Quarta-feira, 21 de Setembro de 2022
Linguagem hipnótica de Heidegger
Um filósofo português muito inteligente, que muito estimo, diz-me:

«Muitas nsanidades estão em voga.Inicialmente tínhamos a sigla "LGBT", depois passou a "LGBTQ". E agora já há propostas para "LGBTQZ", incluindo o "zoófilo".»

 

«Agora, eu tenho a tendência para ligar estes desvarios a derrocadas filosóficas e intelectuais. Por exemplo, neste caso, parece-me plausível ligar estas tendências à perda progressiva do "princípio da adequação" em Filosofia, e à progressiva erosão do sentido comum natural. E até à ascensão avassaladora de noções como a "desconstrução" e o "desconstrucionismo". E o "desconstrucionismo" vem, inicialmente, de Heidegger.

A propósito, cada vez que leio Heidegger apercebo-me dos malabarismos linguísticos e da linguagem hipnótica de Heidegger. Posso dar quatro exemplos.»

 

1) «A professora "heideggeriana" Irene Borges-Duarte escreve a certo momento, num livro, que "Heidegger progride anfibologicamente". Ora, a anfibologia é uma falácia. E o filósofo deve evitar falácias, suponho. Não é?»

 

2) «É frequente em Heidegger termos e trechos do tipo "abre ao mesmo tempo que fecha", "revela-se ao mesmo tempo que se oculta", etc.. Ora, isto é violar o princípio da não-contradição. Ou não é? Note-se que, mesmo em poesia, quando se expressa uma antítese (como por exemplo aquela do Pessoa de "não sei e sei-o bem), a interpretação vai no sentido de que "não sei num determinado aspecto... " e "sei-o bem noutro aspecto...". Penso que esta escrita de abundantes contradições de Heidegger tem um efeito mental nocivo, de uma espécie de "esfarelamento da mente", semelhante à dissonância cognitiva. Assim, parece-me que quem lê muito prosa deste tipo, contraditória, fica com a mente dissolvida. Daí Jung dizer que a escrita de Heidegger é esquizofrénica (como você assinala em seu Dicionário de Filosofia e Ontologia).»
 

3) Outro exemplo que me ocorre agora é a nominalização de verbos, e isso leva-me a interrogar-me acerca dos efeitos das nominalizações na mente de quem lê. Quando se escreve, por exemplo, "o dizer-se", "o fazer-se" etc., ocorre-me observar que se trata se acções. Só que ao colocar-se o artigo antes, nominaliza-se o verbo, que fica, digamos, "fossilizado". Diria mesmo que isto causa "coágulos" mentais hipnóticos, pretendendo atribuir consistência ontológica onde só há processos. É caso para dizer que "dizer-se" não é um "o", que "fazer-se" não é um "o", e assim por diante.     

 

4)«Outro exemplo é a prosa em fraccionamento. Os hipnólogos bem conhecem a técnica do "fraccionamento", que consiste em repetir insistentemente a mesma ideia, ainda que usando outras palavras, em intervalos curtos. É uma espécie de "martelamento" mental, uma espécie de mantra escrito ou lido. O filósofo Jean-François Revel diz-nos que os escritos de Hitler e Estaline são assim. Identifico em Heidegger o mesmo procedimento, ainda que, naturalmente, com outro vocabulário.»



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 19:37
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Quinta-feira, 15 de Setembro de 2022
Zoofilia, a perversão em marcha

Em 18 de Agosto de 2022, houve na Alemanha uma manifestação de rua dos zoófilos, defensores de relações sexuais entre seres humanos e animais. Lemos no jornal Tribuna Nacional de 15 de Setembro :

«Em entrevista divulgada na internet pelo RUPTLY, um dos manifestantes da zoofilia defendeu o conceito de relações sexuais com animais. De acordo com o manifestante, o sexo com animais deve ser descriminalizado porque “é muito mais fácil construir um relacionamento com animais do que com humanos”.

E um título diz:

«Descriminalização do sexo com animais': Marchas do Orgulho da Zoofilia exigem que o movimento LGBTQI + adicione um Z»

A sociedade humana apodrece e desumaniza-se sob o signo da mais ampla liberdade de opinião e de variadas perversões. O descontrucionismo de Heidegger e Derrida, com a sua vagueza, anfibologia e falta de regras precisas, abriu a porta a estas posições anti natureza perene.



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 10:31
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Sexta-feira, 9 de Julho de 2021
Gary Lachman: o pós-modernismo em Nietzsche, Heidegger e Trump

 

Friederich Nietzsche  (Röcken, Reino da Prússia, 15 de outubro de 1844 – Weimar, Império Alemão, 25 de agosto de 1900) inaugurou o pós-modernismo no século XIX europeu com a sua teoria do perspectivismo, ou seja do subjectivismo multipolar. Esta corrente  não nega a existência de múltiplas e variadas visões do mundo, uma para cada pessoa mas cada uma delas é pessoal, subjectiva, incapaz de se transcender e de conhecer a Verdade (fenomenalismo). Assim os valores absolutos da religião - a crença na verdade do Paraíso, no Purgatório e no Inferno para os católicos; a certeza da verdade da reencarnação para o budismo, o hinduísmo, o sikismo; a convição de verdade de que o mártir do Islão desfrutará no Paraíso de 72 mulheres virgens para os islâmicos - desaparecem, postos em dúvida tal como os valores absolutos da política e da sociologia do comportamento sexual - a democracia liberal republicana é superior às ditaduras, monárquicas ou não; o casamento heterossexual é a norma saudável, a união gay e lésbica é o desvio. Nietzsche escreveu: 

 

«374- O nosso novo «infinito»- Até onde vai o carácter perspectivo da existência? Possui ela mesmo outro carácter? Uma existência sem explicação, sem «razão», não se torna precisamente uma «irrisão»? E, por outro lado, não é qualquer existência essencialmente «explicativa»? É isso que não podem decidir, como seria necessário, as análises mais zelosas do intelecto, as mais pacientes e minuciosas introspecções: porque o espírito do homem, no decurso destas análises, não se pode impedir de se ver conforme a sua própria perspectiva e só pode ver de acordo com ela. Só podemos ver com os nossos olhos; é uma curiosidade sem esperança de êxito procurar saber que outras espécies de intelectos e de perspectivas podem existir; se, por exemplo, há seres que sentem passar o tempo ao invés, ou ora em marcha para diante, ou ora em marcha para trás (o que modificará a direcção da vida e invertirá igualmente a concepção da causa e do efeito). Espero, contudo, que estejamos hoje longe da ridícula pretensão de decretar que o nosso cantinho é o único de onde se tem o direito de se possuir uma perspectiva. Muito pelo contrário, o mundo, para nós, voltou a tornar-se infinito, nosentido em que não lhe podemos recusar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações.» (ibid, pag 287; a letra a negrito é posta por mim).

«Todos os nossos actos são bem, no fundo, supremamente pessoais, únicos, individuais, incomparáveis, certamente; mas desde que a consciência os traduz na sua língua, deixam de parecer assim...Eis o verdadeiro fenomenalismo, eis o verdadeiro perspectivismo, tal como eu o compreendo: a natureza animal faz com que o mundo de que nos podemos tornar conscientes não passe de um mundo de superfícies e signos, um mundo generalizado, vulgarizado» (Nietzsche, A gaia ciência, Guimarães Editores, Lisboa 1977, pag 251; a letra negrita é da minha lavra).

Gary Lachman ( 24 de Dezembro de 1955, Bayonne, New Jersey, EUA), escritor e investigador sobre misticismo e ocultismo, antigo guitarrista de banda rock, classifica Donald Trump de mago do caos, isto é, pessoa que acredita que pode transformar a realidade de um momento para o outro e produzir viragens imprevisíveis explicadas pela lei da atração ou pensamento positivo  (pensar em grande de forma positiva, otimista, atrai o que se deseja). E insere Trump no heraclitismo, o que não parece inteiramente exato porque a filosofia de Heráclito segundo a qual as coisas são e não são, fluem em perpétuo devir, não contém a teoria do caos, de fazer surgir do nosso poder de concentração total a realidade que desejamos.  Lachman liga Trump ao pós-modernismo .Escreveu:

«A confiança de Trump nos seus instintos e a capacidade de se "mover de forma rápida e decisiva quando chega a altura certa" aliadas à percepção fundamental da natureza fluida das coisas, ao seu carácter volátil, remontam ao filósofo grego Heráclito e refletem-se nos últimos avanços científicos, como por exemplo, na teoria do caos. Também proporcionam os alicerces da magia do caos.» (...)

«O pós-modernismo é uma perspectiva filosófica que surgiu no final do século XIX com influências da filosofia de Friederich Nietzsche e de Martin Heidegger, que anteriormente haviam quebrado com a noção de verdade estável e "objectiva", a que usamos no nosso dia a dia e é usada na ciência. De forma sucinta, a essência do pós-modernismo - apesar de negar que tem uma "essência" - pode resumir-se à frase "tudo flui". Para o pós-modernismo as certezas científicas e racionais que construíram o mundo moderno, assim como os valores tradicionais como a verdade, já não são relevantes. Pelo menos passaram a ser encarados com menos certeza.»

(Gary Lachman, Estrela negra a pairar, ocultismo e poder na era de Trump, Gradiva, páginas 15 e 16)

 

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Terça-feira, 17 de Março de 2020
O sofista Heidegger ou a anfibológica fragmentação do ser

 

Heidegger (Meßkirch, 26 de setembro de 1889 – Friburgo em Brisgóvia, 26 de maio de 1976] usa a noção de ser anfibologicamente, isto é, com sentidos diferentes e mesmo contrários entre si. 

Heidegger escreveu:

 

«1. O "ser" é o mais universal dos conceitos (...) Mas a "universalidade" do "ser" não é a do género. O "ser" não atinge a mais alta região dos entes enquanto articulados estes a respeito dos conceitos de género e espécie (...) A universalidade do ser é "superior" a toda a universalidade genérica.»

«2. O conceito de "ser" é indefinível. É o que se concluiu da sua suprema universalidade. (...) O ser não é susceptível de uma definição que o derive de conceitos mais altos ou o explique pelos mais baixos.» (...)

«3. O "ser" é o mais compreensível dos conceitos. Em todo o conhecer, enunciar, em todo o conduzir-se relativamente a um ente, em todo o conduzir-se em relação a si mesmo, se faz uso do termo "ser" e o termo é compreensível "sem mais".»

(Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pp 12-13).

 

Ao escrever que «A universalidade do ser é "superior" a toda a universalidade genérica.» Heidegger está a repetir a tese de Aristóteles segundo a qual o Ente (Ser) e o Uno são conceitos supragenéricos, designados como universais transgenéricos. O ser, tal como o uno e o bom fazem parte dos seis transcendentais ou qualidades universais ou quase universais definidos na filosofia escolástica: ens (ente), res, unum, aliquid, verum, bonum.

 

Heidegger utiliza a teologia negativa de Mestre Eckart («Sabemos o que não é Deus, não sabemos como é ou o que é,  é um Insondável Infinito») para caracterizar o ser:

 

«Mas o ser - que é o ser? Ser é o que é mesmo. Experimentar isto e dizê-lo é a aprendizagem pela qual deve passar o pensar futuro - não é Deus, nem o fundamento do mundo. O ser é mais longínquo do que qualquer ente e está mais próximo do homem do que qualquer ente, seja este uma rocha, um animal , uma obra de arte, uma máquina, seja um anjo de Deus. O ser é o mais próximo. E contudo, a proximidade permanece, para o homem, a mais distante. O homem atém-se primeiro e para sempre ao ente.»

(Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 67; o destaque a negro é posto por nós).

 

Ao abordar os modos do ser, Heidegger, por assim dizer, esquarteja o próprio ser: o ser aí, o ser aí com de os outros, o ser com, o ser no mundo, o ser em, o ser junto a, o ser diante dos olhos, o ser para a morte. Afasta-se de Parménides que recusou definir o ser com, o ser em,  o ser no mundo, o ser para a morte porque para o grande filósofo grego o ser é «uno, homogéneo, contínuo, eterno, imprincipial, invisível e imperceptível aos sentidos, imóvel, imutável, limitado espacialmente como uma esfera, idêntico ao pensar, exterior ao mundo do devir, da alteração das cores maravilhosas, do nascimento e da morte». O ser no mundo de Heidegger é o não ser de Parménides - ou a mistura de ser e não ser - porque nele estão inscritas a pluralidade e a mudança. Heidegger escreveu:

 

«O "ser junto" ao mundo, no sentido de absorver-se no mundo, sentido que haverá de interpretar-se ainda melhor, é um existenciário fundado no "ser em".» (Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pág 67).

 

«O ser, tema fundamental da filosofia, não é o género de nenhum ente e, sem embargo, toca a todo o ente. Há que buscar mais alto a sua "universalidade" . O ser e a sua estrutura estão por cima de todo o ente e de toda a possível determinação de um ente que seja ela mesma ente. O ser é o transcendens pura e simplesmente. (Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pág 48; o destaque a negro é nosso).

 

Se o ser é o transcendente puro e simples não pode estar contido no ser-aí, ou seja, em cada sujeito na sua individualidade, vai muito além deste. O ser transcendente não pode desdobrar-se em ser em, ser com, ser no mundo, ser à mão porque é uma totalidade, um Ente universal. O ser com, a que Heidegger chama um existenciário, é uma modalidade do ser-aí (cada sujeito humano) mas não do ser porque este último abarca tudo, não está com nada. Ser como Ente é uma essência universal e ser com, ser em, ser no mundo, ser para a morte, são categorias (Heidegger chama-lhes existenciários) , não são entes, são modalidades do ser aí ou cada homem na sua individualidade e subjectividade. Como se pode falar em ser para a morte se o ser é eterno, imortal?

 

Os heideggerianos, fascinados pela habilidade sofística do mestre, passam por alto estas diferenças.

 

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Segunda-feira, 20 de Maio de 2019
Ortega y Gasset: a física é poesia, interpretação do real

 

José Ortega y Gasset, (9 de Maio de 1883, Madrid; 18 de Outubro de 1955), foi o grande representante da fenomenologia na filosofia espanhola do século XX, que, desiludido com os políticos e a guerra civil de Espanha, se exilou em 1936 para voltar a Espanha em 1945, no final da guerra mundial. Ortega foi, em minha opinião, superior intelectualmente a Heidegger e a Zubiri, e superior a qualquer celebridade da filosofia analítica dos séculos XX e XXI como por exemplo, Wittgenstein, Bertrand Russel, Peter Singer, John Searle, Simon Blackburn. Registe-se que a fenomenologia, como ontologia, é a corrente que sustenta não podermos saber se o mundo de matéria é exterior à nossa mente ou se faz parte dela. Ortega escreveu sobre a ciência:

 

«Conste pois que o que costumamos chamar mundo real ou «exterior» não é a nua, autêntica e primária realidade com que o homem se encontra mas que já é uma interpretação dada por ele a essa realidade, portanto uma ideia. Esta ideia consolidou-se em crença. Crer em uma ideia significa crer que é a realidade, portanto deixar de vê-la como mera ideia.»

 

«Mas é claro que essas ciências começaram por não ser mais que ocorrências ou ideias sensu stricto. Surgiram um belo dia como obra da imaginação de um homem que se ensimesmou nelas, desatendendo em dado momento o mundo real. A ciência física, por exemplo, é uma destas arquitecturas ideais que o homem constrói. Algumas dessas ideias físicas estão hoje actuando em nós como crenças, mas a maior parte delas são para nós ciência - nada mais, nada menos. Quando se fala, pois, do «mundo físico» advirta-se que na sua maior porção não o tomamos como mundo real, mas que é um mundo imaginário ou "interior".»

 

«E a questão que proponho ao leitor consiste em determinar com todo o rigor, sem admitir expressões vagas ou indecisas, qual é essa atitude em que o físico vive quando está pensando as verdades da sua ciência. Ou dito de outro modo: o que é para o físico o seu mundo, o mundo da física? É para ele realidade? Evidentemente, não. As suas ideias parecem-lhe verdadeiras, mas esta é uma qualificação que sublinha o carácter de meros pensamentos que aquelas lhe apresentam. Já não é possível, como em tempos mais venturosos, definir galantemente a verdade dizendo que é a adequação do pensamento à realidade. O termo "adequação" é equívoco. Se se toma no sentido de "igualdade", resulta falso. Nunca uma ideia é igual à coisa a que se refere. E se se toma mais  vagamente no sentido de "correspondência", já se está reconhecendo que as ideias não são a realidade,  mas o contrário, a saber, ideias e só ideias. O físico sabe muito bem que o que diz a sua teoria não existe na realidade»

 

(José Ortega y Gasset, Ideas y creencias y otros ensayos, Alianza Editorial, Madrid, 2019, pp. 52-54; o destaque a negrito é posto por nós).

 

Como se pode provar que quarks e leptões existem?  Como provar que o Big Bang existiu?  Não pode. Cálculos matemáticos não bastam porque são precisas comprovações físicas, experienciais, que a física e a astrofísica não conseguem.

 

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Terça-feira, 30 de Abril de 2019
Paradoxos em Heidegger: «desafastamento nada tem a ver com distância»

 

Heidegger (Meßkirch, 26 de setembro de 1889 – Friburgo em Brisgóvia, 26 de maio de 1976) caracterizou-se por desconstruir, de forma surrealista, conceitos filosóficos e do senso comum. Ao dizer que a espacialidade do "ser aí", isto é, de cada homem na sua subjectividade, não é estar em um espaço cósmico exterior mas um movimento subjectivo tecido por cada mente humana, Heidegger está a repetir o idealismo transcendental de Kant que sustenta que o espaço é uma forma a priori do sujeito, uma percepção/criação  subjectiva deste. Escreveu:

 

«A espacialidade do "ser aí", que essencialmente não é nenhum "ser diante dos olhos" não pode significar nem nada como estar em um lugar do "espaço cósmico" nem "ser à mão" em um sítio. Ambas as coisas são formas dos entes que fazem frente dentro do mundo. Mas o ser aí está "em" o mundo no sentido do "andar por aí", na familiariedade do "ocupar-se de" com os entes que o enfrentam dentro do mundo. De lhe convir de algum modo a espacialidade só será pois possível na base de este "ser em". Em uma espacialidade que ostenta os caracteres do des-afastamento e da "direção". »

«Por des-afastamento como forma do "ser aí" no que respeita a seu "ser no mundo" não entendemos o que chamamos "lonjura" ("proximidade") nem muito menos "distância". Usamos o termo "desafastamento" em um sentido activo e transitivo. O termo significa uma estrutura do ser do "ser aí" a respeito da qual o afastar algo, por exemplo tirando-o do meio, é só um modo determinado, fáctico. "Desafastar" quer dizer fazer desaparecer a lonjura de algo, quer dizer, aproximação. O "ser aí" é essencialmente des-afastador: enquanto é o ente que é, permite que em cada caso he façam frente entes na proximidade. O des-afastamento descobre a lonjura. Esta é, e o mesmo sucede com a distância, uma determinação categorial dos entes que não têm a forma de ser do "ser aí".

(Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica, pág. 120; o destaque a negrito é posto por nós).

 

O discurso paradoxal de Heidegger é evidente: o "ser" aí pratica o desafastamento que «nada tem a ver com a noção de distância» - como se tal fosse possível!  O desafastamento, seja objectivo ou subjectivo, é o encurtamento da distância, inclui a intuição de distância. Heidegger está preso nas malhas da linguagem que ele pretende, com soberba, ultrapassar para uma diferente conceptualização do mundo. Os heideggerianos são os surrealistas da filosofia, blindados na sua linguagem ambígua.

 

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Quarta-feira, 13 de Junho de 2018
O paradoxo de Heidegger: o ser é indefinível mas é definível o afastamento do homem face ao ser

 

Toda a filosofia de Heidegger assenta em um paradoxo: na indefinição do ser correlata à definição de entes distintos do ser. Heidegger escreveu:

 

«1. O "ser" é o mais universal dos conceitos (...) Mas a "universalidade" do "ser" não é a do género. O "ser" não atinge a mais alta região dos entes enquanto articulados estes a respeito dos conceitos de género e espécie (...) A universalidade do ser é "superior" a toda a universalidade genérica.»

«2. O conceito de "ser" é indefinível. É o que se concluiu da sua suprema universalidade. (...) O ser não é susceptível de uma definição que o derive de conceitos mais altos ou o explique pelos mais baixos.» (...)

«3. O "ser" é o mais compreensível dos conceitos. Em todo o conhecer, enunciar, em todo o conduzir-se relativamente a um ente, em todo o conduzir-se em relação a si mesmo, se faz uso do termo "ser" e o termo é compreensível "sem mais".»

(Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pp 12-13).

 

Se o ser é impossível de definir, é incoerente dizer que «é o mais compreensível». Se é compreensível, tem definição. Para a generalidade dos crentes em Deus ou deuses, estes têm definição ainda que nunca os tenham visto: «espírito universal, criador ou regedor do universo, fonte do bem», «espírito universal, fonte do bem e do mal», «espíritos com poderes sobrenaturais», etc. E prossegue Heidegger:

 

«O ser, tema fundamental da filosofia, não é o género de nenhum ente e, sem embargo, toca a todo o ente. Há que buscar mais alto a sua "universalidade" . O ser e a sua estrutura estão por cima de todo o ente e de toda a possível determinação de um ente que seja ela mesma ente. O ser é o transcendens pura e simplesmente. (Martin Heidegger, El ser y el tiempo, Fondo de Cultura Económica de España, Madrid, 2001, pág 48).

 

Mas enquanto proclama indefinível o ser Heidegger fala da agressão do ente e do afastamento deste relativamente  ao ser:

 

«O esquecimento da verdade do ser, em favor da agressão do ente impensado na sua essência, é o sentido da «decaída» nomeada em Ser e Tempo. » (Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 69).

 

Se o ser é indefinido como se pode definir o esquecimento da verdade do ser?  O esquecimento é esquecimento de algo que tem definição porque traça limites. Vamos a casos concretos:

1) Defender a democracia liberal, que comporta liberdades individuais, é esquecer a verdade do ser ou é afirmar esta?

2) Cultivar o olival superintensivo, alimentado com mangueiras de borracha por onde circulam produtos químicos, em vez do olival tradicional é esquecer a verdade do ser ou afirmar esta?

 

Heidegger não concretiza. Ele é um hábil obscurantista, um dos últimos defensores da metafísica tradicional, ainda que procure demarcar-se desta e ultrapassá-la supostamente.  Com a arrogância que o caracteriza afirma:

 

«A Metafísica, porém, somente conhece a clareira do ser, ou desde o olhar que nos lança aquilo que se nos presenta no aspecto ideia ou criticamente, como o objecto da perspectiva de representação categorial por parte da subjectividade.»

(Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 68).

 

E Heidegger? Conseguiu ir além da clareira do ser? Não, pois nada sabe dizer-nos sobre o ser além da sua universalidade de tocar a todos os entes. Apesar de delinear as modalidades do ser - o ser aí, o ser no mundo, o ser com, o ser junto a, o ser diante dos olhos, etc. - Heidegger nada nos diz sobre o que é o ser. Limita-se a isto:

 

«Mas o ser - que é o ser? Ser é o que é mesmo. Experimentar isto e dizê-lo é a aprendizagem pela qual deve passar o pensar futuro - não é Deus, nem o fundamento do mundo. O ser é mais longínquo do que qualquer ente e está mais próximo do homem do que qualquer ente, seja este uma rocha, um animal , uma obra de arte, uma máquina, seja um anjo de Deus. O ser é o mais próximo. E contudo, a proximidade permanece, para o homem, a mais distante. O homem atém-se primeiro e para sempre ao ente.»

(Heidegger, Carta sobre o Humanismo, Guimarães & Cª, Editores, Lisboa, 1980, pág. 67).

 

Para Parménides o Ser é definível: uno, homogèneo, esférico, contínuo, incriado, imóvel, eterno, sempre o mesmo, pensável, situado além da mudança e do movimento, da ilusão do crescimento, declínio e morte e da ilusão da multiplicidade e alteração das cores e das estações do ano. Para Heidegger, não: o ser é indefinível.

 

E Heidegger acusa a ontologia tradicional de confundir o ser com o tempo. Só ele, Heidegger, seria "o descobridor" de uma nova via para o ser. É uma intrujice porque a frase «Ser é o que é mesmo» foi importada de Parménides e tem implícita em si a noção de tempo: o ser é eterno, incriado e eternidade é o tempo levado ao grau infinito. Não é possível estudar o ser sem o tempo, do mesmo modo que na teoria da relatividade de Einstein o espaço e o tempo são indissociáveis, falando-se do espaço-tempo.

 

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Terça-feira, 30 de Maio de 2017
Teste de Filosofia do 11º Ano (17 de Maio de 2017)

Contrariamente à nossa posição habitual de não fazer perguntas de escolha múltipla nos testes de filosofia a que se responde com uma simples cruz, construímos, por razões de disciplina comunitária uma matriz comum solicitada pela Inspeção Geral de Ensino, e construímos um teste em que entra este tipo de perguntas.

 

 

Agrupamento de Escolas nº1 de Beja

Escola Secundária Diogo de Gouveia , Beja

TESTE DE FILOSOFIA, 11º ANO TURMA A

17 de Maio de 2017. Professor: Francisco Queiroz

 

GRUPO I (10 pontos x 5)

Em cada questão, indique a única resposta correcta de entre 4 hipóteses

 

1) O realismo gnoseológico ou ontognoseológico é a corrente que sustenta que…

A) A matéria física está dentro da nossa mente e fora da nossa mente.

B) A ideia e a matéria são uma e a mesma coisa.

C) A matéria física está fora da nossa mente e do nosso corpo.

D) O cepticismo é o mesmo que o realismo.

 

2) Paul Feyerabend sustentou que

A) A metafísica deve ser abolida.

B) As ciências universitárias estão livres de ideologia e de interesses de lobbies

C) A inteligência do homo sapiens do mito era superior à do homem de hoje.

D) A indução amplificante não vale nada.

 

3) São ciências hermenêuticas:

A) A matemática e a lógica.

B) A filosofia, a psicologia, a antropologia.

C) A biologia, a geologia, a química.

D) Aquelas que excluem qualquer interpretação e só fazem experiências.

 

4)O idealismo não solipsista subjectivo sustenta que:

A) A matéria é real em si mesma.

B) A matéria não é real em si mesma e cada um a inventa a seu modo pessoal.

C) Não se sabe se a matéria é real ou irreal e cada um pensa de modo diferente.D) O cepticismo é a única teoria válida.

D) O cepticismo é a única teoria válida.

 

5)O princípio da falsificabilidade em Popper:

A) Impede que se escolha qualquer teoria como científica.

B) Não impede que se escolha uma teoria em cada ciência na condição de ela ser tida como conjectura.

C) É a mesma coisa que o princípio da incerteza de Heisenberg.

D) Afirma que não há demarcação entre astrologia e astrofísica, valem o mesmo.

 

GRUPO II (60+40 pontos)

1)Explique concretamente o seguinte texto:

 

«O positivismo lógico difere do conjecturalismo de Popper na posição face à indução amplificante. A incomensurabilidade dos paradigmas não dá vantagem nem à ciência normal nem à ciência extraordinária segundo Kuhn. O ultra-objecto de Bachelard exige arredar os obstáculos epistemológicos

 

2)Explique os três estádios da existência segundo Kierkegaard e a afirmação «Deus é, não existe, o homem não é, existe».

 

GRUPO III (50 pontos)

Explique concretamente o seguinte texto:

«O ser-aí de Heidegger equivale ao ser-para-si de Sartre mas o primeiro transporta o ser ao passo que o ser-para-si carrega o nada. Para Heidegger o homem é o pastor do ser e a linguagem é a casa do ser

 

CORREÇÃO DO TESTE COTADO PARA 200 PONTOS (20 VALORES)

 

GRUPO I (50 PONTOS)

 

1-C)......................................10 PONTOS

2-C).......................................10 PONTOS

3-B).......................................10 PONTOS

4-B)........................................10 PONTOS

5-B).........................................10 PONTOS

 

GRUPO II (6O  PONTOS)

1) O positivismo lógico, doutrina que sustenta que a verdade se limita aos factos empíricos e suas relações lógico-matemáticas, baseia-se no paradigma da indução amplificante: a partir de alguns ou muitos exemplos empíricos pode induzir-se uma lei geral necessária. Isto opõe-se ao paradigma conjecturalista anti-indutivo de Karl Popper pois, segundo este, as teses das ciências empíricas e empírico-formais não passam de conjecturas e é impossível verificar todos os exemplos correspondentes a uma dada lei (exemplo: mesmo que eu só veja milhares de cisnes brancos ninguém garante que não haja cisnes azuis ou verdes), logo a indução amplificante não tem valor dogmático científico. Apenas se pode corroborar isto é tornar verosímil uma tese de base empírica(VALE VINTE PONTOS) . A incomensurabilidade dos paradigmas é a impossibilidade de medir e comparar globalmente dois ou mais paradigmas, de os medir no seu todo. Por exemplo, é incomensurável preferir o heliocentrismo ao geocentrismo e vice-versa. Sendo a ciência normal aquela que é dominante entre a comunidade científica de uma dada época - por exemplo, a teoria do Big Bang na astrofísica é hoje a ciência normal - e a ciência extraordinária é aquela que é marginal - a teoria do universo estacionário, que não nasceu de um ovo infinitamente pequeno, de Fred Hoyle é hoje ciência extraordinária - nenhuma delas se superioriza à outra sob este ponto de vista da incomensurabilidade. (VALE 20 PONTOS). O ultra-objecto em Bachelard, que é um objecto empírico-racional, invisível no todo ou em parte, concebido pela razão (exemplo: os átomos, os quarks e leptões; os buracos negros e a matéria escura do cosmos) só é idealizado ou descoberto se removermos todo e qualquer  obstáculo epistemológico, ou seja,  todo e qualquer entrave ao conhecimento científico (por exemplo: a primeira experiência, algo enganadora; o preconceito; a falta de microscópios, computadores, telescópios e outros aparelhos necessários, etc)(VALE 20 PONTOS).

 

2)Segundo Kierkegaard, filósofo existencialista cristão, há três estádios na existência humana: estético, ético e religioso. No estádio estético, o protótipo é o Don Juan, insaciável conquistador de mulheres que vive apenas o prazer do instante, e sente angústia se está apaixonado por uma mulher e teme não a conquistar. O desespero é posterior à angústia: é a frustração sobre algo que já não tem remédio ou que se esgotou. Ao cabo de conquistar e deixar centenas de mulheres, o Don Juan cai no desespero: afinal nada tem, o prazer efémero esvaiu-se. Dá então o salto ao ético: casa-se. No estado ético, o paradigma é do homem casado, fiel à esposa, cumpridor dos seus deveres familiares e sociais. Este estado relaciona-se com o essencialismo, doutrina que afirma que a essência, o modelo do carácter ou do comportamento vem antes da existência e condiciona esta. A monotonia e a necessidade do eterno faz o homem saltar ao estádio religioso, em que Deus é o valor absoluto, apenas importa salvar a alma e os outros pouco ou nada contam. Abraão estava no estádio religioso, de puro misticismo, quando se dispunha a matar o filho Isaac porque «Deus lhe ordenou fazer isso». O estádio religioso é o do puro existencialismo, doutrina que afirma que a existência vive-se em liberdade e angústia sem fórmulas (essências) definidas, buscando um Deus que não está nas igrejas nem nos ritos oficiais. Neste estádio, o homem casado pode abandonar a mulher e os filhos se «Deus lhe exigir» retirar-se para um mosteiro a meditar ou para uma região subdesenvolvida a auxiliar gente esfomeada. A escolha a cada momento ante a alternativa é a pedra de toque do existencialismo. Kierkegaard acentuava a noção de angústia, essa liberdade bloqueada, essa intranquilidade que surge antes ou durante muitos actos decisivos (exemplo: a angústia do aluno antes de saber a nota do teste, a angústia da mãe antes do parto, etc). Kierkegaard situa o paradoxo no interior do estado religioso e diz que se deve amar e seguir a vontade de Deus apesar de não compreendermos esta. (VALE TRINTA PONTOS).a afirmação «Deus é, não existe, o homem não é, existe» significa que Kierkegaard atribui ao termo «ser» e «é» o sentido de eternidade e imutabilidade, própria de um Deus incriado e indestrutível, e ao termo «existe» os sentido de nascimento/crescimento/eclínio/morte e alteração a cada momento, traços da condição humana (VALE 10 PONTOS).

 

 

GRUPO III (50 PONTOS)

1) O ser-aí, na teoria de Heidegger, é cada homem na sua subjectividade que carrega dentro de si o ser, isto é, a essência geral do universo e da humanidade e equivale ao ser-para-si que, em Sartre, é a consciência pensante, distinta do ser em si que é o mundo dos corpos (árvores, automóveis, animais, etc ) - que carrega em si o nada porque Sartre afirma que, ao nascer, não somos nada, psíquicamente falando, nem bons nem maus (VALE 30 PONTOS). Para Heidegger, o homem é o pastor do ser significa que o ser, a essência geral humana e inumana, é o patrão do ser-aí, isto é de cada homem: o ser chama uns a ser pintores, outros a ser operários fabris, outros a ser professores, sacerdotes, navegadores, agricultores, obriga todos a respeitar a tradição cultural do seu país, etc. A linguagem é a casa do ser significa que, apesar da sua natureza transcendente e imanente ao homem e ao mundo, a linguagem não é arbitrária, não diz ao acaso, refere-se a uma estrutura ordenada a que chamamos ser e designa as várias modalidades deste: ser-aí, ser com, ser no mundo, ser junto a, ser para a morte, etc. (VALE 20 PONTOS).

 

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Sexta-feira, 22 de Julho de 2016
Astrologie et attentats en France: «Charlie Hebdo»(2015), Nice (2016)

 

Chaque attaque terroriste en France, par exemple, le massacre de 10 journalistes dans le journal satirique "Charlie Hebdo" à Paris le 7 Janvier 2015, ou l´écrasement de 84 persones par camion à Nice, le 14 juillet 2016,est régi par différentes lois planétaires. Nous irons exposer certaines lois, selon la théorie de petites zones du zodiaque et leurs significations politiques, géographiques et biologiques et la théorie des degrés et minutes de signes différents numériquement homologues entre uns et les autres que nous avons découvert. 

 

ZONE 17º-19º DU SIGNE DE BÉLIER:

ATTENTATS A LA GARE DE L´EST

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron en 17-19 degrés du signe de Bélier (dans 17 et 19  degrés de l'écliptique puisque le signe de Bélier se prolonge de 0º a 30º  du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaque des terroristes.

 

Le 22 mars 1974, avec Chiron en 19º 12´/ 19º 16´ de Bélier, éclatent des attentats contre les voies ferrées française menant à l'Espagne par les Groupes d'action révolutionnaire internationalistes.

 

Le 9 mars 1975, avec Venus en 16º 42´/ 17º 56´ de Bélier, une bombe explose à la gare de l'Est, á Paris, provocant 1 mort et 6 blessés.

 

Le 10 avril 1975, avec le Soleil en 19º 30´/ 20º 29´ de Bélier, une voiture piégée explose devant le consulat d'Algérie à Paris, attentat revendiqué par le groupe Charles Martel.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la area 17 a 19 degrées  du signe de Bélier, propiciant d'attaques terroristes en France sont: du 20 au 24 février 2017 (Mars); 22-24 mars 2017 (Mercure).

 

 ZONE 22º-25º DU SIGNE DE CANCER:

FUSILLADE DE LA RUE ROSIERS, BOMBE À SAINT-MICHEL, FRAPPE DE NICE EN 2016

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron en 23º-25º degrés du signe de Cancer (dans 113 à 115 degrés de l'écliptique puisque le signe de Cancer  va de 90º à 120º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaque des terroristes.

 

Le 9 août 1982, avec Vénus en 23º 21´/ 24º 34´ de Cancer, éclate la Fusillade antisémite de la rue des Rosiers à Paris, que fait 6 morts et 22 blessés.

 

Le 25 Juillet 1995, avec Venus en 24º 11´ / 25º 25´ de Cancer, une bombe explose dans une ligne de Réseau Express Régional (RER), dans la station Saint-Michel, au cœur de Paris, et provoque huit morts et 119 blessés.

 

Le 14 juillet 2016, avec Soleil en 21º 59´/ 22º 56´ du signe de Cancer, au moins 84 personnes sont mortes et 18 autres gravement blessés ce jeudi soir à 23 heures dans un attentat sur la Promenade des Anglais de Nice, fauchées par un camion qui a foncé dans la foule et l´auteur de l’attaque, Mohamed Lahouaiej Bouhlel, un Niçois d’origine tunisienne de 31 ans. est abattu par la police,

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la zone 23 a 25 degrées  du signe de Cancer, propiciant d'attaques terroristes en France sont:

 

ZONE 21º-22º DU SIGNE DE LION:

ATTENTAT A LA BOURSE ET AU CHARLIE HEBDO

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron en 21º-22º degrés du signe de Lion (dans 141 à 142 degrés de l'écliptique puisque le signe de Lion  va de 120º à 150º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaque des terroristes

 

Le 4 avril 1961, avec Urane en 21º 56´/ 21º 55´ du Lion, une bombe explose à la Bourse et provoque 14 blessés.

 

Le 18 de juin 1961, avec Urane en 22º 43´/ 22º 45´du Lion,  Mars en 23º 37´/ 24º 10´ de Poissons, l´attentat de l´OAS contre le train Paris Strasboug origine 28 morts et 170 blessés.

 

Le 2 aout 1984, avec 22º 50´/ 24º 4´ du Lion, un attentat contre l’ Agence spatiale européenne,  revendiquée par Action Directe Unité Combattante CIRO, provoque  6 blessés.

 

Le 7 janvier 2015, avec Júpiter en 21º 16´/ 21º 11´ du Lion, 2 militants de la Jihad,  prennent une personne en otage, envahissent la siège du journal satirique «Charlie Hebdo», bien renseignés (par les services secrets français?), puisqu’ils connaissaient les prénoms de personnes qui étaient présentes dans le hall du tout nouveau local de Charlie Hebdo, au 10 rue Nicolas Appert, à Paris,  et tirent des coups de feu, faisant 12 morts, parmi eux 10 journalistes, et 5 blessés, ensuite, ils prennent la fuite à bord d’un premier véhicule qu’ils vont rapidement abandonner à la porte de pantin, pour en prendre un deuxième afin de brouiller leur piste et ne pas être repérés.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la zone 21º-22º   degrées  du signe de Lion, propiciant d'attaques terroristes en France sont: 25 et 26 juillet 2016 (Mercure); 29 et 30 juillet 2016 (Venus); du 13 au 15 aôut 2016 (Soleil).

  

ZONE 2º-5º DE BALANCE:

LES ATTENTATS AU MAGASINS TATI ET STATION DE PORT-ROYAL

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron en 2-5 degrés du signe de la Balance (dans 182 à 185 degrés de l'écliptique puisque le signe de la Balance va de 180º à 210º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes.

 

Le 17 Septembre 1986, avec Mercure en 3º 16 '/ 4º 58 de Balance,un attentat à la bombe devant de Tati ´les magasins, à Paris, provoque sept morts et 55 blessés. et cette action est l'un des 15 attaques (y compris trois échecs) perpétrés par le réseau terroriste pro-iranien Fouad Ali Saleh, en 1985 et 1986.

 

Le 25 Juillet 1995, avec Mars en 2º 8 '/ 2º 44'  de Balance, une bombe explose dans une ligne de Réseau Express Régional (RER), dans la station Saint-Michel, au cœur de Paris, et provoque huit morts et 119 blessés.

 

Le 17 octobre 1995, avec Mercure en 5º 47´/ 6º 22´ de Balance, une rame du RER C est perforée par l’explosion d’une bombe entre les stations Musée d’Orsay et Saint-Michel vers 7h (à peu près le même endroit que les attentats du 25 juillet) et une trentaine de personnes sont blessées.

 

Le 3 Décembre 1996, avec le Noeud Nord de la Lune en 5º  34 de Balance , une attaque sur la station Port-Royal, au sud de Paris, provoque  quatre morts et 91 blessés.

 

Le 13 de novembre 2015, avec Venus en 4º 45´/ 5º 51´ de Balance, a partir de 21 heures et 16 minutes, six attaques terroristes islamistes avec des fusillades, tueries de masses et prise d´otages font 130 morts, dont 90 au Théâtre du Bataclan, et 7 terroristes morts, et 414 blessés  à Paris et à Saint-Denis.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la zone 2 a 5 degrées  du signe de la Balance, propiciant d'attaques terroristes en France sont: le 31 août et 1,2 et 3 septembre 2016 (Venus); du 24 au 27 septembre 2016 (Soleil);  du 8 au 10 octobre 2016 (Mercure).

 

ZONE 0º-3º DU SIGNE DE SCORPION:

FUSILLADE DE LA RUE DES ROSIERS, EXPLOSION À VILLEURBANNE

 

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron en 0-3 degrés du signe de Scorpion (dans 210 à 213 degrés de l'écliptique puisque le signe de Scorpion va de 210º à 240º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement  d'attaques terroristes

 

.Le 17 novembre 1957,avec Neptune en 3º 9´/ 3º 11´ de Scorpion, Mars en 5º 26´/ 6º 7´ de Scorpion, un mitraillage prend lieu dans un marché de Livry-Gargan par des indépendantistes algériens.

 

Le 3 Octobre 1980, avec Mercure en 3º 47´/ 5º 2´ de Scorpion, une bombe, cachée dans un sac de moto, explose devant la synagogue rue Copernic à Paris, à l'heure de la prière, et provoque quatre morts et environ 20 blessés.

 

Le 9 août 1982, avec Mars en 3º 11´ /3º 46´ de Scorpion, éclate la Fusillade antisémite de la rue des Rosiers à Paris, que fait 6 morts et 22 blessés.

 

Le 7 septembre 1995, avec Mars du 29º 48´de Balance au 0º 28´ de Scorpion, une voiture piégée explose, à quinze mètres de l'une des entrées de l'école juive Nah'alat Moché, à Villeurbanne, attentat commis par le terroriste islamiste Khaled Kelkal.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la zone 0 a 3 degrées  du signe de Scorpion, propiciant d'attaques terroristes en France sont: ).

 

ZONE 0º-1º DU SAGITTAIRE:

ATTENTATS AU CHARLIE HEBDO EN 2011 ET 2015

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, du nœud de la Lune ou du planétoïde Chiron en 0-1 degrés du signe de Sagittaire (degrés 240 et 241 de l'écliptique puisque les 30 degrées d´arc que constituent le signe de Sagittaire se prolongent de 180º à 210º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes.

 

Le 13 juin 1975, avec Noeud Nord de la Lune en 0º 49´/ 0º 47´ de Sagittaire, se produisent en France deux attentats, un contre le secrétaire général de «Force ouvrière» et, l´autre, par erreur, contre l'homonyme du rédacteur en chef du journal «Le Parisien libéré», Bernard Cabannes, qui est tué.

 

Le 15 juillet 1983, avec Júpiter en 1º 23´/ 1º 20´ de Sagittaire, une bombe explose à l'aéroport d'Orly, placée par l'ASALA, une organisation arménienne, laïque, qui fait huit morts.

 

Le 28 aout 1984, avec  le Noeud Sud de la Lune en 1º 38´/ 1º 29´ de Sagittaire, une bombe explose contre le Ministère de la Défense et autre contre le siège du Parti socialiste à Paris, attentats du groupe Action Directe. 

 

Le 17 novembre 1985, avec Saturne du 29º 59´ de Scorpion au 0º 6´ de Sagittaire, se produit, em France, la tentative d'assassinat manquée sur Henri Blandin (contrôleur général des armées) par le commando Antonio Lo Muscio.

 

Le 9 janvier 2011, avec Venus en 1º 30´ / 2º 31´ du Sagittaire, une « petite explosion » cause des dégâts mineurs au Consulat de Tunisie de Pantin  en Seine-Saint-Denis et l'ambassadeur de Tunisie en France dénonce «un acte terroriste», dans le contexte de la revolte du Sidi

 

Le 2 Novembre 2011, avec Vénus dés 29 32 'Scorpion au 0 ° 47' du Sagittaire, à l'aube, les bureaux de l'hebdomadaire satirique "Charlie Hebdo" au 62 du boulevard Davout à Paris sont incendiés avec des cocktails Molotov, après que le journal a publié une édition de la victoire des islamistes aux élections en Tunisie

 

Le 7 janvier 2015, avec Saturne en 1º 27´/ 1º 33´ du signe de Sagittaire, 2 militants de la Jihad,  prennent une personne en otage, envahissent la siège du journal satirique «Charlie Hebdo», bien renseignés (par les services secrets français?), puisqu’ils connaissaient les prénoms de personnes qui étaient présentes dans le hall du tout nouveau local de Charlie Hebdo, au 10 rue Nicolas Appert, à Paris,  et tirent des coups de feu, faisant 12 morts, parmi eux 10 journalistes, et 5 blessés, ensuite, ils prennent la fuite à bord d’un premier véhicule qu’ils vont rapidement abandonner à la porte de pantin, pour en prendre un deuxième afin de brouiller leur piste et ne pas être repérés.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune va glisser dans la zone -1 du Sagittaire, en inclinant a  la flambée d'attaques terroristes en France sont: du 2 au 7 d´aôut 2016 (Mars).

 

5º DU SIGNE DE SAGITTAIRE:

ATTENTAT AO THÉÂTRE DU BATACLAN

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, du nœud de la Lune ou du planétoïde Chiron en 5º du signe de Sagittaire (degré 245 de l'écliptique puisque les 30 degrées d´arc que constituent le signe de Sagittaire se prolongent de 180º à 210º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes.

 

Le 25 juillet 1995  avec Júpiter en 5º 39´/ 5º 37´ de Sagittaire, à 17h30,une bouteille de gaz bourrée d’écrous explose dans le RER parisien à la gare Saint-Michel - Notre-Dame. Le bilan final est de 8 morts et 117 blessés, c’est le début des attentats meurtrie.

 

Le 13 de novembre 2015, avec  Saturne en 5º 27´/ 5º 34´ du Sagittaire,  a partir de 21 heres et 16 minutes, six attaques terroristes islamistes à Paris et à Saint-Denis, avec des fusillades, tueries de masses et prise d´otages font 130 morts, dont 90 au Théâtre du Bataclan, et 7 terroristes morts, et 414 blessés..

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune va glisser dans 5º du Sagittaire, en inclinant a  la flambée d'attaques terroristes en France sont: du 14 au 16 aôut 2016 (Mars): les 22 et 23 octobre 2016 (Venus); les 15 et 16 novembre 2016 (Mercure); les 26 et 27 novembre 2016 (Soleil).

  

 

ZONE 15º-16º DU CAPRICORNE:

ATTENTAT CONTRE PANHARD LEVASSOR

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, du nœud de la Lune ou du planétoïde Chiron en 15º-16º degrés du signe de Capricorne (degrés 285 et 286 de l'écliptique puisque les 30 degrées d´arc que constituent le signe de Capricorne se prolongent de 270º à 300º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes.

 

Le 29 janvier 1984, avec Mercure en 14º 50´/ 16º 6´ de Capricorne, se produit un attentat contre les établissements Panhard Levassor à Paris.

 

Le 7 janvier 2015, avec soleil en 16º 20´  17º 21´  de Capricorne, 2 militants de la Jihad,  prennent une personne en otage, envahissent la siège du journal satirique «Charlie Hebdo», bien renseignés (par les services secrets français?), puisqu’ils connaissaient les prénoms de personnes qui étaient présentes dans le hall du tout nouveau local de Charlie Hebdo, au 10 rue Nicolas Appert, à Paris,  et tirent des coups de feu, faisant 12 morts, parmi eux 10 journalistes, et 5 blessés, ensuite, ils prennent la fuite à bord d’un premier véhicule qu’ils vont rapidement abandonner à la porte de pantin, pour en prendre un deuxième afin de brouiller leur piste et ne pas être repérés.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la zone 15º-16º   degrées  du signe de Capricorne, propiciant d'attaques terroristes en France sont:

 

ZONE 14º-16º DE VERSEAU:

ATTENTAT À ORLY

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, du nœud de la Lune ou du planétoïde Chiron en 14º-16º degrés du signe de Verseau (degrées 314-316  de l'écliptique puisque les 30 degrées d´arc que constituent le signe de Verseau se prolongent de 300º à 330º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes.

 

Le 19 janvier 1975, avec Mercure en 15º 47´/ 17º 10´ de Verseau, l´attaque d'un commando palestinien à l'aéroport d'Orly contre un avion israélien produit 20 blessés. 

 

Le 5 février 1975, avec Soleil en 15º 33´/ 16º 33´ de Verseau,  éclate un attentat au journal Minute.

 

Le 2 mars 1975, avec Mercure en 13º 48´/ 14º 47´de Verseau, un double attentat à l'explosif survient contre les bureaux de Toulouse et Lyon de la compagnie Air Algérie, revendiqué par le groupe Charles Martel.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune iront glisser dans la zone 14º-16º   degrées  du signe de Verseau, propiciant d'attaques terroristes en France sont:

 

ZONE 25º-26º DU SIGNE DE VERSEAU:

ATTENTATS DE L´OAS EN 1962, ET DE LA JIHAD EN 2015

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, du nœud de la Lune ou du planétoïde Chiron en 25-26 degrés du signe de Verseau (degrés 325-326 de l'écliptique puisque les 30 degrées d´arc que constituent le signe de Verseau vont de 180º à 210º du cercle céleste) est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes

 

Le 15 février 1962, avec Soleil en 25º 49´/ 26º 50´ de Verseau, 11 attentats de l´OAS occurrent à Paris.

 

Le 10 mars 1962, avec Jupiter en 26º 26´ / 26º 39´ de Verseau, une voiture piégée explose à Issy-les-Moulinaux originant 3 morts et 50 blessés.

 

Le 7 janvier 2015, avec Mars en 25º 45´/ 26º 32´ du Verseau , les fréres Kouachi, 2 militants de la Jihad,  prennent une personne en otage, envahissent la siège du journal satirique «Charlie Hebdo», bien renseignés (par les services secrets français?), puisqu’ils connaissaient les prénoms de personnes qui étaient présentes dans le hall du tout nouveau local de Charlie Hebdo, au 10 rue Nicolas Appert, à Paris,  et tirent des coups de feu, faisant 12 morts, parmi eux 10 journalistes, et 5 blessés, ensuite, ils prennent la fuite à bord d’un premier véhicule qu’ils vont rapidement abandonner à la porte de pantin, pour en prendre un deuxième afin de brouiller leur piste et ne pas être repérés.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune va glisser dans la zone 25º-26º du Verseau, en inclinant a  d'attaques terroristes en France sont: du 12 au 15 décembre 2016 (Mars); du 29 au 31 décembre 2016 (Venus); les 23 et 24 février 2017 (Mercure).

 

POINT 1º 14´/ 1º 46´ DE QUELQUE SIGNE ZODIACAL:

ATTENTATS A LA RUE COPERNIC EN 1980, AU CHARLIE HEBDO EN 2015

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, la Lune ou Node planétoïde Chiron au point 14 '/ 1º 46' 1 de quelque signe zodiacal est condition nécessaire mais non suffisante pour engendrer des attaques terroristes en France.

 

Le 18 janvier 1962, avec Saturne en 1º 40´/ 1º 47´ de Verseau, se déclenche na «nuit bleue» de l´OAS a Paris, marquée par 17 attentats.

 

Le 3 Octobre 1980, avec Saturne en 1º 26´/ 1º 33´ de Balance, une bombe cachée dans un sac de moto explose devant la synagogue rue Copernic à Paris, à l'heure de la prière, et provoque quatre morts et environ 20 blessés.

 

Le 15 juillet 1983, avec Júpiter en 1º 23´/ 1º 20´ de Sagittaire, une bombe explose à l'aéroport d'Orly, placée par l'ASALA, une organisation arménienne, laïque, qui fait huit morts.

 

Le 31 Décembre 1983, avec Pluton en 46 '/ 47' 1 de Scorpion, une explosion provoque trois morts et trois blessés à bord du TGV Paris-Marseille dans la région de Tain-le Hermitage (sud), et quelques minutes plus tard, à la gare Saint-Charles de Marseille (sud), l'explosion d'une bombe placée près des casiers automatiques fait deux morts et 34 blessés, attentats revendiqués par le "Organisation de la lutte armée arabe".

 

Le 19 Mars 2012, avec Neptune en 39 '/ 1º 41' de Poissons, Mohammed Merah, islamiste radical, tue à coups de feu trois enfants et un enseignant dans une école juive à Toulouse.

 

Le 7 janvier 2015, avec Saturne en 1º 27´/ 1º 33´ du signe de Sagittaire, 2 militants de la Jihad,  prennent une personne en otage, envahissent la siège du journal satirique «Charlie Hebdo», bien renseignés (par les services secrets français?), puisqu’ils connaissaient les prénoms de personnes qui étaient présentes dans le hall du tout nouveau local de Charlie Hebdo, au 10 rue Nicolas Appert, à Paris,  et tirent des coups de feu, faisant 12 morts, parmi eux 10 journalistes, et 5 blessés, ensuite, ils prennent la fuite à bord d’un premier véhicule qu’ils vont rapidement abandonner à la porte de pantin, pour en prendre un deuxième afin de brouiller leur piste et ne pas être repérés.

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou le soleil ou un Noeud de la  lune se positionera au point 1 14 '/  1º 46'  de  signe, inclinant a  des attaques terroristes en France sont:

 

POINT 5º 33´/ 5º 51´DE QUELQUE SIGNE DU ZODIAQUE:

ATTENTATS A PARIS EN 1995

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron dans le point 5º 33´ / 5º 51´ de quelque signe (Bélier, Taureaux, Gemeaux, Cancer, Lion, etc.)  est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes.

 

Le 25 juillet 1995  avec Júpiter en 5º 39´/ 5º 37´ de Sagittaire, à 17h30,une bouteille de gaz bourrée d’écrous explose dans le RER parisien à la gare Saint-Michel - Notre-Dame. Le bilan final est de 8 morts et 117 blessés. C’est le début des attentats meurtrie.

 

Le 17 août 1995, avec Júpiter en 5º 50´/ 5º 53´ de Sagittaire, une bombonne de gaz avec des clouscachée dans une poubelle fait 16 blessés à Paris près de la place Charles-de-Gaulle.

 

Le 13 de novembre 2015, avec Venus en 4º 45´/ 5º 51´ du signe de Libra, Saturne en 5º 27´/ 5º 34´ du Sagittaire,  a partir de 21 heres et 16 minutes, six attaques terroristes islamistes à Paris et à Saint-Denis, avec des fusillades, tueries de masses et prise d´otages font 130 morts, dont 90 au Théâtre du Bataclan, et 7 terroristes morts, et 414 blessés.  .

 

Quelques dates à venir dans lequelles une planète ou nœud de la Lune va glisser dans le point 5º 38´/ 5º 51´ de quelque signe en inclinant a  la flambée d'attaques terroristes en France sont:

 

POINT 12º 42´/ 12º 49´ DE QUELQUE SIGNE:

ATTENTAT A LA MAISON ARMÉNIENE

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron dans le point 12º 42´ / 12º  51´ de quelque signe (Bélier, Taureaux, Gemeaux, Cancer, Lion, etc.)  est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes

 

Le 27 mai 1976, avec Neptune en 12º 47´/ 12º 46´ de Sagittaire, une bombe explose à la maison de la culture arménienne. génerant 1 mort.

 

Le 7 janvier 2015, avec Urane en 12º 41´/ 12º 42´ de Bélier, 2 militants de la Jihad,  prennent une personne en otage, envahissent la siège du journal satirique «Charlie Hebdo», bien renseignés (par les services secrets français?), puisqu’ils connaissaient les prénoms de personnes qui étaient présentes dans le hall du tout nouveau local de Charlie Hebdo, au 10 rue Nicolas Appert, à Paris,  et tirent des coups de feu, faisant 12 morts, parmi eux 10 journalistes, et 5 blessés, ensuite, ils prennent la fuite à bord d’un premier véhicule qu’ils vont rapidement abandonner à la porte de pantin, pour en prendre un deuxième afin de brouiller leur piste et ne pas être repérés.

 

POINT 23º 56´/ 23º 58´ DE QUELQUE SIGNE DU ZODIAQUE:

ATTENTAT CONTRE LES TURCS, ET A LA GARE SAINT-MICHEL

 

Le passage du soleil, une planète du système solaire, le nœud de la Lune ou planétoïde Chiron dans le point 23º 56´ / 23º 58´ de quelque signe (Bélier, Taureaux, Gemeaux, Cancer, Lion, etc.)  est condition nécessaire mais non suffisante pour le déclenchement d'attaques terroristes

 

Le 4 mars 1981, avec Pluton en 23º 58´/ 23º 57´ de Balance, se produit un acte de terrorisme arménien, l´ assassinat par l'ASALA de deux diplomates turcs à Paris : Reşat Morali, attaché aux Affaires du Travail, et Tecelli Ari, conseiller aux Affaires Religieuses.

 

Le 25 juillet 1995  avec Neptune en 23º 57´/ 23º 56´ de Capricorne, à 17h30,une bouteille de gaz bourrée d’écrous explose dans le RER parisien à la gare Saint-Michel - Notre-Dame. Le bilan final est de 8 morts et 117 blessés.

© (Droits d´auteur pour Francisco Limpo de Faria Queiroz)



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Domingo, 1 de Maio de 2016
Imprecisões de Hannah Arendt

 

Hannah Arendt (nascida Johanna Arendt; Linden, Alemanha, 14 de outubro de 1906 – Nova Iorque, Estados Unidos, 4 de dezembro de 1975) filósofa política alemã de origem judaica, discípula de Heidegger  de cujo totalitarismo político se demarcou, possui diversos equívocos no seu pensamento, sem embargo da sua vasta cultura e de ser uma pensadora notável.

 

VONTADE COMO LIVRE-ARBÍTRIO OPÕE-SE A VONTADE COMO INÍCIO?

 

Escreveu a filósofa judia:

«Na minha discussão da Vontade mencionei repetidamente duas maneiras completamente diferentes de compreender essa faculdade: como uma faculdade de escolha entre objectos ou metas, o liberum arbitrium, que actua como árbitro entre fins dados e delibera livremente sobre os meios para os alcançar; e, por outro lado, como a nossa «faculdade de iniciar espontaneamente uma série no tempo» ou o «initium ut homo creatus est» de Agostinho, a capacidade do homem para iniciar porque ele próprio é um início».

(Hannah Arendt, A vida do Espírito, volume II-Querer, Instituto Piaget, páginas 174-175; o destaque a bold é posto por nós)

 

Há alguma falta de clareza nesta dicotomia estabelecida por Hannah Arendt: o livre-arbítrio inclui a «faculdade de iniciar espontaneamente algo no tempo.» Qualquer acto de livre-arbítrio é um início: se escolho, após demorada reflexão, frequentar um templo budista ou militar num partido político estou a usar a vontade como iniciadora de um processo. Portanto, o dilema que Arendt apresenta acima é um falso dilema: vontade com livre-arbítrio inclui vontade como força iniciadora, não se opõem entre si. O verdadeiro dilema, que Hannah Arendt não põe em relevo, ao menos nesta passagem, é o que opõe a vontade consciente, como livre-arbítrio, à vontade insconsciente, cega e transpessoal em Schopenhauer, que nos leva a criar o mundo fenoménico das árvores, rios e céus, e à vontade inconsciente como pulsão libidinal ou pulsão de Eros, em Freud, que nos leva a sexualizar tudo, isto é, a olhar as pessoas como objectos eróticos, em diferentes graus. 

 

A OMISSÃO DE SCHOPENHAUER, ARAUTO DA VONTADE  TRANSPESSOAL

 

Hannah Arendt discorre  sobre a Vontade, na história da filosofia, no seu livro «Vida do Espírito, II, Querer. E considera Heidegger superior a Schelling no aspecto em que este último teorizou a Vontade personificada ao passo que Heidegger sustentaria a Vontade não personificada. Escreve:

 

«Foi nesta região de pura especulação que apareceu a Vontade durante o curto período do Idealismo Alemão. "Na instância final e muito alta", declarou Schelling," não há outro ser além da Vontade. A Vontade é o Ser primordial, e todos os predicados se aplicam unicamente a ela - falta de fundamentação, eternidade, independência do tempo, auto-afirmação! Toda a filosofia se esforça apenas por encontrar esta mais alta expressão". E citando esta passagem no seu What is called Thinking?, Heidegger acrescenta imediatamente: «Então, os predicados que o pensamento metafísico atribuiu ao Ser, Schelling encontra-os na sua forma final, mais alta... mais perfeita no querer. No entanto, a Vontade neste querer não significa aqui uma capacidade da alma humana; a palavra "querer" designa aqui o Ser dos entes como um todo" (acrescentarei os itálicos). Não há dúvida que Heidegger tem razão; a Vontade de Schelling é uma entidade metafísica mas, ao contrário das mais comuns e mais antigas falácias metafísicas, é personificada. Num contexto diferente, e com maior precisão, o próprio Heidegger resume o signifivado deste Conceito personificado: a falsa "opinião (que facilmente) resulta daí é que a vontade humana é a origem da vontade-de-querer , enquanto pelo contrário, o homem está a ser querido pela Vontade-de-querer sem sequer experimentar a essência de um tal querer".

(Hannah Arendt, A vida do Espírito, volume II-Querer, Instituto Piaget, páginas 172-173; o destaque a bold é posto por nós)

 

Mas Arthur Schopenhauer teorizou a Vontade transpessoal como a criadora do mundo que é mera representação (idealismo gnoseológico, imaterialismo) e Hannah Arendt omite-o nesse campo. Porquê?

 

 

É INTELIGENTE TROÇAR DA ASTROLOGIA HISTÓRICA DETERMINISTA?

Escreveu Arendt:

«Os homens, para sempre tentados a levantar o véu do futuro - com a ajuda de computadores ou horóscopos ou os intestinos dos animais sacrificiais - têm um cadastro pior para mostrar nessas «ciências» do que em quase todos os outros empreendimentos científicos».

(Hannah Arendt, A vida do Espírito, volume II-Querer, Instituto Piaget, página 175; o destaque a bold é posto por nós)

 

Neste texto, Arendt equipara o estudo matemático-astronómico dos factos históricos (astrologia histórica, diferente de psico-astrologia) à leitura dos intestinos de animais sacrificados... É uma pura falácia de Hannah. E manifesta a ignorância desta sobre o Ser: porque este é os 360 graus do Zodíaco, o movimento dos planetas e a corporalidade terrestre que daí se desprende.

 

Uma qualidade comum a quase todos os filósofos e professores de filosofia é não saber que os planetas comandam inteiramente o destino de cada homem, planta, animal e pedaço de matéria inerte e que a astrologia histórico-social, enquanto colectora e sistematizadora de factos empíricos, é uma ciência, mais exacta que a história, porque a esta acrescenta a astronomia, mais exacta que a psicologia, a sociologia, a economia, a antropologia.

Se Hannan Arendt possuísse a inteligência holística, que lhe faltou como faltou a Descartes, a Kant, a Leibniz, a Husserl, a Merleau-Ponty, a Heidegger, a Sartre, a Nozick, a Zizeck e a quase todos os outros doutorados em filosofia, abriria um livro de Efemérides planetárias e folheando-o, interrogar-se-ia sobre o facto de Hitler ter subido ao poder em 30 de Janeiro de 1933, com Júpiter em 22º do signo de Virgem e se ter suicidado em 30 de Abril de 1945, com Júpiter em 17º de Virgem (só uma vez durante 10 ou 11 meses, em cada 12 anos, Júpiter desliza no signo de Virgem que vai de 150º a 180º da eclíptica; é significativo que Júpiter em Virgem tenha elevado Hitler ao poder em 1933 e o tenha feito descer do poder em 1945 ).

 

 

Troçar do determinismo astral nos actos humanos individuais e político-sociais é próprio de «burros» - e as universidades, tal como as bibliotecas de filosofia e ciências, estão cheias desse tipo de «burros» licenciados, mestres e doutorados. Aliás, a história da filosofia é predominantemente a história dos «burros» académicos que sempre negaram a predestinação astral, é uma mistura de obscuridade mental e luz.  Quanta vaidade a dos filósofos, ignorantes que presumem ser a vanguarda do pensamento humano, o juíz decisivo, quando, como Heideger ou Hannah Arendt, não conhecem sequer as posições planetárias ao longo da história e os factos sociais a que deram origem!  Uma faculdade de Filosofia sem cadeiras de Astrologia Histórica não é digna do nome de universidade (universitas, saber universal).

 

www.filosofar.blogs.sapo.pt
f.limpo.queiroz@sapo.pt

 

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)



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