Eis um teste sem perguntas de escolha múltipla, simplistas, em tempos de suposta pandemia muito útil à indústria das vacinas e ao poder global.
Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia , Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 11º ANO TURMA C
26 de Fevereiro de 2021. Professor: Francisco Queiroz
I
“A concepção de ciência em Karl Popper, em particular os seus conceitos de verificação, corroboração e critério de demarcação, não coincidem por completo com a teoria da incomensurabilidade de paradigmas de Thomas Kuhn. Gaston Bachelard afirmou que em ciência «Nada é natural. Nada é dado. Tudo é construído» o que implica haver obstáculos epistemológicos..
1) Explique estes pensamentos.
2) Relacione, justificando
A) A lei do salto qualitativo e as revoluções científicas na teoria de Kuhn.
B) Facto bruto, facto científico e racionalidade.
C) Positivismo lógico do Círculo de Viena, Indução e Enunciados Metafísicos
D) Anarquismo epistemológico e inteligência do homo sapiens inventor dos mitos segundo Paul Feyerabend..
E) A observação e outras fases do método hipotético dedutivo e a observação segundo Popper.
F) Lei dialética da contradição principal e princípio do terceiro excluído.
CORREÇÃO DO TESTE COM A COTAÇÃO MÁXIMA DE 20 VALORES
1) Karl Popper afastou-se do circulo de Viena, uma vez que adotou em parte a linha de pensamento de David Hume, duvidando da indução amplificante. O método que perfilha Popper é o das conjeturas e refutações, método falsificacionista. Para Popper é impossível verificar as teses de uma ciência, excepto a matemática, uma vez que isso implicaria que observássemos milhares de milhões de exemplos e deste modo só é possível a corroboração – confirmação de alguns exemplos através da testabilidade, ou seja, realização de testes experimentais. Segundo Popper nós aproximamo-nos da verdade mas nunca a alcançamos e entra aqui a questão do dogmatismo/ceticismo: Popper é dogmático em acto e cético em potência ou é sempre céptico, conforme as leituras Aceita como cientificas provisoriamente as teses que resistam a tentativas de refutação e falsificação feitas pelos testes experimentais e pela discussão teórica racional. O critério da demarcação em Popper é a diferenciação. Kuhn não tem uma preferência, ao contrário de Popper que consegue meter-se do lado de uma ciência, uma vez que não acredita nas que designa como pseudo-ciências(astrologia, benzeduras, cura pela argila, cura pelos cristais, xamanismo, etc). Incomensurabilidade dos paradigmas é a impossibilidade de comparar o valor de paradigmas (modelos científicos) opostos. Deste modo não podemos saber se a conceção da Terra esférica é superior em valor à conceção da Terra plana, ainda que algumas pessoas possam dizer que a primeira é a mais correta porque assenta em fotografias tiradas do espaço e a segunda é errónea. Popper mete-se do lado do paradigma que acha mais certo. (VALEQUATRO VALORES).
Bachelard sustenta que na ciência nada é dado porque tudo ou quase tudo é construção racional, exemplo: a teoria do espaço-tempo de Einstein, em que mostra que o espaço fica mais curvo na proximidade de grandes massas não nos é transmitida pelos orgãos dos sentidos, mas sim pensada na razão. O obstáculo epistemológico em Bachelard é todo o entrave ao conhecimento científico: a primeira impressão, a experiênciainicial, o realismo natural, o preconceito do senso comum, a falta de tecnologia apropriada (exemplo: a falta de microscópios, reagentes químicos, bússolas, aparelhos de refrigeração,etc.) e o preconceito racial ou religioso.(VALE DOIS VALORES)
2-A) A lei do salto qualitativo é uma acumulação lenta, em quantidade, por um fenómeno que conduz de repente a um salto brusco, por exemplo: aquecemos a água numa panela e ela lentamente vai aumentando os graus até atingir os 100 graus em que ocorre este salto bruscoe a água entra em estado de vapor. Em Kuhn quando há uma nudança de paradigma, ou seja, quando um paradigma é substituído por outro dá-se um salto qualitativo, brusco, fruto de uma acumulação gradual de anomalias no paradigma normal, isto é, na ciência dominante (ex: o geocentrismo na Idade Média) . anomalias que são apontadas e fazem crescer a ciência extraordinária ou paradigma marginalizado (ex: o heliocentrismo na Idade Média) que virá a tornar-se ciência normal (ex: o heliocentrismo no século XVII com Galileu). Chama-se revolução científica porque os paradigmas são inconciliáveis entre si e um abole o outro (VALE DOIS VALORES).
2-B) O facto bruto é aquele que os orgãos dos sentidos nos oferecem, com carácter ilusório: o mármore é frio, a lã é quente, o céu diurno é azul, etc. O facto científico é a interpretação racional dos dados dos sentidos mediante a racionalidade, isto é, a ordem lógica no pensamento, a análise e síntese do quadro perceptivo e da idealidade: o mármore não é frio simplesmente é bom condutor de calor e retira electrões ao corpo humano que a ele se encosta, a lã não é quente mas é má condutora de calor e não deixa sair este do corpo que reveste, o céu diurno é negro mas parece azul devido à luz solar ao entrar na atmosfera se dispersar, etc. (VALE DOIS VALORES).
2-C) O positivismo lógico nascido em 1929 em Viena reduzia a verdade aos factos da experiência ou factos positivos e às suas relações lógicas. Postula a indução amplificante, isto é, a generalização de alguns exemplos empíricos segundo uma lei necessária, É uma corrente antimetafísica: diz que os enunciados metafísicos tipo «Deus existe, o Diabo existe», «A alma sobrevive no Além» são enunciados sem sentido, porque não podem verificar-se. (VALE DOIS VALORES)
2-D) O anarquismo epistemológico de Feyerabend é a teoria que nivela completamente as ciências universitárias com as ciências tradicionais (medicina espagírica, astrologia, numerologia, arquitectura sagrada, etc.) e práticas empíricas tradicionais (dança da chuva, benzeduras, orações). O anarquismo é contra as hierarquias, os chefes, a própria universidade considerada como cúpula do saber com as suas cátedras e doutoramentos, defende a autogestão generalizada, as fábricas e bairros dirigidos por assembleias de operários e moradores. Feyerabend não era anarquista no sentido político era-o no sentido epistémico, dizia que a universidade é dominada por homens maus, ligados a interesses carreiristas servindo a grande indústria, e deve ser aberta à astrologia, às medicinas alternativas, etc. E sustentava que os cientistas de hoje são menos inteligentes que o homo sapiens dos mitos antigos porque se especializaram e perderam a noção do todo, a visão holistica. Os homens antigos descobriram o fogo, a rotação das culturas, o poder curativo das plantas e inventaram os mitos - a psicanálise bebeu o complexo de Édipo no mito de Édipo, os ecologistas inspiram-se na filosofia da natureza viva, de Gea, da idade da pedra - e os cientistas limitaram-se a copiar e muitas vezes mal - o fumo poluidor dos automóveis e da indústria, a energia nuclear - os homens do mito. Feyerabend advoga a adoção de métodos ad hoc, improvisados para situações inesperados. Exemplo: um doente de cancro no intestino, desenganado da medicina artificial, começa a tomar argila diluída em água e a jejuar, o que sai fora da ortodoxia médica. (VALE TRÊS VALORES).
2-E) O método experimental divide-se em 4 fases: a observação ; a hipótese matematizada ou não; a dedução da hipótese; a verificação experimental que valida ou não a hipótese. Karl Popper apoiando condicionalmente este método negava que a observação neutra fosse a fase inicial porque toda a observação está impregnada de ideologia, de teoria, da subjectividade do cientista. Assim por exemplo quando observar o céu nocturno onde em 10 de Março de 2021 se verificará a conjunção entre a Lua e Júpiter, pensarei, como especialista de astronomia-astrologia, que ela se dá no grau 18 do signo de Aquário (grau 318 de longitude na eclíptica) mas as pessoas a meu lado observarão o mesmo fenómeno sem o interpretar como eu. (VALE DOIS VALORES).
2-F) A lei da contrariedade principal estabelece dois pólos: um sistema de múltiplas contrariedades é susceptível de ser reduzido a uma só grande contrariedade (dita, com imprecisão: contradição principal) agrupando num dos polos algumas contrariedades (exemplo: a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini, o Japão de Hirohito, em 1941-1944) e no outro polo quase todas as outras (ex: a França livre do maquis, a Grã-Bretanha, os EUA, o Canadá, o Brasil, etc) havendo uma zona intermédia neutra (Portugal de Salazar, Espanha de Franco, etc.). O princípio do terceiro excluído estabelece a contradição, isto é, dois polos sem intermédio: uma coisa ou ideia é do grupo A ou do grupo não A, não havendo a terceira hipótese (exemplo: qualquer coisa do mundo ou é peixe ou não peixe e neste último grupo cabem os sobreiros, as planícies, os cães, os seres humanos, os computadores, etc.). Ambos, a lei dialética e o princípio, se fundam na dualidade. (VALE TRÊS VALORES).
NOTA- Compra o nosso livro «Astrologia Histórica» já esgotado nas livrarias. Preço: 24 euros. Os professores de filosofia são incompletos, ignorantes numa matéria fundamental, a do determinismo versus livre-arbítrio, se não dominarem a astrologia histórico-social.
Encontram-se à venda na livraria «Modo de Ler», Praça Guilherme Gomes Fernandes, centro da cidade do Porto, as nossas 0bras:
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Astrologia Histórica, a nova teoria dos graus e minutos homólogos,de Francisco Limpo Queiroz,
Astrología y guerra civil de España de 1936-1939, de Francisco Limpo Queiroz
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Nota- O autor deste blog está disponível para ir a escolas e universidades dar conferências filosóficas ou participar em debates.
© (Copyright to Francisco Limpo de Faria Queiroz)
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Os filósofos da moda como Simon Blackburn e John Searle são parcialmente impensantes. Sustentam um conceito de libertismo que é o seguinte: libertismo é um livre-arbítrio pleno no ser humano, que não leva em conta o determinismo das leis biofísicas, ao contrário do livre-arbítrio existente no determinismo moderado, que é condicionado pelas leis físico-sociais (saúde e doença, situação económica de emprego ou desemprego, condições de habitação, situação familiar, regime político existente no país, crença ou descrença religiosa, etc.).
Um exemplo de libertismo seria o de um homem que, sem temer e sem levar em conta as consequências, se atirasse de repente do alto de uma falésia para a morte ou, por impulso, se despisse integralmente numa praça cheia de gente gritando «Sou livre». Mas estas atitudes, ao contrário do que supõem os professores de filosofia, não assentam no livre-arbítrio que é uma deliberação racional e só existe no determinismo moderado ou no indeterminismo moderado, mas assentam sim na escolha aleatória, instintiva, irracional.
O livre-arbítrio implica o exame racional, cuidadoso das circunstâncias do determinisno físico e social e não a liberdade de uma atitude louca, imprevista, como a do suicida que se enforca. Por isso está errado Simon Blackburn quando escreveu:
II) «Determinismo moderado ou compatibilismo. As reações deste último tipo afirmam que tudo o que podemos desejar de uma noção de liberdade é completamente compatível com o determinismo (---)
III) Libertismo. Esta posição advoga que o compatibilismo é apenas uma fuga e que há uma noção mais substantiva e real de liberdade que pode ainda ser preservada em relação ao determinismo (ou ao indeterminismo. Em Kant, enquanto o eu empírico ou fenoménico é determinado e não é livre, o eu numénico ou racional tem capacidade para agir racional e livremente.»
(SIMON BLACKBURN, Dicionário de Filosofia, Gradiva, 2ª edição, 2007).
A teoria de Kant é um determinismo moderado pelo livre-arbítrio do eu racional, não é um libertismo no sentido postulado por Blackburn. O eu numénico é livre, não porque esteja hermeticamente isolado, mas porque enfrenta o eu não livre, o eu empírico dos instintos e paixões. A liberdade racional de escolha só existe onde o determinismo a enfrenta.
E tu, professor/a de filosofia, vês agora os erros propagados pelos manuais escolares de 10º e 11º ano de escolaridade e pela seita dos chamados filósofos e semifilósofos analíticos que tomaram de assalto as universidades com doutoramentos light, as editoras como a Gradiva, a Areal Editores, a Porto Editora, o ministério da Educação e impõem a lógica dos idiotas designada «lógica proposicional» ? Dás-te conta de como és manipulada/o? E de como manipulas os teus alunos?
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O manual da Areal «Preparar para o exame nacional Filosofia 11º» de Lina Moreira e Idalina Dias alberga, a par de muitas definições correctas e úteis, vários erros relevantes
UMA ERRÓNEA DISTINÇÃO ENTRE DETERMINISMO MODERADO E LIBERTISMO
As autoras perfilham a confusão teórica da filosofia analítica em voga separando libertismo de determinismo moderado, sem perceberem que o libertismo é género onde cabem duas espécies: o determinismo moderado pelo livre-arbítrio e o indeterminismo moderado pelo livre-arbítrio. Em ambas estas o livre-arbítrio impera sobre as leis ou acasos da natureza.
Escrevem as autoras:
«O libertismo é uma das teorias filosóficas que afirma a existência e o primado do do livre-arbítrio na ação humana. Neste sentido, considera que, face às mesmas circunstâncias, o ser humano escolhe livremente entre as várias possibilidades que tem diante de si, o que significa, recuperando o exemplo, que poderíamos ter saído pela janela ou escolhido agir de outra forma. Tal significa o reconhecimento de que, perante a mesma circunstância, havia mais do que uma ação possível, que o agente escolheu uma de várias possibilidades».
LINA MOREIRA e IDALINA DIAS, «Preparar para o exame nacional Filosofia 11º» , Areal Editores,página 69.
Esta definição é exatamente a mesma de determinismo moderado, doutrina segundo a qual o universo é regido por leis biofísicas invariáveis (nascimento, crescimento, estado adulto jovem, envelhecimento e morte dos seres vivos; translação da Terra em torno do Sol em 365 dias, etc.) mas o ser humano dispõe de livre arbítrio, capacidade de escolha racional entre as alternativas de ação a cada momento.
O erro das autoras e de todos os manuais de filosofia do ensino secundário e de John Searle e Simon Blackburn está em supor que o determinismo moderado, pelo facto de admitir que há leis biofísicas necessárias, infalíveis, reduz o grau de livre arbítrio nos seres humanos quando é exatamente o contrário que sucede: Sartre escreveu que «nunca fomos tão livres como sob a ocupação alemã», de 1940 a 1944, porque cada francês podia escolher a resistência ou a colaboração com o nazismo. A pressão das leis físicas infalíveis (determinismo) não reduz, aumenta o livre-arbítrio, que é uma deliberação racional (libertismo). Há maior liberdade no determinismo biofísico com livre arbítrio (determinismo moderado) - porque se escolhe conhecendo as leis da natureza física - do que no indeterminismo biofísico (inexistência de leis necessárias, imprevisibilidade) com livre arbítrio que as autoras, Simon Blackburn e as universidades confusamente batizam de libertismo.
O libertismo, segundo o conceito em voga dos manuais, é a tendência de livre escolha sem levar em conta as cadeias do determinismo biofísico em que estamos imersos (estado do corpo: fome, frio, saciedade; situação económica: salário ou outro rendimento, carreira profissional, bens imóveis e móveis; situação política: sociedade aberta ou totalitarismo, etc.) Mas essa tendência libertista não é livre-arbítrio porque lhe falta a racionalidade que só existe quando se observa e leva em conta a situação concreta, o mundo físico e as suas condicionantes. Como diria Hegel «a liberdade é a consciência da necessidade», não é o impulso do louco que se julga livre e age irracionalmente. Já Aristóteles notara a diferença entre livre escolha ditada pelo instinto animal e livre-arbítrio.
A CONFUSA NOÇÃO DE INCOMPATIBILISMO E A CONFUSÃO DE DETERMINISMO RADICAL COM FATALISMO
Escrevem as autoras:
«A resposta à questão "Será o ser humano efetivamente livre na sua ação?" não é consensual entre os filósofos. Uns consideram que o livre-arbítrio não é compatível com o determinismo - incompatibilismo - outros afirmam o contrário -compatibilismo.»
«Tanto o libertismo como o determinismo radical são teorias incompatibilistas.»
LINA MOREIRA e IDALINA DIAS, «Preparar para o exame nacional Filosofia 11º» , Areal Editores,páginas 68 e 69.
É evidente que o determinismo moderado compatibiliza o livre-arbítrio com o determinismo. Ambos existem no mesmo ser humano adulto. ´Por que razão o libertismo seria um incompatibilismo se há compatibilidade entre o livre-arbítrio e o indeterminismo biofísico (exemplo: surge um dia de queda de neve em pleno verão de Julho no Alentejo e este libertismo da natureza é compatível com o meu livre-arbítrio pois posso escolher entre ficar na praia a receber a neve ou refugiar-me dentro de uma habitação)? É uma tolice dizer que, no seu todo, o libertismo é uma teoria incompatibilista quando ele engloba o determinismo moderado que é, em si mesmo, compatibilismo e o indeterminismo biofísico com livre-arbítrio que é também, em si mesmo, compatibilismo.
O libertismo, como género de duas correntes e não na errónea noção deste manual, é incompatível com o fatalismo - doutrina segundo a qual tudo está predestinado e não há livre-arbítrio real e que não é o mesmo que determinismo radical, coisa de que este e os outros manuais não se apercebem - com o determinismo radical (exclusão do livre arbítrio, leis biofísicas necessárias compatíveis com um certo grau de acaso) e com o indeterminismo radical (exclusão do livre arbítrio, inexistência de biofísicas necessárias, pura arbitariedade no mundo natural) .
Se há determinismo radical deveria também postular-se que há indeterminismo radical ou indeterminismo biofísico sem livre-arbítrio mas a inteligência dos filósofos analíticos não chega a tanto. No seu «Dicionário Oxford de Filosofia» Simon Blackburn divide confusamente esta temática em 4 correntes - determinismo radical, determinismo moderado, libertismo, indeterminismo - sem perceber que fatalismo se distingue de determinismo radical , que determinismo moderado se inclui no libertismo tal como o indeterminismo moderado com livre-arbítrio. Blackburn nem sequer conceptualiza que há dois tipos de indeterminismo: moderado (com livre-arbítrio) e radical (sem livre-arbítrio).Só tipos confusos, pensadores de segunda classe como este, com doutoramentos (!) em filosofia universitária, são editados e promovidos pelos media como sendo os filósofos actuais...
NO SUBJECTIVISMO AXIOLÓGICO UMA OPINIÃO VALE O MESMO QUE A SUA CONTRÁRIA?
Escrevem as autoras:
«Para o subjectivismo, não existe um conceito universal de bem e de mal, mas tantos quantos os indivíduos. Se assim é, uma opinião vale o mesmo que a sua contrária.»
Lina Moreira e Idalina Dias, «Preparar para o exame nacional Filosofia 11º» , Areal Editores,página 84.
Isto não é correto. Para cada subjetivista, a sua opinião vale mais que as contrárias, ainda que possa admitir ou não algum grau de verdade nestas. É aquilo que Nietzsche designa de perspectivismo: vemos o mundo, a paisagem de uma dada maneira, a partir de um ponto de observação, e a visão seria outra se mudassemos o lugar de onde observamos. Tome-se como exemplo a opinião sobre a eutanásia. Um cristão adverso a esta prática dirá: «É subjectivo saber quem tem razão, há argumentos a favor e contra, a minha intuição diz-me que eutanásia é um assassinato legal, ofende a Deus, que deseja cuidados paliativos nos hospitais e não extinção provocada da vida humana».
As definições erróneas contidas neste manual e nos outros estão presentes sempre, ano a ano, no exame nacional de filosofia do 11º ano do ensino secundário em Portugal. O lóbi da filosofia analítica (Manuel Maria Carrilho, João Branquinho, Guido Imaguirre, Ricardo Santos, Desidério Murcho, João Sáagua, Pedro Galvão, Rolando Alneida, António Pedro Mesquita, Domingos Faria, Célia Teixeira, Aires Almeida, etc.) devia ser afastado da autoria dos exames nacionais porque pensa, avalia e ensina mal, promove como «ciência» uma ridícula lógica proposicional que defende que o juízo «Sou português ou sou espanhol» merece uma tabela de verdade diferente do juízo «Ou sou português ou sou espanhol» quando dizem exactamente o mesmo, são o mesmo no conteúdo. Estamos, na área da filosofia, sob uma ditadura da filosofia analítica norte-americana e britânica mantida por pensadores de segunda e terceira classe.
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Relativismo é o mesmo que intersubjectivismo? A filosofia analítica em voga define relativismo de forma duplamente errada.
Primeiro erro: « É a corrente que sustenta que a verdade, os valores variam de país a país, de religião a religião e, por isso, não é possível chegar à verdade». Isto é adicionar a relativismo (variação dos valores e graus de verdade) o cepticismo (impossibilidade de chegar à verdade). É uma definição confusa. Eis um exemplo de relativismo não céptico: «No mundo há regimes políticos variados, ditaduras comunistas, ditaduras militares de direita e democracias parlamentares, estas últimas são os regimes preferíveis às outras».
Segundo erro: «É a corrente que sustenta que a verdade, os valores, variam de país a país e dentro de cada um destes é a verdade única ou os valores homogeneamente partilhados por todos os estratos sociais». Exemplo: «Portugal é católico, a Arábia Saudita é islâmica, a Índia é hinduísta». Isto é negar a diversidade de valores (relativismo) no seio da mesma sociedade. Há valores capitalistas no seio dos EUA («Ganhar dinheiro e investir na bolsa, comprar um bom carro descapotável. etc.) e valores anti capitalistas «hippies» nos EUA («Viver no campo e cultivar a terra, não frequentar as escolas institucionais, praticar a troca de casais no seio da comuna», etc.) Há uma boa quantidade de ateus e agnósticos em Portugal como na Índia, tal como há milhares de pessoas que, dissonantes da medicina oficial que tudo controla (televisão, ministérios, presidência da república, programas escolares, etc.)sustentam que «vacinar é introduzir doença no organismo, a fase crónica e surda da doença, como sustentou o virologista Julius Tissot, e a imunização não existe, é uma ficção de mentes estáticas».
O que é intersubjetivismo? É a teoria que sustenta que a verdade, os valores, são os mesmos não para a humanidade inteira mas para grupos de pessoas, classes sociais, etnias, etc. Por exemplo, a intersubjetividade ou consciência/ crença comum de milhões de católicos inclui a tese de que Jesus Cristo está presente na hóstia consagrada e a tese de que é útil rezar pelas almas do purgatório ao passo que a intersubjectividade consciência/ crença comum de milhões de ateus é a tese de que não há Deus, nem deuses, nem reencarnação, nem paraíso/nirvana, purgatório ou infernos, nem almas e espíritos no «Além» mas que a vida humana se extingue com a morte física.
Assim, o intersubjectivismo é, em regra, uma modalidade do relativismo, tal como o subjectivismo e uma grande parte do objectivismo ( objectivismo e intersubjectivismo são como argolas presas uma à outra, interpenetram-se em certa medida). Mas há um intersubjetivismo que é absolutista, isto é, não relativista. Exemplo: a corrente hinduísta que diz que tudo - os prazeres da comida, da bebida, do sexo, da conversação, da posse de casas, belos automóveis, etc. - é veu de Maya, ilusão, e que a única realidade, oculta, é o Brama, o Senhor Absoluto.
E há um relativismo objectivista que não implica intersubjectividade porque constitui a própria essência das leis da natureza. Exemplo: a lei da gravidade terrestre funciona até certo ponto de altitude no caso das naves espaciais, ela desaparece e verifica-se a gravidade zero em órbitas terrestres circulares situadas a uma altitude de 500 quilómetros,isto é, uma esfera metálica lançada da nave espacial em vez de cair em direção à Terra entraria em órbita circular. Isto é relativismo (variação da ação da gravidade) objectivista (não é uma percepção subjectiva ou intersubjectiva, é uma realidade exterior, a mesma para todos).
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Em 16 de Dezembro de 2001, António Guterres demite-se do cargo de 1º ministro socialista de Portugal que ocupava desde Outubro de 1995. Governou 6 anos.
10 anos depois, em 23 de Março de 2011, 11 dias depois das grandes manifestações de rua da «geração à rasca» contra a precariedade de emprego, José Sócrates demite-se do cargo de 1º ministro socialista de Portugal cargo que ocupava desde Março de 2005. Governou 6 anos.
10 anos depois, estamos em 2021, e se é real haver um ciclo de 10 anos em Portugal o governo PS de António Costa deve cair, quando houver grandes protestos de rua contra o confinamento e a ruína económica. Ademais em 26 de Novembro de 2021 Costa completaria 6 anos de governação.
Se não nos enganamos, o grande arquitecto das leis planetárias determinou já o fim da era Costa para breve. Se o governo não cair em Abril ou Maio de 2021 é muito provável que caia em Outubro ou Novembro de 2021 após as eleições para as autarquias locais e ou em resultado do «chumbo» da proposta do Orçamento Geral do Estado para 2022
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A passagem de Júpiter em 21º-24º do signo de Aquário entre 21 de Março e 10 de Abril de 2021, conjugada com a presença até 4 de Abril de Mercúrio no signo de Peixes e o Nodo Norte da Lua em 13º-12º do signo de Gémeos, fará cair o governo de António Costa?
Não podemos garantir que assim sucederá mas há semelhanças com anteriores demissões de governos socialistas.
Em 16 de Dezembro de 2001, com Úrano em 21º do signo de Aquário, Marte em 5º do signo de Peixes e Nodo Norte da Lua em 27º do signo de Gémeos, António Guterres demite-se de 1º ministro no dia em que o PS sofre uma significativa derrota em eleições autárquicas.
Em 23 de Março de 2011, com Vénus em 24º-26º do signo de Aquário, Marte em 22º do signo de Peixes, Nodo Sul da Lua em 27º do signo de Gémeos, José Sócrates anuncia a demissão do cargo de 1º ministro depois de o seu governo PS ter colocado o país na bancarrota.
Note-se que de 5 de Setembro (Júpiter em 24º de Aquário) a 27 de Novembro de 2021, Júpiter estará na área 21º-24º do signo de Aquário, abrindo uma outra hipótese de queda governamental.
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