MAS ESSES ONZE FUTEBOLISTAS, PAGOS A PESO DE OURO, DA CAMADA SUPERIOR DA MÉDIA BURGUESIA SÃO «PORTUGAL»? Perderam por 4-0 ante a Alemanha hoje, 16 de Junho. E depois? Não foi Portugal que perdeu - Portugal é o povo trabalhador e a intelectualidade culta e honesta. Quem perdeu foi o António Mexia, o Pinto Balsemão, o Ricardo Espírito Santo e outros membros da alta burguesia que usam o Cristiano milionário e os outros para narcotizarem os portugueses com as vitórias... «deles».
A BELEZA QUE FOGE- Todos nós, homens e mulheres, somos nostálgicos da beleza que foge: uma ruga que aparece, cabelos brancos, um ponto escuro na pele, etc, fazem diminuir a beleza física de cada um. Já tivemos 16, 20, 25 anos - e éramos belos ou belas. Ser velho é ser fisicamente feio, ainda que possamos admitir que a beleza do pensamento (clareza, profundidade) e a beleza de alguns sentimentos (compreensão, etc) aumentem com o envelhecer, antes do Alzheimer e da senilidade em geral.
STASIS, STALIN e ESTADO - A palavra "stasis" em grego clássico designa repouso. Daí o termo «estática», na língua portuguesa. O nome STALIN, do ditador vermelho que de 1922 a 1953 dirigiu a política da URSS, sugere também REPOUSO: Stalin realizou a colectivização de terras em 1929-1932 e fez PARAR e retroceder a revolução soviética, eliminando policialmente os defensores da democracia operária (marxistas libertários, trotskistas, etc). ESTADO sugere ESTÁTICA: o Estado estabiliza através de leis e fiscalização burocrática a vida de um país.
A RELAÇÃO MAIS INTERESSANTE é a que une o homem de 50-60 anos à mulher de 20-25 anos. Ele encontra uma segunda juventude nela, como se se banhasse num lago mágico de rejuvenescimento. E ela encontra nele o charme, a segurança, a sabedoria. O outono apaixonado pela primavera e vice-versa.
UM AMOR SEM ACTOS SEXUAIS: O VERDADEIRO AMOR. Amor e sexo são coisas distintas. O acto sexual deriva do desejo, do amor-próprio. O amor é im-próprio:é a devoção e o serviço a outrem. Verdadeiro amor: o do pai por sua filha. Falso amor: o do homem à sua namorada ou esposa só na condição de esta praticar com ele actos sexuais em cada semana, se ela se negar abandona-a. A atração sexual é, no entanto, a base de toda a existência. Qualquer coisa parece estar errada no mundo da natureza, que é luciferina, carnal, apaixonada...
NOITES QUENTES DE VERÃO- Chegaram as noites quentes de verão alentejano. Sabe bem passear, ir para as esplanadas ou pelos campos ao luar, ouvir música, conversar, namoriscar. Um meu amigo alentejano que vive em Lisboa diz-me: «Sabes, Beja e o Alentejo perderam massa crítica:os professores e escritores e pintores activos, criativos, etc, foram-se embora, muitos deles. Enquanto a grande cidade se liberta de padrões de vaidade (o bom carro, a ostentação do dinheiro, o egoísmo fútil) o Alentejo provinciano, no sentido pior da palavra, está a adoptar esses padrões. Regride. Estou muito desiludido quando venho à província.»
ALMOÇO E JANTAR EM MONTE ALENTEJANO. 10 de Junho de 2014. Pois é... longe da família, abandonado na solidão alentejana dos meus antepassados, passo o dia de Camões num monte alentejano a convite de um casal amigo - uma bela família unida e diversa. Éramos 6 no reboque do tractor guiado por Ana que, por caminhos de terra, aos solavancos, nos levou, às 12 horas, até uma colina onde pastavam as vacas da herdade, que recearam a nossa aproximação. Voltamos às 13.15 horas para almoçar e o Ricardo já grelhava ao ar livre as espetadas de vaca. Não as provei porque de carnes como pouco e raro e fui pelo queijo fresco, saladas de delícias do mar, empadão de vegetais, etc. Bom convívio.
De tarde, Ana levou-nos ao olival biológico e ensinou-nos coisas como: «A oliveira é originariamente um arbusto e não uma árvore. Os trevos aqui existentes são leguminosas que alimentam o chão. A oliveira só se transforma em raíz a meio metro de profundidade. O tronco cresce para baixo. O candeio é a flor da oliveira, verde e amarelo, que surge e cai em Maio. Até 1975, as oliveiras eram plantadas com distância de 8 a 12 metros entre cada duas porque se semeava trigo no meio delas. Depois passou-se ao olival intensivo: espaços muito mais curtos, ausência de seara no olival. Em Janeiro, acaba-se a apanha da azeitona, há muito frio. Em meados de Fevereiro e Março, faz-se a poda, eu podo em taça, podas ligeiras porque se forem severas fica-se dois anos à espera do fruto. Cada ramo de oliveira só dá azeitonas no segundo, terceiro e quarto ano. Em Março põe-se estrume (biológico), duas pázadas. Em Março leva duas lavagens de cobre com pulverizador. Em Novembro, é a apanha da azeitona - se for tarde, vem o bicho».
Ao jantar já somos poucos e a conversa deriva para a filosofias cristã e budista, a não violência e o amor em geral, o papel da arte e dos instituições transmissoras de valores, etc. Às 21.45 horas estou em Beja. Falta-me corrigir cinco testes de alunos.
SINCRONISMO DE ABRIL DE 1997- Ao rever notas antigas, deparei com este sincronismo interessante: em 10 de Abril de 1997, no restaurante chinês em Beja, jantamos eu, astrólogo-historiador, o poeta Martinho Marques, o engenheiro químico Vítor Silva e o fotógrafo António Cunha e falamos quase só da Índia e dos preparativos da viagem cultural que estes meus três amigos iriam realizar, em 26 de Abril, à Índia, subsidiada pela Região de Turismo do Alentejo. Ora, neste mesmo dia 10 de Abril, ruiu parcialmente o tabuleiro em construção da ponte Vasco da Gama, nome do primeiro navegador português que chegou à Índia, e morreram 6 operários.
Fomos nós os «causadores» metafísicos do acidente na ponte Vasco da Gama? Este acidente deu-se horas antes do jantar que fora planeado dias antes com a Índia por tema...
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