ela a desejada. Se a maior parte das mulheres, por causa da sua inferioridade física e espiritual mais desejo ainda inspiram ao homem, "a primeira opressão social" não pode ser a da mulher pelo homem, mas a do homem pela mulher. De resto, em geral, quando tudo segue para a mulher, as coisas vão bem pior ainda para o marido.»

 

«O poder da mulher é a infraestrutura de todos os edifícios sociais, de todas as relações de forças. Um sistema social onde o domínio não se apoie sobre a satisfação dos nossos instintos primordiais, nunca poderá ser mais que uma superestrutura, e os seus chefes não poderão exercer mais que um domínio limitado ao qual os parceiros sexuais e objectos biológicos não dão qualquer valor. (...) Sem o assentimento da mulher, o fascismo, o imperialismo ou a inquisição nunca teriam sido possíveis. Se não dependessem das mulheres, nunca os homens se tornariam instrumentos de tais sistemas. Para sofrer a violência de um destes sistemas secundários e ver-se obrigado a aceitar o terror, a hipocrisia e a traição, a condição prévia está em um ser humano estar ligado a outro pelos seus instintos mais primordiais. O poder da mulher faz o jogo da violência universal».

 

«Padres da Igreja, políticos e ditadores, todos conhecem esta lei não escrita. O acto político mais importante de um déspota é sempre o de lisonjear a mulher, bajulá-la. Todos os ditadores o sabem: se por eles tiverem a mulher, o homem automaticamente enfileirará do seu lado. Assim, enquanto a Igreja recomendar a mulher como objecto a proteger, o homem aceitará que os seus filhos sejam educados nesta fé por criaturas invisíveis, necessárias à perpetuação do culto. Enquanto os políticos prometerem à mulher facilidades de ordem social, poderão com inteira tranquilidade de consciência nada alterar no serviço militar nem nas reformas dos homens. Enquanto os ditadores renunciarem a exércitos de mulheres, não terão qualquer dificuldade em enviar para guerra os homens jovens.»

(Esther Vilar, Sexo Polígamo, Editorial Futura, Carlos & Reis Lda, Lisboa, 1978, pp. 49-51; o destaque a negrito é posto por nós).

 

A actual sociedade democrática é matriarcal e configura uma ditadura ginocrática mundial. A rainha de Inglaterra, uma mulher, que David Icke afirma tomar a forma de um lagarto em cerimónias satânicas no castelo de Balmoral, é a cabeça coroada do império britânico. Angela Merkel e Teresa May são as primeiras ministras da Alemanha e do Reino Unido nestes anos de 2017 e 2018, em que, na Suécia e nos EUA, irrompeu um movimento de denúncias públicas femininas sobre "acosso sexual" feito por homens célebres que gerou expulsões de cargos em instituições de actores e directores de cinema, políticos, juízes, jornalistas influentes, homens da cultura. Julian Assange, fundador da Wikileaks, está refugiado na embaixada do Equador em Londres, acusado de «violar» uma mulher que aceitou ir com ele para a cama na Suécia. Há anos, Dominique Strauss Khan, socialista, director do FMI, foi destituído porque uma empregada de hotel nos EUA se queixou de "acosso sexual". Há escolas onde alunas com más notas acusam maldosamente professores de "assédio sexual" para se vingarem deles. As mulheres são as grandes manipuladoras dos homens, são elas o sexo forte que domina os homens, o sexo fraco.

 

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Segunda-feira, 20 de Junho de 2011
A essência como algo material na teoria de Hegel


 

Na "Fenomenologia do Espírito" Hegel escreveu:

 

« Mas o espírito não se mostrou ante nós como simples recolhimento da autoconsciência na sua pura interioridade, nem como o mero afundamento da autoconsciência na substância e no não ser da sua diferença, mas como este movimento do si mesmo que se aliena de si mesmo e se afunda na sua substância que, como sujeito, se adentrou em si partindo dela e convertendo-a em objecto e conteúdo, ao superar esta diferença da objectividade e do conteúdo. Aquela primeira reflexão partindo da imediatez é o diferenciar-se o sujeito da sua substância ou o conceito que se cinde, o ir para dentro de si e o devir do eu puro. Enquanto esta é um puro operar do eu=eu, o conceito é a necessidade e o surgir do ser aí (Dasein) que tem a substância como sua essência e subsiste para si. Mas o subsistir do ser aí para si é o conceito posto na determinabilidade e, portanto, o seu movimento nele mesmo, consiste em afundar-se na simples substância, que somente é sujeito como esta negatividade e este movimento. O eu não tem razão para aferrar-se à forma da autoconsciência contra a forma da substancialidade e objectividade, como se tivesse medo da sua alienação; a força do espírito consiste em permanecer igual a si mesmo na sua alienação e, como que é em si e para si, em pôr o ser para si somente como momento, como se punha o ser em si.» (Hegel, Fenomenología del espíritu, Fondo de Cultura Económica, México, pags 470-471; o negrito é posto por mim).

 

 

Note-se que, neste excerto de Hegel, o termo substância possui um sentido fisicalista: a matéria é substância, o espírito em si não. Estamos, pois, em termos de terminologia, longe da res divina ( substância divina) expressão que Desacartes usava ao referir-se a Deus. Temos, no texto acima, as três fases do espírito, estático e em movimento,- as que compõem a dialéctica espiralar, quase circular, de Hegel - assim expressas:

 

1. Autoconsciência em si. O ser em si. O espírito, Deus, um pensamento universal abstracto, o ser, antes de criar o mundo físico, o espaço e o tempo. A imediatez, em sentido ontológico e protológico.

2. A substância da autoconsciência ou a autoconsciência alienada: o ser fora de si, na sua diferença como substância material, a matéria, o mundo da natureza biofísica, que é uma alienação do espírito puro, o objecto e o conteúdo (material) do espírito, substancialidade e objectividade. É negatividade porque a matéria nega o espírito, ao não possuir ideias, raciocínio, imaginação.

3. A autoconsciência como conceito: o ser para si, ou a consciência que, após mergulhar na matéria, reentra em si, na primeira fase, mas enriquecida com o saber da experiência.

 

 

O termo imediatez em Hegel parece ter um significado duplo: há a imediatez do ser puro, que é espírito ainda virgem, abstracto, ao qual nada foi acrescentado, uma imediatez ontológica, por assim dizer; e a imediatez da sensação, que é natureza biofísica "reflectida"  instantaneamente na consciência humana, sem a reflexão própria do conceito, do intelecto, uma imediatez gnosiológica.

 

Hegel dá ao termo essência um sentido material. Isto é expurgar a essência, do seio do ser puro. Ser = espírito, essência= matéria, conceito = ser para si, ser individuado (Dasein) que é reflexão, regresso do pensar a si mesmo. Em Aristóteles, a essência (eidos) era uma forma eterna, destituída de matéria. Aristóteles designava a essência incarnada na matéria por substância primeira (proté ousía). Mas com Hegel, a essência passa a designar a substância, a forma preenchida por matéria. E isso abre caminho já ao materialismo de Marx e Engels.

 

 

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Domingo, 9 de Janeiro de 2011
Engels: o povo mais teórico da Europa e o socialismo

Engels teorizou um laço entre o movimento operário alemão e a filosofia de Kant, Schelling e Hegel, caracterizando o povo alemão como o mais teórico da Europa, o que parece, ainda hoje, ser verdade. Escreveu:

 

«Os operários alemães têm sobre os do resto da Europa duas vantagens essenciais. Em primeiro lugar, a de pertencerem ao povo mais teórico da Europa e terem conservado o sentido teórico que a chamada "gente culta" da Alemanha tão completamente perdeu. Sem a precedência  da filosofia alemã, nomeadamente de Hegel, o socialismo científico alemão - o único socialismo científico que jamais existiu - nunca teria nascido.  Sem esse sentido teórico entre os operários este socialismo científico nunca lhes teria entrado como entrou na massa do sangue (...)

«A segunda vantagem é a de os Alemães terem sido quase os últimos no tempo a entrar no movimento operário. Tal como o socialismo teórico alemão nunca esquecerá que está aos ombros de Saint-Simon, de Fourier e de Owen, três homens que apesar de todas as fantasias e apesar de todo o utopismo se contam entre as cabeças mais importantes de todos os tempos e anteciparam genialmente coisas cuja correcção nós agora demonstramos cientificamente  -assim também o movimento operário prático alemão não deve nunca esquecer que se desenvolveu aos ombros do movimento inglês e francês, pôde aproveitar-se simplesmente das suas

Friedrich Engels, Nota prévia a «A guerra dos camponeses alemães», in Marx e Engels, Obras Escolhidas 2, pag. 186, Edições Avante)

 

Sem contrariar Engels, pergunto: a aprendizagem de um proletariado nacional com a experiência de outros proletariados basta? Como explicar que o proletariado russo, que não acumulou a experiência do proletariado alemão, e atrás de si tinha a vida de combate de Lenine, Kropotkine e Bakunine, tenha superado, momentameamente, em 1917-1921, o proletariado alemão na revolução anticapitalista, engolida em poucos anos pela ditadura estalinista?  Não será necessário, para a revolução, a par da filosofia um impulso dionisíaco, irracional, um instinto revolucionário de massas, impossível de reflectir por completo no espelho da teoria e com uma importância tão grande quanto esta?

 

 

 

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Domingo, 5 de Abril de 2009
Peter Singer não sabe o que é o relativismo

Peter Singer, o renomado teórico da ética, define erroneamente relativismo como o conjunto das morais e opiniões dominantes nas diversas sociedades e não como o conjunto de todas as opiniões de grupo ou classe social existentes no seio de cada sociedade. Para Singer, o relativismo não permitiria, por exemplo, que na Cuba «comunista» de Castro a oposição, que exige eleições livres e o fim da censura e da ditadura do partido único,  tivesse algum quinhão de verdade. Singer interpreta relativismo como ditadura da maioria sociológica no seio de uma sociedade. Ora isto é absolutismo, não relativismo.

 

 

Escreveu Singer:

 

«Mas isto levanta um problema: se a moral é relativa, o que há de especial no comunismo? Por que razão haveria alguém de tomar o partido do proletariado, e não o da burguesia?

 

Engels abordou este problema da única forma possível: abandonando o relativismo em favor de uma tese mais restrita que defendia que a moral de uma sociedade dividida em classes será sempre relativa à classe dominante, embora a moral de uma sociedade sem antagonismos sociais pudesse ser «realmente humana». Aqui já não há relativismo , mas é ainda o marxismo que, de uma forma meio confusa, impulsiona muitas ideias relativistas vagas. (..)

 

 

 

«Pior ainda, o relativista não consegue explicar satisfatoriamente o inconformista. Se «A escravatura é um mal» significa «A minha sociedade rejeita a escravatura», nesse caso qualquer pessoa que viva numa sociedade que a aceita está a cometer um erro factual ao dizer que a escravatura é um mal. Uma sondagem poderia então demonstrar o erro de um juízo ético. Os candidatos a reformadores ficam numa posição terrível: quando pretendem modificar as perspectivas éticas dos seus concidadãos, estão necessariamente errados; só quando conseguem conquistar a maioria da sociedade passam as suas opiniões a estar certas.

 

Estas dificuldades são suficientes para afundar o relativismo ético; o subjectivismo ético evita pelo menos que se tornem absurdos os esforços valorosos dos pretendentes a reformadores, pois faz os juízos éticos dependerem da aprovação ou desaprovação da pessoa que faz esse juízo, e não da sociedade em que essa pessoa se insere. »(Peter Singer, Ética prática, Gradiva, pags 21-23; o bold é nosso)

 

 

Ao dizer que Engels abandonou o relativismo, Singer equivoca-se: uma das características do materialismo histórico marxista é o seu relativismo, pois desvenda que em cada sociedade não existe uma moral única mas , pelo menos, duas morais em luta entre si, cada uma delas relativa a uma classe, a dominante e a dominada. Relativismo é isto e não a uniformização no seio da mesma sociedade nacional. O próprio raciocínio de Singer é confuso quando diz «Engels abordou este problema da única forma possível: abandonando o relativismo em favor de uma tese mais restrita que defendia que a moral de uma sociedade dividida em classes será sempre relativa à classe dominante». Então se Engels defendeu que " a moral de uma sociedade dividida em classes será sempre relativa à classe dominante", como pode ter abandonado o relativismo? Moral relativa a cada classe não é relativismo?

  

Singer padece de  uma confusão teórica completa sobre o que é relativismo - doutrina que diz que há diferentes verdades ou interpretações da verdade no seio de cada sociedade, consoante os grupos sociais, culturais, políticos, religiosos, etc, e também no seio da comunidade internacional- confusão que já denunciamos existir também em James Rachels e nos manuais de filosofia para o 10º ano em Portugal de Desidério Murcho, Pedro Galvão, Luís Rodrigues e muitos outros.

 

 

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