A astrologia desportiva é complexa. Um dos métodos para adivinhar o resultado predestinado de um jogo de uma equipa de futebol é estudar o horóscopo (carta do céu da hora de nascimento) do treinador.
Fernando Santos nasceu a 10 de Outubro de 1954, quando o planeta Saturno se achava entre 9º 0´ e 9º 7´ do signo de Escorpião. Santos é um saturniano, porque Escorpião exalta os planetas que nele habitam momentaneamente.
Ora, neste 30 de Junho de 2018, dia do jogo Portugal-Uruguai, Marte está em 9º 9´/ 9º 7´ do signo de Aquário, formando um ângulo de 90º (quadrado) praticamente exacto à posição de Saturno em 10 de Outubro de 1954. É um ângulo que exprime, em regra, desafio, azar, acidente, conflito.
É provável que represente frustração de Fernando Santos pelo facto de Portugal ser eliminado pela seleção do Uruguai. Mas pode dar-se o caso de a desilusão ou tensão nervosa de Fernando Santos não implicar a derrota de Portugal mas um facto negativo não desportivo da vida pessoal de Fernando Santos como, por hipótese, um acidente grave de um familiar, um assalto à sua residência, etc.
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz
Osho (1931-1991), o filósofo indiano guru do Zen, defendeu o vazio da existência, a inutilidade do ensino e a ausência de verdade. Escreveu:
«Alguém me perguntava:
-Como é que consegue continuar a falar todos os dias?
Eu disse:
- Porque não há nada para ser ensinado.
Um dia você vai senti-lo subitamente - que eu não estou a falar, que eu não estou a ensinar. Você compreende que não há nada para ser ensinado porque não há verdade.»
«Que disciplina é que eu lhe estou a dar? Nenhuma? Uma mente disciplinada é de novo uma mente ainda mais teimosa, mais rígida; uma mente disciplinada é mais estúpida. Repare nos monges disciplinados por todo o mundo - cristãos, hindus, jainistas. Onde quer que você veja um homem que esteja absolutamente disciplinado, vai encontrar uma mente estúpida por detrás. O fluir foi imobilizado. Ele está tão preocupado em encontrar alguma coisa, que está pronto a fazer o que quer que você diga. (...)
«Eu não lhe estou a dar nenhuma realização, nenhum desejo; não há nada para alcançar e para realizar.»
(Osho, Inteligência, a resposta criativa ao Agora, Bertrand Editora, 2012, pp. 134-135; o destaque a bold é posto por nós).
È óbvio que a tese de Osho de que não há verdade é falsa. A natureza está cheia de leis deterministas - a sucessão das estações do ano, as fases da lua, o crescimento, maturidade, envelhecimento e morte dos seres vivos, etc. - que constituem verdade.
A frase «não há verdade» pode apenas aplicar-se de forma restrita à metafísica, às teorias sobre Deus e deuses, paraíso /nirvana ou infernos, vida das almas no além. Sobre isso, nada sabemos. Temos fé - ou não temos.
É também uma falsidade a tese «não há nada para alcançar e para realizar.» Diariamente, há que alcançar sobreviver, alimentar-se, descansar, dormir algumas horas e manter uma habitação e uma cama para esse fim, ler livros ou jornais, praticar desporto, conversar, fazer ou manter amigos, fazer amor, viajar, etc.
Osho tinha 93 automóveis de luxo Rolls Royce e relógios caríssimos graças aos pagamentos que os seus fiéis ou as televisões lhe faziam. Como podia dizer que «não há nada para alcançar e para realizar.»?
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Astrología y guerra civil de España de 1936-1939, de Francisco Limpo Queiroz
© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)
Em 17 de Julho de 1994, com Vénus em 6º 27´ / 7º 34´ de Virgem, Júpiter em 5º 6´/ 5º 9´ de Escorpião, o Brasil empata 0-0 com a Itália e vence por 3-2 nas grandes penalidades na final do Campeonato do Mundo de Futebol em Los Angeles.
Em 15 de Julho de 2018, com Vénus em 5º 27´/ 6º 33´ de Virgem, Júpiter em 13º 22´/ 13º 23´ de Escorpião, realiza-se a final do Campeonato do Mundo de Futebol na Rússia.
Uma indução simples mas arriscada dirá: o Brasil será o vencedor deste Mundial de 2018. Esta indução (conhecimento que vai do particular ao geral) pode falhar, porque há outras posições planetárias em outros graus do Zodíaco (círculo celeste) a considerar.
Em 25 de Junho de 1978, com Marte em 6º 4´ / 6º 37´ de Virgem, a Argentina vence por 3-1 a Holanda na final do Campeonato do Mundo de Futebol no Estádio Monumental, em Buenos Aires.
Outra indução arriscada dirá: a Argentina será finalista com o Brasil. Porque também se liga ao grau 6 do signo da Virgem.
Os professores catedráticos, os investigadores das ciências, os filósofos troçam da astrologia histórica, que desvenda leis deterministas - interpretadas como regularidades estatísticas. As universidades excluem a astrologia científica e as televisões promovem os semi astrólogos que vendem livros de previsões «para os 12 signos do Zodíaco», como Paulo Cardoso, intrujões de retórica pseudo-científica que desprestigiam a astrologia como ciência.
A cultura oficial, anti astrologia histórica, está dirigida por intelectuais de segunda e terceira qualidade, estúpidos a ponto de negarem a predestinação astral de tudo o que ocorre na Terra.
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De 12 em 12 anos Júpiter percorre durante cerca de um ano o signo de Escorpião - de 210º a 240º de longitude eclíptica - e tem dado a vitória a duas seleções: Itália e Brasil. Vejamos.
Em 11 de Julho de 1982, com Júpiter em 0º 42´/ 0º 44´ de Escorpião, a Itália conquista o título de campeã do mundo de futebol ao vencer por 3-1 a República Federal da Alemanha no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid.
Em 17 de Julho de 1994, com Júpiter em 5º 6´/ 5º 9´ de Júpiter, o Brasil empata 0-0 com a Itália e vence por 3-2 nas grandes penalidades na final do Campeonato do Mundo de Futebol em Los Angeles.
Em 9 de Julho de 2006, com Júpiter em 8º 59´/ 9º 0´ de Escorpião, a Itália é campeã do mundo de futebol ao empatar 1-1 com a França e vencer 5-3 em grandes penalidades.
Em 15 de Julho de 2018, com Júpiter em 13º 22´/ 13º 23´de Escorpião, final, em Moscovo, do Mundial de Futebol.
Se considerar isoladamente a posição de Júpiter o prognóstico será: Brasil, campeão do mundo em 2018. Segundo nos parece, Brasil e Itália são de idiossincrasia Júpiter, e este é exaltado ao transitar o signo de Escorpião.
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Em 25 de Junho de 2018, com Mercúrio em 23º 14´/ 24º 54´do signo de Caranguejo, a seleção de Portugal defrontará a do Irão no Mundial de Futebol na Rússia.
Alguns escassos exemplos parecem, estatisticamente, sugerir a vitória de Portugal sempre que o jogo se disputa quando Mercúrio transita a área 22º-24º do signo de Caranguejo o que sucede, em regra, uma vez por ano durante dois ou três dias no mês de Junho ou no mês de Julho.
Em 30 de Junho de 1991, com Mercúrio em 22º 13´/ 24º 6´de Caranguejo, Portugal torna-se campeão do mundo de futebol sub-21 ao vencer por grandes penalidades (4-2) o Brasil, após prolongamento com 0-0, no estádio da Luz; em 21 de Junho de 2012, com Mercúrio em 23º 15´ / 24º 40´ de Caranguejo, Portugal vence por 1-0 a República Checa e passa aos quartos-de-final do europeu; em 10 de Julho de 2016, com Mercúrio em 21º 35´/ 23º 43´ de Caranguejo, Portugal sagra-se campeão da Europa em futebol senior ao vencer por 1-0 a França.
Mas esta previsão é incompleta, falível, pois há outras posições planetárias a considerar.
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Na Prova 714 de Exame Nacional de Filosofia, 11º ano de escolaridade em Portugal, 1ª fase, de 18 de Junho de 2018, algumas das 10 perguntas de escolha múltipla, valendo 8 pontos cada, estão construídas sem clareza dialética. Consideremos, por exemplo, a questão 2 do Grupo I.
«2. Imagine que um agente poderoso fazia recuar o tempo até um qualquer ponto do passado, para que, a partir daí, mantendo-se as leis da natureza, a história recomeçasse.
Qual das situações seguintes poria em causa o determinismo radical?
(A) As deliberações dos agentes seriam causadas por acontecimentos anteriores.
(B) Em alguns casos, haveria alternativas aos acontecimentos da história.
(C) Teríamos a ilusão de que haveria mais que um futuro possível.
(D) Ocorreriam acontecimentos que não teríamos sido capazes de prever.»
Crítica nossa: A definição correcta de determinismo radical, que não existe em muitos manuais e autores de filosofia, é a seguinte: nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos e não existe o livre-arbítrio. A noção de repetição infalível (necessidade) é característica do determinismo radical que nem por isso se converte em fatalismo. Ora o determinismo radical não exclui o acaso, isto é, um certo grau de imprevisibilidade nos acontecimentos da natureza: diz a ciência oficial que a vida na Terra nasceu das águas numa combinação fortuita de aminoácidos (acaso agindo sobre uma base determinista). Assim, as hipóteses B), C) e D) que para os autores da prova ou para outros parecem invalidar o determinismo radical, não invalidam este.
Por outro lado, a definição implícita na hipótese A - o determinismo radical implica que os agentes decidam sem liberdade, impelidos por leis da natureza anteriores a cada acto - também não põe em causa o determinismo radical. Em suma, a questão está confusa, mal construída.
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Osho (11 de Dezembro de 1931- 19 de Janeiro de 1991) o filósofo indiano anarco-budista distinguiu entre mente e não mente, entre pensamento e eu isento de mente. Escreveu:
«O que é que é real? O arco-íris existe? Você pode tornar-se uma borboleta no sonho. E tornou-se uma mente neste sonho maior a que chama vida. Quando desperta não alcança um estado mental desperto, alcança um não estado de mente, alcança a não mente.»
«O que significa a não-mente? É difícil de explicar. Mas às vezes, não sabendo, você alcança-a. Pode não a ter reconhecido. Às vezes, estando apenas vulgarmente sentado, sem fazer nada, não há pensamentos na mente - porque a mente é só o processo de pensar. Não é uma substância, é só um processamento. (..)»
«A mente é tal como uma multidão; os pensamentos são os indivíduos. E como os pensamentos existem continuamente, você pensa que o processo é substancial. Largue cada pensamento individual e no final não há nada.»
«A mente não existe como tal, só o pensamento.»
«Os pensamentos movem-se tão depressa que entre dois pensamentos você não consegue ver o intervalo. Mas o intervalo está lá sempre. Esse intervalo é a sua pessoa. (...)».
«Se pensar que está num estado mental iluminado, este é mais uma vez um pensamento e, quando o pensamento está lá, você não está. Se sente que é um buda isto é um pensamento. A mente entrou; agora o processo de pensar está presente, mais uma vez o céu está nublado, o azul perdeu-se. Já não consegue ver o azul infinito.»
«Entre dois pensamentos, tente estar alerta - olhe para o intervalo, para o espaço no meio deles. Você não vai ver mente nenhuma; essa é a sua natureza. Porque os pensamentos vão e vêm - são acidentais - mas esse espaço interior permanece sempre. As nuvens juntam-se e partem - são acidentais - mas o céu fica. Você é o céu.»
(Osho, Inteligência, a resposta criativa ao agora, Bertrand Editora, 2012, pp 128-129; o destaque a bold é posto por nós).
A não mente é não pensar, não se preocupar com nada, colocar-se num estado de relaxamento, de desprendimento, de inocência. A não mente é o fundo vazio e permanente da existência, o verdadeiro Eu, o Tao, a mente é a sucessão das formas mentais mais ou menos ilusórias, centradas na aquisição de saúde, dinheiro, prestígio, favores sexuais, poder profissional e político, que compõem a cura ou cuidado (Sorge) na filosofia de Heidegger.
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Charles Margrave Taylor, nascido em 5 de Novembro de 1931, na cidade de Montreal, no Canadá, professor emérito de Filosofia e Ciência Política na Universidade de McGill, é um filósofo que faz uma crítica subtil à filosofia igualitarista em voga - a que chamaremos relativismo nivelador e Taylor designa por relativismo brando - que eleva a homossexualidade a um estatuto científico e social idêntico ao da heterossexualidade.
Escreve Taylor:
«O termos certa impressão das coisas nunca pode constituir base suficiente para respeitar a nossa posição, porque a nossa impressão não pode determinar o que é significativo. O relativismo brando autodestrói-se.»
«As coisas adquirem importância contra um fundo de inteligibilidade. Chamaremos a isto horizonte. Deduz-se que uma das coisas que não podemos fazer, se temos de nos definir significativamente, é suprimir ou negar os horizontes contra os que as coisas adquirem significado para nós. Este é o tipo de passo contraproducente que se dá com frequência na nossa civilização subjectivista. Ao acentuar a liberdade de escolha entre certas opções, muito frequentemente deparamos com o facto de que privamos as opções do seu significado. Existe, por exemplo, um certo discurso de justificação de orientações sexuais não convencionais. Há pessoas que desejam sustentar que a monogamia heterossexual não é a única forma de conseguir a realização sexual, que aqueles que se inclinam pelas relações homossexuais, por exemplo, não deveriam ter a impressão de que empreendem um caminho secundário, menos digno de recorrer. Isto encaixa bem na moderna compreensão da autenticidade, com a sua noção de diferença, de originalidade, de aceitação da diversidade. Tentarei ampliar estas conexões mais adiante. Mas por mais que o expliquemos, está claro que esta retórica da "diferença", da "diversidade" (inclusive do "multiculturalismo") resulta central para a cultura contemporânea da autenticidade.»
«Mas em algumas das suas formas, este discurso desliza para uma afirmação da própria escolha. Toda a opção é igualmente valiosa, porque é fruto da livre escolha, e é a livre escolha a que lhe confere valor. O princípio subjectivista que subjaz ao relativismo débil está aqui presente. Ainda que isto nega explicitamente a existência de um horizonte de significado, pelo qual algumas coisas valem a pena e outras algo menos, e outras não valem a pena em absoluto, muito antes da escolha. Mas nesse caso a escolha da orientação sexual perde todo o significado especial.»
(Charles Taylor, Horizontes ineludibles, em Carlos Gómez (ed.), Doce Textos Fundamentales de la Ética del siglo XX, Alianza Editorial, pp 234-235, extraido do livro de Taylor La ética de la autenticidad, Barcelona, Paidós, 1994, capítulo 4, pp. 67-76, o bold é destaque posto por nós).
E defendendo a existência de valores sociais como o primado da heterossexualidade, da solidariedade, etc., Taylor, classificando tacitamente de "narcísica" e "inautêntica" a homossexualidade, escreve:
«O agente que busca significado para a vida, tratando de defini-la, dando-lhe um sentido, há-de existir em um horizonte de questões importantes. É isto que resulta contraproducente nas formas de cultura contemporânea que se concentram na auto-realização por oposição às exigências da sociedade, ou da natureza, que se fecham à história e aos laços de solidariedade. Estas formas "narcisistas" e egocêntricas são desde logo superficiais e trivializadas; são "estreitas e planas", como diz Bloom. Mas isto não sucede assim porque pertençam à cultura da autenticidade. Ocorre, pelo contrário, porque fogem das suas estipulações.»
(Charles Taylor, Horizontes ineludibles, em Carlos Gómez (ed.), Doce Textos Fundamentales de la Ética del siglo XX, Alianza Editorial, pág 37, extraido do livro de Taylor La ética de la autenticidad, Barcelona, Paidós, 1994, capítulo 4, pp. 67-76, o bold é destaque posto por nós).
A lei da atração dos contrários inteligível na heterossexualidade, no par homem-mulher, torna-se ininteligível no plano físico-visual na homossexualidade, com o par homem-homem. Se ensinarmos na escola do primeiro ciclo que tanto faz um menino beijar na boca uma menina como beijar na boca um menino, criamos uma ideologia e uma educação perversas, que não distinguem entre valores superiores e valores inferiores.
É óbvio que a homossexualidade masculina representa um desiquilíbrio psíquico e fisiológico: um homem que se submete sexualmente a outro homem perde a confiança em si mesmo e, ademais, a relação homossexual comporta geralmente penetração anal e o ânus é um orgão excretor de resíduos fecais, absolutamente impróprio para sexo. Freud, Jung e Adler não estão ultrapassados na ciência do psiquismo ao classificarem a homossexualidade como desvio, distorsão do Eros. Todos os psiquiatras e teóricos modernos adeptos da tese de que «é tão normal ser heterossexual como ser homossexual» estão errados, fazem o discurso do "politicamente correcto". Nenhum médico ousaria dizer que "é tão normal ser diabético com 140 mg/ dl de glucose no sangue como não ser diabético com 85 mg/dl de glucose no sangue"...
O argumento hedonista de que «sexo anal dá prazer» não tem solidez face aos danos corporais, visíveis ou não, que provoca nos esfíncteres, na parede intestinal e no coração.
Demonstrou-se que a frição do pénis ou de um objecto similar dentro do intestino recto faz migrar as bactérias fecais para o coração criando neste uma doença chamada endocardite bacteriana, comum à generalidade dos homossexuais - e também às mulheres que consentem relações sexuais anais. Este é um argumento muito forte a favor da superioridade das relações heterossexuais pénis-vagina.
No entanto, o direito à homossexualidade é inquestionável, juridicamente falando, e os homossexuais devem ser defendidos contra agressões homófobas, estimados, compreendidos, sem embargo de a homossexualidade ser criticada. Mas não deveriam ter o direito de adoptar crianças.
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Toda a filosofia de Heidegger assenta em um paradoxo: na indefinição do ser correlata à definição de entes distintos do ser. Heidegger escreveu:
«1. O "ser" é o mais universal dos conceitos (...) Mas a "universalidade" do "ser" não é a do género. O "ser" não atinge a mais alta região dos entes enquanto articulados estes a respeito dos conceitos de género e espécie (...) A universalidade do ser é "superior" a toda a universalidade genérica.»
«2. O conceito de "ser" é indefinível. É o que se concluiu da sua suprema universalidade. (...) O ser não é susceptível de uma definição que o derive de conceitos mais altos ou o explique pelos mais baixos.» (...)
«3. O "ser" é o mais compreensível dos conceitos. Em todo o conhecer, enunciar, em todo o conduzir-se relativamente a um ente, em todo o conduzir-se em relação a si mesmo, se faz uso do termo "ser" e o termo é compreensível "sem mais".»
(Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pp 12-13).
Se o ser é impossível de definir, é incoerente dizer que «é o mais compreensível». Se é compreensível, tem definição. Para a generalidade dos crentes em Deus ou deuses, estes têm definição ainda que nunca os tenham visto: «espírito universal, criador ou regedor do universo, fonte do bem», «espírito universal, fonte do bem e do mal», «espíritos com poderes sobrenaturais», etc. E prossegue Heidegger:
«O ser, tema fundamental da filosofia, não é o género de nenhum ente e, sem embargo, toca a todo o ente. Há que buscar mais alto a sua "universalidade" . O ser e a sua estrutura estão por cima de todo o ente e de toda a possível determinação de um ente que seja ela mesma ente. O ser é o transcendens pura e simplesmente. (Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pág 48).
Mas enquanto proclama indefinível o ser Heidegger fala da agressão do ente e do afastamento deste relativamente ao ser:
«O esquecimento da verdade do ser, em favor da agressão do ente impensado na sua essência, é o sentido da «decaída» nomeada em Ser e Tempo. » (Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 69).
Se o ser é indefinido como se pode definir o esquecimento da verdade do ser? O esquecimento é esquecimento de algo que tem definição porque traça limites. Vamos a casos concretos:
1) Defender a democracia liberal, que comporta liberdades individuais, é esquecer a verdade do ser ou é afirmar esta?
2) Cultivar o olival superintensivo, alimentado com mangueiras de borracha por onde circulam produtos químicos, em vez do olival tradicional é esquecer a verdade do ser ou afirmar esta?
Heidegger não concretiza. Ele é um hábil obscurantista, um dos últimos defensores da metafísica tradicional, ainda que procure demarcar-se desta e ultrapassá-la supostamente. Com a arrogância que o caracteriza afirma:
«A Metafísica, porém, somente conhece a clareira do ser, ou desde o olhar que nos lança aquilo que se nos presenta no aspecto ideia ou criticamente, como o objecto da perspectiva de representação categorial por parte da subjectividade.»
(Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 68).
E Heidegger? Conseguiu ir além da clareira do ser? Não, pois nada sabe dizer-nos sobre o ser além da sua universalidade de tocar a todos os entes. Apesar de delinear as modalidades do ser - o ser aí, o ser no mundo, o ser com, o ser junto a, o ser diante dos olhos, etc. - Heidegger nada nos diz sobre o que é o ser. Limita-se a isto:
«Mas o ser - que é o ser? Ser é o que é mesmo. Experimentar isto e dizê-lo é a aprendizagem pela qual deve passar o pensar futuro - não é Deus, nem o fundamento do mundo. O ser é mais longínquo do que qualquer ente e está mais próximo do homem do que qualquer ente, seja este uma rocha, um animal , uma obra de arte, uma máquina, seja um anjo de Deus. O ser é o mais próximo. E contudo, a proximidade permanece, para o homem, a mais distante. O homem atém-se primeiro e para sempre ao ente.»
(Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 67).
Para Parménides o Ser é definível: uno, homogèneo, esférico, contínuo, incriado, imóvel, eterno, sempre o mesmo, pensável, situado além da mudança e do movimento, da ilusão do crescimento, declínio e morte e da ilusão da multiplicidade e alteração das cores e das estações do ano. Para Heidegger, não: o ser é indefinível.
E Heidegger acusa a ontologia tradicional de confundir o ser com o tempo. Só ele, Heidegger, seria "o descobridor" de uma nova via para o ser. É uma intrujice porque a frase «Ser é o que é mesmo» foi importada de Parménides e tem implícita em si a noção de tempo: o ser é eterno, incriado e eternidade é o tempo levado ao grau infinito. Não é possível estudar o ser sem o tempo, do mesmo modo que na teoria da relatividade de Einstein o espaço e o tempo são indissociáveis, falando-se do espaço-tempo.
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A posição de Saturno no dia de nascimento de Marcelo Rebelo de Sousa - que designamos por Saturno natal de Marcelo - será percorrida por Vénus na final do Mundial de futebol na Rússia. Que significará? O presidente Marcelo nasceu a 12 de Dezembro de 1948, com Saturno em 6º 11´ de Virgem.
No próximo dia 15 de Julho de 2018, Vénus passará em 5º 27´/ 6º 33´ de Virgem, sobre o Saturno natal de Marcelo Rebelo de Sousa. Saturno é maléfico, Vénus é benéfico, segundo a tradição. Jogará Portugal a final do Mundial da Rússia nesse dia?
Pode o horóscopo natal de um presidente da república indicar a tonalidade vitoriosa ou derrotada da seleção de futebol do seu país em um dado dia?
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