Paulo Barriga (Beja, 31 de Julho de 1968), excelente historiador e jornalista , refere que o reputado arqueólogo Cláudio Torres (Tondela, 1939), do campo arqueológico de Mértola, identifica a mítica Atlântida de que Platão falava com o sul da Península Ibérica:
«O problema de todas estas teorias mais espiritualistas acaba por ser invariavelmente a carência da mais essencial das provas : a localização do território que Cláudio Torres não duvida situar-se numa área que corresponde às actuais regiões da Andaluzia, Alentejo e Algarve.»(...)
«Cláudio Torres, acreditando que «os mitos são sempre necessários e não fazem mal a ninguém» coloca vários «mas» sobre o assunto. A visão da «grande ilha», narrada pelos navegadores da Antiguidade, era afinal uma Península. A Península Ibérica, acredita.»(...)
«Quanto à importância mineira do Sudoeste peninsular, cujo segmento português está a ser cartografado pelo geólogo Tomás de Oliveira, as investigações de campo desenvolvidas por Cláudio Torres indicam que na zona de Tartessos "existia uma grande exploração de ouro à superfície , que realmente confirma todos os velhos mitos. Nas civilizações do Oriente sabia-se que aqui os rios escorriam ouro e o curioso é que, de certa forma, era verdade.»
(Paulo Barriga, Terra Vermelha, crença e insubmissão no Alentejo do século XX, Editora Guerra e Paz, 2008, páginas 97-98).
João Bereslavsky, o profeta dos cátaros do século XXI, de 71 anos de idade, considera os cavaleiros templários na Idade Média como forças do bem, aliados da igreja cátara vítima da repressão brutal por parte da igreja católica romana. David Icke (29 de Abril de 1952), ao invés, considera os templários como forças do mal, grandes banqueiros europeus na alta Idade Média, membros da reptiliana Irmandade Babilónica.
Escreve João Bereslavsky, separando dos templários a figura de Elohim, o deus do Antigo Testamento ou Lúcifer disfarçado:
«Os templários não renunciaram a Cristo, mas adoravam o verdadeiro Cristo. Professavam a fé em outro Cristo - o que chegou não para ir a favor mas contra a tirania de Elohim - e em outra igreja, a antielohímica. Nos seus corações soava o grande desafio de Jacques de Molay contra a aliança do papa e governadores laicos.»
(Juan de San Grial, «El 700 Evangelios Originales, Associaciò per l´estudi de la cultura càtar, 2012, pág.246; o negrito é colocado por nós).
David Icke, o maior historiador arqueólogo da actualidade, escreveu sobre os templários cuja simbologia está presente na City of London, o centro financeiro e conspirativo que dirige a política mundial:
«Os cavaleiros templários utilizaram nos seus rituais o símbolo da caveira e dos ossos durante novecentos anos e nesse símbolo também se inspirou o nome e o logotipo da Sociedade Caveira e Ossos que está estreitamente relacionada com a família Bush. (...)
«O emblema da City são dois reptéis voadores que sustentam o escudo dos cavaleiros templários.»
«Apesar da sua riqueza, os templários estavam isentos de pagar impostos. Tinham os seus próprios tribunais e tinham domínio sobre os monarcas, as pessoas de influencia, as empresas e os países (igual a hoje). O seu método, igual a, posteriormente, o dos Rothschild, consistia em colocar o seu objectivo em uma posição de dependência, normalmente mediante chantagem e endividamento.»
(David Icke, La conspiración mundial y como acabar con ella, Ediciones Obelisco, Barcelona, pp 268-270; o bold é colocado por nós).
Icke que sustenta que os fenícios, os escandinavos, os irlandeses, os galeses os bretões, os portugueses já tinham descoberto a América muito antes de Cristovão Colombo em 1492, e que os evangelhos cristãos foram inventados e escritos pela família romana Piso, escreveu ainda:
«Depois da purga de 1307, muitos templários abandonaram a França, em direção à Escócia, como vimos. Sem embargo, outros dirigiram-se a Portugal, onde actuaram com outro nome, os cavaleiros de Cristo, centrados principalmente em actividades marítimas. O grão mestre mais famoso dos cavaleiros foi o príncipe Henrique o Navegador (outro príncipe Henrique) que viveu entre 1394 e 1460. O termo "navegante" ou "nautonnier" utilizavam-no os cavaleiros templários e o Priorado de Sião para denotar um grão mestre e, por conseguinte, não é de estranhar que este frente templária, os cavaleiros de Cristo, o adoptasse. O príncipe Henrique era um explorador marítimo de sangue real (reptiliano) e foram os seus marinheiros que "descobriram" Madeira e Açores, dois possíveis restos da Atlântida. Dadas as suas relações com o conhecimento secreto da Irmandade, tinha acesso a muitos mapas traçados nas viagens dos fenícios e outros, entre eles os que cartografaram a existência do continente americano. Só vinte anos depois de Colombo zarpar rumo à América, desculpem, "à Índia", o almirante turco otomano Piri Reis traçou um mapa da Antártida trezentos anos anos antes que este continente fosse descoberto oficialmente! As técnicas modernas corroboraram a precisão do seu mapa! Como pôde fazê-lo? Disse que desenhou o mapa baseando-se nos anteriores, nas mesmas fontes que tiveram à sua disposição o príncipe Henrique o Navegador e os cavaleiros de Cristo ou cavaleiros templários. Este assunto torna-se sumamente relevante quando descobrimos que um dos capitães do príncipe Henrique e cavaleiro de Cristo era o sogro de...Cristovão Colombo. Este tipo não estava buscando a Índia. Soube para onde se dirigia durante o tempo inteiro»(...)
«Colombo era um membro de um grupo que se inspirou nas crenças do poeta Dante, um cátaro e templário muito activo, e a bandeira que Colombo içou nas suas embarcações nessa viagem à América era a...da cruz vermelha sobre o fundo branco. Dois altos iniciados da rede da Irmandade Babilónica deram um apoio crucial a Colombo: Lorenzo de Médicis, de uma das famílias mais poderosas de Veneza, e o artista Leonardo da Vinci, um grão mestre do Priorado de Sião, a sociedade secreta da linhagem merovíngia (Ramsés-Piso-Bush). Foram eles quem também promoveu a terrível Inquisição espanhola que começou em 1478 e não foi abolida até 1834. Isso significa, como terás notado, que a MESMA linhagem que escreveu os Evangelhos (Piso) formou a estrutura da religião cristã baseada em essas histórias (Constantino), patrocinou a tradução da Bíblia que se converteu na principal versão até à actualidade (rei Jacobo I de Inglaterra e Escócia) e criou a Inquisição espanhola que se opunha a qualquer um que desafiasse a versão cristã de Deus, a vida e a história (Fernando e Isabel).»
(David Icke, El mayor secreto, el libro que cambiará el mundo, Ediciones Obelisco, Barcelona, 2014, pp 256-257; o bold é colocado por nós).
Assim, o infante Dom Henrique era membro da Irmandade Babilónica, que englobava os templários, a nobreza Negra de Veneza e Génova, e as diversas monarquias reptilianas, que, através da colonização, iniciavam o processo de globalização conducente à Nova Ordem Mundial. Esta descrição histórica que David Icke nos faz é profunda e suplanta de longe a dos historiadores universitários como José Mattoso, João Medina, Damião Peres, António Borges Coelho, Borges de Macedo, António Reis, José Hermano Saraiva e outros que evitam revelar as conexões das sociedades secretas que vertebram o curso da história.
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Os cátaros do século XXI admitem a existência de um inferno tártaro, extraterrestre ou intraterrestre, onde jazerão aprisionadas almas que não quiseram e não querem despertar os 144 castelos interiores de bondade e sabedoria existentes em cada ser humano nas suas vidas terrestres. De acordo com a gnose cátara, o ser humano é divino (teohumanidade) é um espírito celeste aprisionado num corpo material alterado por Elohim (o remodelado de adaptação): foi Lúcifer quem modelou o actual corpo adâmico do homo sapiens, a partir do barro. O homem actual é um descendente degenerado da humanidade da Atlântida e da Hiperbórea de que falam os mitos ancestrais.
O teólogo cátaro João do Santo Graal (João Bereslavsky, nascido em 1946) afirma que quanto mais o homem cai no pecadocentrismo, insistindo na sua culpa, segundo os ritos das igrejas romana e bizantina, mais preso fica de Lúcifer no inferno. Nas comunicações que a Divindade teria feito a este místico haveria a seguinte:
«Os fariseus mentem ao afirmar que aos pecadores lhes esperam torturas eternas. A verdade é a seguinte: desde a Terra é fácil regressar ao céu no caso de haver arrependimento e uma visão clara dos seus mistérios (das armadilhas do príncipe de este mundo) e muitas almas voltam às suas moradas celestiais. Mas o caminho de volta é quase impossível depois da estada no inframundo das seitas do tártaro, esses templitos guardados pelo cão Cerbero de três cabeças e com serpentes venenosas que se enroscam à sua volta.»
«Ajudai as vítimas do inferno que habitam nos templos cristãos de ultratumba, semelhantes aos Abraãos, Moisés e Noés do Antigo Testamento que estiveram no Sheol! Ajudai-os a recuperar a visão espiritual! Hoje em dia não rezeis pelos defuntos ,mas pelos que estão atolados na terceira armadilha, a armadilha de Lúcifer. Sair desta, meu filho, é mais difícil do que sair da armadilha terrena; é quase impossível.»
«Milhões de almas são arrastadas às esferas do tártaro astral. A missa de defuntos apaga-lhes para sempre a memória mística da sua origem divina e submerge-as numa constante recordação dos seus pecados, para conveniência do maligno que, durante o modelado ilegítimo lhes introduziu o princípio pecaminoso.»
«Quanto mais medita o homem sobre os seus pecados, mais cresce a árvore do vício (o que também convém ao nosso inimigo, filho meu). Quanto mais busca o arrependimento infrutuoso nos limites das antigas instituições, mais se alimenta da maldita árvore e se perde definitivamente.»
«Segundo foi revelado aos discípulos do Grande Cálice, aqueles hebreus que cumpriam as leis de Moisés ficavam no Sheol. Não podiam regressar ao céu porque professavam a fé no amo do tártaro fúnebre, Lúcifer. O destino póstumo dos cristãos é parecido a este e inclusivamente mais terrível».
(Juan de San Grial, « Rosa de los Serafitas, Evangelio cátaro bogomilo», Associaciò per l´estudi de la cultura càtar, 2015, pp. 257-258; o destaque a negrito é posto por nós).
E nesta passagem parece aplicar-se a lei do pensamento negativo («Se pensas que vais fracassar, fracassarás mesmo, se pensas que há inferno eterno este plasma-se, de inexistente que era, no real») o que sugere que o inferno poderia ser uma co-criação do Diabo e da alma que desespera dos seus pecados:
«No inferno tártaro, não há nenhuma esperança de salvação. Quanto mais se sume a alma na visão dos seus pecados, mais profundamente é consciente da sua incorrigibilidade e dá desesperadamente o seu consentimento para os sofrimentos eternos, que é precisamente o que quer o Diabo! Os seus planos perseguem levar as almas, depois de as ter arrastado do céu à Terra na sua primeira tentação, aos seus templitos e logo enviá-las às torturas eternas nos seus campos de concentração incorrigíveis do arrependimento do pecado.» (ibid, pág 259; o negrito é de nossa lavra).
Assim, segundo João do Santo Graal, a teologia católica e ortodoxa, pessimista e pecadocentrista faria o jogo de Lúcifer gerando um inferno que é real e irreal, psicológico, uma vez que a mente do cristão que morre se automortifica e alimenta esse inferno pois não vê que o verdadeiro Deus é Amor e não envia ninguém ao Inferno. É racional que o Inferno, se existe, não seja eterno e que as almas possam sair dele.
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
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