Domingo, 26 de Maio de 2019
O divórcio no catecismo da igreja católica e no evangelho de São Mateus

O catecismo da Igreja Católica Romana não espelha com exactidão o evangelho de São Mateus na questão do divórcio. Omite até a passagem do evangelho em que Jesus admite o divórcio em caso de adultério da mulher.

 

O evangelho de São Mateus diz o seguinte sobre o divórcio.

 

Tendo Jesus concluído estas palavras, partiu da Galiléia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão;    e seguiram-no grandes multidões, e curou-os ali.  Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?   Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o    princípio homem e mulher,  e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua
mulher; e serão os dois uma só carne?  Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou,   não o separe o homem.  Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?  Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar a sua mulher a não ser por causa de infidelidade e casar com outra, comete adultério e o que casar   com a repudiada também comete adultério.]  (Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 19, versículos 1 a 9; o destaque a negrito é posto por nós).

 

O Catecismo da Igreja Católica Romana, dado em 11 de Outubro de 1992 pelo papa João Paulo II diz o seguinte:

 
«1664 . A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimónio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimónio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu "dom mais excelente". (Catecismo da Igreja Católica, Gráfica de Coimbra, pág. 1993, pag. 368).

Nenhuma referência há no catecismo sobre o direito do marido  repudiar a mulher adúltera.

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Ortega y Gasset revive Hegel: a costa marítima é o grande princípio libertador

 

José Ortega y Gasset, (9 de Maio de 1883, Madrid; 18 de Outubro de 1955),  o grande representante da fenomenologia na filosofia espanhola do século XX, era um filósofo de vocação holística: tal como Hegel, aplicava o princípio hermético das correspondências de que «o microcosmos é espelho do macrocosmos». Reeditando o pensamento de Hegel, filósofo adverso à filosofia analítica,  neste caso porque estabelece correlações entre o geográfico e o histórico-social, o que os filósofos analíticos não concebem, escreveu:

 

«Segundo Hegel, há três tipos de terra para os efeitos históricos - o que eu chamaria três paisagens - o planalto, o vale fecundo, a costa. Esta divisão foi inspirada pela consideração de que o nosso planeta não é só terra, mas também água. »

(José Ortega y Gasset, Ideas y creencias y otros ensayos, Alianza Editorial, Madrid, 2019, pág. 86; o destaque a negrito é posto por nós).

 

«Há, segundo Hegel, três configurações topográficas, três princípios geomórficos que condicionam três tipos de vida natural às quais correspondem três estádios, ou formas do Espírito, quer dizer, do Estado. Um é a meseta, o enorme planalto. O seu tipo vital é o nomadismo. A existência neste país seco é pobre, mas ademais não está limitada por nenhuma contenção especial. Viver é vagabundear. Hoje está.se em um lugar, amanhã em outro. Não há nenhuma força que obrigue à convivência. O homem sente ímpetos de empresa, mas descontínuos e informes, imprecisos. O único que lhe pode ocorrer é lançar-se para diante, sem rumo, sem meta, sem desígnio preformado. Nestas condições não é possível o nascimento da lei, do Estado, que implica convivência estabilizada. Há só a momentânea organização da guerra sob um caudilho genial que reúne as hordas normalmente dispersas e cai com elas sobre as terras férteis.» (José Ortega y Gasset, ibid, pp.89-90).

 

A configuração geográfica da Terra é, tal como as formas de Estado,  fruto do Espírito ou Ideia Absoluta que é Deus. Segundo Hegel, Deus ou Ideia Absoluta é o arquitecto e, simultaneamente, a argamassa da História Universal. Para Hegel, o correr dos rios, o crescer das plantas, o nascer e o pôr do sol são raciocínios de Deus alienado em natureza biofísica, em universo material, na fase do Ser fora de Si. Prossegue Ortega: 

 

«A meseta termina em ladeiras onde os rios evacuaram os vales. Às vezes estas ladeiras confinam imediatamente com o mar: Perú, Chile, Ceilão. Não formam, portanto, um âmbito suficiente para constituir um novo tipo de vida. Ao contrário, os vales compridos - Mesoptâmia, Egipto, China - representam um novo princípio geohistórico. O vale é uma unidade completa, fechada em si, independente, não como a meseta, que é a independência inconcreta do que não tem limites e não é nada determinado. O planalto não tem estrutura porque é sempre igual a si mesma. O vale tem uma organização diferenciada: o rio e as suas duas ribeiras. É ademais, a terra mais fértil. A agricultura surge nele, e com ela a propriedade,  as diferenças de classe, em suma, as normas jurídicas. A agricultura não é uma actividade momentânea, explosiva e de acaso como o puro belicismo do nómada. Tem de reger-se segundo o ciclo das estações e é, em si mesma, regime geral e não caprichoso. Por outro lado, o vale obriga à convivência que é, por sua vez, impossível sem modos gerais de conduta, quer dizer, sem um Estado, sem um império das leis. Eis aqui como todos estes caracteres telúricos do vale preformam um tipo de vida que já não é a vida meramente natural, mas uma vida conforme a normas, na qual aquele se vem encaixar. Essa sobrevida normativa é precisamente o Espírito. »

 

«Mas o vale fixa o homem ao terreno: limita-o, torna-o dependente de um sistema pouco variado de condições. De aqui que estas civilizações fluviais tenham girado eternamente sobre si mesmas, reclusas em um reportório de temas, de modos, de intentos, de normas. São culturas "hieráticas", quer dizer rígidas: a egípcia, a chinesa. O grande princípio libertador é a costa, onde combate a intensa dualidade da terra e do mar. "O mar dá sempre lugar a um tipo de vida peculiar. O elemento indeterminado dá-nos uma imagem do ilimitado e infinito, e ao sentir-se nele o homem anima-se para o mais além sobre toda a limitação. O mar suscita o valor; incita o homem à conquista e à rapina, mas também ao lucro e à indústria. O trabalho industrioso refere-se àquela classe de fins que se chamam necessidades.  Contudo, o esforço para satisfazer estas necessidades traz consigo que o homem fique enterrado em esse ofício. Mas, quando a indústria passa pelo mar, a relação transforma-se. Os que navegam pretendem certamente ganhar, lucrar, satisfazer as suas necessidades; mas o meio para isso inclui neste caso o contrário do propósito com que se escolheu, a saber: o perigo". (1) A vida marítima é um constante risco de perder-se a si mesma. É livre diante de si mesma e implica serenidade e astúcia incessantes. Por tudo isso tem um claro sentido de criação e foi em qualquer parte o mar o grande educador para a liberdade. O mar é um perpétuo "mais além da limitação da terra". É o verdadeiro "espírito da inquietação" que do seu movimento elementar passa para as almas dos seus moradores e faz do existir uma permanente criação».

 

(José Ortega y Gasset, Ideas y creencias y otros ensayos, Alianza Editorial, Madrid, 2019, pp. 91-93; o destaque a negrito é posto por nós).

 

Sobre estas últimas frases de Ortega interrogamo-nos: não será o facto de a Grã-Bretanha ser uma grande ilha cercada de mar por todo o lado que lhe conferiu o papel de potência dissonante, refúgio da liberdade, desde os tempos míticos do Rei Artur e da Távola Redonda passando pelos alvores do parlamentarismo moderno até à segunda guerra mundial em que resistiu à Luftwaffe, a aviação alemã, e até hoje em que ensaia sair da União Europeia tutelada pela Alemanha e a França? E a liberdade de Portugal como país independente que a Espanha sempre quis anexar não se deverá à costa marítima portuguesa onde se situam as cidades principais, Lisboa e Porto, e à proximidade com a grande ilha que é a Grã-Bretanha?

 

NOTA 1-O texto que começa em "O mar dá sempre lugar a um tipo de vida peculiar" e termina em  "propósito com que se escolheu, a saber: o perigo" é uma citação de Hegel.

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Terça-feira, 21 de Maio de 2019
Atentados em Paris: causados por áreas do Zodíaco (28º-29º de Touro, 2 º-5º de Balança, 3º-5º de Sagitário)

 

Os ataques terroristas de 13 de Novembro 2015 em Paris estavam predestinados pelos astros. Responsáveis destes atentados são as áreas 28º-29º do signo de Touro, 2º-5º do signo de Balança, 4º-5º do signo de Sagitário e o ponto  5º 24 '/ 5º 51'  de qualquer signo do Zodíaco. Este último, o Zodíaco, isto é, a circunferência celeste dividida em 12 partes de 30 graus cada,  é a chave, o motor celeste dessas ações terroristas em Paris. Estas são previsíveis pela nossa astronomia-astrologia histórica, embora não possamos superar a teoria das probabilidades.

 

ÁREA 28º-29º DO SIGNO DE TOURO

 

A passagem do Sol, Nodo da Lua ou de um planeta em 28º-29º do signo de Touro é condição necessária mas insuficiente para gerar atentados em Paris.

 

Em 20 de Abril de 2017, com Marte em 29º 0´ /29º 42´ de Touro, Saturno em 27º 38´/ 27º 37´ de Sagitário, cerca das 20 horas TMG; um atirador, do Estado Islâmico, dispara contra um veículo da polícia francesa, com uma espingarda Kalashnikov (AK47), nos Campos Elíseos, em Paris, matando um polícia e ferindo outros dois, sendo o terrorista abatido a tiro.

 

Em 6 de Junho de 2017, com Mercúrio de 28º 18´ de Touro a 0º 8´ de Gémeos, o argelino Farid Ikken, jornalista independente na Suécia, em Upsala, militante do Estado Islâmico, grita «isto é pela Síria!" e ataca com um martelo um agente da polícia no adro da Catedral de Notre-Dame, em Paris, um outro polícia francês responde a tiro e o Ikken é ferido e levado para o hospital.

 

Algumas das próximas datas em que o Sol, um Nodo da Lua ou um planeta passam em 28º-29º  do signo de Touro são: 19, 20 e 21 de Maio de 2019 (Sol e Mercúrio); de 7 a 9 de Junho de 2019 (Vénus).

 

ÁREA 2º-5º DO SIGNO DE BALANÇA:

ATENTADOS EM PARIS

 

.A passagem do Sol, um planeta do sistema solar, Nodo da Lua ou planetóide Quiron em 2º-5º do signo de Balança (isto é nos graus 182º a 185º da eclíptica já que os 30º de arco do céu que é o signo de Balança vão de 180º a 210º do círculo celeste) é condição necessária mas não suficiente para a irrupção de atentados terroristas.

 

Em 17 de Setembro de 1986, com Mercúrio em 3º 16´/ 4º 58´ de BalançaSaturno em 4º 23´/ 4º 26´ de Sagitário,  um atentado bombista em frente aos armazéns 'Tati', em Paris, faz sete mortos e 55 feridos. sendo esta acção um dos 15 ataques (incluindo três fracassados) perpetrados pela rede terrorista pró-iraniana de Fouad Ali Saleh, em 1985 e 1986.

 

Em 25 de julho de 1995, com Marte em 2º 8´/ 2º 44´ de Balança, Júpiter em 5º 39´/ 5º 37´ de Sagitário, uma bomba explode numa linha da Rede Expresso Regional (RER), na estação de Saint-Michel, em pleno coração de Paris, e causa oito mortos e 119 feridos.

 

Em 3 de dezembro de 1996, com Nodo Norte da Lua em 5º 34´ de Balança,  Plutão em 3º 19´/ 3º 21´ de Sagitário, um atentado na estação de Port-Royal, no sul de Paris, causa quatro mortos e 91 feridos.

 

Em 13 de Novembro de 2015, com Vénus em 4º 45´/ 5º 51´ de Balança, Saturno em 5º 27´/ 5º 34´ de Sagitário, seis atentados cometidos, em vários pontos de Paris, em especial no X e XI bairros, por partidários do Estado Islâmico matam indiscriminadamente, à bomba ou a rajadas de metralhadora, 132 pessoas e fazem 350 feridos, ressaltando o massacre no teatro Bataclan onde 82 pessoas, incluindo 4 assaltantes suicidas, são chacinadas enquanto assistiam a um concerto de um grupo rock norte-americano,  fogo de metralhadora contra restaurantes na rue de Charonne ( 19 mortos) e rua Alibert (pelo menos 12 pessoas mortas), Boulevard Voltaire, rebentamento de duas bombas perto de Stade de France (.três homens-bomba mortos).

 

Próximas datas em que um planeta ou o Sol passará em 2º-5º de Balança elevando a probabilidade de novo atentado em Paris: 15 a 17 de Setembro de 2019 (Mercúrio); de 16 a 19 de Setembro de 2019 (Vénus); de 25 a 29 de Setembro de 2019 (Sol); de 7 a 13 de Outubro de 2019 (Marte).

 

ÁREA 3º-5º DE SAGITÁRIO:

ATENTADOS EM PARIS

 

.A passagem do Sol, um planeta do sistema solar, Nodo da Lua ou planetóide Quiron em 2º-5º do signo de Sagitário  (isto é nos graus 243º a 245º da eclíptica já que os 30º de arco do céu que é o signo de Sagitário vão de 240º a 270º do círculo celeste) é condição necessária mas não suficiente para a irrupção de atentados terroristas.

 

Em 17 de Setembro de 1986, com Saturno em 4º 23´/ 4º 26´ de Sagitário, Mercúrio em 3º 16´/ 4º 58´ de Balança,   um atentado bombista em frente aos armazéns 'Tati', em Paris, faz sete mortos e 55 feridos. sendo esta acção um dos 15 ataques (incluindo três fracassados) perpetrados pela rede terrorista pró-iraniana de Fouad Ali Saleh, em 1985 e 1986.

 

Em 25 de Julho de 1995, com Júpiter em 5º 39´/ 5º 37´ de Sagitário, Marte em 2º 8´/ 2º 44´ de Balança, uma bomba explode numa linha da Rede Expresso Regional (RER), na estação de Saint-Michel, em pleno coração de Paris, e causa oito mortos e 119 feridos.

 

Em 3 de Dezembro de 1996, com Plutão em 3º 19´/ 3º 21´ de Sagitário, Nodo Norte da Lua em 5º 34´ de Balança,  um atentado na estação de Port-Royal, no sul de Paris, causa quatro mortos e 91 feridos.

 

Em 13 de Novembro de 2015, com Saturno em 5º 27´/ 5º 34´ de Sagitário,Vénus em 4º 45´/ 5º 51´ de Balança,  seis atentados cometidos, em vários pontos de Paris, em especial no X e XI bairros, por partidários do Estado Islâmico matam indiscriminadamente, à bomba ou a rajadas de metralhadora, 132 pessoas e fazem 350 feridos, ressaltando o massacre no teatro Bataclan onde 82 pessoas, incluindo 4 assaltantes suicidas, são chacinadas enquanto assistiam a um concerto de um grupo rock norte-americano,  fogo de metralhadora contra restaurantes na rue de Charonne ( 19 mortos) e rua Alibert (pelo menos 12 pessoas mortas), um atacante morto no Boulevard Voltaire, rebentamento de duas bombas perto de Stade de France (.três homens-bomba mortos).

 

Próximas datas em que um planeta ou o Sol passará em 3º-5º de Sagitário elevando a probabilidade de novo atentado em Paris: de 4 a 6 de Novembro de 2019 (Vénus); de 25  a 28 de Novembro de 2019 ( Sol); de 11 a 13 de Dezembro de 2019 (Mercúrio); de 7 a 12  de Janeiro de 2019 (Marte).

 

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Segunda-feira, 20 de Maio de 2019
Ortega y Gasset: a física é poesia, interpretação do real

 

José Ortega y Gasset, (9 de Maio de 1883, Madrid; 18 de Outubro de 1955), foi o grande representante da fenomenologia na filosofia espanhola do século XX, que, desiludido com os políticos e a guerra civil de Espanha, se exilou em 1936 para voltar a Espanha em 1945, no final da guerra mundial. Ortega foi, em minha opinião, superior intelectualmente a Heidegger e a Zubiri, e superior a qualquer celebridade da filosofia analítica dos séculos XX e XXI como por exemplo, Wittgenstein, Bertrand Russel, Peter Singer, John Searle, Simon Blackburn. Registe-se que a fenomenologia, como ontologia, é a corrente que sustenta não podermos saber se o mundo de matéria é exterior à nossa mente ou se faz parte dela. Ortega escreveu sobre a ciência:

 

«Conste pois que o que costumamos chamar mundo real ou «exterior» não é a nua, autêntica e primária realidade com que o homem se encontra mas que já é uma interpretação dada por ele a essa realidade, portanto uma ideia. Esta ideia consolidou-se em crença. Crer em uma ideia significa crer que é a realidade, portanto deixar de vê-la como mera ideia.»

 

«Mas é claro que essas ciências começaram por não ser mais que ocorrências ou ideias sensu stricto. Surgiram um belo dia como obra da imaginação de um homem que se ensimesmou nelas, desatendendo em dado momento o mundo real. A ciência física, por exemplo, é uma destas arquitecturas ideais que o homem constrói. Algumas dessas ideias físicas estão hoje actuando em nós como crenças, mas a maior parte delas são para nós ciência - nada mais, nada menos. Quando se fala, pois, do «mundo físico» advirta-se que na sua maior porção não o tomamos como mundo real, mas que é um mundo imaginário ou "interior".»

 

«E a questão que proponho ao leitor consiste em determinar com todo o rigor, sem admitir expressões vagas ou indecisas, qual é essa atitude em que o físico vive quando está pensando as verdades da sua ciência. Ou dito de outro modo: o que é para o físico o seu mundo, o mundo da física? É para ele realidade? Evidentemente, não. As suas ideias parecem-lhe verdadeiras, mas esta é uma qualificação que sublinha o carácter de meros pensamentos que aquelas lhe apresentam. Já não é possível, como em tempos mais venturosos, definir galantemente a verdade dizendo que é a adequação do pensamento à realidade. O termo "adequação" é equívoco. Se se toma no sentido de "igualdade", resulta falso. Nunca uma ideia é igual à coisa a que se refere. E se se toma mais  vagamente no sentido de "correspondência", já se está reconhecendo que as ideias não são a realidade,  mas o contrário, a saber, ideias e só ideias. O físico sabe muito bem que o que diz a sua teoria não existe na realidade»

 

(José Ortega y Gasset, Ideas y creencias y otros ensayos, Alianza Editorial, Madrid, 2019, pp. 52-54; o destaque a negrito é posto por nós).

 

Como se pode provar que quarks e leptões existem?  Como provar que o Big Bang existiu?  Não pode. Cálculos matemáticos não bastam porque são precisas comprovações físicas, experienciais, que a física e a astrofísica não conseguem.

 

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Terça-feira, 14 de Maio de 2019
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Segunda-feira, 13 de Maio de 2019
Adonis: o surrealismo e o sufismo buscam o mistério transracional

Ali Ahmad Saïd Esber, poeta surrealista árabe, conhecido como Adonis,  nasceu em 1 de Janeiro de 1930, na aldeia de Kassabine, perto de Lattaquié, na Síria. Teve de refugiar-se em França em 1985 após ser ameaçado de morte. Preconiza o intercâmbio de civilizações dizendo que o islamismo, como outras religiões,  é um véu de cegueira lançado sobre a vida, a liberdade, a fruição dos prazeres. Afirmou que o «regresso à pureza do mundo árabe» rejeitando o contributo da democracia ocidental reduziria o mundo árabe a mesquitas e camelos. Disse: «Os meus desejos são permanecer estrangeiro rebelde. E libertar as palavras da escravatura das palavras.»

 

 O surrealismo é uma corrente artística e filosófica, nascida oficialmente em 1924, em França, que visa eliminar a razão e a lógica e projectar na poesia, na literatura, na pintura, na arquitectura ou na escultura, no cinema, os desejos e as imagens criativas  imersas na obscuridade do inconsciente humano. O sufismo (em árabe: تصوف;) é uma corrente mística e contemplativa do Islão. Os sufis visam uma relação íntima, direta e constante com Deus, aplicando ensinamentos do  profeta Maomé  com relevo para o zikr (a lembrança de Deus), orações e jejuns. Um dia, um sufi mergulhado em êxtase num lugar público disse «Eu sou Deus» e foi de imediato assassinado por adeptos do Corão que o qualificam como «blasfemo». Adonis compara o sufismo ao surrealismo pois ambos dão prioridade à imaginação, ao mistério e ao inconsciente ou ao génio imanente:

 

«Tanto para a o sufismo como para o surrealismo a razão e a lógica podem equivocar-se, já que se fixam na parcialidade das coisas e pretendem ter resposta para a sua universalidade. Ademais, a resposta é o sustentáculo da razão e da lógica porque ambas toman a existência como um problema que há que resolver. Sem embargo, o sufismo e o surrealismo contemplam a existência como mistério, e a questão para eles é a união com o dito mistério. A ausência de resposta é sinal, aqui, da intenção de  fusão com a existência , enquanto que a presença de resposta é sinal, ali, da intenção de domínio sobre a existência, quer dizer, de separar-se dela. O primeiro é amor, o segundo dominação. »

 

«A resposta encerra, por conseguinte uma traição ao ser humano, além de ser um encadeamento, quer dizer, uma renúncia à liberdade. A resposta separa o ser humano de si mesmo, da sua essência: o ser humano é linguagem, busca do outro, da coisa, mas não para submetê-los ao conhecimento que se forja deles, mas para comunicar com eles em igualdade e amor. A resposta pressupõe que na existência não há nada que não possa ser conhecido, o que é uma afirmação falsa, completamente equivocada, já que na existência há coisas que não conhecemos, que não podemos conhecer racional ou logicamente, mas com as quais, não obstante, nos comunicamos e nos unimos

 

« A razão social-quotidiana não só reprime e dobra o ser humano, mas também o atraiçoa. Essa razão define, e portanto, a sua resposta define. Quando definimos uma coisa negamo-la, já que a encerramos no arco da definição e excluimos tudo o que não esteja nele. A definição é negação, como dizia Spinoza. Quando defines Deus nega-lo, porque o colocas ao nível das coisas definidas. Definir o ser humano ou a existência nega a essência de ambos. O ser humano, do mesmo modo que a existência, é uma realidade de liberdade, é possibilidade e necessidade, não uma realidade de certeza definitiva.»

 

( Adonis, Sufismo y Surrealismo, Ediciones del Oriente y del Mediterráneo, Madrid, 2008, pp. 68-69; o destaque a negrito é posto por nós ).

 

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Quinta-feira, 9 de Maio de 2019
Reflexões de circunstância, de Maio de 2019.

 

 

O LIVRE-ARBÍTRIO NÃO PODE TER SIDO CRIADO POR DEUS. Se Deus dotasse o homem de livre-arbítrio estaria, de certo modo, a induzi-lo na via do pecado porque o livre-arbítrio é a escolha racional entre o bem e o mal a cada instante, entre um e vários caminhos ou modos de comportamento. Assim, o Deus do Amor não pode criar um ser imperfeito como o homem. Pode dar apenas a este a centelha luminosa do Amor na alma, o desejo de atingir a perfeição e ascender ao Paraíso.

 

O TEMOR DE DEUS OBRIGA-NOS A REZAR EM FAVOR DOS MORTOS E DOS VIVOS. São João dizia "todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo."

São João escreveu que »No amor não há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme não é perfeito no amor». A verdade é que se não temêssemos o inferno ou as chamas do purgatório teríamos um comportamento muito mais relaxado, libertino, pecaminoso.

Os místicos como São Pio de Pietrelcina dizem: «Rezai, rezai continuamente, mesmo sem vontade.» A oração salva muitas almas de cair no inferno e cura doenças e estados de abandono, desemprego e carências alimentares neste mundo terreno. As falsas religiões como o judaísmo, o islamismo, o hinduísmo, o budismo não salvam, coisa que as mentes relativistas da nossa época têm dificuldade em aceitar.

 

DEUS SÓ PODE FAZER O BEM, LOGO NÃO CRIOU O INFERNO, REINO DE LÚCIFER. A ideia de que Deus é o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis é teologicamente errónea porque muitas coisas visíveis e invisíveis são más por essência ou por acidente. Há portanto dois criadores: o Deus do Bem, incluindo a deusa Guan Min (a Minné dos cátaros) e Lúcifer o Deus do Mal e da matéria.

 

SINCRONISMO ONTOFONÉTICO-Em 7 e 8 de Maio de 2019, a ideia de MOURA está em foco: no dia 7, pelas 22 horas, uma ambulância da Cruz Vermelha de MOURA, Alentejo, cai numa ravina perto de Safara, morrendo dois dos seus ocupantes; no dia 8, Lucas MOURA marca os três golos com que o Tottenham derrotou o Ajax garantindo a passagem à final da Liga de Campeões em futebol.

 

SEVILHA E SOR ANGELA DE LA CRUZ. 11 de Maio de 2019. Viajamos a Sevilha desde Beringel, saindo às 7.15 horas, no autocarro do clube taurino desta vila alentejana. Pedro e eu acompanhamos 4 amigas de Ferreira do Alentejo. Almoçamos juntos, quase todos a mesma sopa cordobesa: salmorejo. Na praça do duque da Victoria, o famoso Espartero do século XIX. Quando eu disse «Vamos visitar a santa de corpo incorrupto»todos concordaram. O calor era muito. E tomamos o caminho da igreja da Encarnação, em cujo convento jaz o cadáver de Santa Angela de la Cruz (30 de Janeiro de 1846, Sevilha; 2 de Março de 1932, Sevilha), a freira fundadora das Irmãs da Companhia da Cruz, um instituto religioso católico romano dedicado a ajudar os pobres abandonados e os doentes sem ninguém para cuidar deles.

 

Rezamos na capela onde está exposto dentro de um altar envidraçado o corpo da santa, às 15 horas. Que paz! Fátima e Vera dizem: «Até parece que o corpo da santa respira». É fantástico rezar - a imaginação tem um papel fundamental, só ela abre ou cria um mundo místico. Mesmo que Deus não existisse, tu poderias inventá-lo. E orei com fé. Escreve-se num papel um pedido e mete-se numa caixa que depois as freiras abrirão, lerão o papel e, suponho, incluirão os pedidos nas suas orações.Vejo as freiras na igreja ao lado de braços abertos adorando misticamente o Santíssimo (a hóstia grande) exposto na custódia.

 

Sinto falta da missa latina de São Pio V, hierática, profunda, em que se comungava de joelhos, diferente das actuais eucaristias liberais e demo-maçónicas, quase isentas de mística. Mas eu não sou um católico verdadeiro, as raízes da filosofia cátara impregnam-me: o mundo da matéria foi criado por um Demiurgo, um deus degenerado, ou por Satã, a nossa alma superior, o Nous de Platão, foi criado pelo verdadeiro Deus do Amor ou por Minne, a Mãe Universal, o lado feminino de Deus, de que a Virgem Maria é mensageira. A solução é rezar, rezar sempre mesmo sem vontade.

 

Voltamos para Beja pelas 22 horas. Uns tinham ido assistir à tourada na Maestranza - 37 euros cada bilhete em bancadas expostas ao sol, vendo pessoas desmaiar. Eu sou de livros e redescobri aberta, com prazer, a livraria Beta, da calle Sierpes, agora com novo nome: livraria Verbo. Adoraria voltar a Beja com uma mala cheia de livros mas há limites orçamentais...Que fantástico é circular em Sevilha, cidade mágica.

 

SINCRONISMO ONTOFONÉTICO. Em 17 e 18 de Maio de 2019, as ideias de PEIXE, RECUPERAÇÃO e COURO estão em foco: no dia 17, quando estou na esplanada do café Luís da Rocha, noto, pelas 19 horas, a chegada da manifestação de rua da CDU bejense envolvendo o candidato João PEIXOTO (evoca: PEIXE) Ferreira, consigo RECUPERAR um ficheiro informático que há dias se corrompera; no dia 18, desloco-me à Feira Islâmica de Mértola, evento de grande beleza pela arquitectura de Mértola e pelo colorido das tendas com ar...tigos multicolores da civilização islâmica, folheio o CORÂO numa banca (evoca: COURO), compro um cinto de COURO, encontro casualmente PEIXE, vendedor de automóveis em Beja e conversamos, encontro Ivo Figueira, campeão nacional de PESCA desportiva e aluno da ESDG, António Joaquim (primo) diz-me que a câmara de Ferreira do Alentejo tenta RECUPERAR a pureza da água contaminadas pelos químicos dos olivais superintensivos e intensivos que o governo PS e a comissão europeia ao serviço da monsanto estimulamo Benfica RECUPERA o título de campeão da primeira Liga de Futebol.

 

 

CATARINA DIZ-ME: «O AMOR NÃO EXISTE, O PROFESSOR TEM RAZÃO». Expliquemo-nos: o único amor que existe é o amor a si mesmo, o amor-próprio. O amor aos outros enquanto indivíduos particulares não existe em si mesmo, é apenas a modalidade externa e sedutora do amor-próprio, é acidental. Só amo aquela mulher enquanto ela for linda e doce comigo, se ela me trair ou roubar, o amor cessa - ou seja, permanece o amor próprio. Só amo a Deus porque Ele me mantém vivo e optimista e me promete o Paraíso quando morrer - e isto é ainda amor próprio.

 

SER FELIZ NESTE MUNDO É, EM REGRA, SER INFELIZ NO OUTRO MUNDO DO ALÉM. Este é o ensinamento, aparentemente cruel, da mística cristã. Dizia o Padre Pio de Pietrelcina, místico italiano: «Eu amo-te e peço a Jesus que te faça conhecer o amor, porque pelo amor chegamos ao sofrimento. Nós nascemos para sofrer.»

Isto opõe-se radicalmente aos que dizem: «Faz o que te dá prazer, sem regras morais, sem remorsos, a vida é só esta e há que aproveitá-la bem.» Mas mesmo estes hedonistas, não cristãos, experimentam o sofrimento com os seus apetites desenfreados: lá vem uma doença grave, uma perda de emprego, uma separação sentimental dolorosa....

 

PARA NÓS, OS MACHOS TRADICIONAIS, INCLUSIVE OS QUE COMO EU SE MASCARAM NO CORSO DE CARNAVAL, A REVOLUÇÃO SEXUAL «LIBERTADORA DA MULHER» É UM DESASTRE. Onde arranjar uma mulher em condições, fiel por anos e anos, «para toda la vida», doce e a saber cozinhar bem, passar a roupa a ferro, arrumar a casa, crente em Deus e disposta a orar o rosário com o marido e os filhos?

 

As adolescentes e mulheres que imigram do Alentejo, das Beiras e Trás os Montes para Lisboa e Porto, cidades de costumes corrompidos, correm riscos de cair no pântano: uma parte delas cai na promiscuidade sexual, na prostituição, porque a necessidade de dinheiro, estudos universitários, roupas e automóveis caros fala mais alto. Um amigo diz-me: «Aqui no Alentejo, nas aldeias pequenas, ainda se encontram mulheres virgens e outras que não tiveram mais que um parceiro, mulheres decentes.»

 

Na igreja ultracatólica de El Palmar de Troya, Andaluzia, as regras da decência no vestir (decreto de 9 de Outubro de 1985 do papa cego Clemente) impunham que a mulher, tanto na igreja como na rua e em casa, nunca use calças nem pijama de duas peças, que são vestuário masculino, e que o vestido que use seja não transparente, não muito cingido ao corpo, sem decote, de mangas compridas, com a saia a cair pelo menos 4 dedos abaixo do joelho. Às mulheres que se vestem ousadamente e se iam confessar o Padre Pio dizia: «Porcalhona! Vai de imediato cobrir os braços e os ombros para não arderes no fogo do purgatório»!

 

PORQUE É QUE COSTA E O PS COM 33,3% DE VOTOS AFUNDARAM RIO E O PSD COM 21,9% DE VOTOS NAS ELEIÇÕES EUROPEIAS DE 26 DE MAIO DE 2019? Porque a COSTA enfrenta e concilia-se com o MAR que é muito mais vasto e poderoso que o RIO.

 

POR QUE RAZÃO MARISA MATIAS E O BE FICARAM À FRENTE DE JOÃO PEIXOTO FERREIRA E DA CDU NO NÚMERO DE VOTOS NAS ELEIÇÕES EUROPEIAS? Porque o MAR ( MARISA) é muito maior do que o PEIXE (PEIXOTO).

 

AS MULHERES FICAM MUITO MAIS FEMININAS USANDO SAIAS (A CAIR ABAIXO DOS JOELHOS) DO QUE USANDO CALÇAS OU MINI-SAIA. Quase ninguém reflecte sobre essa mudança que masculinizou a mulher e retirou encanto e intensidade à atração heterossexual. Acha-se «normal» que a mulher se travista com calças mas o inverso, o uso de saias pelo homem é apontado como anormal. De um site brasileiro retirei o seguinte comentário:

«Durante o período da Segunda Guerra Mundial, as mulheres norte-american...as, que haviam conquistado o direito ao voto no ano de 1920, substituíram os homens nas fábricas e conquistaram, também, o direito ao uso da calça em denim com modelagem adequada ao seu corpo, quando a Levi's lançou a Lady Levi’s 701, em 1935. Deste modo, as mulheres só foram receber a devida atenção da indústria do jeans muito tempo depois dos homens.
Até o começo dos anos 6O não era muito comum uma mulher usar calças, restrito apenas as mulheres ousadas. E hoje, ironicamente, todas as mulheres, com exceção das religiosas, usam calças.»

 

Psicanaliticamente, em minha opinião, o uso generalizado de calças pelas mulheres aumenta o número de homossexuais masculinos. A mulher de calças é psiquicamente mais masculina do que a mulher de saia ou vestido. E corre o risco de ser lançada no Inferno eterno pois desafiou o Deus dos universos em nome da «liberdade de ser o que se quiser».

No Antigo Testamento, no livro do Deuteronómio, 22-5, está escrito: «A mulher não deverá usar roupas masculinas, e o homem não se vestirá com roupas de mulher, pois Yahweh, o teu Deus, tem aversão por toda pessoa que assim procede.»

 

 

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Segunda-feira, 6 de Maio de 2019
Mística Alexandrina Costa e Astrologia Histórica

 

Alexandrina Maria da Costa (30 de Março de 1904, Balasar, distrito do Porto-13 de Outubro de 1955, Balasar) foi uma mística católica, entrevada, que teve visões de Jesus Cristo e da Virgem Maria e que misticamente desposou Jesus (para os ateus e agnósticos: imagina que desposou) e viveu a paixão de Cristo e desceu ao inferno (interpretação do ateu: alucinações). Procuro aqui estabelecer apenas correlações entre esses fenómenos e graus do Zodíaco sem tomar partido, fenomenologicamente. A base factual desta investigação é o livro «Alexandrina» de Humberto Pasquale, Edições Salesianas, Porto,  5ª edição,1985).

 

GRAU 19º-21º DO SIGNO DE CARANGUEJO

JARDIM MÍSTICO,  INFERNO

 

A área 19º-21º do signo de Caranguejo (área 109º-111º de longitude eclíptica) liga-se à visão mística de um jardim celeste, em Alexandrina Costa,  em que Jesus é jardineiro.  Liga-se também à visão do inferno e sensação de estar imerso nele.

 

Em 16 de Novembro de 1944, com Nodo Norte da Lua em 19º 52´/ 19º 43´de Caranguejo, Alexandrina Costa vê um jardim em si mesma e nele Jesus a enlevar-Se entre as flores (sacrifícios de Alexandrina, almas santificadas) que são obra sua.

 

Em 11 de Fevereiro de 1955, com Júpiter em 21º 41´/ 21º 35´ do signo de Caranguejo, Alexandrina Costa vê de novo o símbolo do jardim e Jesus Cristo que lhe diz «Olha, repara no jardineiro Divino, estou a regar as flores do teu jardim, em terreno por Mim cultivado.»

 

Em 13 de Julho de 1917, com Mercúrio em 20º 22´/ 22º 31´ do signo de Caranguejo, a Senhora de Fátima aparece, na Cova da Iria,  aos pastorinhos Jacinta, Lúcia e Francisco Marto e mostra-lhes a visão do inferno com milhões de almas a arder no fogo atormentadas por demónios monstruosos.

 

Em 13 de Agosto de 1945, com Saturno em 19º 3´/ 19º 10´  do signo de Caranguejo, a mística Alexandrina Costa escreve «Sinto-me como se estivesse condenada ao inferno. A minha alma sente aqueles horrorosos suplícios. São os olhos da alma que vêem os demónios atormentadores».

 

Em 6 de Setembro de 1945, com Saturno em 21º 39´/ 21º 45´  de Caranguejo, Alexandrina Costa escreve «O inferno, ai o que é o inferno, o que lá se sofre!». 

 

ÁREA 13º-15º DO SIGNO DE VIRGEM:

SATANÁS

 

A área 13º-15º do signo de Virgem conexiona-se com visões ou possessões de Satanás, o Diabo.

 

Em 7 de Outubro de 1937, com Vénus em 14º 24´/ 15º 37´ do signo de Virgem, Alexandrina Costa, entrevada, sofre possessão momentânea por Satanás, tentando despedaçar-se contra os ferros da cama, morder-se, a ponto de que nem quatro pessoas a conseguem dominar.

 

Em 27 de Setembro de 1944, com Júpiter em 13º 15´/ 13º 27´ do signo de Virgem, Alexandrina Costa escreve "O demónio aparece-me em diversas ocasiões do dia e da noite, ora em forma de homem preso à cintura, ora em forma de leão preso ao pescoço, tentando assaltos tremendos, mas sem nunca conseguir tocar a minha pessoa".

 

ÁREA 3º-4º DO SIGNO DE BALANÇA:

O PARAÍSO CELESTE

 

A área 3º-4º do signo de Balança conexiona-se, nos estados de alma de Alexandrina, com o Paraíso cristão, o Céu de Jesus e do Espírito Santo. 

 

Em 30 de Março de 1945, com Neptuno em 4º 58´/ 4º 56´  do signo de Balança, Alexandrina Costa, no meio de intensas dores místicas, tem a impressão de que a abóbada do Céu desce sobre ela e grita "Que belo!  Que belo! Que luz!  Que luz!".

 

Em 27 de Setembro de 1946, com Sol em 3º 16´/ 4º 15´ do signo de Balança,  Alexandrina Costa escreve "A minha alma gozou um pouco a vida do céu, o gozo da alma na posse do seu Deus. E tive a visão de uma mansão de almas que gozavam a mesma vida divina, todas embebidas no amor de Jesus".

 

ÁREA 15º-16º DO SIGNO DE BALANÇA:

 ALMA VÍTIMA PELOS PECADOS DO MUNDO

 

A área 15º-16º do signo de Balança (graus 195 e 196 de longitude eclíptica para os astrónomos que não gostam de falar em signos ou arcos do céu de 30º cada) conexiona-se com a ideia de alma vítima no catolicismo e na vivência mística de Alexandrina.

 

Em 4 de Julho de 1940, com Nodo Norte da Lua em 16º 4´/ 15º 52´do signo de Balança, Alexandrina Costa oferece-se a Jesus para ser vítima, junto com outras almas do mundo, em união com Nossa Senhora para obter a paz para Portugal e Jesus aceita a oferta e diz-lhe que «Portugal será salvo».

 

Em 10 de Março de 1950, com Neptuno em 16º 42´/ 16º 41´ do signo de Balança, Jesus mostra misticamente a Alexandrina Costa a necessidade de multiplicar as almas vítimas no mundo.

 

ÁREA 0º-3º DO SIGNO DE ESCORPIÃO:

PURGATÓRIO

 

A área 0º-3º do signo de Escorpião indica o Purgatório, lugar de expiação dos pecados cometidos na vida terrena.

 

Em 31 de Outubro de 1943, com Mercúrio em 0º 2´/ 1º 42´do signo de Escorpião, Alexandrina Costa sofre, misticamente, as penas das almas do Purgatório. 

 

Em 21 de Julho de 1982, com Júpiter em 1º 14´/ 1º 18´ do signo de Escorpião, a Virgem Maria diz aos videntes de Medjugorge que «No purgatório há muitas almas, há mesmo pessoas consagradas a Deus, padres e religiosas, rezai mem sua intenção pelo menos sete Pai Nosso, Avé Maria, Glória e o Credo, eu recomendo-vos, há muitas almas que estão no purgatório há muito tempo, porque ninguém reza por elas».

 

Em 4 de Novembro de 1982, com Mercúrio em 1º 34´/ 3º 13´ do signo de Escorpião, a Virgem Maria, em aparição em Medjugorge, diz aos videntes sobre a visão que uma pessoa teve em Mostar «Foi uma visão verdadeira. Eram almas do purgatório da sua família. É preciso rezar por elas.»

 

ÁREA 7º-8º DO SIGNO DE ESCORPIÃO:

CONSAGRAÇÃO DO MUNDO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

 

A área 7º-8º do signo de Escorpião articula-se com a ideia de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria.

 

Em 20 de Março de 1939, com Nodo Norte da Lua em 9º 0´/ 8º 53´ do signo de Escorpião,  Jesus diz a Alexandrina Costa, a respeito do novo papa católico romano, que »é este Papa que consagrará o mundo ao Coração de Minha Mãe»

 

Em 16 de Junho de 1939, com Nodo Norte da Lua em 7º  37´/ 7º 32´ do signo de Escorpião, Marte em 4º 25´/ 4º 30´ do signo de Aquário, Alexandrina Costa sente que Jesus lhe pede para que inste com o papa de Roma para que faça a Consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria.

 

Em 31 de Outubro de 1942, com Sol em 6º 55´/ 7º 56´do signo de Escorpião, em cerimónia pública, o Papa Pio XII consagra o mundo ao Imaculado Coração de Maria atendente aos pedidos que a mística Alexandrina Costa lhe fez de Portugal, no momento crítico da II Guerra Mundial em que as tropas alemãs de Rommel avançavam sobre o Canal de Suez e a União Soviética de Estaline era invadida pelos exércitos de Hitler.

 

ÁREA 1º-4º DO SIGNO DE AQUÁRIO:

CONSAGRAÇÃO DO MUNDO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

 

A área 1º-4º do signo de Aquário conexiona-se com a ideia de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria.

 

Em 16 de Junho de 1939, com Marte em 4º 25´/ 4º 30´ do signo de Aquário, Alexandrina Costa sente que Jesus lhe pede para que inste com o papa de Roma para que faça a Consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria.

 

Em 5 de Abril de 1941, com Marte em 1º 44' / 2º 26´ de Aquário,  Jesus pede com insistência à entrevada Alexandrina Costa a consagração do Mundo ao Coração de Maria.

 

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Sexta-feira, 3 de Maio de 2019
Área 27º-29º de Carneiro e 0º de Touro: atentados

 

A passagem do Sol, Nodo da Lua ou de um planeta em 27º, 28º e 29º do signo de Carneiro e 0º do signo de Touro é condição necessária mas insuficiente para gerar atentados em França, no Sri Lanka, na Nova Zelândia ou em outro país.

 

Em 6 de Junho de 2017, com Vénus de 29º 42´ de Carneiro a 0º 41´ de Touro,  o argelino Farid Ikken, jornalista independente na Suécia, em Upsala, militante do Estado Islâmico, grita «isto é pela Síria!" e ataca com um martelo um agente da polícia no adro da Catedral de Notre-Dame, em Paris, um outro polícia francês responde a tiro e o Ikken é ferido e levado para o hospital.

 

Em 19 de Junho de 2017, com Úrano em 27º 43´/ 27º 45´ de Carneiro, ao volante de uma viatura com vários explosivos, um homem de 31 anos, terrorista islâmico, choca contra uma carrinha da polícia, sem provocar feridos nos campos Elisios em Paris, perto do palácio presidencial, e é abatido a tiro pela polícia.

 

Em 12 de Maio de 2018, com Mercúrio em 27º 42´/ 29º 12´ de Carneiro, um jovem francês de 21 anos, Khamzat Azimov, nascido na Chechênia ataca à facada várias pessoas gritando «Alá é grande» deixando um morto e quatro feridos na Rua Momsigny no movimentado Bairro da Ópera, em Paris, e é abatido a tiro pela polícia.

 

Em 15 de Março de 2019, com Úrano em 0º 24´/ 0º 27´ de Touro, Brenton Tarrant, um australiano supremacista branco de 28 anos, fortemente armado, ataca a Mesquita Al Noor em Deans Ave, Riccarton, na área da cidade de Christchurch, Nova Zelândia, por volta das 13.40, hora local, matando 42 das cerca de 300 pessoas que estavam na mesquita e transmitindo durante 16 minutos pelo Facebook o ataque ao vivo, outro atirador islamofóbico assassina a tiro 7 pessoas no Centro Islâmico de Linwood e outra pessoa é abatida no Hospital Christchurch, gerando mais de 50 feridos.

 

Em 21 de Abril de 2019, com Sol em 0º 36´ / 1º 35´ de Touro, oito explosões abalam em menos de cinco horas quatro hotéis de luxo e uma igreja católica em Colombo, capital do Sri Lanka, e em Batticaloa e matam 45 adolescentes crianças, sendo igrejas, hotéis e uma zona habitacional o alvo escolhido, atentados do Daesh que provocam um total de 359 mortos, incluindo 7 suicidas, e cerca de 500 feridos.

 

Algumas das próximas datas em que o Sol, um Nodo da Lua ou um planeta passam em 27º a 29º do signo de Carneiro e 0º do signo de Touro são: de 5 a 7 de Maio de 2019 (Mercúrio); de 12 a 16 de Maio de 2019 (Vénus).

 

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