Luís Garagalza, catedrático de filosofia da Universidade de Deusto, Bilbao, Euskal Herria, escreveu:
«Ainda que a palavra humanismo fosse cunhada no século XIX na Alemanha, costuma-se aplicar retrospectivamente ao movimento filosófico-cultural surgido em Itália em finais do século XIV em oposição à metafísica aristotélica oficial da Escolástica. "Humanista dizia-se então não tanto daquele que se preocupava com os valores humanos e o bem-estar da humanidade como do que se dedicava ao cultivo da humanitas ( a qual ficava simbolicamente representada pela deusa Vénus), quer dizer, ao estudo (com um interesse mais pessoal que meramente profissional) da língua, da história e a literatura dos antigos (em particular de Cícero, Tito Lívio, Tácito, Plauto, Terencio, Virgílio. Ovídio, Lucrecio). Podia dizer-se pese a que não há um sistema unitário comum a todos os humanistas ( desde Petrarca ou Nicolau de Cusa a Marsilio Ficino, Pico de La Mirandola, Erasmo, Montaigne ou Vico) que o humanismo se caracteriza por uma deslocação simbólica do centro de interesses do Céu à Terra.»
in Luís Garagalza e outros, Diccionario de Hermenéutica, Universidade de Deusto, Bilbao, página 228
Livraria online de Filosofia e Astrologia Histórica