Quarta-feira, 5 de Setembro de 2018
«Dicionário de Filosofia e Ontologia, Dialética e equívocos dos filósofos» de Francisco Limpo Queiroz, edições Colibri

dicionário fil capa.jpg

 

À venda por correio este original Dicionário de 532 páginas. Preço de Venda ao Público: 20 euros. Portes de correio para Portugal: 3 euros. Pagamento por transferência bancária. Edição limitada. Encomende já.

 

Preço com portes de envio por correio para Portugal: 23 euros.

Preço com envio por correio para o Brasil: 32 euros.

Preço com portes de envio por correio para Espanha: 27 euros.

 

Pagamento por Transferência para a conta bancária com o IBAN: PT50 0269 0178 00204264578 90.

 

Contacto para indicar o processo de venda: francisco.limpo@gmail.com

 

 

 

O lançamento da obra a nível nacional será na sexta feira 28 de Setembro de 2018, às 21.30 horas, na Biblioteca Municipal de Beja.

 

Eis um excerto do item DIALÉTICA (LEIS DA):

11. (Lei dos géneros e das espécies; da lavra do autor deste dicionário)
«Correntes ou espécies que, no essencial, pertencem, respectivamente, a espécies e géneros diferentes não podem ser classificadas no mesmo nível, incluídas na mesma espécie ou género porque são colaterais, não directamente relacionadas entre si, não excludentes entre si. Os contrários e semi-contrários são espécies do mesmo género, as espécies que, essencialmente, são de géneros diferentes, designadas de colaterais, não colidem entre si e por isso não se situam no eixo de tese-antítese-síntese que funciona dentro de cada género. Cada espécie está contida integralmente em um ou mais géneros, isto é, nos seus géneros essenciais e intersecta parcialmente outras espécies ou géneros ditos por isso géneros acidentais, formando um sistema de múltiplas argolas». Assim, realismo (a matéria é real em si mesma fora das mentes humanas) e idealismo (a matéria é irreal, é meras ideias e sensações nas mentes humanas) são teorias contrárias que funcionam dentro do mesmo género essencial,o género ontologia, ou teoria do ser, sendo a fenomenologia (vemos o mundo material fora de nós mas não sabemos se é extramental, real, ou não misto, semicontrária ou intermédia. Mas pragmatismo (o que importa é agir e ter resultados práticos, deixando de lado as especulações) é um colateral aos três – a colateralidade pode ser definida como justaposição –. porque pertence ao género praxiologia ou ergologia, isto é, ação/contemplação, e pode haver realismo pragmático, idealismo pragmático e fenomenologia pragmática. Pragmatismo intersecta parcialmente as espécies realismo, idealismo e fenomenologia, não as contém por inteiro como um género, como por exemplo, a espécie homem estar por inteiro contida no género animal. Por isso, pragmatismo deveria ser designado de género transversal ou acidental, isto é, género que intersecta acidental e parcialmente, como colateral, espécies de um outro género contrárias entre si. Também R.M.Hare ignora esta lei dialética ao colocar em oposição naturalismo e intuicionismo: ora naturalismo pertence ao género região ontológica e intuicionismo pertence ao género modo de captar o ser (por intuição; por raciocínio,etc).»



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 12:42
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Equívocos da Lógica Proposicional: disjunção inclusiva e disjunção exclusiva

Um dos equívocos da lógica proposicional é a falaciosa distinção entre disjunção inclusiva e disjunção exclusiva. No Manual Essencial  Filosofia 11º em voga em muitas escolas do ensino secundário em Portugal lê-se: 

 

«A disjunção inclusiva é representada por V.

«A disjunção exclusiva é representada por W.

Por exemplo: 

«Os livros estão escritos em prosa ou em poesia».

 

                                      PVQ

«Os livros estão escritos ou em prosa ou em poesia».

 

                                      PWQ

 

Neste último sentido, é claro que uma alternativa exclui por si só a outra».

 

(Amândio Fontoura, Mafalda Afonso e Maria de Fátima Vasconcelos, Essencial Filosofia 11º, Santillana, pág 71).

 

Esta distinção é uma falácia. Dizer, por exemplo, «Vou ao Porto ou vou a Lisboa» (disjunção inclusiva segundo esta lógica) é o mesmo que dizer «Ou vou ao Porto ou vou a Lisboa» (disjunção exclusiva segundo esta lógica proposicional). A disjunção é exclusiva em ambos os casos: ir ao Porto exclui, no mesmo instante, ir a Lisboa. O «ou..ou» é apenas uma forma mais enfática de dizer «ou». Na substância, não há diferença alguma entre estas «duas» disjunções.

 

Andam os professores a ensinar erradamente os seus alunos. E o lobby dos catedráticos da filosofia analítica que assenta na lógica proposicional conseguiu impor esta última como obrigatória e exclusiva no programa de filosofia do 10º ano do ensino secundário em Portugal. Gravíssimo. Uma pseudociência do pensamento, uma formalização parcialmente arbitrária deste, elevada a tema central da filosofia!

 

A FALSA REGRA DA «DISJUNÇÃO EXCLUSIVA»

 

Há leis erróneas na lógica proposicional. Como a seguinte:

 

«Regra da disjunção exclusiva: A disjunção exclusiva é verdadeira quando as proposições simples apresentam valores lógicos diferentes. É falsa quando as proposições são ambas verdadeiras ou ambas falsas

(Amândio Fontoura, Mafalda Afonso e Maria de Fátima Vasconcelos, Essencial Filosofia 11º, Santillana, pág 72).

 

Eis um exemplo que atesta o erro desta regra: a disjunção exclusiva PWQ «Ou o inverno é necessário à natureza (P) ou o verão é necessário à natureza (Q).» Ambas as proposições P e Q são verdadeiras e a disjunção é verdadeira mas segundo a regra acima deveria ser falsa.  

 

A FALSA REGRA DA «DISJUNÇÃO INCLUSIVA»

A lei da «disjunção inclusiva» é também errónea. É enunciada assim:

 

«Regra da disjunção inclusiva: a disjunção inclusiva de duas proposições é verdadeira em todos os casos, excepto quando as duas proposições simples são ambas falsas.»

(Amândio Fontoura, Mafalda Afonso e Maria de Fátima Vasconcelos, Essencial Filosofia 11º, Santillana, pág 72).

 

Eis um exemplo que atesta o erro desta regra: a disjunção inclusiva PVQ «Somos portugueses (P) ou somos europeus (Q).» Ambas as proposições P e Q são verdadeiras, contudo a disjunção é falsa porque não podemos extrinsecar portugueses de europeus, mas segundo a regra acima é uma disjunção...«verdadeira».

 

Esta lógica proposicional é para deitar fora: foi concebida por sujeitos que vivem fora da realidade filosófica e científica. É típica de subpensadores.

 

NOTA: COMPRA O NOSSO «DICIONÁRIO DE FILOSOFIA E ONTOLOGIA», 520 páginas, 20 euros (portes de correio para Portugal incluídos), CONTACTA-NOS.

 

www.filosofar.blogs.sapo.pt

  f.limpo.queiroz@sapo.pt

 

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz

 



 

 



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 11:56
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