Terça-feira, 13 de Junho de 2017
Breves reflexões de Junho de 2017

 Eis algumas despretensiosas reflexões que brotam neste quente mês de Junho de 2017.

 

QUANDO MORRERES NINGUÉM OU QUASE NINGUÉM VAI DAR PELA TUA FALTA. Para que te preocupas, pois, com as críticas dos outros ao teu comportamento, críticas ditadas por inveja, preconceito, necessidade de te controlarem, de te manterem dentro do rebanho social? Vive e sê tu mesma/o. Os outros? Quase todos são apenas barreiras, objectos estranhos à tua liberdade.

 

ESCRAVO DO FACEBOOK. Sou um escravo voluntário da escrita no Facebook. Venho aí diariamente, leio e escrevo. Antes de mais, faço-o por necessidade do Intelecto Universal, o chamado Intelecto Agente que, como dizia Aristóteles, sobrevive à morte do indivíduo: há ideias que gero ou capto da Região Inefável que devem ser difundidas e ficar na platibanda do pensamento académico, modéstia áparte. Mas também o faço por amor erótico: há sempre uma mulher bela do lado de lá da web a quem se pode dirigir um galanteio, uma declaração de amor. Em terceiro lugar, faço-o por necessidade de explicar a minha postura pessoal, a ação no meio em que vivo: Baixo Alentejo, Portugal.

 

SINCRONISMOS FONÉTICOS . Em 11 e 12 de Junho de 2017, a ideia de MÁRIO está em foco: no dia 11, deflagra um incêndio num autocarro no túnel do MARÃO (evoca: MÁRIO), noticia-se que os estados norte-americanos de MARYland (evoca: MÁRIO) e Columbia vão processar o presidente Trump por receber indevidamente milhões de dólares através de empresas suas; no dia 12, de madrugada, na Nora de Serpa, MAIRA (evoca: MÁRIO) Baldaia e a sua banda brasileira dão um concerto musical, falece em Santarém MÁRIO Brito, de 76 anos de idade, engenheiro de telecomunicações, portuense.

 

COM A ALTA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DAS TROCAS DE PARCEIRO NO AMOR, A VISÃO ECONOMICISTA E INDIVIDUALISTA DA VIDA IMPERA. Elas já não gostam de nós, em regra: medem a marca do automóvel que temos, o tamanho do nosso pénis em repouso, o saldo da nossa conta bancária, as vezes que lhes pagamos o jantar ou o lanche ou as levamos à discoteca, o nosso status social (empregado bancário, médico, professor, agricultor rico, etc) . Mas o inverso também é verdade: olhamos para elas como objectos sexuais , como «gajas a levar para a cama e largar logo que estejamos saciados». É um mundo pragmático de usar os outros enquanto nos são úteis: é como o aluguer de quartos em Lisboa, dá dinheiro, aluga-se já a turistas por uns dias, nada de alugueres por anos e anos à mesma pessoa ou família. O amor romântico acabou, ninguém ama ninguém de forma continuada. David Hume tinha razão: não temos um eu fixo, somos um fluxo de imagens a correr algures. Salvam-se alguns honrosos casamentos e uniões de facto onde o amor paixão unido ao amor romântico prevalecem.

 

OS FESTIVAIS MUSICAIS DE VERÃO COMO O MEO SUDOESTE, que se inicia a 1 de Agosto de 2017 em Zambujeira do Mar, costa alentejana, não passam de modos de alienação da juventude e dos trabalhadores em geral. Os artistas, vendidos ao grande capital, não denunciam a Nova Ordem Mundial do governo único, da precariedade de emprego, do lançamento de guerras imperialistas onde quer que as chefias dos EUA e da Rússia ou da UE achem necessário. Muita música, droga, sexo promíscuo sem preservativos, alcool - eis a falsa ou superficial amizade que se forja nesses aglomerados de dezenas de milhar de pessoas. No resto do ano, o capitalismo aumenta o ritmo de trabalho dos assalariados, oferece bares e copos e muito stress a quem vive só do seu salário (proletariado).

 

PORQUE VAMOS A SERPA OUVIR ANTÓNIO ZAMBUJO? Não é, essencialmente, para ouvir o artista alentejano. É para ver as mulheres belas que se aglomeram na Praça da República. E para saudar um ou outro amigo que vive em Serpa com quem temos colóquios culturais. E para desfrutar da noite de Lua em Capricórnio - a Lua Cheia foi ontem, 10 de Junho, às 21 h 44, com a Lua em 18º do signo de Sagitário - que as noites de luar no Alentejo são lindas e sensuais. E para orar ao Grande Arquitecto do Universo.

 

BEJA AUTO-DESTRUTIVA POR FORÇA DA ELITE POLÍTICO-ECONÓMICA LOCAL . 11 de Junho de 2017. Estou a visitar a exposição de gravuras de Banda Desenhada expostas no Teatro Pax Julia, no centro de Beja e encontro Jorge, artista conceituado. Comenta-se: «Como é possível que tendo morrido (em 13 de Maio de 2017) Leonel Borrela, pintor e arqueólogo do património e funcionário do Museu Regional de Beja, que tanto deu a esta cidade investigando, pintando e teorizando sobre a sua arquitectura e história, não haja uma reprodução em grande de um quadro seu numa destas salas com os dizeres «Homenagem a Leonel Borrela, 1955-2017»? Beja é auto-destrutiva. A elite política e económica que domina a cidade quer apagar da memória os criadores, artísticos, literários, etc, que, bejenses de nascimento ou não, fazem obras de valor. Vê só o caso da taberna outrora atelier de pintura de Carlos Montes na Rua da Branca: aí aprenderam a pintar artistas bejenses e a câmara deveria preservar isso como espaço museológico. Eles querem é que sejamos esquecidos: morremos e ninguem homenageia os que prestigiamos a cidade com o nosso trabalho artístico e cultural. Beja é autofágica. Ingrata, madrasta.»

 

ALÉM DO PRAZER DAS FESTAS DE FIM DE SEMANA E DO SEXO TRANSBORDANTE HÁ ... O PARAÍSO. A vida moderna carece de sentido para os existencialismos ateu e agnóstico, filosofias dominantes nos dias de hoje na Europa do século XXI: «temos de gozar a vida, que bom aproveitar as noites de sexta e sábado nas discotecas e bares e às duas e meia da manhã conseguir levar uma mulher ( ou um homem) semi ébria para o automóvel ou para a cama e... fazer sexo! »Tantos homens e mulheres insatisfeitas a fumar e a beber alcool, a noite inteira, nos bares! Já fizemos muita coisa em termos de sexo - menos homossexualidade e certo tipo de perversões; o Diabo dotou-me de uma imaginação que vai até ao travestismo mas o Senhor Deus guarda-me na fronteira com o ilícito - e concluimos que tem que haver algo imóvel, superior à união sexual física: o Paraíso, que é a união íntima, «sexual» entre nós, espíritos, e Deus-Deusa (a Trindade , a Virgem Santa Maria).

Por isso, se estás insatisfeita/o, reza, persiste na oração - em especial o rosário à Virgem Maria - e virão as respostas adequadas. O sentido da vida é o Paraíso, o reino da beatitude, o Pleroma dos gnósticos. As nossas desventuras, aflições, doenças estão escritas nos astros, no Zodíaco (foi o Deus inferior, o demiurgo, que fabricou os astros, não Jesus nem os Eons do Pleroma). Nem Osho, com a sua técnica filosófica de meditação, consegue atingir os cumes da beatitude cristã. A meditação relaxa mas é preciso ver os deuses e os anjos. Eu amava uma mulher muito linda, há anos, e ela sofreu uma doença grave - foi uma provação que Deus enviou, com o ensinamento «Não ames apenas a beleza corporal, penetra no mistério do espírito, é uma mulher como as outras, frágil, um invólucro de carne perecível».

 

O meu pai, muito católico toda a vida, nos últimos anos de vida perdeu a esperança de salvar-se: dizia «estou condenado, atropelei de bicicleta uma velhinha quando tinha 15 anos de idade», tinha remorsos excessivos, o Demónio rondava-o. Qualquer que seja o teu passado, não tenhas remorsos: já passou. Se há desculpas a pedir a alguém, uma dívida a pagar fá-lo. Reza incessantemente, com descontração, sem ansiedade, e verás mudanças boas na tua vida, serenidade, paz.

 

AS ESCOLAS DE ASTROLOGIA QUE MARCAM PASSO. Sou autodidata em astrologia. Desprezo as escolas de astrologia, de um modo geral dominadas por dogmáticos estéreis: sem provas experimentais, dizem que «Vénus rege o signo de Balança» e que «há doze casas no horóscopo pessoal», etc. Eis títulos de alguns livros meus: «Ciclos astrológicos na História de Portugal» (ed autor 1985), «Leis planetárias em eleições gerais» (Estampa, 1996), «Sincronismos Cabala e Graus do Zodíaco» (Estampa,2001), «Astrología y guerra civil de España de 1936-1939» (ed. autor, 2006), «Acidentes em Lisboa na Astronomia-Astrologia» (Ed. Autor, 2008), «Álvaro Cunhal e Antifascismo na Astrologia Histórica» (Ed. Autor, 2013), « Astrologia Histórica» (Esfera do Caos, 2015). Oito livros ao todo. Os mais «prestigiados» astrólogos comerciais portugueses, como Paulo Cardoso, Luís Resina, Helena Avelar, Luís Ribeiro, Cristina Candeias, Vera Xavier ou Flávia Monsaraz, guardam rigoroso silêncio sobre as minhas obras porque não têm arcaboiço intelectual ou moral para as enfrentar e analisar criticamente nem possuem suficiente saber feito de investigação empírica. Calam, ignoram para silenciar a dissidência, a «heresia». Portugal, país de invejas: astrólogos que só procuram o enriquecimento pessoal financeiro, a imagem televisiva, não a verdade da ciência astrológica.

 

www.filosofar.blogs.sapo.pt

f.limpo.queiroz@sapo.pt

© (Direitos de autor para Francisco Limpo de Faria Queiroz)



publicado por Francisco Limpo Queiroz às 23:58
link do post | comentar | favorito

mais sobre mim
pesquisar
 
Janeiro 2024
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
15
16
17
18
19
20

21
22
23
24
25
26
27

28
29
30
31


posts recentes

5 de Janeiro de 2024: a i...

Área 2º-4º do signo de Es...

15 a 18 de Novembo de 202...

13 a 16 de Novembro de 20...

Lua em Peixes em 10 de Ma...

6 a 7 de OUTUBRO DE 2023 ...

Plutão em 28º de Capricór...

11 a 13 de Setembro de 20...

Islão domina Europa e Ale...

Pão branco melhor que o i...

arquivos

Janeiro 2024

Dezembro 2023

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

tags

todas as tags

favoritos

Teste de filosofia do 11º...

Suicídios de pilotos de a...

David Icke: a sexualidade...

links
blogs SAPO
subscrever feeds