Domingo, 30 de Setembro de 2007
Que é um argumento válido?

Vários manuais de lógica e de filosofia definem argumento válido de forma incompleta ou mesmo tautológica.

 

João Sàágua define assim argumento válido:

 

«Def 3. Argumento válido. Um argumento é válido se o conjunto das suas premissas tem como consequência a conclusão.»

«Tendo em consideração as explicações dadas acima sobre a verdade das frases e consequência, temos que um argumento pode ser válido com premissas e conclusão verdadeiras, com premissas falsas e conclusão verdadeira, e com premissas e conclusão falsas.»

(João Sàágua, Lógica para as Humanidades, Universidade Nova de Lisboa, Edições Colibri, 2001, pag 3).

 

Sem embargo de Sàágua ser um especialista em lógica proposicional parece-me bastante vaga esta definição de «argumento válido». Que significa «ter como consequência»?  Há a consequência acidental, que chega por conexão fortuita, e a consequência apodítica, por conexão essencial...

 

João Sàágua dá a seguinte definição:

 

«Def 2  Consequência (1ª versão) Um conjunto de frases tem como consequência uma frase se e só se, não é possível que as frases desse conjunto sejam todas simultaneamente verdadeiras e que a frase em questão seja falsa.» (J. Sàágua, ibid, pag 2).

 

Dou um exemplo com o seguinte argumento, no sentido de demonstrar que há consequências que não são dedutivamente válidas nem inválidas e, portanto, a consequência em geral não é condição imprescindível da validade de um argumento:

 

«Fui ao Algarve. Passei na A22.

«Cheguei a Armação de Pera.

«Logo, fui à praia, vi o mar azul».

 

Ir à praia é uma consequência necessária de ir a Armação de Pera? Ou uma consequência fortuita? É uma consequência fortuita. Posso ir a Armação de Pera e ficar à entrada da vila, junto à EN125, sem sequer ver a praia e o mar.

 

Este argumento é dedutivamente válido? Não me parece, ainda que a sua estrutura, feita de conjunções de proposições, não acarrete necessariamente invalidez. Sem dúvida, é um argumento indutivamente válido. Dedutivamente, é neutro, de validade indecisa - não é válido em acto.

 

A minha definição de argumento válido é: aquele em que a conclusão está contida de forma actual nas premissas consideradas de forma abstracta (argumento dedutivamente válido) ou em que a conclusão está contida potencialmente nas premissas consideradas de forma concreta, substancial ou empírico-ideal (argumento indutivamente válido).

Exemplo de argumento dedutivamente válido (mas material ou indutivamente inválido):

 

«As batatas são girassóis.»

«Os elefantes são batatas»

«Os elefantes são girassóis».

 

O esqueleto (validade formal) do argumento está correcto. É dedutivamente válido.

Exemplo de argumento indutivamente válido (mas dedutivamente inválido):

 

«Até hoje, biliões de seres humanos morreram sem completar 200 anos de idade.»

«No futuro, nenhum ser humano conseguirá completar 200 anos de vida».

 

O carácter dedutivo de um argumento implica sempre uma apoditicidade ou necessidade, real ou aparentemente real, lógica ou suposta por indução. Desidério Murcho, por exemplo, equivoca-se ao defender o seguinte:

 

«Também há argumentos dedutivos cuja validade não depende inteiramente da sua forma lógica. Os seguintes argumentos, por exemplo, são dedutivamente válidos:

 

A neve é branca.

A neve tem cor.

 

Kant era solteiro.

Logo, não era casado.

Contudo a validade destes argumentos não pode ser estabelecida recorrendo unicamente à forma lógica...» (Desidério Murcho, Pensar outra vez, filosofia, valor, verdade, Edições Quasi, V.N.Famalicão, 2006, pag 115-116).

 

É óbvio que o primeiro exemplo é válido recorrendo apenas à sua forma lógica, ao contrário do que sustenta Desidério Murcho. De facto, trazendo à luz a premissa maior, oculta, temos o seguinte silogismo:

 

O branco/a é uma côr.

A neve é branca.

A neve tem cor.

 

A validade deste argumento demonstra-se só pela sua estrutura formal:

 

A pertence a B.

C pertence a A.

Logo C pertence a B.             (A=branco; B=côr; C=neve)

 

O conceito de válido não pode dissociar-se completamente do conceito de verdadeiro: válido, no plano dedutivo, significa abstractamente ou formalmente verdadeiro ainda que, em muitos casos, se ligue a conteúdos empírico-ideais materialmente ou idealmente falsos.

 

 

O erro do texto de João Sáàgua, transcrito no início deste artigo, radica em não distinguir dois tipos de validade: formal-dedutiva e material-indutiva.  

 

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Nota: Na 5ª feira, 4 de Outubro de 2007, das 18.15 às 19.15 horas, haverá leitura e comentário (debate) de excertos de textos de Ludwig Wittgenstein, no anfiteatro da Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, organizado pelo grupo de professores de filosofia dessa escola. A entrada é livre.

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Quarta-feira, 26 de Setembro de 2007
A indução completa é uma dedução invertida?

Designa-se por indução completa a inferência que consiste tão só na enumeração dos elementos de um conjunto que temos diante de nós, de tal modo que não se dá o característico "salto no vazio" da indução (amplificante necessária, probabilística, etc).


Exemplo: «Conto as pessoas presentes nesta sala: o Joaquim, a Carla, o Manuel, a Hermínia, a Fátima, a Dina, a Raquel e o Euclides. Portanto, há oito pessoas nesta sala.»


Estará esta forma de indução no limite entre a dedução e a indução?


Será uma dedução invertida? De facto, a indução completa ou 100% empiricamente verificável (enumeração exaustiva, que não deixa nada de fora) partilha com a dedução a característica de a conclusão estar contida nas premissas, ainda que de modo algo diferente: na dedução, em regra, uma premissa contém, implicitamente, a conclusão, ao passo que na indução completa a conclusão só está implícita no conjunto das premissas.


Poderia construir-se sobre esta situação o seguinte argumento:


«Há 8 pessoas nesta sala. Conto-as e concluo que são o Joaquim, a Carla, o Manuel, a Hermínia, a Fátima, a Dina, a Raquel e o Euclides.»


Que tipo de argumento é este?  Dedutivo?  Indutivo? Ou misto, dedutivo-indutivo?


Se sei , a priori, que se trata de oito pessoas, parece tratar-se de uma dedução, pois arranca de uma totalidade para as suas divisões particulares mas, ao identificar (reconhecer), uma a uma, as pessoas presentes, não estarei a induzir?


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Sexta-feira, 21 de Setembro de 2007
O anti-realismo global é cepticismo radical? (Confusões de Desidério Murcho)

Por realismo, entende-se a família das doutrinas (ontológicas, éticas, estéticas, etc) que asseveram que as coisas materiais ou os juízos de valor existem em si mesmos, no mundo exterior, fora das subjectividades, dos psiquismos humanos ou no interior destes mas na sua componente objectiva. Por anti realismo, entende-se o inverso: coisas e valores estão imersas na imaginação arbitrária  das mentes humanas, não subsistem fora destas.

Escreve Desidério Murcho:

 

«As posições anti-realistas globais têm sido uma tentação constante ao longo da história da filosofia. Estas posições distinguem-se do anti-realismo local pela sua abrangência. Ao passo que o anti-realismo local declara que um certo domínio do pensamento (como a ética, no exemplo dado) não está ancorado na natureza das coisas, o anti-realismo global declara que nenhum domínio do pensamento está ancorado na natureza das coisas. O anti-realismo global disputa a própria expressão "natureza das coisas". (…)

 

«O anti-realismo local não é radicalmente incoerente. O anti-realismo ético, por exemplo, não é radicalmente incoerente, apesar de poder ser falso por outras razões.  Mas qualquer forma de anti-realismo global, ou cepticismo radical, é radicalmente incoerente. Isto não é surpreendente. Pois não se pode estar a dizer a verdade, quando se diz que não é possível, de todo em todo, dizer a verdade.» (Desidério Murcho, Pensar outra vez filosofia, valor e verdade, Edições Quasi, V.N.Famalicão, 2006, pags 94-96; o negrito é nosso)

 

Este texto, que, além de vago, copia as noções de anti realismo global e local veiculadas por Simon Blackburn, enferma de uma confusão conceptual. Senão, vejamos um exemplo. A teoria de Kant é quase um anti realismo global:

 

A) No aspecto ontológico, é anti realismo uma vez que os objectos materiais não são reais em si mesmos, apenas existem no interior da nossa imensa mente.

 

B) No aspecto ontológico-categorial/modal, é anti realismo uma vez que as categorias de unidade, pluralidade, causa- efeito, contingência, necessidade, etc, são imanentes ao espírito do sujeito e dos sujeitos, não existindo fora das mentes.

 

 C) No aspecto moral, é em boa parte anti-realista, na medida em que o bem e a norma ética que o visa é subjectivo. O supremo bem, como númeno regulador, poderá considerar-se real, objectivo…

 

D) No aspecto estético, é anti realismo uma vez que a faculdade (estética) de julgar é subjectiva nos seus conteúdos.  

 

No entanto, apesar de ser praticamente um anti realismo em todos os domínios, o kantismo está muito longe de ser um cepticismo radical. É mesmo uma teoria extremamente coerente. Desidério confunde anti-realismo global com cepticismo radical, sem destrinçar que este funda uma modalidade do anti realismo mas está longe de englobar todo o anti realismo.

 

muito anti realismo global que é dogmatismo subjectivista ou intersubjectivista mas não é cepticismo radical, ainda que se tenha servido do cepticismo como método de construção dos seus andaimes dogmáticos.

 

 Por exemplo, o filósofo analítico Ayer desenvolveu um sistema anti-realista global que não é um cepticismo radical, mas utiliza o ceptismo parcial e mantém alguns dogmas:

 

A)      Ayer, durante bastante tempo,  negou a realidade física exterior ao sujeito, isto é, rejeitou o realismo como sendo metafísico. Foi pois anti realista, sustentando o construtivismo lógico, uma forma de fenomenismo, que reduz os objectos materiais (cadeiras, árvores, etc) a complexos de sensações, dissolvendo a distinção dualista rígida entre o psíquico e o físico, na linha do monismo neutral de Russell.

 

 B) No plano ético, Ayer manteve-se anti realista, subjectivista, opondo-se a Moore, o fundador da filosofia analítica - que postulava o bem e o mal, etc, como sendo valores objectivos, e denunciava a «falácia naturalista» na ética.

 

  C)     No plano estético, recusou conferir qualquer validade objectiva aos juízos de belo e feio, sendo pois anti realista.

 

 D)     Dentro do seu anti realismo, e mais tarde, após aderir ao realismo ontológico (ao "realismo físico" de Moore), Ayer sustentou o positivismo lógico e o seu critério de verificação - o que significa que a experiência pode ser encarada como um patamar pré-ontológico - admitindo como hipótese provável, na sua fase anti realista, a existência dos objectos físicos, sempre sem cair no cepticismo radical (o probabilismo na medida em que admite graus plausíveis de verdade distintos não é um cepticismo radical).

 

 Por conseguinte é erróneo identificar, como o faz Desidério Murcho, todo o anti realismo global com o cepticismo radical e proclamar o primeiro «radicalmente incoerente». Nem Kant nem Ayer foram radicalmente incoerentes na estruturação dos seus sistemas filosóficos..

 

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Terça-feira, 18 de Setembro de 2007
A verdade opõe-se directamente à ignorância, não ao erro (Meditar a Metafísica de Aristóteles)

No livro nono da Metafísica, Aristóteles, o grande mestre da Antiguidade grega, situou a verdade como directamente contrária da ignorância (não verdade) mas não da falsidade (não verdade).


«Melhor, a verdade e a falsidade consistem nisto: a verdade, em captar e enunciar a coisa (pois enunciar e afirmar não são o mesmo), enquanto que ignorá-la consiste em não captá-la ( já que não cabe o erro àcerca do quê, a não ser acidentalmente; e o mesmo àcerca das entidades carentes de composição: não é possível, certamente, o erro àcerca delas;  todas elas são em acto, não em potência, já que, de não ser assim, se gerariam e destruiriam, mas o que é mesmo ( Tò on autó; a forma..) nem se gera nem se destrói, pois teria que gerar-se a partir de outra coisa. Assim pois a respeito das coisas que são uma essência, e que são actos,  não é possível errar, mas sim captá-los ou não. Não obstante, perguntamo-nos àcerca delas pelo quê, se são tais ou não.) (Aristóteles, Metafísica Editorial Gredos, Madrid, 1994, pags. 391-392; o negrito é obra nossa).


Aristóteles identifica a verdade com a captação das formas indestrutíveis, - isto é das essências ou seja o quê das substâncias: essências como homem, cavalo, janela, árvore.. - não com a verificação prática como sustentarão vinte e três séculos mais tarde o pragmatismo e o positivismo lógico.


E, concomitantemente, o erro fica inerente à matéria, causa da geração e da corrupção das coisas. Assim, a lógica bivalente do verdadeiro-falso parece secundarizada nesta passagem de Aristóteles.


É como se dissessemos que o contrário do crente em Deus - partindo do princípio que este existe - é o agnosticismo e não o ateísmo.


Assim temos: a verdade opõe-se à ignorância e é insusceptível de erro, pois existe em si mesma na modalidade de formas eternas e incorruptíveis não num mundo àparte como Platão supunha. Há portanto um domínio ontológico - o das formas ou essências, acima da entidade individualizada - em que não é possível ao pensamento humano errar: ou conhece ou ignora.


Compreende-se, pois que Aristóteles sustente que enunciar não é o mesmo que afirmar: o enunciar é o mostrar a verdade da essência, não admite a mínima possibilidade de erro, ao passo que o afirmar admite o contraditório, isto é, o negar.


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Domingo, 16 de Setembro de 2007
Especie no es universal, género si ( Meditar la Metafísica de Aristóteles)

Nunca es demasiado como para meditar fragmentos de la Metafísica de Aristóteles, un filósofo de la antigua Grecia mucho más profundo en sus reflexiones que la abrumadora mayoría de los catedráticos universitarios en todo el mundo de hoy.

 Para Aristóteles, sustancia (ousia, en griego) es diferente al concepto de esencia (to ti on eînai…)..

 Meditemos algo de lo que Aristóteles escribió en la Metafísica respecto a sustancia  esencia, forma, especie y genero: 

CAPÍTULO XIII (LIBRO VII):

«Además, se llama sustancia aquello que no se dice de un sujeto, mientras que el universal se dice siempre de un sujeto. ¿Será acaso, que no puede (ser sustancia) como lo es la esencia, pero, sin embargo, está contenido en ella como, por ejemplo, «animal» está contenido en el hombre y en el caballo? (…)

«En general, si «hombre» y las cosas que se dicen de este modo son sustancia, sucederá que ninguno de los componentes de la definición (de las especies) será sustancia  de nada, y no podrá darse separado de ellas ni en otra; quiero decir, por ejemplo, que fuera de cada una de ellas no hay animal alguno ni ningún otro de los componentes de la definición.» (Aristóteles, Metafísica, Livro VII, 1038 b; el bold es de nuestra autoría; )

Comentario: si se dice «hombre es animal racional terrestre» ni animal, ni racional ni terrestre son sustancias, sino cualidades.

 Fijemos ahora la atención en el siguiente:  

CAPÍTULO XV (LIBRO VII) 

(QUE NO HAY DEFINICIÓN DE LAS REALIDADES INDIVIDUALES Y, POR TANTO, TAMPOCO LA HAY DE LAS IDEAS)

 «Puesto que hay dos tipos de sustancia, el compuesto y la forma (y afirmo que aquél es sustancia en cuanto que es forma tomada conjuntamente con la materia, mientras que esta (forma) es la forma en sentido pleno) .las que denominamos sustancias  del primer modo están, todas ellas, sometidas a corrupción (y a generación), mientras que la forma no es de índole tal que pueda corromperse (ya que tampoco hay generación de ella: en efecto, no se genera aquello en que consiste ser-casa, sino aquello en que consiste ser-esta-casa-particular); más bien, (las formas) existen o no existen sin generación y corrupción. Ya quedó demostrado, efectivamente, que nadie las genera o produce.»

«(1) Por esto tampoco hay demostración ni definición de las cosas sensibles individuales, porque tienen materia y la naturaleza de ésta comporta que puedan existir y no existir. Por eso, de ellas, todas las individuales son corruptibles.» (...)

CAPÍTULO XVI (LIBRO VII)

(NI LAS PARTES DE LAS REALIDADES SENSIBLES NI LOS UNIVERSALES SON SUSTANCIAS)

«En efecto la sustancia no se da en ninguna otra cosa que en sí misma, y en aquello que la tiene y de la cual es sustancia. Además, lo que es uno no puede estar a la vez en muchos sitios, mientras que lo común se da a la vez en muchos sitios.»

«Así pues, resulta evidente que ningún universal existe separado fuera de las cosas singulares. » (…) «Así pues, es claro que ninguna de las cosas que se dicen universalmente es sustancia, y que ninguna sustancia se compone de sustancias.» (Aristóteles, Metafísica, Livro VII; el bold es de nuestra autoría) 

Comentario: Nótese que no existe contradicción por el hecho de Aristóteles al inicio del capítulo XV sostener que las formas (esencias indestructibles) son sustancias (de segundo modo) y el hecho de,  al inicio y al final del capítulo XVI, el filósofo asegurar que ningún universal – es decir género– es sustancia.

 

Aún se reviste de importancia el siguiente pasaje:

                                        CAPÍTULO IV(LIBRO VIII):

(LAS CAUSAS EN LAS SUSTANCIAS Y ACONTECIMIENTOS SENSIBLES)

 «Aquellas cosas que son naturales, pero no son sustancias, tampoco tienen materia, sino que su sujeto es la sustancia. Por ejemplo, ¿cuál es la causa del eclipse, cuál es su materia? No la hay, más bien es la luna el sujeto afectado. ¿Y cuál es la causa en cuanto produce el movimiento y elimina la luz? La tierra. Aquello para lo cual, seguramente, no lo hay. Y, a su vez, la causa en cuanto forma es lo que expresa la definición de eclipse, si bien no quedará claro a no ser que la definición se acompañe de la causa. Por ejemplo, ¿Qué es un eclipse? “Privación de luz”. Pero si se añade “producida por la tierra al interponerse”, ésta será la definición acompañada de la causa.»

 (Aristóteles, Metafísica, Livro VIII, 1044b el bold es de nuestra autoría)

 Comentario: Por ende, eclipse y sueño no son sustancias, sino acontecimientos sensibles en los que están involucradas sustancias (la Luna, el hombre).

Hay que puntualizar las siguientes conclusiones, que nos parecen explicitas o implícitas en el texto de Aristóteles:

 1) Las cosas singulares no poseen esencia, por si mismas. Ni poseen definición. Su no esencia(accidente, materia) es sustancia, en primer grado. Solo poseen esencia en la medida que las formas comunes, pero no universales,  se plasman en ellas, es decir, en la medida que son un compuesto de materia y forma. Sócrates y el Sol no tienen esencia individual. Pero la esencia hombre está en Sócrates (se predica de Sócrates) y la esencia «planeta» está en el Sol (se predica de éste: «El Sol es un planeta»). Sócrates y Sol o este árbol verde son sustancias porque «no se dicen de un sujeto», no se predican de esto: son sujetos, hechos de materia o de la quintaesencia elemental.

2)      Las formas puras (esencias) tienen definición. Las esencias (formas) no son universales sino unidades comunes que contienen el universal, es decir, el género..

3)      Esencia no es un universal, es un vocablo/ concepto que se refiere a una colectividad, a un conjunto de seres o cualidades con características similares, mientras entidad o sustancia se refiere, en su primer lugar, a lo individual, idea o cosa.

 4)      La materia, rasgo distintivo de las cosas individuales, es fuente de generación y de corrupción, del devenir y de la contingencia.

 5)      El uno no puede darse a la vez en muchos sitios, pero el común puede hacerlo, según Aristóteles. Hay, por ende, una distinción entre el uno y el común. Que es lo común? No es el uno – los que creen en el uno universal ubicuo dicen que la multiplicidad alberga en cada una de sus partes la misma unidad general – sino lo similar múltiple, el conjunto de múltiples unidades esparcidas similares entre ellas. Igualdad no es identidad- mesmedad, sino yuxtaposición de cosas similares entre ellas.

 6)      Mientras Platón consideraba la individualización imposible de copiar situada en cada arquetipo, Idea o forma pura del mundo superior, inteligible, Aristóteles considera esa individualización - además de plasmada en Díos o en cada planeta o estrella- ubicada sobre todo en el punto opuesto del Macrocosmo: en las cosas individuales de abajo (este árbol, aquel árbol, este niño, aquella niña) que en su ousía, sustancia , son irreductibles a cualquier otra cosa. La fuente del nominalismo – no hay esencias generales, sólo lo particular e individual existe – reside ya, potencialmente, en Aristóteles.

 7)      Se dice que la cuestión de los universales, que atraviesa la filosofía europea en la Edad Media, está centrada en el género y la especie, los universales. Pero, al parecer, la lectura de la Metafísica nos indica que Aristóteles solo consideraba universal el género, pero no las especies.

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Sexta-feira, 14 de Setembro de 2007
What is essentialism? (Confused view in the Oxford Dictionary of Philosophy-IV)

 

Essentialism is defined in the Oxford Dictionary of Philosophy on this way:

 

 «essentialism The doctrine that is correct to distinguish between those properties of a thing, or a kind of thing, that are essential to it, and those that are merely accidental. Essential properties are ones that it cannot lose without ceasing to exist. Thus a person wearing a hat may take off the hat or might not have been wearing the hat, but the same person cannot cease to occupy space, and we cannot postulate a possible situation in which the person is not occupying space. If we agree with this (it is not beyond debate, which illustrates the difficulty with essentialism) occupying space is an essential property of persons, but wearing a hat an accidental one. » (Simon Blackburn, Oxford Dictionary of Philosophy, Oxford University Press, 2005, pag 120; the bold is put by us).

 

 The problem with this definition is that it is semi tautological, vagrant. In fact, following the optic of Blackburn, accidentalism could be defined by the same words displaced within the proposition: « the doctrine that is correct to distinguish between those properties of a thing, or a kind of thing, that are merely accidental to it and those that are essential.». So, where is the difference? But essentialism is not the same that accidentalism…It is not enough to distinguish essence from accident to produce a clear definition of essentialism.

 

 The right definition of essentialism is ignored by Simon Blackburn and many other cathedratic. They have the university title but not enough clarity in their ideas.

 

Thomas of Aquinas did not oppose essence and accident as if they were mutually extrinsic in his book «The being and the essence». He postulated that the accident - the most part of accidents - is incorporated in the essence and Hegel thought the same way. Aquinas opposed the accident to the substance, defined as the immutable part of essence.

 

Thus, the correct definition of essentialism is: the doctrine or family of doctrines sustaining that the essence or quiddity of a being, a thing or an idea precedes its existence - or stays behind the mutation of external appearance of that thing or idea- and determinates each act of the existence wether on an absolute or on a relative manner. Determinist predestination is a form of essentialism: all the existence is contained in the essence. Many doctrines of free will (libertarianisms) which gives emphasis to the genetic bio physical or psychological characteristics (for example: the Freud´ s Theory of sexuality, etc) are also essentialist doctrines: the existence is not absolutely but partially contained in the essence, that is to say, the existence is free within his limits, freedom or free will exists but is conditioned by a fixed a priori essence.

 

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Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007
What is empirical realism in Kant? (Confused Views in the Oxford Dictionary of Philosophy-III)

In the entry Realism of the Oxford Dictionary of Philosophy is written:

  

«Realism can itself be subdivided: Kant, for example, combines empirical realism (within the phenomenal world the realist says the right things - surrounding objects really exist and are independent of us and our mental states") with transcendental idealism (the phenomenal world as a whole reflects the structure imposed on it by the activity of our minds as they render it intelligible to us». (Simon Blackburn, Oxford Dictionary of Philosophy, Oxford University Press, 2005, pag 309; the bold is put by us).

 

 That is a complete want of comprehension of Kant´ s gnosiology. This philosophical defect is not exclusive of Blackburn but spreads to the most part of cathedratic teachers of Philosophy and authors of philosophical books in all world .

 

 

Blackburn presents the theory of Kant as if it was bicephalous in gnosiology: adding idealism to the realism. It is not that way.

 

 

 Empirical realism means only this: the material world seems real in itself observed from our empiria, from our sensorial organs. But, in essence, empirical realism is metaphysical and physical idealism , that is to say, phenomenal world is a creation of our minds and is not real per se. The two expressions mean the same thing. Empirical realism is not material, physical. metaphysical  or gnosiologic realism: is physical or metaphysical idealism.

  

The text of Blackburn reveals also a want of comprehension about what is transcendental idealism: the phenomenal world is not only a reflection of the structure of our mind but stays as a whole inside of our human mind.

  

Blackburn interprets Kant as a no natural realist , a phenomenalist realist philosopher, but on ontology Kant is anti realist, idealist.

 

 

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Terça-feira, 11 de Setembro de 2007
Is relativism a form of anti realism ? (Confused Views in Oxford Dictionary of Philosophy-II)

 

The definition of irrealism in Oxford Dictionary of Philosophy is :

 

«Irrealism  Coinage from the late 1980s for positions either that believe that traditional realism versus anti-realism debates are not well formed, or that sympathize with opposition to realism without wanting to commit themselves to idealism, relativism, reductionism or other anti-realist options » (Simon Blackburn, Oxford Dictionary of Philosophy, Oxford University Press, 2005, pag 191).

 

Is relativism an anti-realist option?

 

Simon Blackburn believes it is. That is an error. Much of relativism is compatible with realism and not with anti realism. Let´s consider the case of Hegel:  he is a realist philosopher - in the sense that causality, determinism an other categories and biocosmic nature  in general are not inside but outside human minds - and is also a relativist - as he says that the truth is variable, things are and are not, change continually in a dialectic flux.

 

Relativism, in Hegel´s theory, is not scepticism but a flexible dogmatism. Example: Hegel sustains that the truth of God is spread by all religions but not with the same grade in each one. Protestantism is truer than catholicism and this one is truer than budism and this is truer than animist religions.

Thus, hegelian´s relativism is tied to realism, not to anti realism.

 

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Sábado, 8 de Setembro de 2007
Prescritivismo opõe-se a Descritivismo ? (Crítica a R.M. Hare e Michael Smith)

 

Prescritivismo ético é a doutrina ou conjunto das doutrinas éticas  que formula ou prescreve conceitos e regras morais a partir da autonomia da consciência de um sujeito ou conjunto de sujeitos e que, em diversos casos, faz tábua rasa da tradição ética e se opõe ao costume social.

 

Quase todas as correntes éticas são prescritivistas, ainda que este não seja o ponto de vista de Peter Singer e dos mais renomados teóricos da ética. A moral deontológica de Kant com o seu imperativo categórico (Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal) é um exemplo de prescritivismo. Na classificação parcialmente errónea de R.M. Hare prescritivismo opor-se-ia a descritivismo: ao contrário dos descritivistas «naturalistas» que extraem a norma moral da lei geral sociológica em vigor ( Exemplo: «Se estou na Suíça, não atirarei um papel sequer ou uma ponta de cigarro para o chão, na via pública porque neste país a limpeza na via pública é norma “naturalista” de aceitação geral»), os prescritivistas delineriariam a sua moral em bases autónomas (Exemplo de um prescritivista: «Mesmo na Suíça, como em qualquer outro país, atirarei os papéis ao chão em protesto contra a existência da pasta de papel que considero ser um crime ecológico contra as árvores do planeta»). A minha posição é distinta: o descritivismo, exemplificado no primeiro caso, é simultaneamente prescritivismo, dado que além de descrever o conteúdo do juízo ético recomenda implicitamente aplicá-lo.

 

Hare que situa o descritivismo como teoria externalista e o prescritivismo como doutrina internalista, opondo-os de forma antidialéctica, escreveu:

 

«O prescritivismo pertence assim à classe das teorias éticas conhecidas como «internalistas": as que afirmam que aceitar certo juízo moral é estar eo itso motivado de determinada maneira.(...) As teorias internalistas contrastam com as teorias externalistas, segundo as quais se pode aceitar um juízo moral independentemente das próprias motivações» (R.M.Hare in Compendio de Ética, de Peter Singer, Alianza Diccionarios, pag 614).

 

Alguns como Michael Smith incorporam o prescritivismo no irrealismo :

 

  

 

«Segundo os irrealistas, não existem factos morais, nem tão pouco se necessita de factos morais para entender a prática moral.  Felizmente podemos reconhecer que os nossos juízos morais exprimem simplesmente o nosso desejo de como as pessoas se comportam. Esta posição, a contrapartida psicológica ao irrealismo, denomina-se "não-cognotivismo" (o irrealismo tem diferentes versões: por exemplo, o emotivismo, o prescritivismo e o projectivismo).» (Michael Smith, El realismo in Compendio  de Ética, de Peter Singer (ed), Alianza Diccionarios, pag 544).

 

 

 

Parece-nos errada esta hierarquização, pois mistura o axiológico-práxico (prescritivismo é valoração e apelação moral…) com o ontológico (irrealismo/ realismo, existência ou não em si mesmos dos valores).. Existe um prescritivismo realista, que se integra no realismo ético – exemplo: «A democracia liberal é o modelo que deve ser instaurado em todos os países porque o bem da liberdade colectiva e individual é real em todas as latitudes e povos»; a ética de Kant é um prescritivismo realista ético subjectivista, uma vez que o supremo bem existe objectivamente ainda que cada um lhe confira uma coloração ética subjectiva– e um prescritivismo irrealista – exemplo de pragmatismo psicologista: «É imprescindível implantar, por mero pragmatismo, o valor de existência de um Deus justo e igualitário para toda a humanidade ainda que esse facto moral não seja real mas apenas uma irrealidade imanente à consciência de milhões ou biliões de seres humanos».

 

  

 

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Quarta-feira, 5 de Setembro de 2007
A palavra «Veritativo» que falta nos dicionários

A filosofia, isto é, o pensamento empírico-conceptual especulativo e metaempírico, cria palavras. É o pensamento o criador das palavras - sons, letras - e não o inverso. A palavra é a forma simbólica «material» sonora, gráfica, de um conteúdo espiritual ou material.


Um exemplo é o da palavra VERITATIVO que não encontramos nos dicionários de Português, de Espanhol, de Francês e de Inglês... mas sim em textos de filosofia em língua espanhola como, por exemplo, o seguinte que se refere a teses do Tratactus Logico-philosophicus de Wittgenstein:


«Mas as demais proposições constroem-se sobre as elementares, e o seu valor de verdade, como funções veritativas delas, depende exclusivamente do valor de verdade das suas proposições elementares» (Teofilo Urdanoz U:P. , Historia de la Filosofía., VII, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1984, pag. 187-188).


E no Compendio de Ética, de Peter Singer e outros, versão espanhola, lê-se o seguinte fragmento de Michael Smith:


«Más bien el problema es que la empresa toda de la discusión moral y de la reflexión moral sólo tiene sentido sobre la base de que los juicios morales son evaluables por referencia a un contenido veritativo.» (Michael Smith, El realismo, in Compendio de Etica, Peter Singer (ed), Alianza Diccionarios, pag 545; o negrito é nosso).


Os Dicionários das quatro línguas que referi estão incompletos. Os vocábulos que derivam de verdade assumem neles as formas de cinco palavras: Veraz, Verídico e Verdadeiro que significam práticamente o mesmo; Verosímil ou verisímil que significam provavelmente ou aparentemente verdadeiro.


Mas falta a palavra que designe o seguinte termo: relativo à verdade e à sua ausência (falsidade) e à sua possibilidade (verosimilhança).


Essa palavra é VERITATIVO. O veritativo supõe ao mesmo tempo os três valores da lógica trivalente (que defendo em oposição à bivalente): verdadeiro, falso e verosímil/provavelmente verdadeiro.


Há, por conseguinte, textos de filosofia que empregam, sabiamente, o termo veritativo. Antes de este existir nos dicionários de filologia.


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