Eis algumas das teses fundamentais do filósofo Osho (11 de Dezembro de 1931/ 19 de Janeiro de 1990), um místico libertário que une a mística com uma aguda racionalidade prática, coincidente em larga medida com as visões de Nietzshe e Freud sobre o ser humano. O seu existencialismo é hedonista porque visa desfrutar o prazer da vida aqui e agora, nomeadamente o prazer da sexualidade livre, rejeitando as religiões em geral, o clero e o seu conteúdo anti sexual e punitivo da humanidade.
É IMPOSSÍVEL APERFEIÇOARMO-NOS, ACEITEMO-NOS COMO SOMOS
Osho sustenta ser impossível modificar a nossa essência original. A educação e a censura social que recebemos apenas recalca pulsões primordiais em nós.
«Uma das verdades mais duras de reconhecer é que continuamos a ser os mesmos - seja o que for que façamos, continuamos a ser os mesmos. O "aperfeiçoamento" não existe. O ego fica todo desfeito porque vive através do aperfeiçoamento, da ideia do aperfeiçoamento, da ideia de chegar um dia a algum lado.(...)»
«No momento em que se aceita a si próprio, fica aberto, fica vulnerável, fica receptivo. No momento em que se aceita a si próprio, deixa de haver necessidade de qualquer futuro, porque deixa de haver necessidade de aperfeiçoar seja o que for. E então tudo é bom tal como é.»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pag 105 ).
O AMOR É LIVRE, TRAZ A LIBERDADE, NÃO DEVE EXIGIR FIDELIDADE (LEALDADE) NEM CASAMENTO
Sendo o amor um sentimento irracional, total, que vem e desaparece sem que se conheçam as leis temporais que o regem, não pode ser cristalizado, aprisionado no casamento. Se o for, morre. O casamento na medida em que é uma argola, um instrumento de posse de outra pessoa rouba a liberdade e ser pessoa é ser livre.
«O amor é uma experiência perigosa, porque se é possuído por algo que é maior que você. E que é incontrolável, não o pode produzir por encomenda. Uma vez terminado, não há maneira de o trazer de volta, tudo o que pode fazer é fingir, é ser hipócrita. (...)
«O amor traz a liberdade. A lealdade traz a escravidão. Na aparência, são iguais; no seu âmago, são exactamente o oposto. A lealdade é representar: você foi educado para isso. O amor é rebelde: toda a sua beleza reside na sua rebeldia. Vem como uma brisa cheia de fragâncias, enche-lhe o coração e, de repente, onde havia um deserto, há agora um jardim cheio de flores. E você não sabe de onde vem e não sabe que não existe maneira de o fazer vir; vem sozinho e fica enquanto a existência o quiser.(...)
«O casamento conhece a lealdade, lealdade ao marido e, porque é formal, está nas suas mãos...mas não é nada comparável ao amor, nem sequer é uma gota de orvalho no mar que é o amor»
«Contudo, a sociedade sente-se muito contente com a lealdade porque pode confiar nela. O marido sabe que pode confiar em si, confiar que amanhã lhe será tão leal como hoje. O amor não é de fiar. E o fenómeno mais estranho é que o amor pressupõe confiança, mas não é de fiar. Naquele momento é total, mas o momento seguinte fica em aberto. Poderá crescer dentro de si, mas poderá igualmente evaporar-se de si. O marido quer uma mulher que seja sua escrava para toda a vida. Ele não pode ficar dependente do amor, tem de criar alguma coisa que se pareça com amor, mas fabricado pela mente do homem.»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pp 100-101; o destaque a negrito é posto por nós).
«As pessoas não podem ser possuídas. Se tentar possuí-las, matá-las-á, elas tornar-se-ão coisas. Uma pessoa significa liberdade. O nosso relacionamento com os outros não é realmente um relacionamento "eu-tu", bem no fundo não passa de um relacionamento "eu-isso". O outro é apenas uma coisa a ser manipulada, a ser usada, a ser explorada. É por isso que o amor se torna cada vez mais impossível, porque o amor significa considerar o outro como uma pessoa, como um ser consciente, como uma forma de liberdade, como uma coisa tão valiosa como nós». (...)
«O marido existe para si próprio, a esposa existe para si própria. Uma pessoa existe para si própria: é isso que significa ser uma pessoa.»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pp 136-137; o destaque a negrito é posto por nós).
SER VERDADEIRO, AO MENOS COM O SER AMADO, COM A FAMÍLIA E AMIGOS
A mentira não compensa, distorce o ser de cada um - salvo raras excepções. claro. Osho disse:
«O amor é participação, por isso, pelo menos com os seres amados, não seja falso. Não estou a dizer para ser verdadeiro na praça pública, porque isso criaria problemas desnecessários neste preciso momento. Mas comece com o amante, depois com a família , depois com as pessoas que estão mais afastadas de si. A pouco e pouco aprenderá que ser verdadeiro é tão belo que estará disposto a perder tudo por causa disso.»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pag 66; o destaque a negrito é posto por nós).
DEUS É O MAIS FRÁGIL E INSTANTÂNEO DE TODOS OS ENTES
Osho fala de Deus um pouco à maneira da gnose cátara em que o Deus da Luz, criador das almas, é impotente para agir sobre a matéria, sobre o mundo de matéria criado por Satã :
«Só uma mente poética pode compreender a possibilidade de Deus, porque Deus é o mais fraco e mais sensível dos seres. É por isso que é o altíssimo; é a flor suprema. Floresce, mas floresce apenas numa fração de segundo. Essa fração de segundo é conhecida como "o presente". Se deixa passar esse momento - e esse momento é tão pequeno que tem de estar muito intensamente atento - só então será capaz de o ver, de outro modo passar-lhe-á ao lado. Está sempre em flor - floresce em cada momento; mas não o pode ver, a sua mente está atravancada com o passado e o futuro»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pp 121-122; o destaque a negrito é posto por nós).
É fácil perceber que Deus, segundo Osho, não é o ente dos castigos e dos mandamentos do Velho e Novo Testamento, do Alcorão, do Bhagavad-Gita, etc. Nem expulsou Adão e Eva do Paraíso nem criou o Inferno porque senão seria maldoso. É o oposto do Deus de Kierkegaard que não se identifica com o estádio estético, com o viver o momento como um Don Juan conquistador de mulheres. O deus de Osho é Deus alegria, que desfaz os casamentos, as relações aborrecidas e põe a liberdade acima do amor.
DEIXEMO-NOS SER VULNERÁVEIS, A VIDA É UM FLUIR, NÃO HÁ NADA A ALCANÇAR, A VIDA É DEUS
Osho defende que se devem abandonar posturas rígidas que anunciam violência e sobranceria e ser vulneráveis. E viver a vida plenamente, na base da não violência, porque não há nenhum Deus além da natureza viva e da sua beleza (panteísmo).
«Lao Tse diz:
«Quando um homem nasce, é frágil e sensível; quando morre, fica insensível e rígido. Quando as coisas e as plantas estão vivas, são macias e maleáveis; quando estão mortas, são quebradiças e secas. Por conseguinte, a insensibilidade e a rigidez são as companheiras da morte; e a suavidade e a sensibilidade são as companheiras da vida.»
«Portanto, quando um exército é obstinado, perderá em batalha. Quando uma árvore é dura, será cortada. O grande e o forte pertencem à parte de baixo. O suave e o fraco pertencem à parte de cima.»
«A vida é um rio, um fluir, uma continuidade sem princípio nem fim. Não vai a lado nenhum, está sempre aqui. Não vai de um lado qualquer a outro lado qualquer, vem sempre daqui para aqui. Para a vida, o único tempo é agora e o único lugar é aqui. Não há uma luta para alcançar, não há nada para alcançar.» (...)
«Pode viver a vida de duas maneiras: pode fluir com ela - e então também você será majestoso, terá uma graça, a graça da não-violência, sem conflito e sem luta. Então terá uma beleza infantil, semelhante à da flor, macia, delicada, incorrupta. Se flui com a vida, você é religioso. É isso que a religião significa para Lao Tsé e para mim».
«Habitualmente, religião significa uma luta com a vida, por Deus. Habitualmente, significa que Deus é a meta e a vida tem de ser negada e combatida. A vida tem de ser sacrificada e Deus tem de ser alcançado. Essa religião habitual não é nenhuma religião. Essa religião habitual é apenas parte da mente inferior, violenta e agressiva.»
«Não existe Deus para além da vida; a vida é Deus. Se nega a vida, nega Deus, se sacrifica a vida, sacrifica Deus. Em todos os sacrifícios, só Deus é sacrificado. George Gurdjieff costumava dizer - parece um paradoxo, mas é verdade - que todas as religiões são contra Deus. Se a vida é Deus, então negar, renunciar, sacrificar é ir contra Deus.»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pp 111-112; o destaque a negrito é posto por nós).
PARA A EXISTÊNCIA, TUDO É IGUAL, NÃO HÁ SUPERIOR NEM INFERIOR, A VAIDADE É INÚTIL
A moral de Osho é naturalista e a sua filosofia, à semelhança do estoicismo de Marco Aurélio, destaca o carácter efémero e rápido da existência: podemos morrer a qualquer instante, a nossa importância familiar, social ou profissional desaparece de um momento para o outro.
«A palavra animal não é, em si mesma, má. Significa simplesmente estar vivo; deriva de anima. Qualquer um que esteja vivo é um animal. Mas ensinou-se ao homem: "Não sois animais; os animais estão muito abaixo de vós. Vós sois seres humanos". Deram-lhe uma falsa superioridade. A verdade é que a existência não acredita nem no superior mem no inferior. Para a existência, tudo é igual - as árvores, as aves, os animais, os seres humanos. Na existência, tudo se aceita absolutamente como é, não há condenação.»
«Se aceitar a sua sexualidade sem quaisquer condições, se aceitar que o homem e todos os seres que há no mundo são frágeis, porque a vida é um fio muito fino que se pode quebrar a qualquer instante...Uma vez aceite isto, deixará cair imediatamente todo o falso ego - de ser Alexandre, o Grande, ou Mohamede Ali, o três vezes grande - basta compreender que todas as pessoas são belas na sua banalidade e que todas as pessoas têm as suas fraquezas, que fazem parte da natureza humana, porque não somos feitos de aço...»
(Osho, Intimidade, confiar em si próprio e no outro, Pergaminho, Cascais 2002, pag. 9; o destaque a negrito é posto por nós).
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
Eis algumas notas de vida pessoal com reflexões avulsas que só interessarão a uma parte dos leitores deste blog.
NÃO HÁ O «FAZER AMOR»-O amor não se faz: sente-se, como contemplação estética de outrém ou como comunhão espiritual com outrém. Aquilo que se «faz» com uma parceira ou um parceiro é troca física de carícias, manipulação do corpo da/o outra/o de modo a atingir o orgasmo e isso não é fazer amor, mas fazer actos sexuais que são, sobretudo,amor-próprio
O AMOR É, DE CERTO MODO, UMA EXPLORAÇÃO DE ALGUÉM. Não «exploração» no sentido de descobrir ou percorrer o corpo ou a alma do ser amado. Exploração no sentido de apropriação do que não é nosso, da beleza, do corpo, da personalidade da outra pessoa, no sentido de extração de mais valia: amo-te mas quero que me sejas fiel, que me beijes e acaricies e ajudes na lida da casa, no prestígio social (estar casado dá estatuto) ou no aumento da conta bancária. Estou a desfrutar-te e a explorar-te subtilmente.
O VERDADEIRO AMOR É NÃO GOSTARES DE MIM MAS VIVERES COMIGO E EU TER DESEJO SEXUAL DE TI. E assim continuarmos pelos anos fora, deitando fora essas baboseiras do «amo-te muito». Eu amo o teu corpo - a ti não sei se amo porque és invisível. Onde está a tua alma? Mas sou-te leal e apoio-te sempre.
O QUE MAIS ME ATRAI NA MULHER? O rosto e os seios.
AMO-TE TANTO QUE O AMOR DESAPARECEU. O ser e o nada remetem um para o outro.
O DUPLO CARÁCTER DO CASAMENTO. Para as feministas, defensoras da mais radical liberdade individual, o casamento é uma capitulação da mulher face ao homem que, assim, a aprisiona e submete ao seu capricho (os homens são porcos, só pensam em sexo físico). Para os noivos apaixonados, o casamento é o alicerce de uma relação de «amor eterno» e não carece de ser alvo de ironia ou desmontagem - mas Saturno ou Cronos, senhor do tempo, acaba por enrugar a relação entre os cônjugues e introduzi-la no deserto da monotonia.
AS MULHERES BELAS SÃO COMO OS CASTELOS ALTANEIROS. Inconquistáveis. Podes conquistar-lhes o corpo mas nunca a alma, a não ser temporariamente, no momento do riso, do beijo ou do orgasmo. Elas são superiores a nós, homens, em engenho e arte de sedução. O Don Juan, o mais feminino dos homens, é capaz de conquistar muitas mas no final sai derrotado. As mulheres só se deixam conquistar por homens com algo de feminino na alma - e um orgão sexual masculino, claro.
QUANDO FORES VELHA E FEIA DEIXAREI DE AMAR-TE. Mas isso nunca acontecerá porque te escolhi, mulher, dezenas de anos mais nova que eu. Assim o amor não falhará porque o amor é sempre o amor da forma bela e da harmonia de carácter
É TÃO BOM TER UM CORPO JOVEM DE MULHER NA NOSSA CAMA. E quando não se tem? Há uma sensação de privação estética e orgástica. Mas isso não significa que valha a pena arrastar qualquer mulher para a cama. Afinal o acto sexual é anti higiénico e só pode levar-se a cabo mediante uma alta emoção estética, um encantamento. É por isso que rejeito sexo com mulheres da minha idade ou até 10-15 anos mais novas. A carne deve ser o mais espiritual possível e para isso o adequado é uma jovem de 25 a 30 anos de idade. Rejeito também comer carne: é um caldo de purinas e cadaverinas. Rejeito, na minha vida pessoal, qualquer acto homossexual entre homens, é repulsivo biologicamente - mas defendo os gays e as lésbicas, o direito a serem como são, felizes ou em busca da felicidade. Só gosto da mulher que me habita interiormente. E de algumas mulheres exteriores fisicamente. E hoje, às 7 horas da manhã, havia uma circunferência luminosa projectada na parede do meu quarto pela luz solar vinda da janela de um outro quarto..sinal de quê?
DOIS DIAS E MEIO NO PORTO POR CAUSA DO MEU FILME NO FANTASPORTO. À 1.40 da madrugada, de sexta feira, 4 de Março de 2016, chego ao Porto, após 8 horas de viagem desde Beja por autoestrada - eu guio a 80-90 km por hora, poupo o carro antigo e paro em locais diversos para comer algo, tomar café e descontrair. Na sexta de tarde, pelas 16 horas e pico entro no cineteatro Rivoli onde decorre, desde 26 de Fevereiro, o Festival Internacional de Cinema do Porto denominado Fantasporto. Um grande festival com mais de uma centena de filmes a ser exibidos ora no grande auditório ora no pequeno auditório.
A minha curta-metragem de 11 minutos «Adão Andrógino no Alentejo» feita com a magnífica equipa da Videoplanos ( Frederico e Nelson) é exibida cerca das 18 horas em competição com outras 10 curtas metragens portuguesas selecionadas: «O que é feito dos dias na cave», de Rafael Almeida ; «Quarto em Lisboa» de Francisco Carvalho ( vencedor; inclui a actriz conhecida Custódia Galego); «Cinestesias» de Luís Miranda; «A peça» de Bruno Canas; «Nature experiences» de Martin Dale; «São João» de Maria Nery; «Motorphobia», de Isabel Pina e Ricardo Figueira; «Senhor Jaime» de Cláudio Sá; «Esta noite vi dois marcianos de smoking» de Filipe Canêdo e «Palhaços» de Pedro Crispim. Fui chamado ao palco, frisei que nasci no Porto e sou mais de Beja onde vivo e trabalho há 28 anos. Ser selecionado já é uma vitória, um reconhecimento de qualidade.
No final da exibição, Josep C, fotógrafo do festival, intelectual catalão, do bairro de Graciá em Barcelona vem ter comigo e diz-me: «O teu filme encantou-me quando começas a cantar uma canção a Buenaventura Durruti, o grande líder anarquista espanhol, morto em 19 de Novembro de 1936, em Madrid. Durruti é venerado na Catalunha pelas esquerdas revolucionárias. Em Portugal ninguém o conhece». E falamos do Partido Obrero de Unificación Marxista (POUM), de que fui simpatizante, esmagado em Junho-Agosto de 1937 pelos estalinistas que assassinaram Andreu Nin, o líder poumista. Josep narra que na comemoração dos 60 anos da fundação do POUM, portanto em 1995, na sede do Parti Socialista de Catalunya, em Barcelona, um velho militante do POUM octogenário emocionou-se ao evocar um camarada e morreu de ataque cardíaco. Enfim, se há vidas anteriores eu creio que posso ter combatido nas fileiras da 83ª Brigada Mista do Exército Popular da República Espanhola , criada no sector Este da frente de Teruel, em 1937, com base nos batalhões anarquistas da antiga Coluna de Ferro saída de Valencia...
Janto em casa de um irmão, no Porto, e, já na madrugada de domingo, saio com o irmão e um primo e respetivas consortes para a zona dos Clérigos, na baixa do Porto, onde há centenas de bares abertos e milhares de pessoas a divertir-se, apesar do frio da noite. Entramos na «Galeria de Paris» e depois no grande bar «Destilaria», na Rua Cândido Reis, com dois grandes espelhos em duas paredes uma em frente da outra. Muito agradável estar ali. Ao fim de semana, o Porto supera Beja para quem precisa de música entre a multidão. Mas tudo é relativo. Ser jovem, audaz e optimista é que é bom. Os jovens é que beijam bem, não usam placas dentárias...Almoço com a filha, neste domingo, uma querida que põe reticências às incursões cinematográficas do pai, e volto a Beja às 16,30 horas, guiando, orando e cantando fados. Só nesta madrugada de 7 de Março entro em casa. Para levantar às 7.30 horas da manhã e voltar às aulas. Tudo correu bem
OS MACHOS LATINOS- Há pouco eu disse a uma amiga: os machos latinos sao apenas mulheres musculadas viradas do avesso. Mantenho esta tese.
GOSTAVA DE VIVER MARITALMENTE COM DUAS MULHERES JOVENS E BELAS (20-25 ANOS) NA MESMA CASA. Seria amor a três. Assim, o ciúme diminuiria. Seria possível um diálogo não asfixiante, a constituição de alianças táticas no plano afectivo. Seria a Trindade: a Mãe, a Filha e o Santo Espírito. E Deus proibe isto? Afinal amar duas mulheres ao mesmo tempo, uma em presença da outra, não é trair, nem cometer adultério. É sinceridade, generosidade no amor. A fidelidade exclusiva a uma parece ser demasiado egoísta. Somos gnósticos, não católicos romanos. Não cremos no papa Francisco mas sim nos Eóns do Pleroma, no Deus da Luz. A única lei divina é a Lei do Amor: ama como quiseres desde que não oprimas os seres a quem amas e lhes permitas devolver-te livremente o amor e ser feliz.
VIVER COM UMA «MIÚDA» DE 20 A 27 ANOS DE IDADE FAZ BEM. Porque ela está no auge da beleza física e esta corresponde, muitas vezes, a maior beleza espiritual. Porque não tem «pneus» nem teve muitos homens a conhecer-lhe o corpo. Porque não tem filhos. Porque acredita, moderadamente, no amor romântico, o amor de toda a vida. Porque ainda tem os pulmões pouco poluídos do fumo do tabaco. Porque é gentil e ardente a fazer amor. Porque usa sutiã que lhe realça os seios firmes. Porque a mãe dela critica; «Ai filha foste juntar te com um homem que podia ser teu pai, pela idade»
DEUS AMA MAIS AS PROSTITUTAS E OS TRAVESTIS DO QUE AS MULHERES CASADAS E OS HOMENS NÃO TRAVESTIS. Porque as prostitutas e os travestis correm riscos e são perseguidos por grupos violentos e homófobos ao passo que as mulheres casadas e os homens vestidos no masculino, como eu, estamos tranquilos no redil da normalidade dos costumes sociais felizes.
O PROBLEMA É O CORPO. Estive sentado na esplanada do «Luís da Rocha». Uma senhora de uns 70 anos, magra, muito enrugada senta-se na mesa ao lado. Era certamente bela, aos 20 ou 22 anos, as idades da B., da K., da M., etc. E penso: «O problema é o corpo, no amor conjugal. Um corpo de mulher jovem é sempre preferível ao de uma mulher velha. Isto é incontornável. Coitada ou coitado de quem transporta as marcas do envelhecimento visível e real. Já não pode amar como os jovens. Não me venham dizer que a idade não conta.»
NÓS, OS VIVOS, SOMOS UM BANDO DE REFUGIADOS que atravessamos o continente da existência para escapar à morte.
PARA QUE EXISTE A BELEZA? Para suportar a dureza, a crueldade sem limites da existência. A beleza é o véu de Maya, a deusa da ilusão das formas, como diria Nietzsche. A beleza do bebé e da criança dão alento e recompensa a quem cuida deles. A beleza da mulher jovem atrai os homens, leva-os a lutar por conquistá-la com um comportamento adequado, automóveis, jantares, bailes, idas ao cinema - onde a vida flui e palpita. A beleza é aliada da vida mas a desigualdade existe: há mulheres muito belas e há mulheres feias (as muito velhas em especial). As mulheres maquilham-se porque sabem que isso acrescenta beleza ao seu ser exterior.
UMA SIMPLES FOTO PODE DISSIPAR UMA PAIXÃO. Gostamos das mulheres por causa da sua beleza física, revestida de simpatia e graciosidade. Mas uma simples foto delas, desfavorável - sobretudo quando não conhecemos ao vivo essa mulher por quem nos apaixonamos idealmente - pode destruir a paixão. Porque esta obedece a estritos cânones de beleza
BEJA VERSUS LISBOA- Em Beja, há uma calma e uma qualidade ecológica superior a Lisboa. Encontro na rua a S. que me diz: «Agora trabalho em Lisboa. Não tem nada a ver com Beja. Nunca acontece nada em Beja, há um controlo social grande, as pessoas olham-nos como se estivessem a cobrar-nos algo. Em Lisboa, somos livres, ninguém nos conhece. Podemos ir aqui e ali, ter aventuras amorosas, ninguém nos vai pedir satisfações.» E não será verdade?
SUICÍDIO - 15 de Março de 2015. Em final de período, os alunos do 11º pedem-me um tema livre para discutir na aula inteira. Escolhem: o suicídio. O Miguel acha que suicidar-se é uma cobardia. Pergunto: e os samurais japoneses que, por se sentirem desonrados, espetam uma espada no seu próprio ventre, são cobardes? Falamos do suicídio por amor: «é uma estupidez» dizem os alunos, significa que «a pessoa se fechou obsessivamente no afeto a uma só pessoa». A Claire diz: «Bom é não estar preso amorosamente a ninguém e viver a adrenalina de se interessar, no momento, por esta ou por aquela pessoa»....Fora da escola, alguém me diz que num estabelecimento de ensino X, um aluno fala em suicidar-se por ter tido notas baixas e não se sentir bem tratado por alguém docente. Preocupante. Os adolescentes escolares são a nossa razão de ser enquanto professores. Temos de falar, sem culpar ninguém.
NICOLAU BREYNER E O AZAR DE CORAÇÃO EM SERPA-Em 13 de Março de 2016, discuti com uma mulher que amo, originária do concelho de SERPA, e ficamos um pouco «azedados» de CORAÇÂO (eu não, porque tenho sentimentos firmes de amor terno e eterno, já não sou adolescente). Em 14 de Março de 2016, o célebre ator Nicolau Breyner, originário de SERPA, morreu de ataque de CORAÇÂO. Fui eu ou ela quem matou telepaticamente Nicolau Breyner? Ou fomos ambos? Se não tivessemos discutido - ela uma SERPENSE - teria Nicolau (SERPENSE) morrido no dia seguinte?.
BEBER ALHO FERVIDO EM LEITE CURA. Uma amiga enviou-me a seguinte mensagem: «Venho informa-lo de um argumento para a sua tese de que os medicamentos não prestam. Como sabe, tenho estado doente e receitaram-me um xarope e um spray, que apenas me fizeram ficar pior. No entanto, soube de uma receita que é ferver alho em leite e beber tudo, incluindo o alho. Apenas bebi 3 vezes e melhorei quase que instantaneamente. O que acha?».
O que acho? Penso, de acordo com Ivan Ilich e outros, que a medicina oficial alopática é uma indústria do lucro, que mantém artificialmente a multiplicidade de doenças em toda a humanidade ao não proibir o consumo de carne, alcool, tabaco, açúcar refinado, fármacos iatrogénicos, vacinas, pão branco e cereais refinados.
ACREDITAR QUE UM VÍRUS ATENUADO OU UMA TOXINA INJECTADA NO CORPO ATRAVÉS DA VACINA ENSINA O CORPO A DEFENDER-SE CONTRA UMA DOENÇA É UMA ENORME INGENUIDADE... OU UMA ENORME ESTUPIDEZ. Um tóxico (vacina) introduzido no corpo só acrescenta mais toxicidade ao sangue e envenenamento lento aos orgãos internos. Mas a medicina oficial que temos, herdeira das «poções mágicas» de feiticeiros, acredita na imbecil doutrina da vacinação. Não vacines os teus filhos. Muita gente nos EUA se está a revoltar contra a vacinação que o Estado quer tornar obrigatória ou semi obrigatória.. Luta! O corpo é teu! Ninguém tem direito de o infectar com a picada mórbida da linfa de animais doentes.
SINCRONISMO CAVACO SILVA-PERDA DE RELÓGIO. Em 9 de Novembro de 1995, o candidato presidencial Aníbal CAVACO SILVA visitou a sua sede de candidatura na cidade de Beja. Eu passei no local com minha filha mais nova e peguei nela ao colo para ver, de entre a multidão, o político em causa. Ao chegar a casa, notei que PERDERA O RELÓGIO que tinha no pulso. Voltei ao local de onde a pequena multidão se evaporara e, perguntando, consegui que alguém me devolvesse o RELÓGIO.
Em 9 de Março de 2016, CAVACO SILVA foi substituído por Marcelo Rebelo de Sousa como presidente da República Portuguesa. Horas depois fui à pastelaria O RELÓGIO, na vila da Vidigueira, ver na TV o jogo de futebol Zenit-Benfica e a PULSEIRA METÀLICA DO MEU RELÓGIO DE PULSO quebrou.
Que significa este sincronismo entre destaques de CAVACO SILVA e PERDA OU DANO DO RELÓGIO que levo no pulso esquerdo? Que Cavaco Silva «é» um relógio, um autómato? Que acelera ou atrasa a marcha do tempo?
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Segundo a ideologia feminista a tese de que as mulheres são, na sua grande maioria, heterossexuais por natureza é uma falsidade, uma criação da ideologia patriarcal que domina desde há séculos a sociedade mundial. Toda a sociedade está construída de forma a tornar a mulher num objecto sexual do homem, numa escrava ou numa prostituta legal que é, afinal, a sua condição de esposa, «fiel ao marido, mãe e esteio do lar», santificada pelas igrejas católica, mórmon, judaica, etc. Ninguém nasce mulher, afirmam algumas feministas, - nasce-se com seios e vagina mas isso não basta para ser mulher - porque a categoria de mulher faz parte da divisão em classes da sociedade, sendo homem a classe opressora e mulher a classe oprimida.
O facto de milhares de mulheres ameaçadas de morte e agredidas com frequência por maridos e ex maridos, namorados e ex namorados não terem proteção policial vinte e quatro horas por dia em Portugal e na generalidade dos países e não verem na prisão os seus maltratadores é a prova de que as leis e a sua aplicação, o direito e a administração de justiça estão sob o poder masculino que encobre ou desculpa a violência dos homens sobre as mulheres. Escreve uma autora feminista:
«Isto nos permite conectar aspectos da identificação das mulheres tão diversos como as amizades das meninas de oito ou nove anos, tão íntimas e impudentes, e as associações daquelas mulheres dos séculos doze e quinze, conhecidas como Beguines, que “dividiam e alugavam casas umas para as outras, as deixavam de herança para suas companheiras de quarto… casas baratas subdivididas nas áreas dos artesãos da cidade”, que “praticavam a virtude cristã por si mesmas, vestindo-se e vivendo de maneira simples e não se associando com homens”, que ganhavam a vida como fiandeiras, doceiras, enfermeiras, ou mantinham escolas para meninas, e que conduziram – até a Igreja as forçarem a dispersar – uma vida independente tanto do casamento quanto das restrições dos conventos. Isso nos permite conectar estas mulheres com as mais celebradas “Lésbicas” da escola de mulheres ao redor de Safo do sétimo século A.C., com as irmandades e redes econômicas presentes entre mulheres Africanas, e com irmandades Chinesas de resistência ao casamento – comunidades de mulheres que recusaram o matrimônio ou que, se casadas, frequentemente se recusavam a consumar o casamento e logo abandonavam seus maridos – as únicas mulheres na China que não tiveram seus pés amarrados e que, segundo Agnes Smedley, festejavam os nascimentos de meninas e organizavam greves bem-sucedidas de mulheres nas fábricas de seda. Isso nos permite conectar e comparar exemplos individuais díspares de resistência ao casamento: por exemplo, o tipo de autonomia reivindicado por Emily Dickinson, uma mulher branca genial do século XIX, com as estratégias disponíveis a Zora Neale Hurston, uma mulher negra genial do século XX. Dickinson nunca se casou, teve amizades intelectuais bem tênues com homens, viveu autoenclausurada na casa distinta de seu pai e passou toda a sua vida escrevendo cartas apaixonadas a sua amiga Kate Scott Anthon. Hurston casou duas vezes, mas logo abandonou seus dois maridos, enfrentou um longo caminho da Flórida para Harlem e para a Universidade de Columbia, daí para o Haiti, e finalmente de volta à Flórida, movendo-se para dentro e para fora do patronado branco e da pobreza, do sucesso profissional e do fracasso. Suas relações de sobrevivência foram todas com mulheres, começando com sua mãe. Essas duas mulheres, em suas circunstâncias imensamente diferentes, resistiram ao casamento, comprometidas com seu próprio trabalho e com sua pessoalidade, mas depois foram caracterizadas como “apolíticas”, arrastadas para homens com qualidades intelectuais. Para ambas, as mulheres forneceram a fascinação e o apoio constantes em vida.»
https://antipatriarchy.wordpress.com/author/antipatriarcado/
Monique Wittig, escritora, poetisa e militante lésbica-feminista, nascida na França em 1935, escreveu no seu célebre ensaio «O pensamento hétero»:
«Os discursos que acima de tudo nos oprimem, lésbicas, mulheres, e homens homossexuais, são aqueles que tomam como certo que a base da sociedade, de qualquer sociedade, é a heterossexualidade. Estes discursos falam sobre nós e alegam dizer a verdade num campo apolítico, como se qualquer coisa que significa algo pudesse escapar ao político neste momento da história, e como se, no tocante a nós, pudessem existir signos politicamente insignificantes. Estes discursos da heterossexualidade oprimem-nos no sentido em que nos impedem de falar a menos que falemos nos termos deles. Tudo quanto os põe em questão é imediatamente posto de parte como elementar. A nossa recusa da interpretação totalizante da psicanálise faz com que os teóricos digam que estamos a negligenciar a dimensão simbólica. Estes discursos negam-nos toda a possibilidade de criar as nossas próprias categorias. Mas a sua ação mais feroz é a implacável tirania que exercem sobre os nossos seres físicos e mentais.
Ao usarmos o termo demasiado genérico “ideologia” para designar todos os discursos do grupo dominante, relegamos estes discursos para o domínio das Ideias Irreais; esquecemos a violência material (física) que diretamente fazem contra as pessoas oprimidas, violência essa produzida pelos discursos abstratos e “científicos”, assim como pelos discursos dos mass media.»
«Sim, a sociedade hétero está baseada na necessidade, a todos os níveis, do diferente/outro. Não pode funcionar economicamente, simbolicamente, linguisticamente ou politicamente sem este conceito. Esta necessidade do diferente/outro é uma necessidade ontológica para todo o aglomerado de ciências e disciplinas a que chamo o pensamento hétero. Mas o que é o diferente/outro se não a(o) dominada(o)? A sociedade heterossexual é a sociedade que não oprime apenas lésbicas e homossexuais, ela oprime muitos diferentes/outros, oprime todas as mulheres e muitas categorias de homens, todas e todos que estão na posição de serem dominadas(os). Para constituir uma diferença e controlá-la é um ato de poder, uma vez que é essencialmente um ato normativo. Todos tentam mostrar o outro como diferente. Mas nem todos conseguem ter sucesso a fazê-lo. Tem que se ser socialmente dominante para se ter sucesso a fazê-lo. »(Monique Wittig, O pensamento hetero; o destaque a bold é posto por nós).
Os próprios manuais de filosofia em vigor no ensino público em Portugal e em outros países evitam tematizar esta questão em pormenor, o que demonstra que a filosofia oficial não é livre mas ressuma ideologia machista, opressora das mulheres.
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Eis algumas breves reflexões, mais ou menos banais, que afloram à nossa consciência em Outubro e Novembro de 2015.
COMO PODEMOS CONFIAR NO AMOR E NA AMADA se todos os dias o tempo, o velho e maldito deus Cronos, nos vai devorando imperceptivelmente, fazer ganhar mais uma ruga,uma variz, flacidez neste ou naquele músculo, etc? Os deuses são os culpados da destruição lenta dos amores e da irrupção da indiferença e dos ódios, da velhice e da doença. Abaixo os deuses? Abaixo alguns dos deuses, não todos!
OS CASAMENTOS PERFEITOS TAMBÉM SE DESFAZEM. O senso comum costuma dizer: «Tal casamento desfez-se. Ela fugiu com outro ou ele fugiu com outra e isso é sinal que o casamento não ia bem, não era perfeito. O que foi abandonado ou aquela que foi abandonada teve culpas...» Ora isto é verdade em muitos casos, mas não em todos. Há casamentos perfeitos em que o marido se deixa seduzir, de repente, por uma moradora nova no prédio ou em que a a esposa se deixa seduzir por um colega de trabalho. No casamento perfeito surge, por instinto, a necessidade de trair o outro, a adrenalina de fazer sexo com alguém «proibido» e.. o casamento desfaz-se. Portanto, não há imunidade matrimonial: os beijos não imunizam contra as traições, tal como as vacinas não imunizam contra doença nenhuma. Os sistemas são instáveis. Só uma vontade racional férrea de cada cônjugue, remando contra o instinto, pode manter a fidelidade no casal.
O MEU AMOR POR ELA É ABSOLUTAMENTE PERVERSO. Amo-a de forma holística, total: como homem e como mulher, como travesti e como anjo de luz. Como cavalo. Como dinossauro. E até como protozoário das milhões de vidas que tive.
MAS EU AMEI AQUELA MULHER OU AMEI APENAS OS SEIOS, O ROSTO E OS BEIJOS DELA? - Este problema metafísico perseguir.me-á toda a vida..
AMO AQUELA MULHER só por questão de estética. Porque é a mais bela mulher do mundo. Se fosse loira e burra amá-la-ia na mesma mas não é...
AO DESEJAR AQUELA MULHER O QUE QUERIA EU DELA? O rosto, que eu considero o grande factor de atração? Os seios? O sutiã e os seios? O corpo, com as suas enseadas de prazer onde o meu barco se poderia afundar? A alma? Ou ela não enquanto ela mas enquanto individuação da deusa Vénus? Não sei. Metafísica...
PARA AMAR NÃO PODES PARAR PARA PENSAR. Porque se pensas o amor desaparece já que não passa de um fantasma luminoso ou de uma aparição da Virgem Maria. E fica só corpo, a pele debaixo da qual os ossos rangem e a máquina hormonal do desejo opera...
O MEU AMOR POR TI ATINGIU O PONTO MAIS ALTO: AGORA NÃO ME INTERESSAS, POSSO DESLIGAR-ME POR COMPLETO DE TI. Descansa: como tudo o que sobe desce, daqui a semanas telefonar-te-ei demonstrando interesse em ti.
EU AMAVA O ROSTO DELA, SEXY E DE GRANDE BELEZA, E AMAVA-A A ELA MAS QUANDO ELA SE DESMAQUILHOU SENTI QUE NÃO AMAVA O ROSTO DELA. Então, o meu amor por ela cessou...
NÃO AMAMOS AS MULHERES. AMAMOS O PRAZER E O CARINHO QUE ELAS NOS DÃO.
TU NÃO O AMAS. EMBRIAGAS-TE COM OS BEIJOS E AS CARÍCIAS DELE. O que ele tem não é amor, é técnica de sedução da mulher. É luxúria, puro desejo sexual. Leva-te para a cama ou para o banco traseiro do automóvel...
A LUTA DE CLASSES NA SEXUALIDADE. Se compras os serviços de uma acompanhante estás a entrar no mercado capitalista. Se conquistas uma mulher por teres um belo automóvel ou uma recheada conta bancária estás a participar, do lado da burguesia, no negócio do sexo...O sexo que a burguesia te oferece é um escape, eles temem que te consciencializes e te tornes um Buda, um iluminado.
O INTERESSANTE NAS MULHERES É ELAS NÃO SEREM EXCLUSIVAMENTE MULHERES mas também anjos, demónios, gatas felinas com botas de couro negro (as Gatas das Botas), deusas, mães e esposas capazes de uma incalculável fidelidade, dragões de oiro que habitam o interior da Terra ou dos lençóis de uma cama limpa
CONCORDO COM FREUD. A sexualidade é polimorfa, a amizade entre pessoas do mesmo sexo não é mais que homossexualidade sublimada, todos os homens são, no seu íntimo, bissexuais, ainda que não em actos físicos práticos (80 por cento são objetivamente heterossexuais).
A UNIÃO SEXUAL ENTRE DOIS SERES é a base do amor a Deus. A igreja católica lida mal com a sexualidade porque não consegue integrar o culto a Afrodite-Vénus, a deusa do Amor carnal, com o culto à Virgem Maria, a deusa do Amor ascético-espiritual.
CRISTIANISMO E VAMPIRISMO ESPIRITUAL - No Evangelho de São João, capítulo VI, 53-56 lê-se:
«Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos.; 54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.56 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.»
Esta passagem controversa do evangelho, que sugere o carnivorismo, merece de teólogos islâmicos a acusação de que «o cristianismo é um canibalismo» porque se come a carne de Cristo. Isto remete igualmente para vampirismo: os vampiros humanos alimentam-se, supostamente, de sangue bebido no pescoço das vítimas para «terem a vida eterna».
Não conheço no budismo, religião ou filosofia assente no vegetarianismo, qualquer alusão à santificação pela ingestão de carne e sangue do profeta ou de uma divindade. Vale mais ser vegetariano!
A BRUTALIDADE DO CARNIVORISMO. Vais comer um bife ou ensopado de borrego, mais um? Por tua causa, uma vaca, um porco, um borrego foram mortos. E vais comer a sua carne, rica em proteínas,,... e em cadaverinas, toxinas de cadáver. Porque não substituis por feijão ou grão de bico, por tofu ou hamburguer de soja? O carnivorismo é uma brutalidade, uma falta de delicadeza para com os animais. O homem é um ser imundo - nem todos, claro. Não participes no morticínio geral das espécies. E a igreja católica porque se cala ante esta brutalidade?
A igreja invoca esta discutível tese do Evangelho de Marcos 7,18-19: E ele (Jesus) disse-lhes: “Então, nem vós tendes inteligência? Não entendeis que tudo o que vem de fora, entrando no homem, não pode torná-lo impuro, porque nada disso entra no coração, mas no ventre, e sai para a fossa?” (Assim, ele declarava puros todos os alimentos.).»
Creio ser impossível que Jesus tenha santificado o carnivorismo, e advogado um regime alimentar sem cuidados higiénicos.
Faz te vegetariana antes que seja tarde. Escapa à corrupção do mundo, tanto quanto possível.
PARTICIPAR NA MISSA CATÓLICA SEM SER CATÓLICO.É como uma espécie de frente popular, unidade das esquerdas em que os anarquistas votam, por tática, no candidato socialista mais votado na primeira volta da eleição: somos gnósticos, dualistas, herdeiros do mazdaísmo de Zoroastro (há dois deuses: o da Luz e o das Trevas), do maniqueísmo, dos cátaros trucidados pela igreja feudal, dos templários (dois cavaleiros no mesmo cavalo), dos alquimistas (o mercúrio feminino e o enxofre masculino), da franco-maçonaria (sem sermos maçons: as duas colunas, Joaquin e Boaz), rejeitamos a filosofia católica do deus único criador do universo, uma confusa filosofia, mas aceitamos o carácter sacro da missa católica enquanto homenagem ao Deus da Luz, não ao demiurgo Iavé, mas aos deuses do Pleroma ou mundo divino.
AMAMOS OS NOSSOS PAIS QUANDO JÁ MUITO VELHOS E DOENTES? Creio que não. O amor radica numa carência de quem ama, um completar-se no ser ou objeto amado. Ora a generalidade dos filhos olhando um pai de 85-92 anos muito fraco, envelhecido, já destituído de faculdades de memória e outras sente pena e sente responsabilidade por lhe proporcionar um fim digno. Alguns até desejam, em segredo, que «o velho morra depressa, porque já não está cá a fazer nada». Mas a esse cuidado com o pai idoso não pode chamar-se amor mas compaixão...
TOMA SUMO DE LIMÃO E CURARÁS QUALQUER DOENÇA. EVITA A VACINAÇÃO. A questão está em descobrires a dose exacta de limão de que necessitas. Toma dois a três limões por dia e o sumo de cada um deles dissolvido num copo cheio de água. «O limão começa por actuar como um excelente DISSOLVENTE; e depois como um RECONSTITUINTE de primeira ordem» - diz o professor Romolo Mantovani em «A arte de se curar a si próprio». Destrói os sais de ácido úrico, causa do reumatismo, dores na coluna, dores de cabeça, artroses, etc. Destrói as células cancerosas, vence a bronquite, a anemia, a arterioesclerose, etc.
Se nas escolas não se ensina o valor das curas pelo limão é porque os programas de ensino estão enfeudados à burguesia capitalista dos laboratórios e farmácias, que não está interessada em que a classe operária saiba os métodos de cura natural. Em troca, a burguesia e os seus catedráticos e jornalistas vendem a ideia pseudocientífica da vacinação - uma inoculação de vírus e toxinas não pode nunca garantir imunidade, a vacina é uma colossal mentira! A saúde reside em formar sangue puro o que se consegue ingerindo muitos frutos e saladas - o homem é um frugívoro - gemas de ovo cruas, algum queijo fresco, feijãio e grão de bico, arroz integral, etc.
O GOVERNO DE DIREITA CAI NO ANIVERSÁRIO DE ÁLVARO CUNHAL. Se Cunhal, o histórico secretário-geral do PCP falecido em 13 de Junho de 2005, fosse vivo, faria hoje, 10 de Novembro de 2015, 102 anos de idade. Ora não deixa de ser curioso que hoje mesmo os votos dos deputados do PS, PCP, BE e PEV (123) derrubem no parlamento o governo das direitas PSD-CDS, antagónico aos ideais de Cunhal...E dentro de 2 dias, a 12 de Novembro, Francisco Louçã, fundador do BE, completará 59 anos de idade...
PORTO E FRANÇA, O AZUL E BRANCO QUE OS LIGA- Em 11 de Novembro de 2015, Paulo Cunha e Silva, de 53 anos, vereador da câmara municipal do PORTO, cidade ligada às cores AZUL e BRANCO da bandeira de D.Pedro IV e da camisola do Futebol Clube do Porto, morre subitamente, espalhando a consternação na cidade. Em 13 de Novembro de 2015, seis atentados à bomba e de rajadas de metralhadora, quase simultâneos, cometidos por militantes suicidas do Estado Islâmico, no teatro Bataclan, na rua de Charonne e em outros locais de Paris, FRANÇA, país cuja bandeira possui uma faixa AZUL e outra BRANCA, como o FC Porto, matam, no mínimo, 128 pessoas e ferem mais de 200, 99 das quais em estado grave.
Parece, pois, haver um sincronismo entre o Porto e Paris e a França: na mesma altura, o desaire atinge um e o outro,,,
ESCREVO LIVROS DE ASTROLOGIA HISTÓRICO-SOCIAL porque não há mais nada para fazer na vida além de trabalhar no ensino, namorar, fazer a revolução proletária, internacional situacionista, escrever poesia, ir ao campo alentejano, conviver com amigas e amigas, escrever no facebook e ir às compras. A vida é tudo isto e é tão pouco. Mas não te queixes... A propósito o livro que escrevi intitulado «Astrologia Histórica», edição da Esfera do Caos, desvenda mais de um milhar de leis astronómico-sociais e, neste sentido, é superior à teoria de Einstein e à física quântica mas só tu, eu e muito poucos nos apercebemos disso. A multidão, obtusa, só olha para os ídolos que vão à televisão e são lançados pelos grandes grupos económicos e pelos corruptos lobbies universitários...
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David Vaughan Icke, escritor e filósofo espiritualista, (Leicester, Reino Unido, 29 de Abril de 1952) teórico da conspiração mundial dos illuminati e da invasão da Terra por reptilianos, é um autor famoso que promove conferências sobre as suas ideias. Em 1991, após uma viagem ao Peru, Icke, que fora porta-voz do partido Os Verdes de Inglaterra começou, a usar, por razões místicas, apenas roupas na cor azul turquesa - a cor do chakra do alto da cabeça.
Em 27 de Março de 1991, fez uma conferência de imprensa para anunciar: "eu sou um canal para o espírito de Cristo. O título foi-me conferido muito recentemente por Deus." Isto valeu-lhe acusações de «ser louco» mas sobreviveu como autor mediático. Vou destacar aqui algumas das suas ideias sobre o mundo e a vida extraídas de «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», livro que, em Portugal, foi retirado das grandes livrarias talvez por ordem da «mão invisível» illuminati.
A DISTORSÃO DA SEXUALIDADE PELAS RELIGIÕES E PELO CASAMENTO
David Icke, numa modalidade de pensamento gnóstico libertino, sustenta que a repressão da sexualidade livre, incluindo a condenação do homossexualismo gay e lésbico, é um erro da humanidade que acaba por atar esta ao preconceito, submetê-la aos líderes políticos e religiosos do «rebanho» e aumentar a violência existente. Escreve, referindo-se à teoria dos chakras (rodas de luz), centros energéticos, sete no mínimo, que se distribuem verticalmente no corpo humano, e à kundalini ou energia vital sexual :
« A mesma força quadridimensional que criou e usou as religiões. particularmente o Cristianismo, Judaísmo e o Islão, para destruir a verdade sobre o sexo, também inspirou a cultura da pornografia e da "queca" rápida. O denominador comum entre estes oposi-mesmos está a fechar o chacra da raíz, a desiquilibrar os chakras emocionais e sacral, a reter o fluxo da kundalini, que, se não fosse perturbada, iria activar e ligar todos os níveis da existência num todo. A religião transformou o sexo num foco de explosão de culpa, a um nível atómico. A instituição do casamento está no próprio centro disso, mas não é de todo a única razão. O casamento institucionaliza as separações. Ele é meu, ela é minha. Caso contigo, por isso sou teu dono. É esta a realidade expressa ou oculta do casamento e das relações em geral. São os meios através dos quais as pessoas compram um falso sentimento de segurança e uma visão desesperadamente limitada do "amor".» (David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 169; o destaque a negrito é da minha autoria).
E sobre a homossexualidade escreve Icke, divergindo de Freud, Carl Jung e Wilhelm Reich:
«Por exemplo, o que é a homossexualidade? É uma experiência, apenas isso, uma forma de expressar amor por outro ser humano. Dois homens ou duas mulheres que se amam profunda e sexualmente é considerado uma afronta moral, ao passo que um homem e uma mulher que se odeiem e que se mantenham num casamento por ter medo de acabá-lo, já é considerado aceitável. A minha filosofia é permitir todas as experiências, desde que as pessoas nelas envolvidas tenham feito essa decisão da sua livre vontade, sem pressão ou imposição de qualquer espécie.» (David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 181).
O CRISTIANISMO, A FRANCO-MAÇONARIA, A NOVA ORDEM MUNDIAL E OS DESMANDOS DA ELITE GLOBAL
Referindo-se à elite global, uma aristocracia do mal que integra personagens como Rockfeller, a família Rothschild, Henry Kissinger, George Bush, a rainha Isabel II de Inglaterra, Bill Clinton, Brian Mulroney, Tony Blair, George Soros, Kris Kristofferson, Boxcar Willie, José Luís Cebrián, Alan Greenspan, Pinto Balsemão, Durão Barroso, etc, muitos dos quais «são reptilianos», escreve David Icke:
«O objectivo da Elite é um governo mundial, ao qual os estados-nação e mesmo os continentes sejam subordinados. Chamam a isto a Nova Ordem Mundial. O processo contínuo de centralizar o poder político ao longo de centenas de anos não aconteceu por acaso: foi estipulado que assim fosse. A centralização a um nível global, com o governo mundial, é o resultado natural destas políticas. quem controlar o governo mundial (Elite Global) controlará o banco central mundial e a moeda mundial, que também fazem parte dos planos da Nova Ordem Mundial. »(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 37; o destaque a negrito é posto por mim).
Icke denuncia a colonização extra europeia feita pela igreja católica romana nos séculos XV-XVIII, cristianizando à espada e escravizando os índios, os negros e os asiáticos, e denuncia a igreja ortodoxa e as igrejas protestantes, os templários, a rosa-cruz e a franco-maçonaria, incluindo a sociedade secreta Skull and Bones que iniciou George W.Bush, como sendo outros tantos veículos do governo mundial em marcha:
«À medida que o Cristianismo continuou a espalhar o seu credo através da morte e da destruição, pelas Américas, África, Austrália, e por aí adiante, as culturas nativas foram sendo destruídas e "Cristianizadas" e o conhecimento esotérico foi perdido. (...). À medida que os séculos passavam e o Cristianismo retirava o conhecimento da arena pública, o trabalho destas Escolas de Mistério evoluiu para a rede gigantesca das sociedades secretas que existem actualmente e que incluem os Franco-Mações e os Cavaleiros de Malta, que controlam ambas, o Papa e o Vaticano. Que forma maravilhosa de dirigir e influenciar todos aqueles Católicos Romanos, espalhados por todo o mundo. Se um Papa não alinha no jogo, é retirado, tal como aconteceu com o assassínio do Papa João Paulo I , em 1978 (ler "E a Verdade vos libertará"). A moderna rede de Franco-Mações é a única detentora do conhecimento antigo, disfarçada de um clube de cavalheiros. Na época das Cruzadas, surgiram várias ordens de Cavaleiros, sendo os mais famosos de todos os Cavaleiros Templários. Eles envergavam o símbolo da cruz vermelha num fundo branco, que simbolizava sangue e fogo e que representava o poder da energia sexual, da força criativa, seja positiva ou negativa, no seu uso. Os Templários afirmavam ser uma organização cristã - uma mera fachada para o seu conhecimento e crenças secretas, com origem no antigo Egipto e talvez mesmo antes. Eles foram purgados pelo Papa e pelo rei de França, mas continuaram a funcionar como uma rede clandestina, até reemergirem publicamente como... Franco-Mações. Trata-se da mesma organização; os cavaleiros Templários sob outro nome e uma das maiores ferramentas da Elite Global, no controlo do mundo.»
«A conspiração Grupo Bilderberg/ Instituto Real de Assuntos Internacionais/ Conselho de Relações Internacionais/ Comissão Trilateral é supervisionada por uma sociedade secreta chamada Távola Redonda. (...) No topo da pirâmide e, mesmo noutros níveis, a mentalidade por detrás da manipulação é baseada no Satanismo e na Magia Negra. Chamo-lhe o "Culto do Olho que Tudo vê " porque um dos seus símbolos é uma pirâmide com um olho que tudo vê - a própria imagem que pode ser encontrada na nota de 1 dólar americano».
(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 53-55; o destaque a negrito é posto por mim).
Mesmo admitindo exageros de Icke na crítica ao processo de globalização em marcha - nomeadamente, a discutível tese dos reptilianos que viverão em grutas na Terra e estarão a assumir forma humana - perguntamos: por que estão os filósofos, os sociólogos, os politólogos e os historiadores institucionais tão silenciosos sobre o «bloco central dos illuminati» - os EUA, a União Europeia, a ONU, o grupo de Bilderberg, a Comissão Trilateral, etc - e apenas criticam a extrema-direita nacionalista e o comunismo? Não estará corrompida a filosofia institucional?
Há filósofos livres? Ou são apenas académicos bem pagos, subornados pelo poder oligárquico para cantar loas à «democracia liberal», puramente formal, sem substância verdadeiramente popular porque manipulada?
ELIMINAR OS JUROS DOS EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
O sistema de juros bancários é o garrote que aperta a maior parte da população de cada país. É imoral cobrar juros - este tema é comum a muitos pensadores desde há séculos. Sobre o óbvio disto escreveu David Icke:
«Ao pedir um empréstimo bancário de 50 000 euros, o mais provável é que se acabe por pagar mais de 150 000 euros, no final das contas. O triplo! (...) O débito do Terceiro Mundo que crucifixa milhões de pessoas por dia, é um débito assombroso de dinheiro que nunca existiu nem irá existir. E toleramos isto!
«É uma aldrabice. Não é necessário. Existe para nos controlar. Foi para isso que o sistema foi criado.»
«Apesar da loucura óbvia deste roubo legalizado, as nossas mentes ainda estão condicionadas a acreditar que cobrar juros por dinheiro que não existe é essencial, e sem isso a economia mundial iria colapsar. Não é assim. A ditadura bancária global, ditada pela Elite Global, iria acabar e isso seria fantástico. Mas as pessoas escravizadas a pagar juros sobre dinheiro que não existe, defendem o sistema e dizem que deve continuar! Hei, guarda prisional: não te atrevas a abrir essa porta, estás-me a ouvir? O sistema de juros não é uma salvaguarda contra o sofrimento económico. Em boa verdade, o sistema de juros cria pobreza e desigualdade, permitindo a acumulação do poder global. Responde-me a isto: o que aconteceria se, em vez de pedirmos dinheiro inexistente ao sistema bancário privado, os nossos governos imprimissem dinheiro, em quantidade suficiente e livre de juros, e o emprestassem às pessoas com uma taxa de juro reduzida, para cobrir taxas administrativas? Já não seríamos capazes de comprar tudo o que precisamos? Claro que seríamos e com maior facilidade, já que o custo de tudo baixaria. O custo de uma hipoteca baixaria em dois terços e já não seria necessário pagar juros. Os sem abrigo teriam casas e não teríamos de ver pessoas a dormir na ruas, por não conseguirem juntar pedaços de papel em número suficiente ou números não existentes num computador.»
(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 47; o destaque a negrito é posto por mim).
O MATRIX CRIADO POR NÓS MESMOS
David Icke defende uma teoria espiritualista: o mundo material é criação do meu espírito. Somos então o Matrix, a matriz geradora da realidade do nosso corpo físico e de tudo o que nos acontece. Escreveu:
«As pessoas falam de viver num mundo real, como se estas divisões, dor e controlo, da densa realidade física deste planeta, fossem o "mundo rea"l. É a última coisa que isto é. O "mundo real" , se lhe quisermos chamar assim, é o nível de existência altamente evoluído chamado Unicidade. O mundo que vemos diante dos nossos olhos é um jogo de realidade virtual, tridimensional, criado pela Unicidade, como uma vasta experiência de aprendizagem.(...) Este mundo não é real, é uma Hollywood espiritual. Um cenário.(...) Somos nós que escrevemos o guião e criamos uma realidade física para equivaler à imaginação de nós próprios e do nosso papel, no filme. Pode ser um bonito filme de família repleto de amor e de respeito, ou pode ser um filme de terror. Nós, tu, eu, todos nós, decidimos qual é. Mais ninguém. Não há "Deus", não há "acontecimentos aleatórios"; somos só nós. Pensas que a tua vida é um filme de terror? Então é isso que será. Pensas em ti como o tipo que morre logo no início do filme? Então é isso que acontecerá. Vês-te como uma daquelas pessoas que acaba o filme a rir e em felicidade? Assim será. »
(David Icke, «Eu sou eu, eu sou livre, o guia para os robôs obterem a liberdade», Lux-citania, 1ª Edição, Dezembro de 2009, pág 113-114; o destaque a negrito é posto por mim).
Esta teoria, apesar de interessante no destaque que dá ao optimismo, ao pensamento positivo, tem um ou vários calcanhares de Aquiles. Se a nossa imaginação desencadeia a realidade, por que motivo milhões de apostadores no euro milhões se imaginam milionários, ao concorrerem anos a fio a esse sorteio, e esse enriquecimento nunca se concretiza? Se este mundo não é real ,para quê preocuparmo-nos em combater a Elite Global e o seu projecto de escravatura universal?
Então os biliões de pessoas que vivem mal neste mundo, atormentados por fome, doenças, guerras, falta de água potável e habitação condigna escolheram esse destino antes de nascer e são responsáveis da má situação em que vivem? Escolhem o mal só para ter uma aprendizagem? Isso lembra a estúpida doutrina da vacinação: «Temos de inocular vírus mortos e toxinas no sangue para ensinar o corpo a defender-se...» Mas para quê "ensinar" o corpo de forma negativa, lesando as suas defesas orgânicas com invasores estranhos ? E foram esses biliões de pessoas que escolheram a Elite Global de reptilianos que tende ao domínio absoluto da Terra? Os pais que perdem os filhos ou que morrem, eles mesmos, em guerras absurdas mas reais escolheram esse destino?
Esta explicação mentalista, espiritualista, de David Ike é conversa de guru ou de cidadão médio burguês ou grande burguês com dinheiro para pagar a professores de ioga e gurus que lhe garantem que, meditando, altera a sua vida para melhor, que «o pensamento é tudo e a matéria é nada». É certo que a meditação altera o rumo da vida, melhora psicologicamente muitos seres humanos, pode salvar do suicídio, do alcoolismo e da droga, mas não altera o destino deles. Ninguém pode fugir ao determinismo planetário. Icke ignora a astrologia histórica, as leis planetárias inexoráveis. O mundo material não é criação nossa: ele impõe-se-nos com a sua opacidade, a sua densidade.
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Arthur Schopenhauer (22 de Fevereiro de 1788- 21 de Setembro de 1860) foi um representante do idealismo volitivo, uma corrente que sustenta que o mundo material é meramente mental, é projeção da vontade (volição) associada à mente e é imanência a esta. Foi um dos raros filósofos que compreenderam integralmente a doutrina de Kant - ao contrário de Russell, Sartre, Heidegger e a generalidade dos académicos de hoje - e foi um crítico implacável de Hegel.
Porém, na análise psicológica dos sexos e do amor, adotou uma teoria similar à da astúcia da razão engendrada por Hegel (os estadistas e outros atores da história como regicidas, generais, etc, executam nas ações que levam a cabo por impulso ou «livre-arbítrio», sem se darem conta, a vontade da razão universal) ao teorizar o génio da espécie. Este é a força do instinto de Eros, impessoal, que domina e manipula os indivíduos como marionetas. Antes de tudo, como um pilar da sua antropologia, Schopenhauer sustentou que o amor do homem é, por natureza, polígamo e o da mulher, por natureza, monógamo:
«Em primeiro lugar, deve notar-se que o homem é, por temperamento, propenso à inconstância no amor e a mulher à fidelidade. O amor de um homem declina de um modo sensível, a partir do instante em que foi satisfeito; parece que todas as mulheres têm mais atrativos do que a possui; aspira à mudança. O amor da mulher, pelo contrário, aumenta a partir desse momento. É essa uma consequência do fim da natureza, dirigido para a conservação e, por conseguinte, para o aumento, o mais considerável possível, da espécie. O homem, de facto, pode facilmente gerar mais de cem filhos num ano, se tiver outras tantas mulheres à disposição; a mulher, pelo contrário, ainda que tivesse o mesmo número de maridos não podia dar à luz mais do que um filho por ano, excetuando os gémeos. Por isso, o homem anda sempre à procura de outras mulheres, enquanto a mulher se conserva fielmente dedicada a um só homem, porque a natureza a impele instintivamente e sem reflexão a conservar junto de si aquele que deve alimentar e proteger a pequena família futura. Daí resulta que a fidelidade no casamento é artificial para o homem e natural na mulher, e portanto o adultério da mulher por virtude das consequências que acarreta, e por ser contra a natureza, é muito mais imperdoável que o do homem.»(Schopenhauer, Metafísica do amor, páginas 38-39, Inquérito; o negrito é posto por mim. )
Esta concepção, que é a da tradição esotérica - o homem é Yang, movimento, luz, exterioridade, dilatação, fogo e ar; a mulher é Yin, repouso, sombra, interioridade, contração, água e terra - é rejeitada pelos movimentos feministas e pelo igualitarismo sexual hoje dominante no mundo.
A FINALIDADE DA ATRAÇÃO ERÓTICA E DO CASAMENTO É A PROCRIAÇÃO
É o instinto genésico, instinto da espécie que atravessa o indivíduo, o guia na atração sexual, diz Schopenhauer. E por isso as mulheres preferem os homens de 30 a 35 anos aos rapazes de 20:
«Não podemos naturalmente enumerar com tanta exatidão as considerações inconscientes às quais se liga a inclinação das mulheres. Eis o que se pode afirmar de um modo geral. É a idade dos 30 aos 35 anos que elas preferem a qualquer outra, mesmo à dos jovens, que contudo representam a flor da beleza feminina. A causa é serem dirigidas não pelo gosto, mas pelo instinto, que reconhece nesses anos o apogeu da força geradora. Em geral, dão pouca importância à beleza, principalmente à do rosto; como se elas se encarregassem, por si sós, de a transmitirem à criança. É acima de tudo a coragem e a força do homem que lhes conquista o coração, porque estas qualidades são penhor duma geração de crianças robustas, e parecem assegurar-lhes, no futuro, um protetor corajoso.»
««A estupidez não prejudica os homens junto das mulheres; o espírito superior, ou mesmo o génio, pela sua desproporção, têm muitas vezes um efeito desfavorável. Vê-se frequentemente um homem feio, estúpido e grosseiro suplantar junto das mulheres um outro bem feito, espirituoso, delicado. Vêem-se igualmente casamentos de inclinação entre pessoas tão diferentes quanto é possível no ponto de vista do espírito: ele por exemplo, brutal, robusto e estúpido; ela, meiga, impressionável, pensando delicadamente, instruída, requintada, etc; ou, então, ele muito sábio, cheio de talento, e ela, uma pateta (...)» «A razão disso é que as considerações que predominam aqui nada têm de intelectual e dizem respeito ao instinto. No casamento, o que se tem em vista não é um colóquio cheio de espírito, é a criação dos filhos; o casamento é um laço dos corações e não das cabeças. Quando uma mulher afirma que está enamorada do espírito de um homem, é uma pretensão vã e ridícula, ou a exaltação de um ser degenerado. Os homens, por sua vez, no amor instintivo, não são determinados pelas qualidades de caráter da mulher.» (Schopenhauer, páginas 41-44, ibid; o negrito é acentuado por mim).
Assim, a procriação é a finalidade inconsciente da união erótica entre homem e mulher e do casamento. O instinto da espécie é uma inteligência animal que perpassa em todos os exemplares do género humano.
AMAR AQUILO QUE FALTA, POR ORDEM DO GÉNIO DA ESPÉCIE
A visão de Schopenhauer é dialética, baseada no mais alto grau da contradição - que não é a colatarealidade, nem a relatividade posicional mas a contrariedade.
«Todos amam precisamente o que lhes falta. (..) É assim que o homem mais viril procurará a mulher mais feminina, e vice-versa. (..) Há casos excecionais em que um homem se pode apaixonar por uma mulher decididamente feia: de acordo com a lei da concordância dos sexos, isto dá-se quando o conjunto dos defeitos e das irregularidades físicas da mulher são, justamente, a antítese e, por conseguinte, o corretivo dos do homem. Neste caso, a paixão atinge geralmente um grau extraordinário.»
«O indivíduo obedece em tudo isto, sem que o perceba, a uma ordem superior, à da espécie: daí a importância que liga a certas coisas que, como indivíduo, poderiam e deveriam ser-lhe indiferentes. » (Schopenhauer, Metafísica do Amor, páginas 44-49; o negrito é posto por mim)
Schopenhauer põe em relevo a luta entre o manipulador génio da espécie, o Cupido que atinge solteiros e casados e faz e desfaz relações amorosas e sociais, e o génio protetor de cada indivíduo:
«O génio da espécie está sempre em guerra com os génios protetores os indivíduos, é o seu perseguidor e inimigo, sempre pronto a destruir sem piedade a felicidade pessoal, para alcançar os seus fins(...)
«Os casamentos de amor são concluídos no interesse da espécie e não em proveito do indivíduo. Os indivíduos imaginam, é certo, que trabalham para a própria felicidade; mas o verdadeiro fim é-lhes estranho, visto que não é outro senão a procriação dum ser que só é possível por meio deles. Obedecendo ambos ao mesmo impulso, devem naturalmente procurar entender-se o melhor possível.» (Schopenhauer, Ibid, pág. 62)
A VONTADE DE VIVER
A vontade de viver, imortalmente no seio da espécie, vontade comum a religiosos, agnósticos e ateus, é, segundo Schopenhauer, a chave do comportamento humano, em particular no campo do amor sexual e do casamento. Não é apenas uma vontade de viver num mundo que nos é dado de fora: essa vontade é a criadora do mundo, mundo este que é um conjunto de representações e ilusões. As árvores só existem porque nós as projetamos e não são independentes de nós, a beleza daquela mulher ou a fealdade de outra é criação da vontade de viver que anima o nosso ser.
«O homem prova assim que a espécie lhe importa mais do que o indivíduo, e que vive mais diretamente naquela do que neste. Porque é então que o enamorado fica suspenso, num absoluto abandono, dos olhos daquela a quem escolheu? Porque está pronto a fazer por ela todos os sacrifícios? - Porque é a parte imortal do seu ser que suspira por ela, enquanto todos os seus outros desejos só se referem ao ser fugidio e mortal. Esta aspiração viva, fervorosa, dirigida para uma certa mulher, é pois um penhor da indestrutibilidade da essência do nosso ser e da sua continuidade na espécie». (..)
«Essa essência oculta é justamente o que está no fundo da nossa consciência e lhe forma o nódulo central, o que é mesmo mais imediato que essa consciência; e, na sua qualidade de "coisa em si", liberta do "principium individuationis", essa essência é absolutamente idêntica em todos os indivíduos, quer existam simultaneamente, quer se sucedam. É a isso que eu chamo, por outras palavras, "vontade de viver", isto é, essa aspiração premente à vida e à duração.»
(Schopenhauer, ibid, pág. 65-66).
Aparentemente muito distante de Hegel, Schopenhauer não escapa ao traço nivelador do século XIX quando admite que a essência de cada homem é, principalmente, o princípio da espécie, a vontade de viver coletiva, e não o princípio da individuação que é fonte do egoísmo pessoal.
A INTELIGÊNCIA ABSTRATA DO HOMEM E A INTELIGÊNCIA CONCRETA E IMEDIATISTA DA MULHER
O senso prático na mulher é mais intenso do que no homem, segundo Schopenhauer. Mas senso prático não significa sempre bom senso. Significa que a mulher está mais atenta aos pormenores visíveis do quotidiano - elas reparam mais nas unhas ou nos sapatos que o homem usa do que nós nos correspondentes adereços delas; e compram, certamente, géneros mais baratos e de melhor qualidade nas lojas do que se fossem os maridos a fazê-lo. A mulher é capaz de gozar mais o momento do que o homem e, por isso, de ser mais alegre.
«Quanto mais nobre e perfeita é uma coisa, tanto mais lenta e tardiamente se desenvolve. A razão e a inteligência do homem só atingem pleno desenvolvimento aos vinte e oito anos; na mulher a maturidade do espírito dá-se aos dezoito anos. Por isso, só tem uma razão de dezoito anos, estritamente medida. É esse o motivo por que as mulheres são toda a vida verdadeiras crianças. Só vêem o que têm diante dos olhos, agarram-se ao presente, tomando a aparência pela realidade e preferindo as ninharias às coisas mais importantes.»
«O que distingue o homem do animal é a razão; confinado no presente, lembra-se do passado e pensa no futuro: daí a sua prudência, os seus cuidados, as suas frequentes apreensões. A razão débil da mulher não sofre dessas vantagens nem desses inconvenientes; sofre duma miopia intelectual que lhe permite, ver de uma maneira penetrante as coisas próximas; mas o seu horizonte é limitado, escapa-se-lhe o que está distante. Daí resulta que tudo quanto não é imediato, o passado e o futuro, atuam mais fracamente na mulher do que em nós: daí também a tendência muito mais frequente para a prodigalidade, e que por vezes toca as raias da demência.»
«No seu íntimo, as mulheres entendem que os homens são feitos para ganhar dinheiro e elas para o gastar; e se o não podem fazer durante a vida do marido, desforram-se depois da morte dele.» (...)
«Em circunstâncias difíceis é preciso não desdenhar recorrer, como outrora os Germanos, aos conselhos das mulheres, porque elas têm uma maneira de conceber as coisas totalmente diferentes da nossa. ´Vão direitas ao fim, pelo caminho mais curto, porque fixam geralmente os olhares no que têm mais à mão. Nós, pelo contrário, não vemos o que nos salta aos olhos, e vamos procurar muito mais longe; precisamos que nos levem a uma maneira de ver mais simples e mais rápida. Acrescente-se ainda que as mulheres têm decididamente um espírito mais ponderado, e só vêem nas coisas o que nelas há realmente; ao passo que nós, impelidos pelas paixões excitadas, aumentamos os objetos e representamos quimeras.»
«As próprias aptidões naturais explicam a piedade, a humanidade, a simpatia que as mulheres testemunham aos desgraçados, ao passo que são inferiores aos homens no que respeita à equidade, à retidão e à escrupulosa probidade. Devido à fraqueza da sua razão, tudo o que é presente, visível e imediato, exerce sobre elas um domínio contra o qual não conseguiriam estabelecer as abstrações, nem as máximas estabelecidas, nem as resoluções enérgicas, nem consideração alguma do passado ou do futuro, do que está afastado ou ausente. Possuem da virtude as primeiras e principais qualidades, mas faltam-lhe as secundárias e acessórias...
«Assim a injustiça é o defeito capital dos temperamentos femininos. Isto resulta da falta de bom senso e de reflexão que apontamos; e o que agrava ainda este defeito, é que a natureza, recusando-lhes a força, deu-lhes a astúcia para lhes proteger a fraqueza; daí a sua instintiva velhacaria e a invencível tendência para a mentira.» (...)
«Deste defeito fundamental nascem a falsidade, a infidelidade, a traição, a ingratidão, etc.»
(Schopenhauer, Ensaio acerca das mulheres, in Metafísica do amor, páginas 74-77; o negrito é posto por mim).
Este texto de Schopenhauer, extraordinariamente interessante e polémico, faz estremecer de indignação o universo feminino libertário e demo-liberal atual que faz passar as ideias de que «as mulheres são mais inteligentes do que os homens» e de que «quase não houve mulheres filósofas consagradas nos séculos que transcorreram porque a educação literária e a escolaridade eram praticamente só reservadas aos homens.»
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
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