Domingo, 26 de Maio de 2019
O divórcio no catecismo da igreja católica e no evangelho de São Mateus

O catecismo da Igreja Católica Romana não espelha com exactidão o evangelho de São Mateus na questão do divórcio. Omite até a passagem do evangelho em que Jesus admite o divórcio em caso de adultério da mulher.

 

O evangelho de São Mateus diz o seguinte sobre o divórcio.

 

Tendo Jesus concluído estas palavras, partiu da Galiléia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão;    e seguiram-no grandes multidões, e curou-os ali.  Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?   Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o    princípio homem e mulher,  e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua
mulher; e serão os dois uma só carne?  Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou,   não o separe o homem.  Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?  Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos corações Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio. Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar a sua mulher a não ser por causa de infidelidade e casar com outra, comete adultério e o que casar   com a repudiada também comete adultério.]  (Evangelho segundo São Mateus, Capítulo 19, versículos 1 a 9; o destaque a negrito é posto por nós).

 

O Catecismo da Igreja Católica Romana, dado em 11 de Outubro de 1992 pelo papa João Paulo II diz o seguinte:

 
«1664 . A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade são essenciais ao Matrimónio. A poligamia é incompatível com a unidade do Matrimónio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal do seu "dom mais excelente". (Catecismo da Igreja Católica, Gráfica de Coimbra, pág. 1993, pag. 368).

Nenhuma referência há no catecismo sobre o direito do marido  repudiar a mulher adúltera.

www.filosofar.blogs.sapo.pt
f.limpo.queiroz@sapo.pt

 

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 19:44
link do post | comentar | favorito

Domingo, 15 de Janeiro de 2012
Schopenhauer: as diferenças entre o homem e a mulher e como o Eros manipula o génio protetor de cada indivíduo

 

Arthur Schopenhauer (22 de Fevereiro de 1788- 21 de Setembro de 1860) foi um representante do idealismo volitivo, uma corrente que sustenta que o mundo material é meramente mental, é projeção da vontade (volição) associada à mente e é imanência a esta. Foi um dos raros filósofos que compreenderam integralmente a doutrina de Kant - ao contrário de Russell, Sartre, Heidegger e a generalidade dos académicos de hoje -  e foi um crítico implacável de Hegel.

 

Porém, na análise psicológica dos sexos e do amor, adotou uma teoria similar à da astúcia da razão engendrada por Hegel (os estadistas e outros atores da história como regicidas, generais, etc, executam nas ações que levam a cabo por impulso ou «livre-arbítrio», sem se darem conta, a vontade da razão universal) ao teorizar o génio da espécie. Este  é a força do instinto de Eros, impessoal, que domina e manipula os indivíduos como marionetas. Antes de tudo, como um pilar da sua antropologia, Schopenhauer sustentou que o amor do homem é, por natureza, polígamo e o da mulher, por natureza, monógamo: 

 

«Em primeiro lugar, deve notar-se que o homem é, por temperamento, propenso à inconstância no amor e a mulher à fidelidade. O amor de um homem declina de um modo sensível, a partir do instante em que foi satisfeito; parece que todas as mulheres têm mais atrativos do que a possui; aspira à mudança. O amor da mulher, pelo contrário, aumenta a partir desse momento. É essa uma consequência do fim da natureza, dirigido para a conservação e, por conseguinte, para o aumento, o mais considerável possível, da espécie. O homem, de facto, pode facilmente gerar mais de cem filhos num ano, se tiver outras tantas mulheres à disposição; a mulher, pelo contrário, ainda que tivesse o mesmo número de maridos não podia dar à luz mais do que um filho por ano,  excetuando os gémeos. Por isso, o homem anda sempre à procura de outras mulheres, enquanto a mulher se conserva fielmente dedicada a um só homem, porque a natureza a impele instintivamente e sem reflexão a conservar junto de si aquele que deve alimentar e proteger a pequena família futura. Daí resulta que a fidelidade no casamento é artificial para o homem e natural na mulher, e portanto o adultério da mulher por virtude das consequências que acarreta, e por ser contra a natureza, é muito mais imperdoável que o do homem.»(Schopenhauer, Metafísica do amor, páginas 38-39, Inquérito; o negrito é posto por mim. )

 

Esta concepção, que é a da tradição esotérica - o homem é Yang, movimento, luz, exterioridade, dilatação, fogo e ar; a mulher é Yin, repouso, sombra, interioridade, contração, água e terra - é rejeitada pelos movimentos feministas e pelo igualitarismo sexual hoje dominante no mundo.

 

A FINALIDADE DA ATRAÇÃO ERÓTICA E DO CASAMENTO É A PROCRIAÇÃO

 

 

É o instinto genésico, instinto da espécie que atravessa o indivíduo,  o guia na atração sexual, diz Schopenhauer. E por isso as mulheres preferem os homens de 30 a 35 anos aos rapazes de 20:

 

«Não podemos naturalmente enumerar com tanta exatidão as considerações inconscientes às quais se liga a inclinação das mulheres. Eis o que se pode afirmar de um modo geral. É a idade dos 30 aos 35 anos que elas preferem a qualquer outra, mesmo à dos jovens, que contudo representam a flor da beleza feminina. A causa é serem dirigidas não pelo gosto, mas pelo instinto, que reconhece nesses anos o apogeu da força geradora. Em geral, dão pouca importância à beleza, principalmente à do rosto; como se elas se encarregassem, por si sós, de a transmitirem à criança. É acima de tudo a coragem e a força do homem que lhes conquista o coração, porque estas qualidades são penhor duma geração de crianças robustas, e parecem assegurar-lhes, no futuro, um protetor corajoso.»

 

««A estupidez não prejudica os homens junto das mulheres; o espírito superior, ou mesmo o génio, pela sua desproporção, têm muitas vezes um efeito desfavorável. Vê-se frequentemente um homem feio, estúpido e grosseiro suplantar junto das mulheres um outro bem feito, espirituoso, delicado. Vêem-se igualmente casamentos de inclinação entre pessoas tão diferentes quanto é possível no ponto de vista do espírito: ele por exemplo, brutal, robusto e estúpido; ela, meiga, impressionável, pensando delicadamente, instruída, requintada, etc; ou, então, ele muito sábio, cheio de talento, e ela, uma pateta (...)» «A razão disso é que as considerações que predominam aqui nada têm de intelectual e dizem respeito ao instinto. No casamento, o que se tem em vista não é um colóquio cheio de espírito, é a criação dos filhos; o casamento é um laço dos corações e não das cabeças. Quando uma mulher afirma que está enamorada do espírito de um homem, é uma pretensão vã e ridícula, ou a exaltação de um ser degenerado. Os homens, por sua vez, no amor instintivo, não são determinados pelas qualidades de caráter da mulher.» (Schopenhauer, páginas 41-44, ibid; o negrito é acentuado por mim).

 

Assim, a procriação é a finalidade inconsciente da união erótica entre homem e mulher e do casamento. O instinto da espécie é uma inteligência animal que perpassa em todos os exemplares do género humano.

 

AMAR AQUILO QUE FALTA, POR ORDEM DO GÉNIO DA ESPÉCIE

 

A visão de Schopenhauer é dialética, baseada no mais alto grau da contradição - que não é a colatarealidade, nem a relatividade posicional mas a contrariedade.

 

«Todos amam precisamente o que lhes falta. (..) É assim que o homem mais viril procurará a mulher mais feminina, e vice-versa. (..) Há casos excecionais em que um homem se pode apaixonar por uma mulher decididamente feia: de acordo com a lei da concordância dos sexos, isto dá-se quando o conjunto dos defeitos e das irregularidades físicas da mulher são, justamente, a antítese e, por conseguinte, o corretivo dos do homem. Neste caso, a paixão atinge geralmente um grau extraordinário.»

«O indivíduo obedece em tudo isto, sem que o perceba, a uma ordem superior, à da espécie: daí a importância que liga a certas coisas que, como indivíduo, poderiam e deveriam ser-lhe indiferentes. » (Schopenhauer, Metafísica do Amor, páginas 44-49; o negrito é posto por mim)

 

Schopenhauer põe em relevo a luta entre o manipulador génio da espécie, o Cupido que atinge solteiros e casados e faz e desfaz relações amorosas e sociais, e o génio protetor de cada indivíduo:

 

«O génio da espécie está  sempre em guerra com os génios protetores os indivíduos, é o seu perseguidor e inimigo, sempre pronto a destruir sem piedade a felicidade pessoal, para alcançar os seus fins(...)

 

«Os casamentos de amor são concluídos no interesse da espécie e não em proveito do indivíduo. Os indivíduos imaginam, é certo, que trabalham para a própria felicidade; mas o verdadeiro fim é-lhes estranho, visto que não é outro senão a procriação dum ser que só é possível por meio deles. Obedecendo ambos ao mesmo impulso, devem naturalmente procurar entender-se o melhor possível.» (Schopenhauer, Ibid, pág. 62)

 A VONTADE DE VIVER

 

A vontade de viver, imortalmente no seio da espécie, vontade comum a religiosos, agnósticos e ateus, é, segundo Schopenhauer, a chave do comportamento humano, em particular no campo do amor sexual e do casamento. Não é apenas uma vontade de viver num mundo que nos é dado de fora: essa vontade é a criadora do mundo, mundo este que é um conjunto de representações e ilusões. As árvores só existem porque nós as projetamos e não são independentes de nós, a beleza daquela mulher ou a fealdade de outra é criação da vontade de viver que anima o nosso ser.

 

 

«O homem prova assim que a espécie lhe importa mais do que o indivíduo, e que vive mais diretamente naquela do que neste. Porque é então que o enamorado fica suspenso, num absoluto abandono, dos olhos daquela a quem escolheu? Porque está pronto a fazer por ela todos os sacrifícios? - Porque é a parte imortal do seu ser que suspira por ela, enquanto todos os seus outros desejos só se referem ao ser fugidio e mortal. Esta aspiração viva, fervorosa, dirigida para uma certa mulher, é pois um penhor da indestrutibilidade da essência do nosso ser e da sua continuidade na espécie». (..)

«Essa essência oculta é justamente o que está no fundo da nossa consciência e lhe forma o nódulo central, o que é mesmo mais imediato que essa consciência; e, na sua qualidade de "coisa em si", liberta do "principium individuationis", essa essência é absolutamente idêntica em todos os indivíduos, quer existam simultaneamente, quer se sucedam. É a isso que eu chamo, por outras palavras, "vontade de viver", isto é, essa aspiração premente à vida e à duração.»

 (Schopenhauer, ibid, pág. 65-66).

 

Aparentemente muito distante de Hegel, Schopenhauer não escapa ao traço nivelador do século XIX quando admite que a essência de cada homem é, principalmente, o princípio da espécie, a vontade de viver coletiva, e não o princípio da individuação que é fonte do egoísmo pessoal.

 

 

A INTELIGÊNCIA ABSTRATA DO HOMEM E A INTELIGÊNCIA CONCRETA E IMEDIATISTA DA MULHER

 

 

O senso prático na mulher é mais intenso do que no homem, segundo Schopenhauer. Mas senso prático não significa sempre bom senso. Significa que a mulher está mais atenta aos pormenores visíveis do quotidiano - elas reparam mais nas unhas ou nos sapatos que o homem usa do que nós nos correspondentes adereços delas; e compram, certamente, géneros mais baratos e de melhor qualidade nas lojas do que se fossem os maridos a fazê-lo. A mulher é capaz de gozar mais o momento do que o homem e, por isso, de ser mais alegre.

 

«Quanto mais nobre e perfeita é uma coisa, tanto mais lenta e tardiamente se desenvolve. A razão e a inteligência do homem só atingem pleno desenvolvimento aos vinte e oito anos; na mulher a maturidade do espírito dá-se aos dezoito anos. Por isso, só tem uma razão de dezoito anos, estritamente medida. É esse o motivo por que as mulheres são toda a vida verdadeiras crianças. Só vêem o que têm diante dos olhos, agarram-se ao presente, tomando a aparência pela realidade e preferindo as ninharias às coisas mais importantes.»

«O que distingue o homem do animal é a razão; confinado no presente, lembra-se do passado e pensa no futuro: daí a sua prudência, os seus cuidados, as suas frequentes apreensões. A razão débil da mulher não sofre dessas vantagens nem desses inconvenientes; sofre duma miopia intelectual que lhe permite, ver de uma maneira penetrante as coisas próximas; mas o seu horizonte é limitado, escapa-se-lhe o que está distante. Daí resulta que tudo quanto não é imediato, o passado e o futuro, atuam mais fracamente na mulher do que em nós: daí também a tendência muito mais frequente para a prodigalidade, e que por vezes toca as raias da demência.»

 

«No seu íntimo, as mulheres entendem que os homens são feitos para ganhar dinheiro e elas para o gastar; e se o não podem fazer durante a vida do marido, desforram-se depois da morte dele.» (...)

 

 «Em circunstâncias difíceis é preciso não desdenhar recorrer, como outrora os Germanos, aos conselhos das mulheres, porque elas têm uma maneira de conceber as coisas totalmente diferentes da nossa. ´Vão direitas ao fim, pelo caminho mais curto, porque fixam geralmente os olhares no que têm mais à mão. Nós, pelo contrário, não vemos o que nos salta aos olhos, e vamos procurar muito mais longe; precisamos que nos levem a uma maneira de ver mais simples e mais rápida. Acrescente-se ainda que as mulheres têm decididamente um espírito mais ponderado, e só vêem nas coisas o que nelas há realmente; ao passo que nós, impelidos pelas paixões excitadas, aumentamos os objetos e representamos quimeras.»

«As próprias aptidões naturais explicam a piedade, a humanidade, a simpatia que as mulheres testemunham aos desgraçados, ao passo que são inferiores aos homens no que respeita à equidade, à retidão e à escrupulosa probidade. Devido à fraqueza da sua razão, tudo o que é presente, visível e imediato, exerce sobre elas um domínio contra o qual não conseguiriam estabelecer as abstrações, nem as máximas estabelecidas, nem as resoluções enérgicas, nem consideração alguma do passado ou do futuro, do que está afastado ou ausente. Possuem da virtude as primeiras e principais qualidades, mas faltam-lhe as secundárias e acessórias...

 «Assim a injustiça é o defeito capital dos temperamentos femininos. Isto resulta da falta de bom senso e de reflexão que apontamos; e o que agrava ainda este defeito, é que a natureza, recusando-lhes a força, deu-lhes a astúcia para lhes proteger a fraqueza; daí a sua instintiva velhacaria e a invencível tendência para a mentira.» (...)

«Deste defeito fundamental nascem a falsidade, a infidelidade, a traição, a ingratidão, etc.»

(Schopenhauer, Ensaio acerca das mulheres, in Metafísica do amor, páginas 74-77; o negrito é posto por mim).

 

Este texto de Schopenhauer, extraordinariamente interessante e polémico, faz estremecer de indignação o universo feminino libertário e demo-liberal atual que faz passar as ideias de que «as mulheres são mais inteligentes do que os homens» e de que «quase não houve mulheres filósofas consagradas nos séculos que transcorreram porque a educação literária e a escolaridade eram praticamente só reservadas aos homens.»

 

 

 

www.filosofar.blogs.sapo.pt


f.limpo.queiroz@sapo.pt

 

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 10:24
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
pesquisar
 
Janeiro 2024
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26
27

28
29
30
31


posts recentes

O divórcio no catecismo d...

Schopenhauer: as diferenç...

arquivos

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

tags

todas as tags

favoritos

Teste de filosofia do 11º...

Suicídios de pilotos de a...

David Icke: a sexualidade...

links
blogs SAPO
subscrever feeds