Segunda-feira, 29 de Junho de 2015
Acidentes na mina e vila de Aljustrel na Astrologia Histórica

 

 

Os acidentes e incidentes que ocorrem na vila alentejana de Aljustrel e seu concelho estão predestinados segundo os movimentos dos planetas no Zodíaco. Vejamos algumas dessas leis.

 

ÁREA 12º-14º DE GÉMEOS:

ACIDENTES NA MINA OU VITIMANDO ALJUSTRELENSE, ATENTADO OU MANIFESTAÇÃO DE RUA EM ALJUSTREL

 

A passagem do Sol ou de um planeta em 12º-14º  do signo de Gémeos  (graus 72º-74º  de longitude na eclíptica) é uma concausa, uma condição necessária mas insuficiente para a eclosão de mortes por acidente nas minas ou na vila de Aljustrel, Baixo Alentejo, ou de aljustrelense algures.

 

Em 6 de Junho de 1976, com Vénus em 12º 6´ / 13º 19´ de Gémeos, explode uma carga de plástico na casa de um encarregado da mina em Aljustrel; em 15 de Maio de 1995, com Mercúrio em 14º 51´/ 15º 33´ de Gémeos, a população de Aljustrel manifesta-se na rua exigindo a reabertura da mina e rejeitando a proposta de negociação da Sociedade Pirites Alentejanas;  em 4 de Abril de 2013, com Júpiter em 12º 21´/ 12º 31´ de Gémeos, um supervisor de operações natural de Aljustrel, que trabalhava para a empresa Labor Sines morre quando, no convés de um cargueiro de grandes dimensões, no porto de Sines, a orientar o trabalho do manobrador de grua, cai para o porão de uma altura de 20 a 30 metros; .em 19 de Maio de 2015, com Mercúrio em 13º 9´/ 13º 7´ de Gémeos, cerca das  9 horas e 50 minutos um trabalhador, Joaquim Saramago Gomes, de 48 anos, dirigente do Grupo Desportivo de Odivelas, Ferreira do Alentejo, ao serviço de um empreiteiro contratado pela Almina (empresa concessionárias das minas) sofre uma queda de um silo no interior da mina de Aljustrel, na zona do jazigo de Feitais, acabando por falecer no local. 

 

Algumas das próximas datas em que o Sol, um planeta, os Nodos da Lua ou Quirón estarão na área 12º-14º de Gémeos são: 2-5 de Junho de 2016 (Vénus); 20-22 de Junho de 2016 (Mercúrio).

 

ÁREA 10º-15º  DE CARANGUEJO

MORTES NA MINA E OUTROS ACIDENTES EM ALJUSTREL

 

A passagem do Sol ou de um planeta em 10º-15º do signo de Caranguejo  (graus 100 a 105 de longitude na eclíptica) é  uma condição necessária mas insuficiente para a eclosão de mortes por acidente nas minas ou outros incidentes relevantes na vila de Aljustrel, Baixo Alentejo.

 

Em 17 de Abril de 1976, com Marte em 14º 9´/ 14º 40´ de Caranguejo, Álvaro Cunhal, dirigente do PCP, é recebido em apoteose frente ao sindicato mineiro em Aljustrel; em 1 de Setembro de 2010, com Nodo Sul da Lua em 10º 0´ de Caranguejo, um trabalhador da mina de Aljustrel, de 31 anos e natural de Aljustrel, filho de um antigo mineiro, morre cerca das 11 horas, na sequência do despiste de um veículo Dumper MTT que conduzia e ficou sem travões, quando operava na rampa de acesso ao fundo da mina; em 19 de Maio de 2015, com Vénus em 12º 0´/ 13º 3´ de Caranguejo, cerca das 9.50 horas, um trabalhador, Joaquim Saramago Gomes, de 48 anos, dirigente do Grupo Desportivo de Odivelas, Ferreira do Alentejo, ao serviço de um empreiteiro contratado pela Almina (empresa concessionárias das minas) sofre uma queda de 190 metros num silo no interior da mina de Aljustrel, na zona do jazigo de Feitais, acabando por falecer no local.

 

 Algumas das próximas datas em que o Sol, um planeta, os Nodos da Lua ou Quirón estarão na área 10º.15º de Caranguejo são: de 25 a 30 de Junho de 2016 (Vénus);

 

PONTO 5º 26´ / 5º 35´ DE QUALQUER SIGNO:

MANIFESTAÇÃO DE RUA, ASSALTO EM ALJUSTREL

 

 

:A passagem do Sol ou de um planeta no ponto  5º 26` / 5º 35´ de qualquer signo é condição necessária mas insuficiente para a eclosão de acontecimentos relevantes em Aljustrel.

 

 Em 15 de Maio de 1995, com Nodo Sul da Lua em 5º 35´/ 5º 33´ de Touro, a população de Aljustrel manifesta-se na rua exigindo a reabertura da mina e rejeitando a proposta de negociação da Sociedade Pirites Alentejanas; em 16 de Outubro de 1995, com Mercúrio em 5º 21´/ 5º 47´ de Balança, morre, em Lisboa, Francisco José Limpo de Faria, engenheiro de minas, administrador das minas de Aljustrel de 1969 a 1987; em 4 de Janeiro de 2001, com Neptuno em 5º 26´/ 5º 28´ de Aquário, um assalto nocturno à Sociedade Filarmónica de Aljustrel rende cerca de meia centena de contos e vários volumes de tabaco aos ladrões.

Próximas datas

 

PONTO 12º 21´/ 12º 24´ DE QUALQUER SIGNO:

MORTES DE ALJUSTRELENSES

 

A passagem do Sol ou de um planeta em 12º 21´/ 12º 24´ de qualquer signo é condição necessária mas insuficiente para a eclosão de mortes por acidente de pessoas naturais de Aljustrel.

 

Em 4 de Abril de 2013, com Júpiter em 12º 21´/ 12º 31´ de Gémeos, um supervisor de operações natural de Aljustrel, que trabalhava para a empresa Labor Sines morre quando no convés de um “cargueiro de grandes dimensões”, no porto de Sines, a orientar o trabalho do manobrador de grua, quando cai para o porão de uma altura de 20 a 30 metros; em 28 de Junho de 2013, com Úrano em 12º 22´/ 12º 23´ de Carneiro, cerca das 00 e 30 horas, um funcionário da Câmara de Aljustrel, de 61 anos, morre de madrugada vítima de atropelamento por uma viatura de recolha de lixo.

  

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Segunda-feira, 15 de Junho de 2015
Erros no Exame Nacional de Filosofia de 15 de Junho de 2015

 

O exame final nacional de filosofia do ensino secundário em Portugal, 11º   ano de escolaridade, prova 714/ 1ª fase, realizado em 15 de Junho de 2015, enferma de erros teóricos. Eis alguns desses erros na versão 2 da Prova 714/1ª fase, nas questões de escolha múltipla em que só se dá como correcta uma das quatro opções.

 

GRUPO I

 

«2. Em qual das seguintes opções é referida, de forma inequívoca, uma acção:

(A) A Mariana foi picada por um mosquito.

(B) O Rui esqueceu-se de tirar o boné da cabeça.

(C) Um mosquito picou a Mariana.

(D) A professora mandou o Rui tirar o boné.»

 

Crítica minha: Os critérios de correção apontam que a resposta D é a única certa. Mas a resposta C está igualmente certa: picar uma pessoa é uma acção... de um animal, um mosquito. Há três tipos de acções: da natureza geofísica (exemplo: a erupção de um vulcão), dos animais inumanos (exemplo: o leão persegue e mata a gazela) do homem (exemplo: um condutor atropela involuntariamente uma pessoa). Se o autor do exame queria que só a resposta D fosse certa, a pergunta devia falar de acção humana e não somente de acção. Não é ridículo considerar acção o facto de um homem comer frango e não considerar acção o facto de um leão comer uma gazela? É assim o espírito minucioso e míope, sem visão global, dos analíticos...

 

«6. Segundo a UNICEF, devido à epidemia de ébola que, em 2014, atingiu o continente africano, 4 000 crianças perderam ambos os pais e 13 000 crianças perderam um dos pais. Portanto, a epidemia de ébola causou 17 000 orfãos em África.»

O argumento anterior é:

(A) um mau argumento de autoridade.

(B) um bom argumento de autoridade.

(C) uma indução a partir de um número insuficiente de casos.

(D) uma indução a partir de uma amostra representativa.»

 

Segundo os critérios de correção a resposta correcta é a opção B: é um bom argumento da autoridade já que a Unicef tem prestígio na matéria.

 

Crítica minha: nenhuma das respostas está correcta. Embora a Unicef invocada seja uma autoridade mundial no problema das crianças, e pareça que se trata de um bom argumento de autoridade, o essencial do argumento está na correção da operação matemática referente aos meninos e meninas que ficaram orfãos ou  duplamente orfãos de África em 2014. Trata-se de uma indução completa, sem salto no vazio, isto é, de uma inferência que consiste em  chegar ao resultado por enumeração, contando a totalidade dos casos singulares. Ou, se se quiser, trata-se de uma dedução - a operação matemática 4 000 + 13 000= 17 000 é uma dedução, não necessita de uma amostra empírica- fundada numa indução completa ou contagem exaustiva de todos os elementos de um conjunto. Se o autor da prova queria que a opção B fosse a resposta correta devia te-la formulado assim: «um argumento de autoridade e uma dedução fundada numa indução completa».

 

«7. Considere os textos seguintes:

        1. A ciência está na base das tecnologias que mudaram as nossas vidas. Por conseguinte, para que o avanço tecnológico não abrande, os investimentos da ciência não devem ser reduzidos.

         2. Após a Segunda Guerra Mundial, importava assegurar a recuperação económica dos países europeus envolvidos. Além disso, os líderes das principais nações europeias pretendiam impedir um novo conflito armado. Foi esta dupla ambição que esteve na origem da União Europeia.

 

(A) 1 e 2 são textos argumentativos.

(B) 1 e 2 não são textos argumentativos.

(C) 2 é um texto argumentativo; 1 não é um texto argumentativo.

(D) 1 é um texto argumentativo; 2 não é um texto argumentativo.»

 

A resposta considerada correcta nos critérios de correção é a (D).

Crítica minha: A resposta correcta é a A: ambos os textos, um e dois, são (parcialmente) argumentativos, se por argumentativo se entende uma afirmação ideológica, que exprime o ponto de vista de uma classe social, de um grupo cultural, político ou religioso, ou de um povo, não sendo absolutamente neutra ou isenta. Ao dizer «para que o avanço tecnológico não abrande, os investimentos da ciência não devem ser reduzidos»  está-se a argumentar, no texto 1, a favor do investimento com dinheiro nos programas científicos e tecnológicos, e isto é ideologia do capitalismo, privado ou estatal, posição que não merece o acordo dos grupos ecologistas defensores do «crescimento zero», da paralisação do fabrico de automóveis, barcos, aviões, telemóveis, postes de energia eléctrica, etc. Ao dizer no texto dois que «Após a Segunda Guerra Mundial, importava assegurar a recuperação económica dos países europeus envolvidos. Além disso, os líderes das principais nações europeias pretendiam impedir um novo conflito armado» está-se a argumentar com as intenções supostamente pacifistas dos líderes europeus como base da criação do Mercado Comum Europeu, o que é discutível, isto é, argumentativo. Alguns dirão que as burguesias francesa e alemã tinham por objectivo não uma recuperação económica dos países comunitários mas um aumento da sua hegemonia no mundo e a realização do máximo lucro..

 

«8. Em qual das opções seguintes se apresenta um exemplo do conhecimento a priori?

(A) Sei que nenhum irmão é filho único.

(B) Sei qual é o meu nome.

(C) Sei que alguns pais não são casados.

(D) Sei que idade tenho.»

 

Os critérios de correção apontam como resposta «certa» a opção A

 

Crítica minha: nenhuma das respostas é correcta. O que é o conhecimento a priori? É aquele que se opera independentemente das sensações, das percepções de objectos do mundo empírico. Segundo Kant só os conceitos matemáticos e alguns da física pura são a priori: os conceito de números Dois, Três, Quatro, etc., são a priori e os juízos «Três mais Quatro é igual a Sete» ou «Dois Vezes Dois é igual a Quatro» são a priori, mas os conceitos de «Irmão» de «Filho Único», de «Pai», de «Idade» , de «Casado», de «Nome» e o juízo «Ter irmãos implica não ser filho único» são a posteriori, isto é, derivam da experiência sensorial, de pessoas e situações qiue vemos e ouvimos. Ora, em todas as quatro frases acima citadas há conceitos a posteriori.

 

Os critérios de correção apontam como resposta «certa» a opção A. Mas a frase «Sei que nenhum irmão é filho único» é tão a priori - se assim me posso exprimir; em rigor não é a priori - como a frase C «Sei que alguns pais não são casados». Ser irmão implica não ser filho único e ser pai, em muitos casos, implica não ser casado.

 

«9. Identifique o par de termos que permite completar a afirmação seguinte.

       A dúvida cartesiana é_________; por isso, Descartes não é um filósofo____________

(A) metódica...racionalista

(B) metódica.....cético

(C) hiperbólica....empirista

(D) cética..... empirista.»

 

Os critérios de correção da prova apontam como única opção correcta a resposta B: A dúvida cartesiana é metódica  por isso, Descartes não é um filósofo cético.

 

Crítica minha: há duas respostas certas, as opções B e C, e não apenas uma. A opção C diz o seguinte:  «A dúvida cartesiana é hiperbólica   por isso, Descartes não é um filósofo empirista». Isto está correto. O que é a dúvida hiperbólica? É aquela que se estende a tudo e duvida mesmo do próprio corpo físico do sujeito e do eu pensante. Formula-se assim: «Os sentidos , fonte da verdade segundo o emprismo, enganam-me e é possível que tudo o que vejo, toco e penso não exista, duvido da existência das árvores, das casas e cidades,  da paisagem , da realidade dos animais, dos homens, dos céus e da terra, de Deus, das verdades matemáticas e outras e do meu próprio eu. Ora esta dúvida hiperbólica faz com que Descartes não seja um filósofo empirista já que estes dão crédito às percepções empíricas e tomam-nas como a base, ao contrário de Descartes. 

 

 

A existência de tantos erros neste exame nacional é a prova da incompetência da universidade portuguesa na área da filosofia, porque a tutela da comissão que fabrica a prova nacional de filosofia é, tanto quanto se sabe, da universidade portuguesa. Fechem-se as faculdades de filosofia porque os doutoramentos e as cátedras - dignidades «clericais» que não existiam no tempo de Platão e Aristóteles - são centros de poder pessoal onde reinam incompetentes adeptos da filosofia analítica, do positivismo lógico ou da fenomenologia que distorcem, em regra, a verdade da qual julgam ser donos. Precisa-se de uma revolução estudantil-operária como a de Maio de 1968 em França, em que os estudantes destituem os catedráticos da burguesia, os papas da igreja laica que é a universidade das humanísticas (filosofia, história, sociologia, antropologia, etc.), carregados de ideologia contra a dialética, a  ciência da astrologia histórica, as medicinas naturais, etc.

 

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Sábado, 13 de Junho de 2015
Imprecisões de Alfred Ayer sobre o Fenomenismo

 

 Alfred Julius Ayer, um dos grandes filósofos analíticos do século XX, escreveu:

 

   «Mas seja qual for a posição de Berkeley o fenomenista não nega que há objectos físicos. O que afirma é que se os há são constituídos por dados sensoriais. Se há alguns é uma questão de facto empírico, para ele indiferente. Basta-lhe que possa haver objectos físicos; o seu problema é então analisar as proposições que se lhes referem.» ( A. J. Ayer, O problema do conhecimento, Editora Ulisseia, Lisboa- Rio de Janeiro, pag 99; o destaque a negrito é por mim colocado.)

 

Há aqui uma contradição nos termos: segundo Ayer para o fenomenista há objectos físicos, ou seja extrasensoriais, porque a matéria é, em si mesma, extrasensorial, real, mas «são constituídos por dados semsoriais». Assim os objectos físicos existiram só sensorialmente, isto é, não existiriam em si mesmos ... Isto é uma incoerência. O raciocínio de Ayer assume a seguinte forma, violando o princípio da não contradição porque o mesmo objecto não pode ser em simultâneo e no mesmo aspecto físico e não físico:

«Segundo o fenomenista, há objectos físicos, isto é objectos materiais além dos sentidos.

Mas o objecto físico é apenas um conjunto de dados sensoriais.

Logo, o mundo físico da matéria é meramente sensorial, interior ao campo dos sentidos.»

 

David Hume, fenomenista, disse que apenas podemos chegar à certeza última que é o movimento dos corpos-ideias mas não podemos ter a certeza de que há objectos físicos além da percepção e do pensamento (cepticismo):

 

«Podemos pois concluir que o movimento pode ser, e de facto é, a causa do pensamento e da percepção...» Hume, Tratado da Natureza Humana, Fundação Calouste Gulbenkian, pag. 296)

«A ideia de movimento supõe necessariamente a de corpo movente. Ora qual é a nossa ideia de corpo movente, sem a qual o movimento é incompreensível? Deve reduzir-se à ideia de extensão ou de solidez, e por conseguinte a realidade do movimento depende da realidade destas outras qualidades. » (Hume, Tratado da Natureza Humana, Fundação Calouste Gulbenkian, pag. 274).

«A razão não nos dá e é impossível que alguma vez nos dê, em qualquer hipótese, qualquer convicção da existência contínua e distinta dos corpos. Esta opinião tem de se atribuir inteiramente à imaginação, que passa a ser o objecto da nossa investigação ».(Hume, Tratado da Natureza Humana, Fundação Calouste Gulbenkian, pag. 238; o destaque a negrito é posto por mim).

 

Hume admite a realidade do movimento e das ideias de solidez e extensão. Mas não afirma a existência da solidez e da extensão, isto é, da matéria em si mesma. Logo, Hume nega que haja objecto físicos.

 

«Todas as percepções do espírito são de duas espécies, a saber, impressões e ideias, as quais diferem entre si apenas nos diferentes graus de força e vivacidade. As ideias são copiadas das impressões e representam-nas em todas as suas partes. Quando queremos fazer variar de qualquer modo a ideia de um objecto particular podemos apenas aumentar-lhe ou diminuir-lhe a força e a vivacidade. Se operarmos nela qualquer outra mudança, representa um objecto ou impressão diferente.» Hume, Tratado da Natureza Humana, Fundação Calouste Gulbenkian, pag.132).

 

Hume distingue entre objecto e percepção, sempre indissociáveis:  o objecto é sempre uma crença, uma espécie de númeno (coisa incognoscível, ontologicamente duvidosa) ou uma ideia complexa ou simples, resultante da associação, mistura ou reestruturação de percepções operada pela imaginação. Portanto o fenomenista Hume nega a existência de objectos físicos, ao contrário do que sustenta Ayer. Hume é um idealista ou oscila entre o cepticismo e o idealismo, a cada passo é um ou outro.

 

 

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Segunda-feira, 8 de Junho de 2015
A pseudociência universitária de David Marçal contra as «pseudociências»

 

 

 Publicou a Fundação Francisco Manuel dos Santos, em Setembro de 2014, um livro de David Marçal, doutorado em Bioquímica em 2008 pela Universidade Nova de Lisboa, intitulado «Pseudociência», no qual o autor aponta baterias contra a acupunctura, a medicina holística, em particular a medicina quântica, contra o movimento antivacinas e anti-alimentos transgénicos e a astrologia.. Marçal defende a medicina convencional, apontando-lhe alguns pequenos erros, e defende a grande indústria e o «racionalismo» anti-astrologia que é característico do pensamento vazio e confuso dos catedráticos e doutorados de todo o mundo.

 

A PSEUDOCIÊNCIA ANTI-ASTROLOGIA DE MARÇAL, INCAPAZ DE REFUTAR A ASTROLOGIA HISTÓRICA

 

Os ataque de David Marçal à astrologia é bastante subliminar. Não encontro claramente no seu livro a definição de Karl Popper segundo a qual «a astrologia é uma pseudociência» mas a sugestão deste sofisma de Popper está lá . Escreve  o seguinte:

«A Nova Era é uma referência à Era de Aquário que, segundo a Astrologia deverá suceder à Era de Peixes, em que actualmente vivemos. Não se sabe muito bem quando, não há consenso entre os vários astrólogos e místicos acerca deste assunto (as diferenças são de vários séculos)». (David Marçal, Pseudociência, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2014, pag. 41; o destaque a negrito é posto por mim)

 

Note-se a tentativa de confundir a astrologia, ciência de cálculo astronómico, dos acontecimentos terrestres e suas repetições- ciência mal praticada por 95% dos astrólogos - com o misticismo. É evidente que a grande maioria dos que se intitulam astrólogos são charlatães ou são sonhadores sem conhecimentos sólidos mas isto não autoriza ninguém a colocar na sombra a verdadeira astrologia científica, a astrologia histórico-social que desenvolvemos. Escreve ainda Marçal:

«A relação entre a física quântica e a medicina quântica é mais ou menos a mesma do que a relação entre a astronomia e a astrologia. São comunidades estanques e a medicina quântica não é um ramo ou uma aplicação da física quântica.» (David Marçal, Pseudociência, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2014, pag. 42).

 

Não há relação intrínseca da astrologia com a astronomia, como sustenta Marçal? Essa é outra das mentiras «universitárias» sobre a astrologia, tese de charlatanismo que é professada, aberta ou encapotadamente, por José Gil, Eduardo Lourenço, Boaventura Sousa Santos, José Mattoso, José Pacheco Pereira, Manuel Vilaverde Cabral, Manuel Maria Carilho, Irene Borges Duarte, António Pedro Mesquita, Olivier Feron, Ricardo Santos, José Barata-Moura, Desidério Murcho, João Branquinho e todos os que ocupam as cátedras de filosofia, história, sociologia, antropologia e outras em Portugal, para não falar dos restantes países.

Eis uma prova de como a astrologia incorpora a astronomia, na seguinte lei que formulei: a passagem do Sol, de um planeta do sistema solar no signo de Peixes (DADO ASTRONÓMICO: arco de 330º a 360º de longitude  da eclíptica) gera em regra uma revolução de esquerda vitoriosa ou não em Portugal como é o caso da revolução liberal no Porto em 24 de Agosto de 1820 (Júpiter em 20º do signo de Peixes ou grau 350º de longitude eclíptica), da fracassada revolta militar antifascista do Porto em 3-7 de Fevereiro de 1927 (Júpiter em 3º-4º do signo de Peixes ou graus 333º-334º de longitude eclíptica), da revolução popular triunfante em Portugal de 25 de Abril de 1974 a 12 de Março de 1975 (Júpiter em 10º- 17º- 7º-28º do signo de Peixes  ou graus 340º-347º-337º- 358º  de longitude eclíptica). Dentro de cada facto histórico (história e astrologia) está inserida uma posição astronómica (astronomia).

 

Segue-se disto que a comunidade universitária portuguesa e mundial, ao opor radicalmente astrologia e astronomia e ao recusar estudar os factos históricos em conexão com as posições dos planetas, não é científica mas mística (misticismo do livre-arbítrio, misticismo religioso anti astrologia). A universidade mundial é uma fraude, em termos de pensamento holístico rigoroso, nega o determinismo planetário-zodiacal na vida social, política e geofísica.

 

MARÇAL ESCONDE OS ARGUMENTOS CIENTÍFICOS CONTRA A VACINAÇÃO COMO OS DE TISSOT, MARCHESSEAU E SHELTON

 

O doutorado David Marçal ataca o movimento antivacinas argumentando que o  médico inglês Andrew Wakefield publicou em 1998 um artigo em que teorizava que a vacina tríplice ( contra o sarampo, a papeira e a rubéola) é causadora de autismo, argumentando Marçal que, mais tarde, Wakefield foi acusado de ter escrito isso mediante suborno e punido. E Marçal e outros «científicos» institucionais estarão livres de suspeitas de suborno por defenderem a vacinação? Não se terão doutorado por se moldarem aos interesses das multinacionais farmacêuticas e das cátedras subservientes a estas? David Marçal ignora ou oculta  a crítica científica do professor francês Tissot à ideia errónea de que as vacinas conferem imunidade.

 

O Dr.J.Tissot, antigo professor do Museu de História Natural de Paris, em anos da primeira metade do século XX,  mostrou que o contágio não existe na tuberculose,nem na lepra nem no cancro e que as vacinas introduzem a fase crónica da doença, silenciosa, no corpo humano. Escreveu o biologista Pierre Marchesseau (1910-1994) sobre o silenciamento dos trabalhos de Tissot levada a cabo pelos maldosos e míopes  pasteurianos:
 

«Houve por vezes reacções às ideias de Pasteur e da sua escola, mas foram sempre impiedosamente abafadas. Os trabalhos destes pesquisadores (Béchamps e os seus «microzimas»; Altman e os «organismos elementares»; Galippe, Portier e os seus simbiontes, etc), passaram em silêncio.»
«Os partidários de Pasteur atacaram violentamente Tissot desde o aparecimento da sua obra magistral em 1926. Na realidade, esta obra destruía as ideias pasteurianas ao mesmo tempo que era susceptível de pôr termo aos interesses particulares consideravelmente representados pelo fabrico e venda de soros e vacinas.» (...)
 

«...O vírus das vacinas inoculado prejudica o organismo. Segundo o Dr.Tissot, os prejuízos que se verificam são:
1º As nefrites, problemas hepáticos, de glândulas e do sistema nervoso.
 2º Todas as doenças do cértebro e da espinal medula
, encefalites e mielites várias.

3º Arterioesclerose, enfraquecimento cerebral, etc. 
4º Diminuição considerável da longevidade no homem.» (...)

«Tissot condena as vacinas antidiftéricas, antitetânicas, anti-rábicas, antituberculosas, BCG que não têm qualquer poder vacinador e que não protegem. A vacina antitífica é de rejeitar por perigosa. « Ela inocula de certeza (100%) a fase crónica da febre tifóide com os seus perigos, e isto para evitar o risco insignificante, quase nulo (1/20.000) de a contrair.» Tissot condena ainda os soros antidiftéricos e antitetânicos, que inoculam o colibacilo do cavalo, e que não têm qualquer acção.» (...)

«Para terminar, notemos que Tissot não toma posição definida com referência à vacinação antivariólica, que parece admitir, em detrimento da sua peremptória afirmação:
«Não se deve, seja qual for o pretexto, deixar inocular um vírus vivo, mesmo atenuado, nem um soro, nem qualquer produto proveniente de seres vivos. Exceptuam-se os produtos químicos isentos de elementos figurados».
(Pierre Marchesseau, Grégoire Jauvais, Curso Completo Teórico e Prático de Biologia Naturopática, Nova Editorial Natura, Lisboa, 1970, Págs 93, 100-101; o destacado a negrito é posto por mim).  

 

Sem abordar estas objeções, David Marçal escreve no seu estilo de jornalista defensor da ideologia da vacinação:

 

«Os movimentos antivacinas não são novos nem se resumem ao triste caso de Wakefield. Paradoxalmente, é o sucesso das vacinas que abre espaço aos movimentos antivacinas». (David Marçal, Pseudociência, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2014, pag.50).

 

Mas onde está a prova do «sucesso das vacinas»?  Em parte nenhuma. As estatísticas são manipuladas por autoridades da medicina convencional e governos. Queira o leitor ver no youtube os 10 vídeos «Vacinação, a verdade oculta». Aí se demonstra que há doenças contagiosas que decairam ou quase desapareceram em países onde não havia programa de vacinação em curso. Marçal não refuta esses vídeos. Não pode. Não sabe. A desaparição de certas doenças deve-se não às vacinas mas à generalização de certos hábitos alimentares e higiénicos: a prática do atletismo, da marcha, do culturismo em ginásios; a ingestão de saladas e frutas em maior quantidade por indivíduo do que sucedia no século XIX e inícios do século XX; os banhos de sol moderados e os banhos de mar; as melhorias na arquitectura e salubridade urbana, casas da classe operária com saneamento, água potável e luz elétrica, etc.

 

Herbert M. Shelton (6  de Outubro de 1895- 1 de Janeiro de 1985), o filósofo-médico norte-americano, vegetariano e pacifista, afirmou que a imunidade não existe, é uma ideia mítica, como o elixir da longa vida ou a poção mágica de Astérix, porque o corpo está a cada momento em combate contra as toxinas, em permanente devir e nenhum vírus atenuado ou antitoxina serve de escudo contra qualquer doença no organismo humano:

 

«Sustentamos que não existe imunidade. Imunidade significa isenção de penalidade; no caso das causas de uma doença significa isenção das consequências...» 

(...…)  «A prática da imunização é um esforço para impedir a lei da causa e do efeito. Poderemos nós considerar um homem tão estúpido que vá ao ponto de afirmar que pode inocular álcool noutro homem e assim imunizá-lo contra os efeitos do álcool, de modo que possa beber todo o uísque que deseja sem lhe sofrer as consequências»? Com efeito, se é possível imunizar contra um veneno qualquer, não há razão para não se imunizar contra todos os venenos. Ora as bactérias nocivas não constituem uma classe de venenos que escapem aos efeitos específicos de todos os venenos. »

«A atitude médica segundo a qual o meio de evitar a doença consiste em tê-la é tão ridícula como a ideia de que, para evitar as queimaduras, seria necessário sofrer várias queimaduras leves com o fim de adquirir imunidade para as queimaduras.»( Herbert Shelton, A imunidade e as doenças, de La Nouvelle Hygiene, reproduzido na revista Natura de Novembro de 1961; a letra negrita é posta por nós). 

 

Isto é pensar a sério, longe da intoxicação da ideologia da medicina convencial e dos seus arautos como David Marçal.

 

A ENERGIA VITAL DO CORPO NÃO EXISTE? OS MICRÓBIOS SÃO A CAUSA DAS DOENÇAS?

 

No seu ataque à medicina quântica, corrente alternativa que sublinha o poder da mente na cura das doenças, escreve Marçal:

«Uma ideia central da medicina quântica é a de que o poder de cura reside na mente. À medicina baseada na ciência os gurus quânticos chamam medicina materialista (...) O cancro é uma doença séria, que não se previne ou trata com delírios quânticos. A energia vital do corpo é uma coisa que não existe, da qual não há a mais ténue prova.»

(David Marçal, Pseudociência, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Lisboa, 2014, pag. 44; o destaque a negrito é posto por mim).

 

Admitindo que a medicina quântica possa, em algumas versões sobrevalorizar o espírito, o poder da psique, não é, no entanto, razoável, honestamente, negar o poder de cura desta. Quer Deus ou deuses existam ou não, a fé dos crentes, a oração, a limpeza da aura funcionam, curam ou atenuam muitas doenças e evitam mortes prematuras. O cancro não dispensa, em regra intervenções cirúrgicas e quimioterapia mas é possível a cura, sem estas, em certos casos. Há quem se tenha curado de cancros na cabeça ingerindo comida indiana e alimentos biológicos como limão, alho, cebola, etc. A verdadeira medicina é psicofísica e não meramente química e física. A energia vital do corpo não existe, como diz o materialista Marçal que reduz a vida a moléculas e suas ligações químicas? Mas é óbvio que  existe. Ela confunde-se com a vitalidade que se pode medir por múltiplos sinais (a pulsação, o electrocardiograma, a tensão arterial, o brilho do olhar, o tónus muscular, etc).

 

O  biologista P.V. Marchesseau, cujo saber superava em muito o dos catedráticos da Universidade Nova de Lisboa, escreveu leis naturopáticas da força vital que passo a reproduzir:

«Lei nº 1- Lei do Dr. Robert Walter (Força vital)

 

«A matéria viva é dotada de um instinto de conservação (e de reparação) a que se chama «força vital» que não é nem química nem mecânica, mas de natureza biológica e cujo êxito é proporcional à sua energia. As leis vitais (ou biológicas) exprimem-se por processos físico-químicos, mas escapam em certos aspectos ao determinismo próprio da química e da mecânica. A matéria viva é capaz de reacções que lhe são próprias.»

 

«Lei nº 2 (Lei de YEO)- (Inteligência da força vital).

 

«A força vital exerce-se sempre no melhor dos interesses do organismo, mesmo em caso de doença». É inteligente. Por exemplo, no jejum completo, o organismo reutiliza para se alimentar, por autólise, os tecidos excedentes menos úteis; e escolhe, à medida que o jejum se prolonga, sempre na ordem inversa da utilidade dos mesmos.»

 

«Este processo está regulado e nada pode alterá-lo. A ordem das autólises é a seguinte: primeiro, os tumores, os desperdícios, os resíduos; depois as gorduras e os músculos. Os orgãos e as partes vitais não são digeridos. O sistema nervoso e as glândulas conservam-se intactos.»

 

«Lei nº 3 - A força vital é de origem nervosa

« No homem localiza-se nos centros do diencéfalo. Exerce-se livremente quando o meio biológico (isto é, específico e natural) é reintegrado. E aperfeiçoa então o Ser sob todos os aspectos. (morfológicos, biológicos e psicológicos).

 

No caso contrário, luta contra o «stress» vindo do meio anti-específico e desnaturalizado; gasta-se e todo o organismo degenera apesar das adaptações externas-» (...)

 

« Lei nº 5 - Lei do biologista Louis KHUNE). A doença profunda é geral e não local; é una e está representada pelo entupimento humoral. Os humores são líquidos orgânicos (sangue, linfa e fluido celular): a sujidade é a massa de substâncias mortas, estranhas à vida celular. A crise é a reacção vital perante a sujidade (depuração).» (...)

 

«Lei nº 10- Lei do Dr. J Tissot - Os micróbios não são a causa das doenças. Nascem por mutação das nossas células. A teoria pasteuriana é um «sofisma». Não há organismos assépticos; todo o ser é um «bolor organizado», uma colecção de micróbios bons, que evoluem sob a influência nefasta do meio onde se encontram. Os nossos elementos celulares são micróbios ou antigos micróbios que podem tomar aspectos diferentes com as alterações humorais, variáveis conforme as idiossincrasias (aparecimento de micróbios, bactérias, bacilos, vírus, por autogénese). Por outras palavras, sob a influência mais ou menos nefasta (mutável) dos venenos dos líquidos humorais que os banham, os nossos próprios elementos histológicos refazem, em sentido inverso, o caminho da evolução já percorrido. Voltam a ser o que eram nos alvores da vida: vírus, bactérias, etc. (involução ou regressão).» (...)

 

Lei nº 14- (Lei do Dr. Henry LINDLAHR)- Tudo quanto é introduzido no corpo, ou é utilizado ou rejeitado. O que é utilizado, é um alimento; o que é rejeitado é um veneno. A noção de medicamento (nem veneno nem alimento) é incompreensível.»

(Pierre Marchesseau, Grégoire Jauvais, Curso Completo Teórico e Prático de Biologia Naturopática, Nova Editorial Natura, Lisboa, 1970, Páginas 78-79 e 82-83).

 

Nada disto é conhecido da «ciência oficial»  e da Direcção Geral de Saúde- ou se é conhecido é censurado, sonegado ao público. Uma força vital inteligente a comandar as nossas células, inerente a elas, a fabricar febres para expulsar do organismo as toxinas, como sustenta a filosofia vitalista?  O jejum cura visto que procede à limpeza interna de tumores e gorduras sem danificar? Não, isto não cabe nas limitadas inteligências de David Marçal, de Francisco George, o Director Geral de Saúde em 2011-2015 e propagandista da vacinação, dos médicos alopatas e dos bioquímicos da instituição universitária. Ora a biologia naturopática e a subjacente filosofia vitalista deveriam ser ensinadas na Universidade Nova de Lisboa e em outras e, ao que parece, não o são. Forças sectárias, ao serviço dos interesses dos poderosos senhores da indústria química,  dominam as cátedras. Não deveria ser a universidade uma universitas , um lugar de universalidade intelectual, onde todo o saber deveria ser acolhido?

 

 

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Domingo, 7 de Junho de 2015
Breves reflexões de Junho de 2015

 

 

Eis algumas reflexões de circunstância em Junho de 2015, inscritas no meu quotidiano.

 

A MISSA CATÓLICA, ORTODOXA OU PROTESTANTE É A MAQUILHAGEM DE DEUS- O rosto de Deus, se existir, é desconhecido. Só vemos a maquilhagem ~os altares e a talha dourada, os ícones, os crucifixos, as vestes cerimoniais dos padres, pastores ou bispos - mas não se conhece o rosto do Supremo. A maquilhagem, normalmente, melhora o poder de atração sexual e transforma alguém feio ou vulgar em alguém belo e incomum.

 

HÁ SEIS OU SETE PECADOS CAPITAIS?- A luxúria, ou sensualidade erótica exacerbada e livre, é apontada como um dos 7 pecados capitais segundo o catolicismo. Diversas correntes gnósticas veem o problema de outra maneira: a luxúria é um estado de união com a deusa ou o deus através da união sexual física com uma ou várias pessoas. Por que razão a luxúria é um pecado mortal e não é pecado mortal o capitalismo selvagem que despede arbitrariamente os trabalhadores e favorece, em certos casos, o suicídio ou a degradação física acelerada destes? Os sete pecados capitais refletem, em parte, a ideologia da teocracia, da aristocracia ou da burguesia dominante. «Não cobiçarás as coisas alheias» é um mandamento que impede a reforma agrária e a expropriação dos capitalistas.

 

AS MAIORES DESCOBERTAS NA FILOSOFIA E NA CIÊNCIA E A CRENÇA NOS DEUSES - A astrologia histórica, com as duas teorias que descobri - a do significado político, religioso, económico, biofísico, etc, das pequenas áreas do Zodíaco, de 2 a 10 graus de arco, e a dos graus-minutos numericamente homólogos entre si - é a ciência holística suprema e a filosofia suprema. É superior às filosofias de Kant, Hume, Hegel, Husserl, Heidegger, Sartre, Singer, Rorty, etc, e mesmo à teoria da relatividade de Einstein. A astrologia histórica  teoriza que tudo está predestinado nas movimentações planetárias e desvenda as leis que são métodos de calcular com grande exactidão  o futuro de cada indivíduo, de cada família, empresa, partido político, nação, erc. Curioso é ser eu, um insignificante intelectual que diariamente invoca as divindades, o autor dessas duas teorias. Sinal de que ser crente no divino expande a inteligência e ser ateu fracciona e reduz a inteligência?

 

A BANALIZAÇÃO DA EUCARISTIA. Embora sendo gnóstico (adepto da teoria de que dois deuses, o da Luz e o da Matéria, fizeram o mundo e o ser humano), participo, de vez em quando,  na missa católica. Ouvi, neste 7 de Junho de 2015, na igreja de Santa Maria, em Beja, a homilia do bispo auxiliar D. João Marcos, um discurso inteligente no qual o prelado criticou a «banalização da Eucaristia» interpretada por muitos como um rito sem espírito de Cristo que é o do sacrifício a favor dos outros e do auto-aperfeiçoamento.

Banalização é fazer sempre as mesmas coisas que, a princípio eram sagradas ou dotadas de um valor único, e se tornam vulgares, despidas de sacralidade, de vida espiritual, de criatividade... Mas a própria igreja é fonte de banalização dos sacramentos. A maioria das pessoas presentes numa missa vai comungar, tomar a hóstia na mão ou na boca. Estarão espiritualmente preparadas para «receber o corpo de Deus alojado nesse círculo de farinha branca»? Duvido.
O próprio casamento é banalizado pela igreja ao torna-lo indissolúvel, o que é contra a natureza humana, ávida de novidade. Até os gays e lésbicas banalizaram o amor-paixão ao consagrar na lei o casamento homossexual. A paixão que está, muitas vezes, na origem dos casamentos acaba ao fim de 2 meses, 6 meses, um ano, quatro anos, sete anos.. Fica só a amizade. E a casa comum de família. E os filhos. E o álbum de fotos do dia do casamento ou da viagem a Madrid, a Paris ou a Roma... Nós, gnósticos, valorizamos a paixão, hétero ou homo. A meio da missa, estava-me a apetecer «saltar em cima» de uma mulher provocante que estava perto de mim...Seria uma tentação do Diabo, como diz a igreja católica? Ou uma indicação do Deus do Amor que diz «Ama e faz o que quiseres» (mandamento de Aleister Crowley)?

 


A verdade é que saí da missa a meio, como convém a quem não é um seguidor do Vaticano e protesta contra a inquisição, a repressão bárbara da igreja católica romana às heresias, em particular aos cátaros e aos templários. Aqui, no Alentejo, está bastante calor. E esta madrugada estive na Nora de Serpa, a ouvir músicas do festival Encontro de Culturas e depois fui a Pias, a um espaço musical que me agrada, porque se pode entrar e sair à vontade sem porteiro, mas onde sou completamente desconhecido. Nem sequer a mulher mais bonita de Pias lá estava...São elas que nos escolhem e não nós a elas - é a regra que sigo. Ainda parei o carro na estrada Serpa-Beja e dormi 5 minutos, às 2 horas da manhã, de porta aberta, a sentir o erotismo das estrelas e da planície...O universo é todo ele sexual, feito de pares macho-fêmea. O céu é masculino (yang), a terra é feminina (yin). A chave é masculina e a fechadura onde entra é feminina. O lado direito do cérebro é masculino e o lado esquerdo do cérebro é feminino. O Sol é masculino, a Lua é feminina. O vermelho é cor masculina, o azul é cor feminina. A seta ascendente, símbolo do PSD, é masculina. A rosa, símbolo do PS, é feminina. A foice, do símbolo do PCP é feminina, e o martelo é masculino.  A torre do castelo de Beja é masculina, os lagos e planos horizontais são femininos. O telhado de uma casa é masculino, o chão da casa é feminino. O pénis é masculino e o rabo é feminino (é por isso que todos os homens possuem um lado mulher ainda que dizer isso seja heresia, aqui no Alentejo, onde nós, homens, «somos todos muito machos e marginalizamos os panilas»...ahahah, toma que já levaste).

 

 

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