Domingo, 15 de Junho de 2014
Conceitos de filosofia e graus do Zodíaco

 

 

Cada conceito ou corrente de filosofia corresponde a determinados graus do círculo zodiacal. Sempre que a Lua, o Sol ou um planeta passam em certas áreas do Zodíaco activam conceitos filosóficos como "metafísica", "essência", "existencialismo", "uno", "múltiplo" que são exaltados, isto é, realizam-se conferências, colóquios ou escrevem-se artigos sobre esses temas. Vejamos exemplos.

 

ÁREA 6º-8º DO SIGNO DE CARNEIRO:
CEPTICISMO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 6º-8º do  signo de Carneiro é condição necessária mas insuficiente para fazer sobressair cepticismo.

 

Em 14 de Março de 2010, com Vénus em 8º 3´/9º 18´ de Carneiro, F.Limpo Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «O cepticismo não é o contrário absoluto do dogmatismo»; em 29 de Setembro de 2012, com Úrano em 6º 34´/ 6º 31´ de Carneiro, realiza-se na Universidade de Lisboa o "Seminário Especial" do Projecto “Cepticismo e Conservadorismo” em curso, com as comunicações de António Marques, “Reavaliação céptica das antinomias kantianas”, Renato Lessa, “Implicações possíveis da ideia de ‘adopção de um princípio mais geral’” e de Rui Bertrand Romão, “Cepticismo como elemento de identificação de uma tradição específica do pensamento conservador.

 

 

ÁREA 7º-12º DO SIGNO DE GÉMEOS:

UNO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 7º-12º do  signo de Gémeos é condição necessária mas insuficiente para destacar a ideia de Um, Uno.

 

Em 12 de Julho de 2009,  com Vénus em 7º 19´/ 8º 25´ de Gémeos, Francisco .L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «O Uno é predicado, como sustenta Aristóteles?»; em 14 de Julho de 2009, com Vénus em 9º 32´/ 10º 39´ de Gémeos, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Uno é ser e múltiplo é não ser, como sustentava Aristóteles?»; em 1 de Julho de 2011, com Marte em 7º 1´/ 7º 44´ de Gémeos, Francisco.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Aristóteles: ser um numericamente, especificamente, genericamente e analogicamente»; de 3 a 6 de Abril de 2013, com Júpiter em 12º 10´/ 12º 52´  de Gémeos, o colóquio internacional de filosofia medieval “Unum, Verum, Bonum”, chamados transcendentais, realiza-se na Universidade de Lisboa.

 

ÁREA 1º-3º DE LEÃO:
AMBÍGUO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 1º-3º do  signo de Leão é condição necessária mas insuficiente para configurar a ideia de Ambíguo.

 

Em 16 de Fevereiro de 2010, com Marte em 3º 36´/ 3º 19´ de Leão, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Do uso ambíguo do termo Ente (Seiendem) na filosofia de Heidegger»; em 23 de Março de 2010, com Marte em 1º 11´/ 1º 19´ de Leão, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «A ambígua interpretação de Nietzsche sobre o ser de Parménides»; em 25 de Julho de 2011, com Sol em 2º 27´/ 3º 25´ de Leão, Mercúrio em 27º 54´/ 28º 33´ de Leão, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Quintanilla: uma ambígua definição de materialismo».

 

ÁREA 2º-4º DE VIRGEM:
OBJECTO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 2º-4º do  signo de Virgem é condição necessária mas insuficiente para plasmar a ideia de Objecto.

 

Em 22 de Novembro de 2007, com Nodo Sul da Lua em 2º 54´/ 2º 45´ de Virgem, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «A verdade não é correspondência entre sujeito e objecto, em Heidegger»; em 11 de Setembro de 2011, com Mercúrio em 2º 49´/ 4º 30´ de Virgem, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Confusões de Quintanilla sobre os objectos lógicos ou construtos».

 

6º DE VIRGEM:

ALBERT CAMUS

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 6º do  signo de Virgem necessária mas insuficiente para destacar o existencialismo de Albert Camus.

 

Em 6 de Agosto de 1949, com Saturno em 6º 10´/ 6º 17´ de Virgem, em uma intervenção pública Albert Camus declara que as origens do existencialismo remontam a Santo Agostinho e a sua principal contribuição ao conhecimento reside, sem nenhuma dúvida, na riqueza impressionante do seu método; em 20 de Dezembro de 1959, com Plutão em 6º 8´ de Virgem, Albert Camus declara que «Se as premisas do existencialismo. se encontram, como creio, em Pascal, Nietzche, Kierkegaard ou Chestov, então estou de acordo con elas, se as suas conclusões são as dos nossos existencialistas, não estou  de acordo, porque são contraditórias com as premisas».

 

ÁREA 18º-22º DE VIRGEM:

METAFÍSICA

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 18º-22º do  signo de Virgem  é condição necessária mas insuficiente para exaltar a ideia de metafísica.

 

Em 16 de Setembro de 2007, com Sol em 22º 45´/ 23º 44´ de Virgem, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Espécie no es universal, género sí (Meditar la Metafísica de Aristóteles); em 18 de Setembro de 2007, com Mercúrio em 18º 18´/ 19º 37´ de Virgem, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «A verdade opõe-se directamente à ignorância, não ao erro (Meditar a Metafísica de Aristóteles)»; em 14 de Dezembro de 2008, com Saturno em 21º 29´/ 21º 31´ de Virgem, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Essência versus existência, quê é versus o que é/uno, na “Metafísica”».

 

ÁREA 0º-3º DE BALANÇA:

MATEMÁTICA

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 0º-3º do  signo de Balança é condição necessária mas insuficiente para pôr em relevo Matemática.

 

Em 25 e 26 de Setembro de 2012, com Sol em 2º 19´/ 4º 17´ de Balança, decorre o Colóquio Internacional Mathematics And Intuition: Epistemology And Experience, organizado por Alexandra Van-Quynh na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; em 29 de Outubro de 2012, com Vénus em 0º 33´/ 1º 46´ de Balança, na Biblioteca-Museu Républica e Resistência, Espaço Grandella Paulo Almeida intervém na sessão Conversas com Livros- "Conceitos Fundamentais da Matemática" de Bento de Jesus Caraça.

 

ÁREA 26º-29º DO SIGNO DE ESCORPIÃO:

METAFÍSICA

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua  em 26º-29º do  signo de Escorpião (graus 236º a 239º em lomgitude eclíptica) é condição necessária mas insuficiente para destacar a ideia de Metafísica.

 

Em 27 de Outubro de 2010, com Marte em 29º 5´/ 29º 48´ de Escorpião, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «É a Metafísica exterior à Ontologia?»; em 30 de Outubro de 2012, com Nodo Norte da Lua em 26º 2´/ 26º  1´ de Escorpião, António Pedro Mesquita, profere a conferência «O conceito de Filosofia Primeira na Metafísica de Aristóteles», na Universidade de Lisboa.

 

ÁREA 1º-3º DE SAGITÁRIO:
VALOR

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 1º-3º do  signo de Sagitário é condição necessária mas insuficiente para exaltar o conceito de Valor.

 

Em 29 de Outubro de 2010, com Marte em 0º 31´/ 1º 14´ de Sagitário, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Duas modalidades do absolutismo de valores»; em 23 e 24 de Novembro de 2012, com Sol em 1º 6´ / 3º 7´ de Sagitário, realiza-se o colóquio internacional “Norma e valor” na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

 

ÁREA 3º-5º DE SAGITÁRIO:

ESTÉTICA

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 1º-3º do  signo de Sagitário é condição necessária mas insuficiente para configurar  o conceito de Estética.

 

Em 13 de Dezembro de 2011, com Mercúrio em 3º 57´/ 3º 51´ de Sagitário,F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «A estética é mais objetiva do que se supõe;» em 19 de Abril de 2012, com Nodo Norte da Lua em 5º 33´/ 5º 26´ de Sagitário F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Estética de Hegel: a luz, a cor e a pintura no quadro das artes»; em 1 de Maio de 2012, com Nodo Norte da Lua em 5º 18´/ 5º 15´ de Sagitário, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Algumas teses de Theodor Adorno sobre estética»; em 15 de Junho 2012, com Nodo Norte da Lua em 5º 1´ / 5º 2´ de Sagitário, o Grupo de Investigação Aesthetics, Politics and Art do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto leva a Seminário Aberto de Estética Algumas considerações sobre memória, arte e criação a partir de Bergson e Deleuze, a realizar por Danilo Melo (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ); de 25 a 27 de Junho de 2012, com Nodo Norte da Lua em 4º 42´/ 4º 39´ de Sagitário, decorre, em Braga e Guimarães, a Conferência anual da Sociedade Europeia de Estética.

 

ÁREA 16º-21º DE SAGITÁRIO:
PLATÃO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 16º-21º do  signo de Sagitário é condição necessária mas insuficiente para sublinhar a filosofia de Platão.

 

Em 11 de Dezembro de 2009, com Sol em 19º 4´/ 20º 5´ de Sagitário, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Sofismas no diálogo “Parménides ou das Ideias” de Platão»-II; em 29 de Setembro de 2011, com Nodo Norte da Lua em 16º 59´/ 16º 53´ de Sagitário, é publicado no youtube por ConsciousnessOnline o vídeo « Plato »; em 23 de Novembro de 2011, com Mercúrio em 19º 59´/ 20º 7´ de Sagitário, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Des équivoques de Nicolaï Hartmann sur l´ontologie de Platon»; em 28 de Novembro de 2011, com Mercúrio em 18º 57´/ 18º 13´ de Sagitário, é publicado no youtube por janwillemlindemans o vídeo « Plato ´s theory of Forms or Ideas».

 

 

29º DE SAGITÁRIO E 0º DE CAPRICÓRNIO
ETHOS

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 29º de Sagitário e 0º de Capricórnio é condição necessária mas insuficiente para exaltar Ethos.

 

Em 8 de Dezembro de 2010, com Marte em 0º 0´/0º 46´ de Capricórnio, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «É o Ethos uma prova técnica na retórica? (Crítica de Manuais Escolares-XXXVIII)»; em 16 de Novembro de 2012, com Marte em 29º 10´/ 29º 55´ de Sagitário, decorrem na Faculdade de Letras de Lisboa Conferências-Debate «As Razões do Biocentrismo», por Manuel Teles e «Ecocentrismo, o lugar do ethos?» por  Maria José Varandas. 

 

ÁREA 15-17 DO SIGNO DE AQUÁRIO:

UTILITARISMO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 15º-17º do signo de Aquário é condição necessária mas insuficiente para exaltar utilitarismo.

 

Em 1 de Março de 2008, com Vénus em 15º 13´/ 16º 27´ de Aquário, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Existe o utilitarismo das preferências distinto de utilitarismo? (Confusões de Pedro Madeira)»;  em 7 de Fevereiro de 2011, com Sol em 17º 50´/ 18º 51´ de Aquário, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «O utilitarismo de Mill, uma ética deontológica
consequencialista, e a ética de Kant, um consequencialismo formal deontológico».

 

ÁREA 26º-29º DE AQUÁRIO:

FENOMENOLOGIA

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 15º-17º do signo de Aquário é condição necessária mas insuficiente para exaltar fenomenologia.

 

Em 16 de Novembro de 2011, com Neptuno em 28º 9´ de Aquário,  Francisco L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Sobre o conceito de fenomenologia em Hartmann e Husserl e a ontologia de Hartmann»; em 1 de Fevereiro de 2012, com Neptuno em 29º 54´/ 29º 56´ de Aquário, Francisco L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Merleau-Ponty: a intercorporeidade na fenomenologia de Husserl é o ponto de partida»; em 15 de Fevereiro de 2013, com Sol em 26º 27´/ 27º 28´ de Aquário, o Instituto de Filosofia Prática na Universidade de Évora e o Curso de Doutoramento em Filosofia organizam no quadro da linha de investigação em Fenomenologia, uma sessão internacional do Seminário Permanente de Fenomenologia, sob o título Fenomenologia e Clínica com conferências de Zeljko Loparic (São Paulo), Jean-Renaud Seba (Liège), André Barata (UBI), Irene Borges-Duarte (UÉ).

 

ÁREA 28º-29º DE PEIXES:
ACTO

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol ou de um Nodo da Lua em 28º-29º do signo de Peixes é condição necessária mas insuficiente para pôr em destaque o comceito de Acto.

 

Em 13 de Setembro de 2010, com Júpiter em 29º 31´/ 29º 23´ de Peixes, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Dois significados no termo aristotélico Acto«; em 12 de Janeiro de 2011, com Júpiter em 28º 10´/ 28º 20´ de Peixes, F.L.Queiroz publica no seu blog «Filosofia e Epistemologia» o artigo «Confusão em Aristóteles ao separar figura de predicação e acto e potência dela.

 

 

Na medida em que detecta as correlações entre graus do Zodíaco e os acontecimentos terrestres, este blog «Filosofia e Epistemologia» é intelectual e cientificamente superior às universidades de Portugal e do Brasil, à universidade mundial. Somos melhores que Hegel, Heidegger, Husserl, Stephen Hawking, Penrose, Saul Kripke, Nelson Goodman e tantos milhares de catedráticos de filosofia, história, sociologia, física, astronomia, na medida em que eles não possuíam ou não possuem inteligência holística, clareza, para descortinar como os planetas, desde a esfera do Zodíaco, são os arquitectos de todos os grandes e pequenos acontecimentos que ocorrem no planeta Terra.

 

Somos melhores que Pacheco Pereira, António Barreto, José Gil, José António Saraiva, Vasco Pulido Valente, Eduardo Lourenço? Sem dúvida que sim,  mas eles têm tempo de antena na televisão e colunas para publicar nos jornais ou em livros e revistas de filosofia e nós não.  O sistema de corrupção, instaurado secularmente na sociedade portuguesa, é eficaz: «Não podes atacar os grandes, os consagrados, a universidade, as famílias dos milionários e da nobreza poderosa, essa rebeldia paga-se cara». Na história da cultura, a hierarquia do mérito está invertida: o triunfo é dos "espertos", dos que sabem manobrar com as leis da psicologia de massas, a marginalização e a censura atingem os mais inteligentes, os que sabem em profundidade e proclamam a verdade, sem concessões ao populismo ou aos interesses financeiros.

 

A universidade é um lugar de censura à astrologia histórica, a cátedra é o remanescente da Inquisição medieval.  É uma feira de vaidades, um mercado onde se vendem doutoramentos, mestrados e licenciaturas ao alcance de qualquer pessoa medianamente inteligente dotada de ambição, capacidade de trabalho e dinheiro. A má fé impera.

 

Fechem-se as universidades ininteligentes, que se atrevem a ignorar ou a negar que Júpiter estava em 27º do signo de Carneiro em 1 de Abril de 1964, dia do triunfo do golpe militar de direita no Brasil que derrubou o presidente João Goulart, que Júpiter estava em 29º do signo de Carneiro em 24 de Março de 1976, dia do triunfo do golpe militar fascista que derruba a presidenta da Argentina Isabel Perón, que Júpiter estava em 28º do signo de Carneiro em 19 de Julho de 1987, dia de grande viragem política à direita em Portugal com a conquista da maioria absoluta pelo PSD de Cavaco Silva em eleições legislativas!

 

Fechem-se as universidades onde reina o fascismo anti-astrologia mascarado de "racionalismo iluminista", de postivismo lógico! Derrube-se o novo Tribunal do Santo Ofício que é a filosofia analítica e quejandas!

 

 

 

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Sexta-feira, 13 de Junho de 2014
Júpiter em 29º de Caranguejo: Espanha finalista e vencedora do mundial de 2014?

 

Já neste blog publiquei artigos sobre cálculo das equipas finalistas do campeonato do mundo no dia 13 de Julho de 2014. Apontei várias hipóteses - a previsão desportiva é difícil. Em artigo de 26 de Fevereiro de 2014, neste blog, escrevi:

 

«Vários factos, na nossa análise histórico-astronómica, apontam a Itália como possível finalista e, talvez, vencedora do campeonato do mundo de futebol em 13 de Julho de 2014.Mas aparentemente a Alemanha também tem indicações astronómicas favoráveis para a sua selecção ser finalista. E a área 21º-23º de Gémeos, exaltada em 12 e 13 de Julho, vincula-se ao Brasil. E o grau 29º de qualquer signo liga-se a Espanha. Este prognóstico não é definitivo. A Argentina já foi duas vezes finalista de campeonatos do mundo com Júpiter no signo de Caranguejo e também entra no cálculo das probabilidades. A nossa análise de resultados desportivos no passado, base de toda a previsão, é parcelar, ainda não terminou. Prever em desporto é mais difícil do que em política.»

 

 

OS GRAUS 22º-24º DE BALANÇA, TÍPICOS DA ITÁLIA E DA ALEMANHA EM SITUAÇÃO DE FINALISTAS

 

«Os graus 22º-24º do signo de Balança exaltam, com frequência significativa, a Itália e a Alemanha, em particular como finalistas de uma grande competição de futebol,

 

Em 7 de Julho de 1974, com Úrano em 23º 40´/ 23º 41´ de Balança,a República Federal da Alemanha conquista o título de campeã do mundo de futebol ao vencer por 2-1 a Holanda no Estádio Olímpico, em Munique; em 11 de Julho de 1982, com Plutão em 24º 8´ de Balança, a Itália vence o Campeonato do Mundo de Futebol ao derrotar por 3-1 a RFA, no estádio Santiago Bernabéu em Madrid;em 16 de Outubro de 1985, com Sol em 22º 34´/ 23º 33´ de Balança, em Estugarda, Portugal classifica-se para o Mundial no México ao vencer por 1-0 a Alemanha; em 6 de Setembro de 1997, com Vénus em 22º 53´/ 24º 3´ de Balança, a Alemanha empata 1-1 com Portugal, em Berlim; em 19 de Maio de 2012, com Saturno em 23º 52´/ 23º 49´ de Balança, o Chelsea sagra-se campeão da Europa ao derrotar, por grandes penalidades, após 1-1 em 120 minutos, o Bayern de Munique; em 1 de Julho de 2012, com Saturno em 22º 47´/ 22º 48´ de Balança, a Espanha sagra-se campeã europeia de futebol ao vencer, na final, a Itália por 4-0; em 8 de Fevereiro de 2014, com Marte em 24º 56´/ 25º 9´ de Balança, a Itália sagra-se campeã da Europa em futsal ao vencer por 3-1 a Rússia, na final, em Antuérpia.

 

Em 13 de Julho de 2014, com Marte em 23º 32´/ 24º 0´ de Balança, jogar-se-á a final do campeonato do mundo. Por que não poderá ser a Itália ou a Alemanha finalista, primeira ou segunda classificada, no campeonato mundial de 2014?

 

O problema da previsão científica em astrologia é que cada grau do Zodíaco é polissémico, isto é, refere-se a vários países ou outras entidades em simultâneo e é imprescindível o estudo de diversos graus na mesma data para que o prognóstico seja sólido. Em termos práticos: se outros graus ou áreas do Zodíaco habitados em 13 de Julho de 2014 indicarem a Alemanha, a Itália, o Brasil ou outro como ligados a esses graus ou áreas, somos obrigados a colocar esses países no prato da balança das previsões. Riem-se os cretinos anti-astrologia - muitos deles licenciados e doutorados em filosofia, história, física, astronomia, - se falharmos uma previsão. Na história, os néscios, que são a imensa maioria, sempre se riram dos sages. Que se há-de fazer? »

 

 

JÚPITER EM CARANGUEJO: 80% DE HIPÓTESES DE A ALEMANHA SER FINALISTA

 

«Em 13 de Julho de 2014, com Júpiter em 29º 14´/ 29º 28´ de Caranguejo, disputar-se-á a final do campeonato mundial de futebol Estatisticamente, a presença de Júpiter nas finais do mundial de futebol no signo de Caranguejo, está, sobretudo, associada à Alemanha, como vencedora ou segundo classificado: em cinco finais em que Júpiter se moveu em Caranguejo, no período 1954-2002, a Alemanha foi finalista em quatro, sendo vencedora em duas (1954, 1990) . Segue-se-lhe a Argentina: finalista duas vezes, vencedora na final em 1978, derrotada na final de 1990.

 

Em 4 de Julho de 1954, com Júpiter em 9º 7´ / 9º 21´ de Caranguejo, a Alemanha Federal vence por 3-2 a Hungria na final do campeonato mundial em Berna; em 30 de Julho de 1966, com Júpiter em 18º 33´/ 18º 47´ de Caranguejo, a Inglaterra vence por 4-2 a Alemanha Federal, na final do campeonato mundial em Londres; em 25 de Junho de 1978, com Júpiter em 14º 21´/ 14º 35´ de Caranguejo, a Argentina vence por 3-1 a Holanda na final do Campeonato do Mundo de Futebol no Estádio Monumental, em Buenos Aires; em 8 de Julho de 1990, com Júpiter em 20º 52´/ 21º 5´ de Caranguejo, a República Federal da Alemanha conquista o título de campeã do mundo de futebol ao vencer por 1-0 a Argentina no Estádio Olímpico, em Roma; em 30 de Junho de 2002, com Júpiter em 22º 43´/ 22º 56´ de Caranguejo, o Brasil conquista o Campeonato do Mundo de Futebol ao derrotar por 2-0 a Alemanha em Yokohama, no Japão.»

 

O PONTO 29º 14´/ 29º 28´ DE QUALQUER SIGNO: INDICAÇÃO DA ESPANHA E, EM MENOR GRAU, DA ARGENTINA

 

Em 13 de Julho de 2014, Júpiter estará em 29º 14´/ 29º 28´ do signo de Caranguejo . A meu ver, isto pode designar a Espanha como finalista do Mundial, dado que o grau 29º de qualquer signo se liga, com frequência significativa, a triunfos da Espanha. O primeiro dos exemplos seguintes destaca a Argentina, onde se fala espanhol.

 

Em 28 de Novembro de 1954, com Júpiter em 29º 45´ / 29º 42´ de Caranguejo, Portugal, 1, Argentina, 3, em Lisboa; em 18 de Maio de 1960, com Mercúrio em 27º 30´/ 29º 41´ de Touro, o Real Madrid obtém a Taça dos Campeões Europeus de Futebol ao vencer, na final, o Frankfurt por 7-3;  em 27 de Junho de 2006, com Mercúrio em 29º 3´/ 29º 36´ de Caranguejo, a França elimina a Espanha, por 3-1, na fase final do mundial; em 29 de Junho de 2008, com Plutão em 29º 37´/ 29º 35´ de Sagitário, em Viena de Áustria, a Espanha vence a final do Campeonato Europeu ao derrotar por 1-0 a Alemanha.

 

Assim e, admitindo ter de rectificar a previsão, aposto, neste monento (13 de Junho)  na Espanha como finalista do mundial.

 

 

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O desvio de Hegel da tradição da visualização grega

 

Hegel dividiu a sua ontologia e teodiceia em três vertentes diacrónicas: o ser, a essência, o conceito, equivalendo a tese, antítese e síntese.

 

«Pelo facto  de que o conceito (a noção) envolve, por este lado, o ser e a essência que aparecem como suas condições precedentes e que se afirmam como sua razão de ser absoluta (lado ao qual correspondem em outro ponto de vista a sensibilidade, a intuição e a representação) fica o outro lado que traz este terceiro livro de Lógica e cujo objecto consiste em expor de que modo o conceito constrói em si mesmo extraíndo de si mesmo esta realidade absorvida nele.» (Georg W.F. Hegel, Lógica II y III, Folio, Barcelona, pág 103).

 

De facto, na teoria geral da ideia absoluta parece haver um desvio de Hegel em relação à tradição grega platónica e mesmo aristotélica: do ser, que é o puro existir abstracto (Deus antes de criar o mundo,o espaço e o tempo)  passa-se à essência, que é um existir material concreto (Deus transformado em planetas, estrelas, rios, árvores, animais não humanos)  e desta última, passa-se ao conceito que é uma forma esvaziada de matéria (Deus incarnado em humanidade pensante), um regresso (enriquecido) ao existir abstracto do ser. Em Parménides, nunca se sai do ser, que além de consubstanciar o existir, é uma essência-forma: uma esfera homogénea, una, imutável, invisível, impalpável. Em Aristóteles, o ser (einai) é um atributo, o existir ou o pertencer a algo, que está acima das essências ou formas específicas: o Ente, no sentido de essência divina, é a forma pura sem matéria, o acto sem a potência.

 

Se, em Hegel, Deus ou ideia absoluta pensa o mundo que irá criar não pode ser, meramente, o ser. Tem de ser sujeito, essência, pois alberga em si a totalidade das formas em que se virá a converter nas fases seguintes.

 

Hegel distingue a essência do ser determinado e considera-a o fundamento deste, o que coincide, aparentemente,  com o pensamento aristotélico:

 

«A essência deve manifestar-se, uma vez porque o ser determinado se dissolve em si mesmo e retorna ao seu fudamento -o fenómeno negativo; e outra vez, porquanto a essência como fundamento é simples imediatidade e, portanto, ser em geral - Por mor da identidade do fundamento e da existência, nada há no fenómeno que não esteja na essência e, inversamente, nada há na essência que não esteja no fenómeno» (Georg Hegel, Propedêutica Filosófica, Edições 70, pág. 228; o destaque a negrito é posto por mim). 

 

O problema da formulação «a essência como fundamento é simples imediatidade e, portanto, ser em geral» é o seu carácter paradoxal. Aristóteles nunca diria isto: distinguiria o tó on (o ser-existência) do tó tí (a forma acidental ou essencial). Hegel reduz a uma amálgama a distinção entre ser imediato e essência. O ser em geral imediato não tem forma. Ora a essência, o eidos aristotélico, é uma forma de uma dada espécie. Não é possível a dissolução da essência no inessencial ser em geral - são contrários e os contrários não se dissolvem um no outro, permanecem numa irreconciliável oposição, embora possam trocar de posição (dominante e dominado). A essência é um sujeito geral ou individual e o ser um predicado (exemplo: a rosa é, existe). Não é possível dissolver o sujeito no predicado, a menos que se confunda essência com matéria. E esta confusão subsiste em Hegel.

 

A MATÉRIA COMO CATEGORIA DA ESSÊNCIA EM HEGEL, AO CONTRÁRIO DE ARISTÓTELES

 

Note-se a confusão terminológica de Hegel:

                                                                                   

(11-43)

«b-  As categorias da essência são a matéria, a forma e o fundamento.»

 

(12-44)

«A matéria é a essência enquanto igualdade consigo mesmo.»

 

(Georg Hegel, Propedêutica Filosófica, Edições 70, pág. 110). 

 

Hegel está longe de Aristóteles ao incluir a matéria na essência. Aristóteles usou o termo substância (ousía) como síntese entre a forma (eidos) e a matéria (hylé) mas Hegel introduz a matéria na essência. O que é o fundamento, senão a forma original, o protótipo? Nem se percebe a frase «A matéria é a essência enquanto igualdade consigo mesmo» - e a forma não é uma igualdade consigo mesma? Decerto, Hegel define substância mas de forma algo retórica sem enfatizar a matéria nela contida:

 

«O efectivamente real é substância. É essência que contém em si as determinações do seu ser determinado como simples atributos e leis e põe os mesmos como um jogo existente determinantemente ou como os seus acidentes, cuja ab-rogação não constitui um desvanecimento da substância, mas o seu retornar a si mesma» (Georg Hegel, Propedêutica Filosófica, pág 29).

 

Aquilo que é artificial e, em certa medida, chocante, na divisão hegeliana do movimeno da ideia em ser-essência-conceito  é o facto de a matéria física conferir a essência, constituir a essência. É uma concessão ao materialismo, uma subversão do conceito grego da preexistência da forma. Tanto em Platão como em Aristóteles a forma é ontologicamente anterior à matéria na formação do ente. Em Hegel, aparentemente, não é assim: ele antepõe o ser à essência, a qualidade abstracta do existir à essência, à substância. O seu pensamento assemelha-se ao taoísmo: do não-ser provêm todas as coisas.

 

 

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Quarta-feira, 11 de Junho de 2014
Teste de Filosofia do 10º B (Junho de 2014)

 

Eis um teste de filosofia, para o terceiro período lectivo, para o 10º A. Os alunos escolheram os valores religiosos e, neste âmbito, foram estudados o mito celta-cristão do Santo Graal, a lenda do rei Artur e da Távola Redonda, a espiritualidade gibelina e a espiritualidade guelfa, a heresia cátara dos séculos XII e XIII e o catolicismo romano, o budismo, a teoria de Hegel sobre a ideia absoluta/Deus, a teoria de Freud sobre a libido e a religião. Evitaram-se as escorregadias questões de escolha múltipla que, em muitos casos, não permitem ao aluno pensar multidimensionalmente, exibir e desenvolver o seu saber filosófico.

 

Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia com 3º Ciclo, Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA B
9 de Junho de 2014. Professor: Francisco Queiroz

 

 “A sede do Graal aparece sempre como um castelo, como um palácio real fortificado, e nunca como uma igreja ou um templo.(…) E (constata-se) a já observada e estreita relação do Graal com a espada e a lança, além de com uma figura de rei, ou de traços reais» (Julius Evola, “O mistério do Graal”, pág. 106)


1) Relacione este pensamento com a filosofia de guelfos e de gibelinos e com as várias descrições do Graal.


2) Relacione, justificando:
A) TEOLOGIA CÁTARA, TEOLOGIA CATÓLICA E MONISMO-DUALISMO
B) HOMENS HÍLICOS, PSÍQUICOS E PNEUMÁTICOS, OGDDÓADA E PLEROMA NA GNOSE DE VALENTIM
C) SIMBOLISMOS DO ANDRÓGINO, DA PERGUNTA, DE AVALON, DAS DUAS ESPADAS, NA LENDA DO GRAAL.
D) FASE DO SER EM SI E DO SER FORA DE SI, EM HEGEL, E DOIS DOS TRÊS MUNDOS NA TEORIA DE PLATÃO
E) DHARMAS, NO ATOMISMO ONTOLÓGICO DO BUDISMO, LÍBIDO E COMPLEXO DE ÉDIPO, EM FREUD.
F) VEIAS DO DRAGÃO, REI DO MUNDO E PRINCÍPIO MICROCOSMOS-MACROCOSMOS, NA FILOSOFIA ESOTÉRICA ANTIGA.

 

 

 

 

CORRECÇÃO DO TESTE DE FILOSOFIA (COTADO PARA 20 VALORES)

 

1) A sede do Graal aparece como um castelo a conquistar e não como uma igreja porque o Graal é um ideal da cavalaria medieval e não de pacíficos frades conventuais, bispos ou do Papa. O Graal tem de ser conquistado de armas na mão e implica duras provas para o cavaleiro Parsifal e outros da Távola Redonda. Não é consensual a teoeia de que o cálice do Graal fosse a taça em que José de Arimateia tivesse recolhido o sangue de Cristo pendurado na cruz, até porque a doutrina secreta dos templários rejeita a tese da crucifixão do Senhor. Assim, há outras teses: o Graal-pedra, esmeralda caída da fronte de Lúcifer; o Graal-lança, talvez relacionado com a lança do soldado Longinos que teria trespassado o peito de Jesus na cruz; o Graal-livro, que conteria os segredos, alquímicos e outros, do universo, sendo alquimia a arte de transformar o chumbo em oiro, quer no plano simbólico quer no plano material(VALE TRÊS VALORES).

 

 

2-A) A teologia cátara é dualista: há dois princípios originários do mundo, o Deus do Bem, que fez as nossas almas espirituais, e o Deus do Mal ou da Matéria que fez os nossos corpos . Para os cátaros a guerra e o sistema feudal aprovado e protegido pela igreja católica de Roma são criações de Lúcifer. Por isso, os cátaros reuniam-se nas cidades do sul da França no século XIII, os seus perfeitos praticavam a castidade e difundiam dois sacramentos o melhoramentum (pedir a benção de joelhos) e o consolamentum (imposição de mãos, como baptismo sem água nem fogo). Os cátaros não veneravam a cruz, símbolo de escravidão à hierarquia católica, pois achavam impossível que o Deus do Bem incarnasse num corpo material feito pelo seu rival. Não aceitavam que a hóstia consagrada fosse o corpo de Cristo e falavam no pão supersubstancial (o pão espiritual) que pode ligar-se ao Graal. Foram reprimidos sangrentamente pela cruzada romana que em 1244 tomou a fortaleza de Montségur e lançou na fogueira homens, mulheres e crianças. A teologia católica é monista: foi um Deus único que fez as almas e o mundo material, sendo o mal existente neste atribuído ao livre-arbítrio dos homens, e sendo o papa o representante de Cristo. Os católicos dizem que «Deus não quer o mal mas permite-o». Os cátaros refutam esta interpretação: se apenas houvesse um Deus benévolo todo poderoso Ele não permitiria sequer o mal. (VALE TRÊS VALORES).

 

2-B) Os homens hílicos possuem almas materiais que se extinguem com a morte do corpo: não têm salvação, segundo a gnose. Estão coninados à Terra, no centro das sete Esferas Planetárias. Os homens psíquicos são aqueles que vão à igreja, comugam e cumprem os ritos e as regras morais: as suas almas não foram geradas no Pleroma, mas na Ogdóade, a oitava esfera onde vive o eón Sofia, a Sabedoria exterior, que, por equívoco, gerou o Demiurgo, o autor do mundo das sete esferas planetárias. Os homens pneumáticos estão destinados à salvação, mesmo sem irem à missa e sem cumprirem os mandamentos da igreja, porque as suas almas foram geradas no pleroma e estão predestinadas a regressar a este, depois de serem exiladas em corpos O pleroma, na gnose de Valentim, é o mundo superior da Luz, onde vivem originalmente os trinta Éons: sabedoria, inteligência, bondade, igreja, etc. Os Eóns são essências espirituais perfeitas, a primeira das quais é o Ingénito, ou Pai de todas as coisas, que, sendo andrógino, gerou os outros Eóns. Estes equivalem aos arquétipos de Bem, Belo, Justo, Número, essências imóveis e eternas, que integram o Mundo Inteligível de Platão, situado acima do céu visível. (VALE TRÊS VALORES).

 

2-C) O simbolismo do andrógino, referido por Platão em «O banquete», consiste no seguinte: as primeiras raças humanas eram compostas de seres andróginos uma vez que o deus que as gerou era masculino na sua metade direita (correspondências: fogo, yang, razão) e feminino na sua metade esquerda (correspondências: água, Yin, intuição). Temendo a autosuficiência dessa raça humana primordial, o deus dividiu cada exemplar em dois, um masculino e o outro feminino, de modo a que cada um se sentisse incompleto e carente do outro.

 

  

O simbolismo da pergunta.  A pergunta é exactamente a que o cavaleiro eleito faz ao rei doente ou em morte aparente no castelo: «Onde está o Graal? De onde veio o Graal?» . Tem um valor iniciático algo similar, no plano formal, à pergunta que o mestre da loja maçónica faz ao neófito: «Que buscas?» . «A luz» -- responderá este.

Évola escreveu: «O poder milagrosamente redentor atribuído à pergunta resulta como uma extravagância somente nesse sentido. Perguntar equivale a apresentar o problema. A indiferença que, no herói do Graal, é culpa, o seu assistir, "sem perguntar", ao espectáculo do esquife, do rei que sobrevive, inanimado, morto, ou que conserva uma aparência artificial de vida, depois de terem sido realizadas todas as condições da cavalaria "terrena" e da "espiritual" e se tenha conecido o Graal, é a indiferença a este problema,» (Julius Évola, O Mistério do Graal, pág 117).

 

Avalon ou Thule é, na lenda do Graal, a ilha giratória situada no polo, terra dos hiperbóreos, situada no eixo do mundo. É a ilha mágica de cristal, que possui a Árvore da Vida e o elixir da vida eterna (Avalon indica Maçã, na língua celta) e onde estaria, em certas descrições, o castelo do Graal, o cálice ou pedra sagrada que emitiria uma luz mais intensa que o Sol e restabeleceria a saúde a qualquer doente ou ferido de guerra. Ferido de morte, o rei Artur seria trasladado num navio a Avalon e aí ficaria a viver, na quarta dimensão. «Antes de mais, mencionou-se o episódio de Mordrain, raptado pelo Espírito Santo na "ilha torre" no meio do oceano. A ilha está deserta. Mordrain é exortado a manter-se firme em sua fé. Sucede-se a isso a tentação de uma mulher, e resulta claro que nela é o próprio Lúcifer quem age.»(Julius Évola, O Mistério do Graal, Pensamento, pág 105).

 

. O simbolismo das duas espadas exprime o duplo sentido da espada e do cavaleiro: arma de guerra, militar, força física; instrumento da realeza, e mesmo Santo Graal, força espiritual e social. Um tema recorrente das lendas sobre o Graal é o do cavaleiro das Duas Espadas. A duplicação é uma determinação ontológica: aparência - essência, mundo sensível-mundo inteligível, virilidade material- virilidade espiritual, etc.

«A insuficiência da força heróica, não no sentido técnico específico já indicado deste termo mas no sentido comum, exprime-se também no motivo da dupla espada. A primeira espada, aquela que Parsifal carrega naturalmente consigo, ou que conquistou em suas aventuras premilitares, corresponde às virtudes puramente guerreiras devidamente vividas. A segunda, em Wolfram, Parsifal consegue obtê-la somente no castelo do Graal, como aquele do qual todos esperam que "faça a pergunta". Enfim, é aquela mesma que o rei vivo apenas aparentemente, no Diu Crône, transmite a Galvão antes de desaparecer, no sentido de passar a ela a sua própria função; e é a espada que no Grand St. Graal Celidoine diz estimar como o próprio Graal». ( Julius Evola, O Mistério do Graal, pág. 111).

 (VALE TRÊS VALORES)

 

2-D) A fase do ser em si, na teodiceia de Hegel, é a primeira fase da ideia absoluta ou Deus em que esta está sozinha, ainda ñão criou o espaço, o tempo e o universo material, limita-se a pensar. Equivale ao racionalismo, doutrina segundo a qual a razão é a fonte preponderante dos nossos conhecimentos. A fase do ser fora de si é aquela em que a ideia absoluta se aliena no seu contrário, se converte em mundo empírico da narureza, em montanhas, rios, árvores, girafas e outros animais. Equivale ao empirismo, doutrina que afirma as percepções empíricas como a fonte dos comhecimentos humanos.(VALE TRÊS VALORES)

 

2-E) Na filosofia budista, os «dharmas» são qualidades impessoais - memória, imaginação, força física, capacidade visual e auditiva, etc - que flutuam no universo e se juntam, acidentalmente, ao núcleo eterno do "eu" individual para formarem a personalidade de cada indivíduo durante uma dada encarnação ou vida terrestre da alma (atomismo ontológico do budismo). A libido ou energia sexual é um dos dharnas,  varia de pessoa a pessoa, e está presente no complexo de Édipo, que segundo Freud, é o desejo de o menino, de entre 3 a 5 anos de idade, eliminar o pai e (VALE TRÊS VALORES).

 

2-F) As veias do Dragão é a expressão que designa um sistema de túneis e grutas no interior do planeta Terra que conduzem ao centro deste, o reino de Agharta, segundo o esoterismo milenar, que dispõe de um sol interior e de habitantes, onde vive Melquisedec, o rei do mundo. «No interior da Terra, circula um poderoso campo de energia, é o Feng-Shui e Lung-Mei dos Chineses, e foi conhecido como o caminho das correntes telúricas, também chamado "As Veias do Dragão". (Ernesto Barón, A mensagem cósmica arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, pág.111) .

O dragão terrestre seria uma imitação, um reflexo, na sua figura, da constelação do Dragão E isto é o princípio segundo o qual o microcosmos ou pequeno universo (exemplo: uma rede de túneis e grutas) espelha o macrocosmos ( o grande universo, as constelações).

 

«As linhas telúricas, Linhas-lei, tinham um traçado coerente com o formato das constelações. (...) Também descobriu-se que muitas cúpulas cheias de água que se encontram em numerosos megalitos reflectem as constelações, principalmente da Ursa Maior e da Ursa Menor. Porquê?»

«As pedras Ofitas integram-se maravilhosamente com os condutos intraterrestres. Essa energia é conhecida também como o Sangue do Dragão que o Mago Merlin, guia condutor do rei Artur, conheceu.» (Ernesto Barón, A mensagem cósmica arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, pág.125) . (VALE DOIS VALORES)

 

Nota: Não é necessário o aluno saber de cor e escrever as citações de Julius Evola e Ernesto Barón que apenas foram inseridas na resposta para melhor a ilustrar.

 

 

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Quinta-feira, 5 de Junho de 2014
Teste de Filosofia do 10º A (Junho de 2014)

  

Eis um teste de filosofia, para o terceiro período lectivo, para o 10º A.  Os alunos escolheram os valores religiosos e, neste âmbito, foram estudados o mito celta-cristão do Santo Graal, a lenda do rei Artur e da Távola Redonda, a espiritualidade gibelina e a espiritualidade guelfa, a heresia cátara dos séculos XII e XIII e o catolicismo romano, o budismo. Evitaram-se as escorregadias questões de escolha múltipla que, em muitos casos, não permitem ao aluno pensar multidimensionalmente, exibir e desenvolver o seu saber filosófico.

 

Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia com 3º Ciclo, Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 10º ANO TURMA A
2014. Professor: Francisco Queiroz

 

"Se o cavaleiro representa o princípio espiritual da personalidade empenhado nas várias provas, o cavalo só pode representar aquele que “leva” esse princípio, isto é a força vital, que ele mais ou menos personifica”   (Julius Evola, “O mistério do Graal”, pág. 106)

 

1) Relacione este pensamento com Nous, Tumus e Concupiscência em Platão..

 

II

 

2) Relacione, justificando:

 

A) TEOLOGIA CÁTARA, TEOLOGIA CATÓLICA E MONISMO-DUALISMO
B) PLEROMA NA GNOSE DE VALENTIM E UM DOS MUNDOS EM PLATÃO.
C) SIMBOLISMOS DO ANDRÓGINO, DO LUGAR PERIGOSO, DE AVALON, DO REI-PESCADOR, NA LENDA DO GRAAL.
D) ASCESE GUELFA, ASCESE GIBELINA E POSIÇÃO FACE À CRUCIFIXÃO DE JESUS
E) DHARMAS, FORMAÇÃO DO EU E LEI DO KARMA NO BUDISMO.
F) VEIAS DO DRAGÃO, ALINHAMENTOS-LEI E PRINCÍPIO MICROCOSMOS-MACROCOSMOS, NA FILOSOFIA ESOTÉRICA ANTIGA.

 

 

 

CORRECÇÃO DO TESTE DE FILOSOFIA (COTADO PARA 20 VALORES)

 

1) O cavaleiro equivale, em Platão, ao Nous, razão intuitiva que apreende os arquétipos do Bem, do Belo, do Sábio, do Justo, etc, princípio espiritual teórico.Mas também se pode dizer que o cavaleiro equivale ao conjunto Nous-Tumus, sendo o tumus a coragem, o brio militar, que simultaneamente é um princípio espiritual e anímico. O cavalo equivale à Concupiscência ou parte inferior da alma, segundo Platão, onde se inserem os instintos de comer, beber, enriquecer em bens materiais, luxúria ou sensualidade exacerbada ou equivale ao conjunto Concupiscência- Tumus se considerarmos que a força vital se distribui por estas duas partes da alma, a média e a inferior.(VALE TRÊS VALORES).

 

 

2-A) A teologia cátara é dualista: há dois princípios originários do mundo, o Deus do Bem, que fez as nossas almas espirituais, e o Deus do Mal ou da Matéria que fez os nossos corpos . Para os cátaros a guerra e o sistema feudal aprovado e protegido  pela igreja católica de Roma são criações de Lúcifer. Por isso, os cátaros reuniam-se nas cidades do sul da França no século XIII, os seus perfeitos praticavam a castidade e difundiam dois sacramentos o melhoramentum (pedir a benção de joelhos) e o consolamentum (imposição de mãos, como baptismo sem água nem fogo). Os cátaros não veneravam a cruz, símbolo de escravidão à hierarquia católica, pois achavam impossível que o Deus do Bem incarnasse num corpo material feito pelo seu rival. Não aceitavam que a hóstia consagrada fosse o corpo de Cristo e falavam no pão supersubstancial (o pão espiritual) que pode ligar-se ao Graal. Foram reprimidos sangrentamente pela cruzada romana que em 1244 tomou a fortaleza de Montségur e lançou na fogueira homens, mulheres e crianças. A teologia católica é monista : foi um Deus único que fez as almas e o mundo material, sendo o mal existente neste atribuído ao livre-arbítrio dos homens, e sendo o papa o representante de Cristo. Os católicos dizem que «Deus não quer o mal mas permite-o». Os cátaros refutam esta interpretação: se apenas houvesse um Deus benévolo todo poderoso Ele não permitiria sequer o mal. (VALE TRÊS VALORES).

 

2-B) O pleroma, na gnose de Valentim, é o mundo superior da Luz, onde vivem originalmente os trinta Éons: sabedoria, inteligência, bondade, igreja, etc. Os Eóns são essências espirituais perfeitas, a primeira das quais é o Ingénito, ou Pai de todas as coisas, que, sendo andrógino, gerou os outros Eóns. Estes equivalem aos arquétipos de Bem, Belo, Justo, Número, essências imóveis e eternas, que integram o Mundo Inteligível de Platão, situado acima do céu visível. (VALE TRÊS VALORES).

 

2-C) O simbolismo do andrógino, referido por Platão em «O banquete», consiste no seguinte: as primeiras raças humanas eram compostas de seres andróginos uma vez que o deus que as gerou era masculino na sua metade direita (correspondências: fogo, yang, razão) e feminino na sua metade esquerda (correspondências: água, Yin, intuição). Temendo a autosuficiência dessa raça humana primordial, o deus dividiu cada exemplar em dois, um masculino e o outro feminino, de modo a que cada um se sentisse incompleto e carente do outro.

 

O lugar perigoso é o aspecto misterioso e tremendo ou terrível do sagrado. «A natureza perigosa do Graal, em segundo lugar, se nos manifesta em relação com o tema do "local perigoso" e com a prova que este constitui para quem deseja assumir a parte do "herói esperado" e a função de chefe supremo da cavalaria da Távola Redonda. Trata-se do "lugar vazio" ou "décimo terceiro lugar" ou "lugar polar", a respeito do qual já tivemos oportunidade de falar; lugar sob o qual se abre o abismo, ou que é fulminado, quando se senta um indigno e um não-eleito.» (Julius Évola, O Mistério do Graal, Pensamento, pág 67).

 

Avalon ou Thule é, na lenda do Graal, a ilha giratória situada no polo, terra dos hiperbóreos, situada no eixo do mundo. É a ilha mágica de cristal, que possui a Árvore da Vida e o elixir da vida eterna (Avalon indica Maçã, na língua celta) e onde estaria, em certas descrições, o castelo do Graal, o cálice ou pedra sagrada que emitiria uma luz mais intensa que o Sol e restabeleceria a saúde a qualquer doente ou ferido de guerra. Ferido de morte, o rei Artur seria trasladado num navio a Avalon e aí ficaria a viver, na quarta dimensão. «Antes de mais, mencionou-se o episódio de Mordrain, raptado pelo Espírito Santo na "ilha torre" no meio do oceano. A ilha está deserta. Mordrain é exortado a manter-se firme em sua fé. Sucede-se a isso a tentação de uma mulher, e resulta claro que nela é o próprio Lúcifer quem age.»(Julius Évola, O Mistério do Graal, Pensamento, pág 105).

 

O simbolismo do rei-pescador representa o rei que perdeu o poder físico ou político, ou ambos, e procura reavê-lo a partir das águas (lembremos que Excalibur, a espada real, vem das águas onde emerge a mão da Dama do Lago que a entrega a Artur). «Ora, lendas árabes, de conhecimento comum na Idade Média ocidental através de versões espanholas, apresentam o tema do peixe relacionado com uma procura equivalente, no fundo, à do Graal como pedra real e pedra da potência. Trata-se de um anel com uma pedra, com as características de "um fogo que enche o céu e a Terra", símbolo do poder supremo. Salomão, tendo perdido esse anel, entra em decadência. O anel fora atirado ao mar. Salomão, pescando, o reencontra no ventre de um peixe e readquire assim o poder de um domínio visível e invisível (sobre homens, animais e demónios).» Julius Évola, O Mistério do Graal, Pensamento, pp 97-98 ). (VALE TRÊS VALORES)

 

2-D) Ascese é a ascensão da alma ao mundo espiritual superior mediante certa disciplina imposta ao corpo (imobilidade das posturas do yoga ou da meditação filosófica, jejum, treino militar, etc). Os gibelinos eram, no século XIII, os partidários do império romano-germânico em que um imperador de direito divino se sobrepunha aos reis e ao papa. A ascese gibelina é a da cavalaria templária: orar e combater pela fé, treinar-se militarmente. Diz-se que, tal como os islâmicos, os templários não acreditavam que Jesus Cristo tivesse morrido na cruz e, por isso, secretamente pisavam a cruz, símbolo dos escravos que se deixam morrer. Os guelfos eram os partidários do papa romano e defendiam a via ascética-contemplativa: adoração da cruz, jejuns, uso de cilícios, missas, etc. (VALE DOIS VALORES)

 

2-E) Na filosofia budista, os «dharmas» são qualidades impessoais - memória, imaginação, força física, capacidade visual e auditiva, etc - que flutuam no universo e se juntam, acidentalmente, ao núcleo eterno do "eu" individual para formarem a personalidade de cada indivíduo durante uma dada encarnação ou vida terrestre da alma (atomismo ontológico do budismo). Esta junção faz-se através da lei do karma ou lei da recompensa que se enuncia grosso modo, assim: «Se fores bom e justo nesta existência reencarnarás numa personalidade superiormente dotada, se fores mau e injusto na actual existência reencarnarás numa pessoa deficiente, profundamente infeliz ou num animal feroz ou desprezível». Por exemplo, alguém que nasça cego, desprovido do dharma da visão, deve-o à lei do karma que o obriga a pagar factura por comportamentos imorais em existências anteriores (VALE TRÊS VALORES).

 

2-F) As veias do Dragão é a expressão que designa um sistema de túneis e grutas no interior do planeta Terra que conduzem ao centro deste, o reino de Agharta, segundo o esoterismo milenar, que dispõe de um sol interior e de habitantes, onde vive Melquisedec, o rei do mundo. «No interior da Terra, circula um poderoso campo de energia, é o Feng-Shui e Lung-Mei dos Chineses, e foi conhecido como o caminho das correntes telúricas, também chamado "As Veias do Dragão". (Ernesto Barón, A mensagem cósmica arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, pág.111) .

Os alinhamentos-lei são linhas geográficas que ligam entre si cidades e templos em lugares rurais, linhas que desenham polígonos imitando as constelações celestes. E isto é o princípio segundo o qual o microcosmos ou pequeno universo (exemplo: um templo, uma rede de estradas ou cidades) espelha o macrocosmos ( o grande universo, as constelações). 

 

«As linhas telúricas, Linhas-lei, tinham um traçado coerente com o formato das constelações. (...) Também descobriu-se que muitas cúpulas cheias de água que se encontram em numerosos megalitos reflectem as constelações, principalmente da Ursa Maior e da Ursa Menor. Porquê?»

«As pedras Ofitas integram-se maravilhosamente com os condutos intraterrestres. Essa energia é conhecida também como o Sangue do Dragão que o Mago Merlin, guia condutor do rei Artur, conheceu.» (Ernesto Barón, A mensagem cósmica arturiana, Centro de Estudos de Antropologia Gnóstica, pág.125) . (VALE TRÊS VALORES)

 

 Nota: Não é necessário o aluno saber de cor e escrever as citações de Julius Evola e Ernesto Barón que apenas foram inseridas na resposta para melhor a ilustrar.

 

 

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Terça-feira, 3 de Junho de 2014
Equívocos no manual «Ousar Saber, Filosofia 11º ano» da Porto Editora (Crítica de Manuais Escolares- LXV)

 

Diversos equívocos caracterizam o manual do professor da Porto Editora «Ousar saber, filosofia 11º ano» de João Simas, Luís Salvador, Artur Morão, André da Silva Costa, José Manuel Moreira, com revisão científica de Mendo Castro Henriques, sem embargo de possuir alguns textos de boa qualidade.

 

AMBIGUIDADE E ERRO EM PERGUNTAS DE ESCOLHA MÚLTIPLA

 

Diversos erros pautam exercícios com questões de escolha múltipla neste manual. Vejamos exemplos:

 

«Assinala com uma cruz a opção correcta.»

 

«1. Um argumento por analogia é um argumento...

 

A) dedutivo que faz uma comparação entre realidades diferentes.

B) não dedutivo que parte de diferenças significativas entre realidades análogas.

C) dedutivo que parte de um certo número de parecenças entre realidades díspares.

D) não dedutivo que parte de parecenças entre realidades dispares.»

 

 (João Simas, Luís Salvador, Adelino Cardoso, Artur Morão, André da Silva Costa, José Manuel Moreira, «Ousar saber, filosofia 11º ano», Parte 2, com revisão científica de Mendo Castro Henriques, Porto Editora, p. 74).

 

 O manual não indica «a única resposta correcta»... Porquê?  Receio de revelar a fragilidade de um pensamento hiper-analítico e deformador da realidade?

 

Crítica minha: Há duas respostas correctas: B e D. São quase indistinguíveis uma da outra: a analogia é uma semelhança intuída superiormente (ana, para cima) entre dois entes ou situações diferentes entre si. Por exemplo: o homem é análogo ao chimpanzé, possuem dentição e tubo digestivo de 6 a 8 metros de comprimento, mãos, nariz, etc. Portanto, a pergunta está mal construída.

 

Vejamos outro exemplo.

 

«Assinala com uma cruz a opção correcta.»

3. A manipulação pode ser definida como...

(A) a imposição de uma tese a um dado auditório.

(B) o contrário da sedução.

(C) a livre aceitação de uma tese por parte de um auditório.

(D) o contrário de demagogia.»

 

(João Simas, Luís Salvador, Adelino Cardoso, Artur Morão, André da Silva Costa, José Manuel Moreira, «Ousar saber, filosofia 11º ano», Parte 2, com revisão científica de Mendo Castro Henriques, Porto Editora, p. 105 )

 

Segundo os autores do manual, só uma  resposta está correcta mas não dizem qual.

 

Crítica minha: ao contrário deste manual que sustenta só uma hipótese correcta, há duas respostas correctas: A, C. De facto, a manipulação pode ser uma imposição do tipo «Ou aceitam um corte de 20% nos vossos salários ou eu, empresário, serei forçado a despedir dois terços dos trabalhadores». Mas também pode ser ou incluir a «livre aceitação de uma tese por parte de um auditório» como, por exemplo, o argumento manipulatório pró-vacinação «Deves vacinar-te porque os vírus atenuados e as toxinas da vacina ensinam o teu corpo a defender-se contra uma versão maior dessa doença». A apologia da vacinação é uma manipulação de milhões de pessoas com aceitação livre dos argumentos por parte desses milhões.

Persuasão racional não se opõe a manipulação porque esta inclui, muitas vezes, a persuasão racional. Manipulação opõe-se a não manipulação ou seja, a aleteia (desvelação da verdade) e heurística, descoberta da verdade por si mesmo.

 

HIPER-ANALITISMO NA DESCRIÇÃO DO ACTO COGNTIVO

 

A descrição do acto cognitivo neste manual padece de hper-analitismo, isto é, fragmentação excessiva de aspectos de um mesmo conceito, uma vez que oferece nove determinações ou momentos daquele acto, sem distinguir a substância do acidente, o sujeito do predicado:

 

«Momentos intrínsecos à actividade cognitiva

Imaginemos uma cena de laboratório (de física, de química, de biologia, erc).

 

a) Nos que ali trabalham, com empenho, concentração e entusiasmo, conseguimos reconhecer, em primeiro lugar, o momento psicológico: vibra no esforço e no desejo de entender, umas vezes no desânimo (...)

 

c) também lá se agita o momento pessoal, que muitos filósofos olham com desconfiança no plano cognitivo (...)

 

h) E, claro, da faina científica não podia estar ausente o momento metafísico que, de certo modo, está subjacente a todos os outros (...)

 

i) Rematando o processo cognitivo, emerge finalmente o momento transcendental: constitui o cerne da consciência (do cientista enquanto homem pleno) (...)

 

(João Simas, Luís Salvador, Adelino Cardoso, Artur Morão, André da Silva Costa, José Manuel Moreira, «Ousar saber, filosofia 11º ano», Parte 2, com revisão científica de Mendo Castro Henriques, Porto Editora, pp. 239-242 )

 

Há certa confusão neste texto. Se, ao contrário do que o texto indica, o momento psicológico está contido no momento pessoal, porque hão-de estar separados nesta divisão como alíneas distintas? A pessoa é substância e a sua  psique, um estado de alma, é qualidade, acidente dessa substância.

O momento transcendental está contido no momento metafísico, é por assim dizer, a metafísica interna do sujeito, - se por transcendental entendermos não o transcendente, o que está além de e fora de, mas a estrutura originária, a priori, do sujeito ou da relação sujeito-objecto. Não há pois razão para colocar metafísico e transcendental como momentos do conhecimento com igual estatuto, em alíneas separadas.

 

 

OCULTAÇÃO DA ESSÊNCIA DO PENSAMENTO DE PAUL FEYERABEND

 

Este manual refere o filósofo Paul Feyerabend, maior em amplitude pensante que Karl Popper e Thomas Khun, de forma superficial e parcelar:

 

«...o filósofo austríaco Paul K. Feyerabend (1924-1994) . Diz ele: "a ciência é uma empresa essencialmente anarquista, "houve teorias científicas que se impuseram apesar de numerosas incoerências", "todas as metodologias têm os seus limites, e a única regra que sobrevive é: tudo serve!" E juntamente com Kuhn partilha a ideia da incomensurabilidade das teorias, ou seja, que elas não são comparáveis...»

 

(João Simas, Luís Salvador, Adelino Cardoso, Artur Morão, André da Silva Costa, José Manuel Moreira, «Ousar saber, filosofia 11º ano», Parte 2, com revisão científica de Mendo Castro Henriques, Porto Editora, p. 236 )

 

Não é verdade que Paul Feyerabend defendesse a incomensurabilidade das teorias tal como Thomas Khun. No seu livro «Diálogo sobre o método», Feyerabend afirma, ao contrário de Kuhn e de Popper, o carácter científico da astrologia (não da astrologia comercial, degradada). Por isso, entre o paradigma astrológico, determinista, e o paradigma anti-astrológico, indeterminista, ele optou a favor do primeiro, porque é mensurável e não incomensurável. Escreveu, para demonstrar o princípio de que os astros (em cima) influenciam decisivamente os fenómenos terrestres (em baixo):

 

«Tomemos a ideia de que os cometas anunciam guerras .(..) Acreditava-se que os cometas eram fenómenos atmosféricos, uma espécie de incêndio nas camadas superiores da atmosfera. (...) Ademais a excessiva quantidade de fogo e os movimentos da atmosfera alterariam a normal composição de esta e afectariam o metabolismo de homens e animais. (...) As pragas propagar-se-iam mais facilmente, o sobreaquecimento do ar originaria também um sobreaquecimento dos cérebros que, por sua vez, provocaria um aumento de decisões irresponsáveis entre os homens poderosos, o que significaria em uma palavra, a guerra. É possível que a aparição de quatro ou cinco cometas se tenha visto acompanhada dos fenómenos descritos anteriormente. De facto, Kepler, que acumulou uma grande quantidade de material importante, advertiu sobre estas relações e utilizou-as quando tratou de edificar uma astrologia empírica.» (Paul Feyerabend, Diálogo sobre el método, Ediciones Cátedra, Madrid, pág. 90).

 

De igual modo, entre as medicinas alternativas e naturais (acupunctura, naturopatia, ervanária, etc) e a medicina ultramoderna das biópsias, raios X, medicação quínica, Feyerabend pronunciou-se a favor da superioridade das primeiras e da perigosidade das segundas e do tratamento em hospitais. Criticando o erro ( a ) da medicina universitária actual encontrar uma causa local específica para cada tipo de doença e recusar a ideia de Hipócrates de que a causa de todas as doenças é geral e uma só (a intoxicação dos humores, líquidos que banham os orgãos corporais), Feyerabend escreveu:

 

« Outro exemplo é a fé de que a investigação científica, não a experiência clínica, leva a descobrir os melhores tratamentos. Estreitamente relacionada com esta fé se encontra a ideia de que toda a doença tem uma causa próxima, que é altamente teórica e que se deve descobrir. Como se supõe que o diagnóstico revela a causa próxima, eis que se fazem radiografias, explorações cirúrgicas, biópsias e outras estupidezes do estilo.»

(Paul Feyerabend, Diálogo sobre el método, Ediciones Cátedra, Madrid, pág. 41).

 

Este conteúdo essencial do pensamento de Feyerabend , isto é, apologia da astrologia e da medicina natural, é ocultado neste manual, como em  todos os outros manuais de filosofia do ensino secundário, porque fere a ideologia dominante dos interesses dos grandes laboratórios e das classe médicas, académico-catedrática  e política que os representa. A universidade é, com a alta-roda da política, serva da indústria e do poder da finança. Não existe neutralidade nos currículos da universidade, em termos globais. Os manuais de filosofia em vez de serem contrapoderes teoréticos são vergonhosos agentes de doutrinação da ideologia dominante da democracia formal em que vivemos, democracia sequestrada.

 

A filosofia analítica contemporânea, juntamente com a fenomenologia, mais uma vez o dizemos, não é neutra: é a ideologia universitária da burguesia mundialista, está a monitorizar o ensino da filosofia, expurgando-o de astrologia, anarquismo, marxismo, esoterismo tradicional (Julius Évola, René Guenon, Jean Hanu, etc), sociologia holística (Ivan Ilich, etc), antroposofia, e de todo o pensamento metafísico livre ou não alinhado em geral. Vivemos, pois, sob um criptofascismo académico que proibe pensar em modo holístico livre e em certas áreas do conhecimento.

 

 

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Segunda-feira, 2 de Junho de 2014
Teste de filosofia do 11º C (Maio de 2014)

 

Eis um teste de filosofia, para o terceiro período lectivo, para o 11º C. O teste centra-se na teoria do conhecimento (Hume, Descartes; idealismo solipsista, relativismo, fenomenologia) na ontologia (Parménides, Hegel, David Hume, Descartes) na teleologia/ sentido da existência (Kierkegaard, Hegel, Camus). Evitaram-se as escorregadias questões de escolha múltipla que, em muitos casos, não permitem ao aluno exibir e desenvolver o seu saber filosófico.

 

Agrupamento de Escolas nº1 de Beja
Escola Secundária Diogo de Gouveia com 3º Ciclo, Beja
TESTE DE FILOSOFIA, 11º ANO TURMA C
30 de Maio de 2014. Professor: Francisco Queiroz

 


I

 

“A perspectiva cristã situa-se nesta posição: o não-ser existe em toda a parte como o nada de que as coisas são feitas, como aparência e vaidade, como pecado, como sensibilidade afastada do espírito ..Deus é, não existe, o homem existe, mas não é“

Kierkegaard

 

1)-Explique estes pensamentos.

 

II

 

2) Disserte sobre o seguinte tema:

 

" O ser em Parménides, em David Hume e em Hegel".

 

III

 

 

3) Relacione, justificando:
A) Substância em Descartes e Substância em David Hume.
B) Realismo Crítico em Descartes e Fenomenologia.
C) O Existencialismo de Albert Camus e o Existencialismo de Kierkegaard.
D) Teoria de Karl Popper sobre as ciências, relativismo, idealismo solipsista.

 

 

 

CORRECÇÃO DO TESTE DE FILOSOFIA (COTADO PARA 20 VALORES)

 

1) Na visão cristã do mundo, segundo Kierkegaard, o não ser ou nada é a matéria física, incluindo o corpo humano, porque todas as coisas materiais - uma casa bela, um corpo jovem e belo, um automóvel, uma conta bancária bem recheada - se corrompem, desaparecem ou deixam de pertencer ao seu possuidor. Também as vaidades e aparências - por exemplo: ser deputado, ser dono de uma empresa, ser doutorado, vencedor de um prémio importante, etc - fazem parte do não ser porque se reduzem a nada ao ser confrontadas com a eternidade que a alma humana viverá ou no Paraíso ou no Inferno, já que nada se leva deste mundo ao morrer  (VALE UM VALOR E MEIO). "Deus é mas não existe" significa: Deus existe eternamente, fora do tempo, e como está fora das contingências da existência (nascer, crescer, tranalhar, morrer, etc) diz-se que não existe.». "O homem existe e não é" significa: o homem está em perpétuo devir, a existência é feita de mudanças, altos e baixos, por isso existe e deixa de existir, mas não é, se por é se entende ser eterno, sempre o mesmo (VALE UM VALOR E MEIO).

 

 

2) O ser em Parménides é, não foi nem será. É uno, homogéneo, imóvel, incriado, invisível e imperceptível aos sentidos, esférico. Ser e pensar é um e o mesmo. A alteração das cores, a mutação, o nascimento e a morte são ilusões, reais só na aparência.

Ser é um termo ambíguo, polissémico: por um lado é o existir em geral; por outro lado é o existente, algo que existe, o essente, uma essência ou substância de carácter universal. Parménides usa o termo nos dois sentidos, de existência e de essência. Neste segundo sentido, pode interpretar-se como o cosmos esférico ou como o pensamento divino estruturante do cosmos (sentido hegeliano). Fica em aberto a questão de saber se Parménides era idealista ou realista crítico.

 O ser em David Hume é antropológico: percepções empíricas ou impressões dos sentidos, razão, imaginação mas não um «eu-substância» coeso como em Kant ou em Descartes. O ser do mundo exterior é inexistente (idealismo) ou duvidoso (cepticismo) e, portanto, é não-ser efectivo ou provável.

Em Hegel, o ser é a ideia absoluta ou Deus que se desdobra em três etapas: ser em si, ou Deus sozinho, antes de criar o universo, o espaço e o tempo, pensamento puro; ser fora de si, ou Deus transformado em natureza física, alienado, em astros, céus, montanhas, rios, plantas e animais; ser para si ou Deus encarnado em hunanidade, evoluindo através de formas de estado -Estado Oriental, só um homem livre; Estado greco-romano, vários homens livres e os restantes, servos ou escravos; Estado cristão reformado por Lutero no século XVI em que todos os homens são livres pois autorizados a interpretar livremente a Bíblia sem a mediação do clero católico romano, liberdade essa alargada, no plano político-social,  com a revolução francesa de 1789 - em direcção à liberdade de espírito.(VALE QUATRO VALORES)

 

3) A) Na ontologia de  Descartes há três substâncias: a res divina, ou Deus, anterior às outras duas e criadora delas; a res cogitans, pensamento, que só existe nos humanos: a res extensa (extensão dotada de formas e tamanhos, comprimento, largura e altura), estruturadora do mundo material . Em David Hume, a noção de substância não corresponde a nenhum objecto exterior, é um acto da imaginação que liga percepções empíricas : o "eu" não é substância, não existe sequer (idealismo) ou é duvidoso (cepticismo) tal como não existem ou são duvidosas as noções de "alma", "substância", "essência" . Por outro lado, não existe ou é duvidoso o mundo exterior onde se albergariam as "substâncias" árvore, planície, corpos de animais e homens, etc. (VALE TRÊS VALORES)

 

B) O realismo crítico em Descartes consiste em postular o seguinte: há um mundo de matéria exterior às mentes humanas, feito só de qualidades primárias, objetivas, isto é, forma, tamanho, número, movimento. As cores, os cheiros, os sons, sabores, o quente e o frio só existem no interior da minha mente, do organismo do sujeito, pois resultam de movimentos vibratórios de partículas exteriores já que o mundo exterior é apenas composto de formas, movimentos e tamanhos. .Assim, a rosa não é vermelha, é apenas forma e tamanho. O ramo de rosas é apenas formas, tamanho e um certo número de unidades, não tem cor, nem cheiro, nem peso. O mármore não é frio nem duro, o céu não tem cor.

A fenomenologia balança entre o idealismo e o realismo: para a fenomenologia o mundo de matéria existe fora do corpo físico do sujeito, mas não sabe se este mundo está dentro ou fora da mente (envolvente) do sujeito. Tanto o realismo crítico de Descartes como a fenomenologia usam o método céptico, duvidam.  (VALE TRÊS VALORES).

 

C)- O existencialismo é a corrente filosófica segundo a qual a existência precede a essência ou sobrepõe-se a esta, quer dizer, o homem faz-se e refaz-se a cada instante, escolhendo, através do seu livre-arbítrio, uma via de acção ou certo tipo de valores, sem que nenhuma essência pré-definida ( Deus, o destino, o carácter inato, a pressão social, etc) seja capaz de o dominar e determinar. Albert Camus representa, com Sartre, no século XX, um expoente do existencialismo ateu. Camus acentuava o carácter absurdo da existência humana, feita de guerras, de assassínios, de torturas e fome afectando milhões de seres humanos, e a inexistência de Deus ou deuses como criadores de um mundo de injustiças e fealdade. Usava o mito de Sísifo - um personagem que, por ajudar os homens, foi condenado a empurrar diariamente um rochedo até ao alto de uma montanha e a repetir sempre esse esforço, uma vez que os deuses faziam logo rolar o rochedo montanha abaixo- para descrever a situação do operário alienado no trabalho de fábrica, do trabalhador sem horizontes preso à roda do trabalho industrial ou burocrático como Sísifo. Camus considerava o suicídio como uma resposta insuficiente, embora filosófica, ao drama do absurdo da vida, porque significava a renúncia a um mundo mau que permaneceria, e preferia a resistência, a luta por uma existência mais digna, contra o fascismo e todas as formas de exploração do homem e da mulher, luta embora sem esperança de regeneração universal.

 

Segundo Kierkegaard, filósofo existencialista cristão, há três estádios na existência humana: estético, ético e religioso. No estádio estético, o protótipo é o Don Juan, insaciável conquistador de mulheres que vive apenas o prazer do instante, e sente angústia se está apaixonado por uma mulher e teme não a conquistar. O desespero é posterior à angústia: é a frustração sobre algo que já não tem remédio ou que se esgotou. Ao cabo de conquistar e deixar centenas de mulheres, o Don Juan cai no desespero: afinal nada tem, o prazer efémero esvaiu-se. Dá então o salto ao ético: casa-se. No estado ético, o paradigma é do homem casado, fiel à esposa, cumpridor dos seus deveres familiares e sociais. Este estado relaciona-se com o essencialismo, doutrina que afirma que a essência, o modelo do carácter ou do comportamento vem antes da existência e condiciona esta. A monotonia e a necessidade do eterno faz o homem saltar ao estádio religioso, em que Deus é o valor absoluto, apenas importa salvar a alma e os outros pouco ou nada contam. Abraão estava no estádio religioso, de puro misticismo, quando se dispunha a matar o filho Isaac porque «Deus lhe ordenou fazer isso». O estádio religioso é o do puro existencialismo, doutrina que afirma que a existência vive-se em liberdade e angústia sem fórmulas (essências) definidas, buscando um Deus que não está nas igrejas nem nos ritos oficiais. Neste estádio, o homem casado pode abandonar a mulher e os filhos se «Deus lhe exigir» retirar-se para um mosteiro a meditar ou para uma região subdesenvolvida a auxiliar gente esfomeada. A escolha a cada momento ante a alternativa é a pedra de toque do existencialismo.

Kierkegaard acentuava a noção de angústia, essa liberdade bloqueada, essa intranquilidade que surge antes ou durante muitos actos decisivos (exemplo: a angústia do aluno antes de saber a nota do teste, a angústia da mãe antes do parto, etc). Camus não resolve o paradoxo da existência, ela é absurda e ele postula não haver Deus, ao passo que Kierkegaard situa o paradoxo no interior do estado religioso e diz que se deve amar e seguir a vontade de Deus apesar de não compreendermos esta. (VALE QUATRO VALORES).

 

D) O princípio da falsificabilidade de Popper estabelece que as ciências são conjuntos de conjecturas (conjecturalismo), isto é, as suas leis ou teses são hipóteses, conjecturas potencialmente falsas, falsificáveis, refutáveis. Isso exige aplicar permanentemente o princípio da testabilidade: há que submeter a constantes testes experimentais as teses de uma ciência. Entre as várias teorias na mesma área científica ( exemplo: vacinar ou não vacinar na medicina preventiva; heliocentrismo versus geocentrismo na astrofísica) Popper defende que se deve escolher a mais verosímil, a que dá mais garantias, sublinhando que a ciência é uma aproximação incessante à verdade sem nunca abarcar o todo desta.

O relativismo é a doutrina segundo a qual a verdade, os valores éticos, estéticos, científicos, etc, variam de povo a povo, de grupo a grupo, classe a classe social, de época a época, etc. Pode dizer-se que a epistemologia de Popper é relativista porque a verdade, falível em cada campo das ciências, muda com frequência, é relativa à época.

O idealismo solipsista sustenta que o mundo material exterior se reduz a percepções empíricas e ideias, a matéria não existe em si mesma, dentro de uma única realidade, a minha mente de sujeito. Popper considerava-se realista e não idealista solipsista. (VALE TRÊS VALORES).

 

 

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Acidentes em Albufeira na Astrologia Histórica

 

 

Há quem, com falta de clareza intelectual, diga que «a Astrologia nada tem a ver com a Astronomia». Isso é falso: a Astrologia possui sempre duas fomtes. Uma é a Astronomia, no capítulo das posições dos planetas ao longo dos 360º do círculo do Zodíaco, a parte físico-matemática; outra é um legado de teses metafísico-empíricas ( Astrologia Tradicional) ou os factos históricos, sociais e políticos, na sua pureza (Astrologia Histórica). É esta última, a Astrologia Histórico-Social, que desenvolvemos - nós e mais ninguém, no mundo, neste modelo de investigação - em obras editadas e neste blog.

 

Estudemos algumas das leis planetárias que regem os acidentes e crimes notáveis ou cerimónias de relevo em Albufeira, cidade onde, a 3 de Maio de 2014, na biblioteca municipal Lídia Jorge, lancei  ante uma plateia escassa o livro «Álvaro Cunhal e Antifascismo na Astrologia Histórica».

 

GRAU 15 DO SIGNO DE SAGITÁRIO:

BOMBA EM VIVENDA, QUEDA DE AVIONETA,

 

A passagem de um planeta, do planetóide Quiron, do Sol  ou de um Nodo da Luado em 15º signo de Sagitário é condição necessária mas insuficiente para gerar acidentes ou incidentes notáveis em Albufeira cidade e no seu concelho.

 

Em 15 de Abril de 1995, com Júpiter em 15º 6´/ 3´ de Sagitário, eclode um tiroteio entre seguranças e jovens turistas no parque de campismo de Albufeira, registando-se um ferido grave; em 12 de Maio de 1997, com Saturno em 15º 18´/ 25´ de Carneiro, duas pessoas lançam fogo ao restaurante “Lavrador”, em Albufeira; em 5 de Junho de 1998, um incêndio numa cave seguido da explosão de 13 garrafas de gás butano danifica um restaurante em Areias de São João, Albufeira, e causa 3 feridos, um deles grave, Klaus Peiffer, de 29 anos, cozinheiro;  em 12 de Março de 2001, com Plutão em 15º 16´ de Sagitário, um casal, residente em Paderne, atinge com dois tiros de caçadeira na cabeça dois guineenses que traficavam heroína no interior de um automóvel num caminho de terra batida da zona das Fontainhas, em Albufeira, morrendo uma das vítimas, de cerca de 30 anos, e ficando gravemente ferida a outra, de 26 anos que consegue arrastar-se até à EN 125;  em 4 de Outubro de 2002, com Plutão em 15º 18´/ 15º 19´ de Sagitário, pelas 0.00 horas, uma bomba, talvez colocada por operários de Leste com seis meses de salários em atraso, explode numa vivenda recém-construida na zona de Vale Carro, Açoteias, Albufeira, causando graves danos materiais; em 5 de Outubro de 2002, com Plutão em 15º 19´/ 15º 21´ de Sagitário, uma avioneta Cessna embate contra cabos de média tensão durante um encontro de pára-quedistas em Paderne, Albufeira, mas o piloto faz meio “looping” que evita um segundo choque contra cabos de alta tensão e lhe permite sair ileso do acidente.

 

Algumas das próximas datas em que um planeta ou Nodo da Lua passará no grau 15º do signo  elevando a probabilidade de ocorrências graves ou nobres em destaque social em Albufeira são: de 5 a 7 de Outubro de 2014 (Marte), 28 e 29 de Novembro de 2014 ( Vénus), 7 e 8 de Dezembro de 2014 (Sol e Mercúrio).

 

 

PONTO 15º 6´ / 15º 20´  DE QUALQUER SIGNO DO ZODÍACO:

AFOGAMENTOS, TIROTEIO

 

 

A passagem de um planeta ou Nodo da Lua em 15º 6`a 15º 20´ de qualquer signo do Zodíaco é condição necessária mas insuficiente para gerar acidentes ou incidentes notáveis em Albufeira cidade e no seu concelho.

 

Em 15 de Janeiro de 1987, com Nôdo Norte da Lua em 15º 15´/ 15º 1´ de Carneiro, dois pescadores morrem afogados no mar frente a uma praia de Albufeira; em 15 de Abril de 1995, com Júpiter em 15º 6´/ 15º 3´ de Sagitário, eclode um tiroteio entre seguranças e jovens turistas no parque de campismo de Albufeira, registando-se um ferido grave; em 12 de Maio de 1997, com Saturno em 15º 18´/ 15º 25´ de Carneiro, duas pessoas lançam fogo ao restaurante “Lavrador”, em Albufeira.

 

Algumas das próximas datas em que um planeta ou Nodo da Lua passará no ponto 15º 6´ / 15º 20´  de um qualquer signo  elevando a probabilidade de ocorrências graves ou nobres em destaque social em Albufeira são: 22 a 28 de Maio de 2014 (Úrano), 11 de Junho de 2014 (Vénus), 22 de Junho de 2014 (Marte), 16 a 23 de Setembro de 2014 (Úrano) 1 a 3 de Janeiro de 2015 (Nodo da Lua).

 

Que nos refutem os adversários da astrologia histórica!

 

 

 

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