O movimento político-religioso dos cátaros, cristãos dualistas pacíficos que sustentavam, na linha do maniqueísmo e do bogomilismo, na Idade Média, que o mundo terreno material tinha sido feito por Lúcifer que tinha a sua coroa no papa da igreja católica romana e na servidão feudal, espalhou-se do Languedoc e da Provença, no Sudeste de França, ao norte de Itália e à Catalunha na Alta Idade Média. Os cátaros que adoravam o Deus da Luz, o Pai do Puro Amor, e igualavam a mulher ao homem, foram massacrados pela cruzada do papa e da inquisição de 1209 a 1244 e as suas terras roubadas pela igreja de Roma e vassalos. Segundo a teologia neocátara actual, a Virgem Santíssima, através da já falecida Santa Eufrosínia, freira russa expulsa pela igreja ortodoxa dos fariseus do século XX, teria chegar as seguintes mensagens ao místico Juan de San Grial, patriarca da igreja cátara no século XXI que acentuam a importância do jejum:
«Os sacerdotes cristãos ensinam os livros santos mas não mantêm o jejum! Tais mestres não valem nada! Sem livros santos, mas ...colocando zelo santo no jejum, é possível transformar-se, mas sem jejum a pessoa não avançará nem um passo.»
«Só alguns poucos santos justos, guiados pelo Espírito Santo, como Padre Pío, não só jejuavam como durante semanas não comiam absolutamente nada de comida e alimentavam-se do Espírito Santo.» (...)
«O jejum é uma das doze portas do Espírito Santo Divinizador que abre o nosso Altíssimo junto à da Palavra da Revelação, à do saltério, à da oração, à das abluções e outras. E a quem desdenha esta portas se vão fechando outras pouco a pouco.»
«Do jejum procede a santa pureza, a unção virginal, o rosto do amiel (mensageiro do Céu) e a alegria dos habitantes do céu.»
«Pedi ao Altíssimo o dom de jejuar como um dom de fé - e Ele vo-lo enviará segundo os santos da Igreja solovkiana, a mártir dos tempos do Gulag vermelho.» (...)
«A primeira tentação dos que venceram a luxúria está no ventre, a gula. Sem jejum, também a vitória sobre a fornicação se considera como nada. Hoje em dia elohím (NOTA NOSSA: Deus dos católicos e judeus) aperfeiçoou-se em milhares de falsificações químicas. O que come a gente! Veneno e imundície! As serpentes e os dragões vivem neles.» (...)
«Não um mas dezenas de Belzebús estão nos vossos ventres e tranquilamente tecem os seus ninhos hediondos. Pois com isto, que valor têm as vossas orações e glorificações ao Altíssimo? Pode, acaso, o paladino que deu consentimento de ser cova ambulante de belzebú lograr as alturas puríssimas dos habitantes celestiais? Assim como é incompatível, segundo as palavras de Cristo, o serviço ao Altíssimo e ao Seu inimigo (elohim), igualmente é impossível servir a dois senhores em simultâneo, ao Altíssimo e ao ventre». (...)
«O mundo cristão morre por falta de jejum. Elohim e os seus cúmplices introduziram na igreja o comer à farta como regra - o espírito de este mundo. Os cristãos comem carne.
«Que ninguém tenha ilusões - Lúcia de Fátima leva mais de 20 anos encarcerada com o mais austero jejum à base de pão e água e os amieles, servidores celestes, alimentam-na.» (...)
«O Pai Celestial mandou-te tantos dons do Espírito Santo Divinizador! E tu entrega-lhe em resposta o teu pequeno sacrifício, um jejum.»
(Juan de San Grial, «Madre Eufrosinia. la guia del nuevo catarismo», Associaciò per l´estudì de la cultur catàr, 2012, pp. 504-510; o destaque a negrito é posto por nós).
Assim, segundo a teologia neocátara, os sacerdotes, bispos e fiéis das igrejas católica romana, ortodoxa e protestante não irão ao Paraíso porque não praticam o jejum semanal e estão presos dos Diabos da gula que albergam nos seus ventres.
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
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