Sexta-feira, 25 de Agosto de 2017
Neocátaros versus budismo e Nova Era

O cristianismo neocátaro ou catarismo do século XXI emanado da Rússia e vivo na Catalunha e Valencia e no sudeste de França opõe-se ao budismo e às doutrinas da Nova Era em geral (a tarologia, a cura pelos cristais, a medicina quântica, etc.) As (supostas) mensagens do Além de Santa Eufrosínia, mística cátara russa falecida em finais do século XX, ao patriarca da igreja cátara identificam Elohim, deus do antigo Testamento, como corruptor da humanidade, incluem o seguinte:

 

«Grita para que não entrem pelo arco de Lúcifer. Isto é o mais perigoso. As portas luciferinas são: o karma, o progresso, as reencarnações, o nirvana (como saída da ordem terrena para um planeta morto) elohim propõe a sua própria arca, a caixa de Pandora. Em volta desta há serpentes. A entrada pelas portas luciferinas implica a perdição eterna. A quem passa por elas espera-o o destino mais desafortunado: a paulatina desintegração, a explosão nos planetas mortos. Dispersar-se-á na inexistência como poeira cósmica.»

«O Pai do Puro Amor é o Rei do Universo, é o Rei misericordioso. Nas suas mãos estão o destino e o futuro.»

«Não façais compromissos com a «Nova Era»! A façanha hoje é a oração, a catarse, a liturgia. O fariseísmo está vencido mas tendes um novo inimigo - o cosmismo.»

(Juan de San Grial, «Madre Eufrosinia. la guia del nuevo catarismo», Associaciò per l´estudì de la cultur catàr, 2012, pag. 378).

«Não saias da oração. Dedica à oração dois-três dias, a uma oração incessante e verás que frutos haverá.»
«A oração com o coração lavado pelas lágrimas é improfanável. Aqui mesmo está a chama, na oração.»
«Durante a terceira hora de oração revelou-se o mundo do silêncio, a paz dulcíssima.» (ibid, pág. 421).

 

É de notar que a Nova Era inclui os mágicos, os bruxos, os astrólogos comerciais, os tarólogos, os mestres de Reiki que prometem ajudar a pessoa nos seus desejos carnais. Esta oração constante ao Deus verdadeiro e à Virgem deve ser feita fora dos templos das igrejas católica, ortodoxa-bizantina, protestante, judaica, islâmica, etc, porque em todas elas «reinam sacerdotes, bispos ou imãs do Anti Cristo».

 

REJEIÇÃO DO PROGRESSO MATERIAL

O cristianismo ascético dos cátaros implica fazer muitos sacrifícios para alcançar o Reino, o pleroma do Altíssimo. Assim, há uma rejeição de princípio dos automóveis, dos televisores e computadores, pelos riscos que comportam de adormecimento do espírito que deve estar vigilante num mundo material que pertence a Elohim-Adonai, o demiurgo, identificado com Lúcifer, deus do Mal. 

 

«Os automóveis são demónios materializados; por isso são tão difíceis nas horas de afluência do tráfego. Reza as orações de exorcismo para expulsar, outros te ajudarão . Os condutores que se protejam benzendo-se com a cruz, com a oração, com os ícones, com os rosários, como os guerreiros no campo de batalha, senão perderão a saúde, a graça e as forças. O sacerdote melquisedequiano, se usa o carro, não tem que perder a oração».(Juan de San Grial, «Madre Eufrosinia. la guia del nuevo catarismo», pag. 278).

 

 «O grande ancião Anfiloquio, curador e fazedor de milagres, contava-nos como um enxame de demónios basta para povoar os televisores, fazendo ninhos; como fazem troça das pessoas; como semeiam as doenças, a loucira; como atiram para as hienas. O ecrã de televisão é a janela para os mundos infernais, o computador é ainda pior. O televisor lança-nos ao precipício abismal, aos planetas mortos. E o computador convida-nos ao diálogo com elohim, este é o seu altar pestilento. Quantas doenças vêm do computador e da técnica moderna!»
(Juan de San Grial, «Madre Eufrosinia. la guia del nuevo catarismo», Associaciò per l´estudì de la cultur catàr, 2012, pp 133-134).

 

 

DEMARCAÇÃO FACE AO CATOLICISMO ROMANO E ORTODOXO, AO PROTESTANTISMO E OUTROS

 

Sendo, na perspectiva cátara, as igrejas católica romana, católica ortoxa ou protestante sedes do anti Cristo, uma vez que todas perseguiram os cátaros, com relevo para a sanguinária igreja do papa de Roma, não se deve visitar os seus templos.

 

«Não te afeiçoes particularmente às aparições da Rainha Celeste no mundo católico. Na Rússia, a Mãe Divina não se revela com menos frequência ou menos generosamente, ela é a Czarina da Rússia».(Juan de San Grial, «Madre Eufrosinia. la guia del nuevo catarismo», pag. 58).

 «Os pais perfeitos e imortais e os santos nos céus não abençoam visitar os actuais templos. Como predisseram os grandes santos há séculos, chegará a hora em que os templos serão abertos, as cúpulas serão doiradas, mas não se poderão visitar já que a abominação e a devastação se instalarão neles: as serpentes, os escorpiões e os espíritos infernais. Não há graça neles mas uma contínua iniquidade e os paroquianos perecem espiritualmente. Tira-se-lhes a última fé e recebem os selos do anti Cristo na fonte». (Juan de San Grial, «Madre Eufrosinia. la guia del nuevo catarismo», pag. 423).

O ensinamento é claro: a teologia católica e a prática de uma igreja romana em que os fiéis não jejuam semanalmente, idolatram um papa apóstata (tal como idolatram Cristiano Ronaldo) e os sacerdotes comem bons bifes e têm bons carros está manipulada desde há séculos por Lúcifer, o pai da mentira e do mundo material. Deve o cristão cátaro orar continuamente e não entrar nos templos católicos, ortodoxos, protestantes, judaicos e outros pois o verdadeiro Deus, o Altíssimo, não está neles.

 

O ponto de divergência filosófica com judeus, católicos, protestantes e islâmicos está na natureza do mundo material e do seu autor: segundo os judeus, os católicos e os protestantes foi o Deus do Bem que fez a natureza física onde há beleza e crimes constantes e animais e homens se devoram, invejam e oprimem uns aos outros; segundo os cristãos cátaros, a natureza física e os corpos humanos foram feitos pelo Demiurgo, Adonai- Elohim um deus castigador e maléfico, Satã, a Serpente, e o Deus da Luz, no Pleroma, apenas fez os nossos espíritos. A Árvore da Cabala judaca tem um problema teórico: o panenteísmo, a descida das qualidades divinas à matéria, expressa na última esfera, Malkuth, o reino material. Ora para os cátaros isso é doutrina de Elohim-Jeová, mistifica a existência do Pleroma, mundo divino que só gerou as nossas almas e nada gerou de material.

 

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Sábado, 28 de Maio de 2016
Teste de Filosofia do 10º ano, turma A (Maio de 2016)

 

Eis um teste de filosofia centrado no tema religião, opção escolhida pelos alunos da turma.

 

 

Agrupamento de Escolas nº1 de Beja

Escola Secundária Diogo de Gouveia, Beja

TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA A

24 de Maio de 2016. Professor: Francisco Queiroz.

 I

  «O rito é a reactualização do mito que se refere à transcendência. O realismo crítico não se liga necessariamente ao espiritualismo ou ao materialismo”.

 

1) Explique estes pensamentos.

 

2)Faça corresponder a cada um dos cinco elementos da filosofia chinesa do Feng Shui e do taoísmo, o respectivo ponto cardeal, animal, campo de vida (profissão, casamento, etc), cor, sentido humano (audição, visão, etc.), estação do ano, hora do dia, percentagem de yang (jovem, velho) e de yin, e aplique a lei da contradição principal a esse conjunto

 

.3)Relacione, justificando:

A) Dharmas, eu e impermanência, no budismo.
B) Ser fora de si, alienação e panteísmo, na doutrina de Hegel sobre a ideia absoluta.

 

CORREÇÃO DO TESTE COTADO PARA 20 VALORES

 

1)  O rito é um conjunto de gestos e cerimónias (exemplo: a missa dos católicos, o passar as contas de um rosário entre as mãos dos budistas) que visam reacender os mitos sagrados do princípio do mundo, isto é, as cenas lendárias dos deuses, anjos, demónios ou antepassados de uma tribo ou povo. O partir do pão (rito) na missa católica evoca ou põe na ordem do dia a morte de Cristo na cruz (mito). Transcendência é estar fora de ou além de e neste contexto mito da transcendência significa o mito que fala de seres sobrenaturais, em regra deuses que criam o mundo ou nele intervêm.  (VALE TRÊS VALORES). O realismo crítico é a teoria que afirma que há um mundo material anterior às mentes humanas e independente destas que o captam de maneira distorcida. O realismo crítico em Descartes consiste em postular o seguinte: há um mundo de matéria exterior às mentes humanas, feito só de qualidades primárias, objetivas, isto é, forma, tamanho, número, movimento. As cores, os cheiros, os sons, sabores, o quente e o frio só existem no interior da minha mente, do organismo do sujeito, pois resultam de movimentos vibratórios de partículas exteriores já que o mundo exterior é apenas composto de formas, movimentos e tamanhos. Ora esta teoria é compatível com o materialismo, doutrina que afirma que a matéria é o princípio eterno do mundo, que Deus e deuses não existem nem almas no «Além», e que o espírito é uma forma subtil de matéria. É também compatível com a maioria das formas de espiritualismo, doutrina que afirma que o espírito (Deus, deuses, espíritos humanos) é eterno ou criador do universo de matéria e que esta deriva do espírito. (VALE QUATRO VALORES)

 

2) Os cinco elementos da filosofia chinesa do taoísmo são: madeira, fogo, terra, metal e água. As correspondências de cada um são:

 

MADEIRA. Este. Dragão verde. Crescimento, família. Cor verde. Visão. Nascer do sol. Jovem Yang.

FOGO. Sul. Fénix. Fama. Fala. Verão. meio dia, velho Yang (máximo Yang ou máxima luz e calor).

TERRA. Sudoeste (ou Centro, segundo algumas interpretações). Serpente. Cor: amarelo. Fim do verão. Casamento, amores.  Sabor. Meio da tarde. Igual proporção de Yang e Yin.

METAL. Oeste. Tigre branco. A criatividade, os filhos. O olfato. Outono. Cor branca. Pôr do sol. Jovem yin (algum frio e humidade).

ÁGUA. Norte. Tartaruga negra. A profissão, os negócios. Audição. Inverno. Meia noite, velho Yi ( máximo Yin ou máxima escuridão e frio).

A lei da contradição principal diz que um sistema de múltiplas contradições pode ser reduzido a uma só, organizando-as em dois blocos, podendo haver uma ou outra contradição na zona neutra. Assim podemos, por exemplo, colocar de um lado o bloco Yang (Madeira/primavera ; Fogo/Verão) e do outro lado o bloco Yin (Metal/ Outono, Água/Inverno), ficando na zona neutra a Terra/Fim do Verão na qual Yang e Yin se equilibram. Há outras maneiras de estruturar a contradição principal. (VALE SEIS VALORES)

 

3) A)  Dharma em sentido geral significa Lei da Natureza. Dharmas em sentido particular são as qualidades físicas, psíquicas e intelectuais que, por assim dizer, flutuam no cosmos como átomos, sem sujeito, e se juntam para formar o eu mutável, a personalidade de uma pessoa. Assim a cor dos olhos, a forma do rosto e do corpo, as sensações de prazer e dor, os impulsos sentimentais, a consciência são dharmas que formam o eu em mudança ou impermanência de cada um: quem fica cego perdeu o dharma da visão, quem fica em coma perdeu o dharma da consciência. O eu é impermanente, na verdade nem existe, porque os dharmas que o formam mudam a cada instante, embora haja um eu superior, o Atmã, destituído de dharmas e imortal. (VALE QUATRO VALORES)

 

3-B) O ser fora de si é a segunda fase da ideia absoluta: Deus, que era ser em si, pensamento puro,  alienou-se em matéria física, isto é, separou-se de si mesmo enquanto espírito pensante, transformou-se em espaço, tempo, em astros, montanhas, rios, plantas e animais. Isto é panteísmo, doutrina que afirma que a natureza biofísica é divina: o sol e a lua são olhos de Deus, os mares são a linfa de Deus, erc. (VALE TRÊS VALORES).

 

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Quinta-feira, 6 de Agosto de 2015
Confusões de Pedro Galvão sobre Hedonismo, Contratualismo e Consequencialismo

 

 

 No seu artigo «Será o Contratualismo reconciliável com o Consequencialismo?» no compêndio de Filosofia Analítica em linha, Pedro Galvão comete alguns paralogismos na compreensão e relacionação de teorias. Para escrever um bom artigo nesta matéria , Galvão deveria definir à partida, com clareza, o que entende por contratualismo, consequencialismo e hedonismo. Não o faz, o que lhe permite, à semelhança de quase todos os teóricos da filosofia analítica, pescar em águas turvas, isto é, produzir conceitos e raciocínios eivados de ambiguidade que dão a aparência de estarmos perante um grande intelectual - e não de um tipo confuso, especialista em retórica.

 

SÓ ALGUNS CONSEQUENCIALISTAS SÃO HEDONISTAS, OU SÃO QUASE TODOS? A SATISFAÇÃO DOS DESEJOS E A COMPENSAÇÃO PELO MÉRITO NÃO SE INCLUEM NO HEDONISMO?

 

 

Escreve Pedro Galvão :

«Alguns consequencialistas são hedonistas. Pensam que só o prazer é intrínseca e fundamentalmente bom, e que só o sofrimento é intrínseca e fundamentalmente mau. Para estes consequencialistas, dados quaisquer dois estados de coisas alternativos, o melhor será sempre aquele em que houver mais prazer, descontado o sofrimento.
O hedonismo é seguramente uma perspectiva muito controversa e bastante impopular nos tempos que correm. Muitos consequencialistas — a maioria, na verdade — recusar-se-iam a seriar estados de coisas unicamente segundo o critério do «saldo hedónico». Defenderiam que outros critérios — por exemplo, o exercício da autonomia, a satisfação de desejos, a compensação pelo mérito, a igualdade na distribuição do bem-estar ou a integridade dos ecossistemas — são importantes para efectuar as seriações. »

(Pedro Galvão, , «Será o Contratualismo reconciliável com o Consequencialismo?»  in Compêndio em Linha de Problemas de Filosofia Analítica, de João Branquinho e Ricardo Santos, pag 627, texto transcrito do Compêndio em 3 de Agosto de 2015; o destaque a negrito é posto por mim).

 

Pedro Galvão comete no texto acima alguns erros teóricos. O primeiro deles é considerar que só alguns consequencialistas são hedonistas . o que significa: «só uma minoria dos consequencialistas se insere no hedonismo». O que é o consequencialismo? É um termo inventado pela filosofia analítica para substituir o termo pragmatismo, isto é, a filosofia que postula que, mais importante que os princípios teóricos, são os resultados práticos, os frutos da acção, as consequências do esforço. O que é o hedonismo? É a filosofia que identifica o prazer (hedoné, em grego) com o bem e a dor com o mal e preconiza que as acções do homem se devem orientar pela busca do prazer.  Por conseguinte, a grande maioria dos pragmáticos ou consequencialistas são hedonistas e não só alguns.

 

O segundo erro de Pedro Galvão é considerar que «o exercício da autonomia, a satisfação de desejos, a compensação pelo mérito, a igualdade na distribuição do bem-estar» não fazem parte do hedonismo, são critérios de seriação exteriores e, de certo modo, opostos ao hedonismo. Então o exercício da autonomia ( «Sou livre de escolher e agir») não confere prazer (hedonismo)? E a satisfação dos desejos (exemplos: «Comprei o automóvel que desejava, arranjei a casa de férias ideal») não é hedonismo? E a compensação pelo mérito (exemplo: «Vou promover a pessoa X na minha empresa visto que os méritos do seu trabalho são relevantes») é um critério exterior ao hedonismo? Que entende Galvão por hedonismo? O simples prazer imediato de comer chocolate ou caviar, beber cerveja alemã, sentir o vento no rosto quando se anda de moto a 120 quilómetros hora e pouco mais que isto? Galvão não possui precisão na conceptualização de hedonismo.

 

O CONTRATUALISMO NÃO RECONHECE ESTATUTO ÉTICO AOS ANIMAIS?

 

 

Galvão distingue entre o contratualismo de Rawls (Baltimore, 21 de Fevereiro de 1921- Lexington, 24 de Novembro de 2002) e o contratualismo de Thomas Scanlon (28 de Junho de 1940, catedrático na universidade de Berkeley) e escreve:

«Em suma, ao passo que os agentes rawlsianos serão indiferentes aos interesses dos animais, os agentes scanlonianos, ainda que possam importar-se com esses interesses, não poderão apelar à sua preocupação para rejeitar um código moral que os ignore. Num enquadramento contratualista, a perspectiva de que os animais têm estatuto moral não encontra o menor apoio. À luz de qualquer versão defensável de contratualismo, como Carruthers (1992: 107-108, 159-160) sublinha, não há razões para reprovar práticas como a criação intensiva de animais ou o seu uso em laboratórios, mesmo para fins triviais.»

(Pedro Galvão, , «Será o Contratualismo reconciliável com o Consequencialismo?»  in Compêndio em Linha de Problemas de Filosofia Analítica, de João Branquinho e Ricardo Santos, pag 631, texto transcrito do Compêndio em 3 de Agosto de 2015;o destaque a negrito é posto por mim). 

 

Dizer, como Galvão diz, que o contratualismo, seja em que versão for, é incapaz de reconhecer estatuto moral aos animais e portanto, de os defender convenientemente, é um erro crasso. Porque contratualismo - doutrina segundo a qual a verdade ou o critério da acção repousa num contrato entre seres humanos - é  um conceito sociológico e animalismo - doutrina segundo a qual os animais «irracionais» têm direitos iguais ou mesmo superiores aos seres humanos - é um conceito ético-ideológico. Trata-se de espécies de géneros diferentes, que não se opõem de forma excluente entre si e que podem coexistir na mesma pessoa ou na mesma corrente de pensamento. Os budistas,são, em regra, contratualistas - contratualizam, por exemplo, venerar as estátuas de Buda e não implementar matadouros - e animalistas, defensores de que não se deve matar animais nem comer a sua carne.

 

Em resumo: há consequencialistas (pragmáticos) que são contratualistas e há consequencialistas que não o são, e estes últimos são os egoístas individualistas, grande parte dos anarquistas, etc. E em ambas as sensibilidades «consequencialistas» há quem defenda os direitos dos animais (animalismo ético)  e há quem não defenda estes (especismo antropocêntrico ou teoria que postula o direito de o homem matar, comer, prender ou maltratar animais «irracionais»). Há, pois, vários géneros que se intersectam e combinam entre si: consequencialismo/pragmatismo, contratualismo, animalismo ético

 

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