HÁ, PORVENTURA, UM SINCRONISMO ENTRE O GENERAL FRANCO E A ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA DE PORTUGAL.
Em 19 de Novembro de 1975, morre, aos 82 anos de idade, o general Francisco Franco Bahamonde, ditador católico-fascista de Espanha desde 1939.
De 20 a 27 de Novembro de 1975, a esquerda revolucionária portuguesa (PRP, MES, LCI, UDP, etc.) é derrotada militarmente pelos moderados da burguesia social-democrata (PS, PPD, 6º governo provisório, grupo dos Nove) com a inactivação da Base Escola de Tropas Pára quedistas situada em Tancos, no dia 21, e, em 25 de Novembro, a eclosão da revolta esquerdista dos pára quedistas de Tancos, ocupando as bases Aéreas de Tancos, Monte Real, Montijo e Ota e o EMGFA, revolta esmagada pelos comandos da Amadora em 26 e 27 de Novembro, com a tomada do Regimento de Polícia Militar na Ajuda e 8 mortos no tiroteio, no dia 26, e a prisão de mais de cem oficiais, constituindo o fim da esquerda revolucionária em armas.
Em 19 de Novembro de 2019, no dia em que passam 44 anos sobre a morte do general Franco, símbolo da extrema direita espanhola, morre, aos 77 anos de idade, José Mário Branco, o cantor símbolo da extrema-esquerda portuguesa. Parece haver um sincronismo entre o franquismo, ainda remanescente no partido VOX de Santiago Abascal, e o esquerdismo anti PCP («anti revisionista») de que José Mário Branco era VOZ. No fundo, o triunfo de qualquer uma destas duas correntes culminaria em ditadura: da grande burguesia católica ou do proletariado, este último depois substituído pela burocracia comunista.
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