Só se ama as pessoas que manifestam poder: beleza e juventude são poder, propriedades rústicas e urbanas são poder, cargos políticos ou empresariais bem remunerados são poder, conhecimento científico é poder, pintura, escultura e dança de alta qualidade são poder, muitas amizades e lealdades são poder, grandes contas bancárias são poder.
Paulo Coelho (Rio de Janeiro, 24 de Agosto de 1947), escritor e filósofo, exalta o valor da solidão, que, como se sabe é um pau de dois bicos. Escreve:
«Sem a solidão, o Amor não permanecerá muito tempo a seu lado.
«Porque também o Amor precisa de repouso, para que possa viajar pelos céus e manifestar-se de outras formas.»
«Sem a solidão, não há planta ou animal que sobrevivam, não há terra que seja produtiva por muito tempo, não há criança que aprenda sobre a vida, não há artista que consiga criar, não há trabalho que consiga crescer e transformar-se. »
«A solidão não é a ausência do Amor, mas o seu complemento».
«A solidão não é a ausência de companhia mas o momento em que a nossa alma tem a liberdade de conversar connosco e de nos ajudar a decidir sobre as nossas vidas.»
«Portanto, abençoados aqueles que não temem a solidão. Que não se assustam com a própria companhia, que não ficam desesperados em busca de algo para se ocupar, divertir ou julgar».
(Paulo Coelho, Manuscrito encontrado em Accra, editora Pergaminho, página 37).
A solidão representa a individualidade mas não é mais importante do que a companhia, o amor dos outros e pelos outros, a interação social. Como não hão-de temer a solidão os idosos, os inválidos, os sem trabalho, os caluniados no bairro, no emprego ou na internet, os presos, os traídos, as crianças e jovens indefesas em ruas ou zonas perigosas? Há uma solidão doentia, anti social, que impregna os criminosos e não só, e uma solidão saudável, dissidente do «totalitarismo social». A solidão tem múltiplas facetas. Cada caso é um caso.
Todo o amor se baseia no interesse: interesse pela beleza física ou pela vivacidade intelectual de uma pessoa, interesse pela manutenção dos familiares aos quais se ajuda ou pelos quais se é ajudado, interesse pela posição social da pessoa amada, pelo seu prestígio e estatuto. O amor desinteressado é uma ficção: mesmo que se perca dinheiro, ganha-se noutros campos. Mesmo o amor a Deus se baseia no interesse em salvar a alma ou obter benefícios terrenos.
A mística católica implica crer na existência de Paraíso, Purgatório e Inferno, os três lugares reservados às almas no momento da morte e, ao contrário da lei do karma, admite conversões, arrependimentos radicais, no momento da morte que apagam os pecados Analisemos o diálogo de uma freira com a mística austríaca Maria Simma já falecida.
Irmã Emanuel, freira: «Qual é o papel da contrição ou do arrependimento no momento da morte?»
Maria Simma: «A contrição é muito importante! Os pecados são remidos em todos os casos, mas restam as consequências do pecado. Se quisermos obter uma indulgência plenária no momento da morte, o que quer dizer ir directamente para o Céu, é preciso que a alma esteja livre de todo o apego ao pecado.»
Darei seguidamente um testemunho significativo contado por Maria. Tinham-lhe pedido para se informar sobre uma mulher cujos parentes a julgavam condenada porque tinha tido uma vida muito irregular. Foi vítima de um acidente: caiu do comboio que a matou. Uma alma veio ter com Maria e disse-lhe que essa mulher foi salva do Inferno porque, no momento da morte, disse a Deus: «Tendes razão de me tirar a vida pois assim não mais vos poderei ofender.» E isto apagou todos os seus pecados. Este facto mostra que um só acto de humildade e de arrependimento no momento da morte pode salvar-nos. Isto não significa que não tenha ido para o Purgatório, mas impediu que caísse no Inferno, o que teria merecido pela sua impiedade.»
(Irmã Emmanuel e Maria Simma, O impressionante Segredo das Almas do Purgatório, Cidade do Imaculado Coração de Maria, págs 36-37).
Nota- O autor deste blog está disponível para ir a escolas e universidades dar conferências filosóficas ou participar em debates.
O Chi é a energia luminosa e positiva que circula em curvas e contracurvas dentro e fora das casas e cidades, e o Shar ou Cha é a energia negativa, desagradável, composta de «flechas» rectilíneas segundo o Feng Shui. Escreve Richard Craze:
«Se o Chi flui depressa demais pela sua casa, causará subversão e sentimentos de cólera; se é demasiado lento estagna, originando letargia e depressão. O Chi gosta de fluir suavemente por espaços livres, e se a sua casa estiver cheia de tralha e de zonas desarrumadas, ficará confuso e desconcentrado. O Chi gosta de harmonia e beleza, de limpeza e de equilíbrio». (Richard Craze, Vida Nova Feng Shui, a arte chinesa de viver em harmonia com o que nos rodeia, Editorial Estampa, pág.26).
«. Se a sua casa estiver voltada para um cemitério ou fábrica, um pequeno espelho posicionado para refletir o shar melhora o Chi que entra no seu lar. Todas as zonas e cantos escuros da casa podem ser animados com bons candeeiros mas não devem ver-se lâmpadas.» (ibid, pág 27).
Para os místicos do catolicismo, o carnaval é uma festa do Diabo, o emergir de instintos demoníacos, baixos, que se opõem à pureza, à castidade e à espiritualidade cristã em geral. A freira polaca Santa Faustina Kowalska, mística, escreveu no seu diário em 28 de Fevereiro de 1938, segunda feira de carnaval:
«Últimos dois dias de carnaval. Os meus sofrimentos físicos aumentaram. Procurei unir-me estreitamente com o Salvador padecente, suplicando-lhe Misericórdia para o mundo inteiro que enlouquece em tanta maldade. Durante todo o dia senti a dor da coroa de espinhos. Quando me deitei nem podia encostar a cabeça no travesseiro; às dez horas, porém, desapareceram as dores e adormeci, sentindo contudo, no dia seguinte, um grande esgotamento.»
(Diário, de Santa Faustina Kowalska, Edição dos Marianos da Imaculada Conceição, Fátima, pág 439).
O catolicismo místico exalta o valor da aceitação do sofrimento e o valor da oração permanente a Jesus e à Virgem Maria , por isso, opõe-se ao Feng Shui chinês, que busca a felicidade terrena, o dinheiro, a boa casa, o bom automóvel, o bom sexo físico, a harmonia familiar, a prosperidade em geral, venerando e usando as energias dos animais sagrados ligados a pontos cardeais: o Dragão Verde (Este), a Fénix Vermelha (Sul), o Tigre Branco (Oeste) e a Tartaruga Negra (Norte).
Em 13 de Agosto de 1936, com o Nodo Norte da Lua em 2º 40´/ 2º 39´ de Capricónio, a freira polaca Faustina Kowalska sente-se tentada por um espírito maligno e escreve: «Durante todo o dia fui atormentada por terríveis tentações, blasfémias que me vinham à boca, aversão a tudo o que era santo e divino. Contudo, lutei o dia inteiro e à noite começou a apoderar-se de mim esta ideia fixa: Para quê falar disto ao confessor? Ele até vai rir-se.» (Diário, de Santa Faustina Kowalska, Edição dos Marianos da Imaculada Conceição, Fátima, pág 210).
Em 6 de Janeiro de 1938, com Mercúrio em 0º 29´de Capricórnio a 29º 57´de Sagitário, Santa Faustina reza pelos pecadores, sente o espírito maligno e escreve: «Apareceu-me sob a forma de um espectro e este espectro disse-me: «Não rezes pelos pecadores, mas ora por ti mesma, pois serás condenada». Não dando a mínima atenção a Satã, foi com redobrado fervor que continuei a rezar pelos pecadores. O espírito maligno uivou de raiva: Oh, se eu tivesse poder sobre ti!- e desapareceu. Vi que a minha mortificação e oração enfraqueciam Satã e haviam arrancado muitas almas às suas garras.»
(Diário, de Santa Faustina Kowalska, Edição dos Marianos da Imaculada Conceição, Fátima, pág 394).
Estarão os fenómenos místicos - puras fantasias, para o grosso dos professores de filosofia - sujeitos a certas áreas do Zodíaco activadas por planetas ou um Nodo da Lua, neste caso a área 0º-2º do signo de Capricórnio?
Lillian Too, nascida na Malásia, grande especialista em Feng Shui - à letra vento-água, ou seja, arte e filosofia chinesa de utilizar as direções geográficas, as cores, a disposição das casas e ruas de modo a propiciar boas energias na vida das pessoas- entende que roupa esburacada dá azar. É a lei da analogia: buracos na roupa geram buracos na carteira ou nas relações sociais, na conta bancária ou na habitação. Escreveu:
«Uma das piores coisas que se podem fazer o nosso feng shui é usar roupas sujas e amachucadas. Vestir-se com jeans cheios de buracos ou adoptar o estilo de roupa desbotada pode fazer com que se pareça com a geração mais nova mas os chineses antiquados como eu não olharão de todo com bons olhos este tipo de vestuário. Porquê? Simplesmente porque dá imenso azar. Vista-se como uma pessoa arruinada - e brevemente se transformará nisso mesmo!»
«Vestir-se assim atrai a pobreza e vibrações do azar, que frequentemente se traduzem no tipo mais grave de infortúnio». (...)
«Mas os mestres do feng shui também me avisaram para não pendurar vestuário e outras peças de roupa na corda depois de escurecer. Mas as suas razões são mais convincentes. Explicam este tabu em termos de as roupas absorverem as excessivas energias yin da noite. O mesmo se aplica aos lençóis e cobertores».
Yin na cosmologia taoísta significa escuridão, lua, frio, negro, azul escuro, inverno, feminilidade, baixo, e Yang significa luz, sol, calor, vermelho, laranja, branco, verão, masculinidade, alto.
(Lillian Too, Guia prático Feng Shui, 168 formas para alcançar o sucesso, Didática Editora, pág. 103).
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